Buscar

POLÍTICAS TERRITORIAS AM

Prévia do material em texto

POLÍTICAS TERRITORIAIS: 
AMAZÔNIA
 O GRANDE NORTE E O PLANEJAMENTO 
REGIONAL
 O conceito de região consiste numa construção 
política, aonde se exerce o poder;
 O conceito de região natural: limitado pela 
Amazônia Internacional;
 A soberania nacional criou o confronto entre a 
construção política( aonde o Estado Brasileiro 
deve exercer o seu poder – Amazônia Legal) e 
a Amazônia natural( “Internacional”).
 
AMAZÔNIA INTERNACIONAL
 
O GRANDE NORTE E O 
PLANEJAMENTO REGIONAL
 Como construção política, a Amazônia surgiu 
antes mesmo do Estado brasileiro;
 Século XVII: Portugal criou a Companhia de 
Comércio do Maranhão e Gão-Pará, 
subordinada ao Conselho Ultramarino;
 Meados do séc. XVIII: em meio as disputas 
entre as coroas ibéricas, pela região, Portugal 
transformou o antigo Estado do Maranhão em 
Estado do Grão-Pará e estabeleceu a sua 
administração na cidade de Belém;
 Espaço de soberania formal, mas não efetiva: 
necessidade de apropriação nacional.
 
O GRANDE NORTE E O 
PLANEJAMENTO REGIONAL(Cont.)
 A ascensão de Getúlio Vargas, em 1930, e a 
centralização do poder: “unidade nacional”;
 O discurso Amazônico de Vargas, em 1940: 
ocupar e integrar( reforço das políticas 
territoriais);
 A 2ª GM: a região passa a ser fornecedora de 
borracha, aos EUA;
 Em 1953 é criada a SPVEA( Superintendência 
do Plano de Valorização Econômica da 
Amazônia): consolidação do planejamento 
regional.
 
TEATRO AMAZÔNAS: SÍMBOLO DA OPULÊNCIA DA 
“CAPITAL DA BORRACHA” NO INÍCIO DO SÉC.XX
 
O GRANDE NORTE E O 
PLANEJAMENTO REGIONAL( Cont.)
 Construção da Rodovia Belém-Brasília, 
coordenada pela SPVEA;
 A lei que criou a SPVEA definiu a Amazônia 
Brasileira: Pará, Amazonas, os então territórios 
Acre, Amapá, Guaporé( atual Rondônia) e Rio 
Branco( atual Roraima), além de parte do 
Maranhão, de Goiás e de Mato Grosso;
 Amazônia Brasileira: não é definida como 
região natural, mas sim de planejamento.
 
O GRANDE NORTE E O 
PLANEJAMENTO REGIONAL( Cont.)
 1966: a SPVEA “se transforma” em 
SUDAM( Superintendência para o 
Desenvolvimento da Amazônia), com a ajuda 
do recém criado BASA(Banco da Amazônia 
S.A.);
 Com a criação da SUDAM surge o termo 
Amazônia Legal;
 1977: ocorre o desmembramento do Mato 
Grosso do Sul, ampliando os limites da região 
de planejamento( total de 5,2 milhões de Km², 
ou cerca de 61% do território nacional).
 
A AMAZÔNIA LEGAL
 
A CONQUISTA DA FRONTEIRA
 As políticas territoriais para a Amazônia, sob os 
governos militares, concebiam o espaço de 
fronteira, num triplo sentido: política, 
demográfica e do capital;
 Fronteira política: eram consideradas como 
soberanias formais, porém não 
efetivas( presença do Estado);
 Fronteira demográfica: deveria ser povoada 
com excedentes populacionais do Centro-Sul e, 
especialmente, do Nordeste: Rodovia 
Transamazônica, Plano de Desenvolvimento da 
Amazônia e do PIN.
 
A CONQUISTA DA FRONTEIRA 
(Continuação)
 Fronteira do capital: atração aos capitais 
privados, especialmente aos transnacionais, 
voltados para a pecuária, mineração e a 
indústria;
 Sob a coordenação da SUDAM: renúncia 
tributária e concessão de empréstimos 
subsidiados, rodovias de integração( Belém-
Brasília, Brasília-Acre e Cuiabá-Santarém;
 Os projetos minerais e industriais: 
concentrados em Belém e seus arredores, e na 
Zona Franca de Manaus.
 
