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CÁLCULO I CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Relações Par ordenado Sistema cartesiano ortogonal Produto cartesiano Relação binaria Domínio e imagem Relação inversa Propriedades Funções Conceito de função Definição Notação das funções Domínio e imagem 2 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Relações Relações Binárias PAR ORDENADO : conjunto ordenado de dois elementos, representado pelo símbolo (x, y) onde x e y são números reais, denominados respectivamente de abscissa e ordenada. Ex: Par ordenado (6, -3) : abscissa = 6 e ordenada = -3. 3 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Relações Damos no nome de eixo x ou eixo das abscissas à reta horizontal. À vertical denominamos de eixo y ou eixo das ordenadas. A orientação positiva das retas é representa por uma seta como podemos ver na figura mais abaixo. 4 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Relações Propriedade: dois pares ordenados são iguais , quando são respectivamente iguais as abscissas e as ordenadas. Em termos simbólicos: (x, y) = (w, z); x = w e y = z Exemplo: (2x – 4, y) = (- x, 7); 2x - 4 = - x e y = 7, portanto x = 4/3 e y = 7 5 CÁLCULO I 6 CÁLCULO I 7 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Funções O estudo do produto cartesiano serviu de base para aprendermos sobre as relações. Estas agora são o alicerce para o estudo das funções. As funções nada mais são que um tipo particular de relação que possuem uma propriedade específica. 8 CÁLCULO I 9 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Funções Domínio da Função: Ao conjunto A damos o nome de domínio da função. O domínio é o conjunto de partida. Ele é composto de todos os elementos do conjunto de partida. No nosso exemplo o domínio da função f é representado por D(f) = { -3, 0, 3 }, ou seja, o domínio desta função contém todos os elementos do conjunto A. Como supracitado, para que tenhamos uma função, todos os elementos do domínio devem estar associados a um e somente um dos elementos de B. 10 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Funções Contradomínio da Função: Ao conjunto B damos o nome de contradomínio da função. O contradomínio é o conjunto de chegada. Ele composto de todos os elementos do conjunto de chegada. 11 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Funções Imagem da Função: A imagem da função dependendo do caso é o próprio contradomínio, ou então é um subconjunto seu. Os elementos do conjunto imagem são todos os elementos do contradomínio que estão associados a algum elemento do domínio. No exemplo que estamos utilizando o conjunto imagem é representado por Im(f) = { 0, 9 }, pois 0 e 9 são todos os elementos do CD(f) que estão associados a algum elemento do D(f). Em resumo para a função de exemplo temos: Domínio da Função: D(f) = { -3, 0, 3 } Contradomínio da Função: CD(f) = { 0, 9, 18 } Conjunto Imagem da Função: Im(f) = { 0, 9 } 12 CÁLCULO I 13 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função de 1º grau ou função Afim Função constante Função identidade Função linear Função afim ou de 1º grau Valor de uma função em um ponto (valor numérico) Gráfico da função de 1º grau Imagem da função de 1º grau Coeficientes da função de 1º grau Zero ou raíz da função de 1º grau Função crescente e função decrescente Sinal da função de 1º grau Taxa média de variação da função de 1º grau 14 CÁLCULO I MÓDULO B A função afim Ou 1º grau 15 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Funções cujos gráficos são retas – Função Afim f(x) = a x + b Exemplos: f(x) = 2x – 1, onde a = 2 e b = – 1. y = – 3x + 4, onde a = – 3 e b = 4. g(x)= 2x, onde a = 2 e b = 0 (função linear) h(x) = 6, onde a =0 e b = 6. (função constante) 16 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. CONSTRUINDO O GRÁFICO DA FUNÇÃO AFIM Por ser uma reta, necessitamos apenas de dois pontos para representar graficamente uma função afim. representar graficamente a função afim y = 2 x – 4 . Solução: Construindo uma tabela, onde atribuímos arbitrariamente dois valores para x, encontramos suas correspondentes imagens. x y 0 – 4 3 2 3 2 – 4 17 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função de 1º grau ou função Afim Função afim com f(x)= a x+b a , b diferentes de zero b b Reta que contem o ponto ( 0, b ) b – valor da ordenada na origem a – Declive da recta 18 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Gráfico da Função LINEAR f(x) = a x , a diferente de zero 19 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Gráfico da Função LINEAR f(x) = a x , a diferentes de zero Gráfico: sobre uma reta que passa na origem o no ponto ( 1 , a ) 20 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Gráfico da Função LINEAR f(x) = a x , a diferentes de zero y = -2x y = 2x y = x y = -0,5 x a -declive 21 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Gráfico