PECUÁRIA EXTENSIVA EM 
PIRAQUÊ(TO)
 
A CONQUISTA DA 
FRONTEIRA(Cont.)
 Os projetos florestais e agropecuários: mais 
numerosos em MT, sobre o eixo da Belém-
Brasília, abrangendo o TO, o sul do PA e o 
oeste do MA;
 50% dos incentivos, aos projetos 
agropecuários, eram dados pelo governo: 
desmatamento e formação de pastagens 
extensivas eram classificadas como 
benfeitorias, assegurando o direito aos 
incentivos;
 Em 1974 é criado o Poloamazônia, destacando-
se os projetos minerais.
 
A CONQUISTA DA 
FRONTEIRA(Continuação)
 Em 1976, a SUDAM abandonou os pequenos 
projetos e valorizou o grande capital: 
multiplicaram-se os latifúndios;
 A legislação vigente não determinava cobrança 
de correção monetária aos projetos cancelados, 
numa época de elevada inflação, resultado: era 
um ótimo negócio “investir na Amazônia”;
 Conflito entre os dois processos de ocupação: 
tradicional (extrativismo nas áreas ribeirinhas) 
e “ocupação areolar”( polarizada pelos núcleos 
urbanos em formação na região).
 
O POLOAMAZÔNIA
 
VEGETAÇÃO NATURAL E ÁREAS 
ANTRÓPICAS NA AMAZÔNIA
 
AMAZÔNIA ORIENTAL
 Compreende os estados do PA, AP, MT, TO e 
oeste do Maranhão;
 Eixos de transportes: Rodovia Belém-Brasília e 
pela Estrada de Ferro Carajás;
 Ferrovia Norte-Sul: reforça o eixo que conecta 
o Brasil Central aos portos de São Luís e 
Belém;
 Final da década de 1950: a U.S.Steel (USA), 
através da sua subsidiária, a Companhia 
Meridional de Minérios (CMM), deflagrou 
pesquisas para descobrir reservas de 
manganês.
 
AMAZÔNIA 
ORIENTAL(Continuação)
 Em 1967 descobriu-se a maior reserva de 
minério de ferro do planeta, na Serra dos 
Carajás;
 O governo federal, através da CVRD, em 1970, 
se associou a U.S.Steel, por questões 
estratégicas;
 Em 1977 houve divergências entre os dois 
sócios: é desfeito o consórcio;
 Em 1980, agora sob o controle da CVRD, foi 
lançado o Programa Grande Carajás (PGC).
 
ESTRUTURA GEOECONÔMICA DA 
AMAZÔNIA ORIENTAL
 
O PROGRAMA GRANDE CARAJÁS
 Envolve o leste do Pará e oeste do Maranhão;
 Grandes obras de infra-estrutura: E.F.Carajás( 890 km), 
Porto de Itaqui (graneleiros de até 280 mil toneladas) e 
a hidrelétrica de Tucuruí;
 O Projeto Ferro Carajás, gerenciado pela CVRD, produz 
cerca de 35 milhões de toneladas anuais: exporta 
principalmente para o Japão;
 Projeto dos Pólos de Alumínio - capitaneado por dois 
centros de transformação: Barcarena( São Luís) e Breu 
Branco (Camargo Corrêa Martins), nas proximidades de 
Tucuruí;
 A Mineração Rio do Norte (MRN), consórcio criado em 
1975 entre a CVRD, a ALCAN, Billiton-Shell Metals e a 
Companhia Brasileira de Alumínio( Grupo Votorantin) 
completam as fontes de abastecimentos.
 
ÁREA DO PROGRAMA GRANDE 
CARAJÁS
 
OS ENCLAVES DO JARI E DA 
SERRA DO NAVIO
 PROJETO JARI
 Área de 1,6 milhão de hectare: aeroporto, porto fluvial 
no Rio Jari, junto à boca norte do Amazonas e rede 
viária própria( estrutura-se em torno dos núcleos 
urbanos de Almeirim/PA e Laranjal do Jari/AP;
 Implantado pelo norte americano Daniel Ludwig em 
1967: integração vertical das atividades florestais, 
agrícolas, minerais e industriais;
 Companhia Florestal Monte Santo( celulose);
 Caulim Amazônia( caulim/branqueamento do papel);
 São Raimundo Agroindustrial( arroz em várzeas e 
búfalos em campos inundados).
 
SERRA DO NAVIO
 Área central do Amapá: exploração de manganês, desde 
a década de 1950, sob o controle da Indústria e 
Comércio de Minérios S.A.( Icomi)/consórcio entre a 
transnacional norte-americana Bethlehem Steel e uma 
empresa nacional do Grupo Azevedo Antunes;
 Exploração viabilizada pela Estrada de Ferro Amapá e o 
Porto de Santana;
 Depois de 40 anos de exploração, voltada para a 
exportação, a área ficou inviável: abandono da 
transnacional;
 A Icomi, atualmente, beneficia e exporta apenas minério 
de cromo da Mina do Vila Nova, em Mazagão, próximo 
ao Porto de Santana.
 
O ENCLAVE MINERAL DA SERRA 
DO NAVIO
 
AMAZÔNIA OCIDENTAL
 Constituída pelos estados do AM, AC, RO e RR;
 A metrópole regional de Manaus é o referencial mais 
importante no tocante comércio e indústria;
 A ZFM, criada no final da década de 1960, tornou-seum 
enclave industrial;
 Intenso êxodo-rural e crescimento urbano irregular na 
periferia de Manaus;
 O avanço da soja, da década de 1970, através do MT, 
fez surgir uma ocupação tumultuosa das terras que 
margeiam a BR-364( Porto Velho-Manaus);
 Concentração fundiária: pequenos proprietários 
expulsos/deslocamentos em direção as reservas 
indígenas/conflitos entre fazendeiros,posseiros e índios.
 
AMAZÔNIA 
OCIDENTAL(Continuação)
 Através da BR-364, a fronteira agrícola moveu-
se até o sul do Acre: atividades madeireiras 
avançaram sobre os seringais/surge as 
organizações dos seringueiros;
 O surto do ouro, na década de 1980, em 
Roraima: crescimento populacional crescente a 
taxas de 9,6% a.a.( facilitado pela 
pavimentação da BR-174 – Manaus/Boa Vista);
 A BR-174 visa também projetar a influência da 
ZFM para os países vizinhos, especialmente 
para a Venezuela e Caribe;
 
AMAZÔNIA 
OCIDENTAL(Continuação)
 Em 1991, no governo de Fernando 
Collor de Melo(1990-92), houve a 
demarcação da reserva dos ianomâmis: 
fim da corrida do ouro/ favelização nos 
redores de Boa Vista;
 A pavimentação da BR-319 (Porto 
Velho-Manaus) e a Hidrovia do Madeira 
romperam o isolamento de Manaus e 
criou outra vertente de escoamento: RO 
e MT.
 
ESTRUTURA GEOECONÔMICA DA 
AMAZÔNIA OCIDENTAL
 
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO DE 
MANAUS
 
COMBOIO GRANELEIRO NA 
HIDROVIA DO MADEIRA
 
PLANEJAMENTO REGIONAL E 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
 O planejamento regional fundamentou-se num 
conceito distorcido de desenvolvimento, que 
estimula a acumulação de capital por grandes 
empresas e o uso predatório dos recursos 
naturais;
 A abertura de rodovias de integração e a 
implantação de grandes projetos agropecuários 
e madeireiros geraram intensos fluxos 
migratórios para a Amazônia: esvaziamento 
demográfico das áreas de várzeas e igarapés e 
urbanização desordenada.
 
PLANEJAMENTO REGIONAL E 
DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL(Continuação)
 O peso da informalidade: em meados da década de 
1990, metade dos municípios da Amazônia Legal 
apresentava menos do que 2% da população empregada 
no setor formal, e em nenhum deles o setor 
representava mais do que 40% dos empregos;
 A previsão de ligação entre Manaus e Porto Velho( RO ): 
reforço do vetor que conecta Belém e São Luís ao Brasil 
Central/aumento dos desastres sociais e ambientais;
 O asfaltamento da BR-163( Cuiabá-Santarém): 
especulação e grilagem de terras em suas 
margens/desmatamento em larga escala.
 
FOCOS DE QUEIMADAS NO BRASIL
 
O ARCO DO DESMATAMENTO
 
PROJETO CALHA NORTE
 
PROJETO SIVAM
	Slide 1
	Slide 2
	Slide 3
	Slide 4
	Slide 5
	Slide 6
	Slide 7
	Slide 8
	Slide 9
	Slide 10
	Slide 11
	Slide 12
	Slide 13
	Slide 14
	Slide 15
	Slide 16
	Slide 17
	Slide 18
	Slide 19
	Slide 20
	Slide 21
	Slide 22
	Slide 23
	Slide 24
	Slide 25
	Slide 26
	Slide 27
	Slide 28
	Slide 29
	Slide 30
	Slide 31
	Slide 32
	Slide 33
	Slide 34
	Slide 35

Outros materiais

Materiais relacionados

Perguntas relacionadas

Perguntas Recentes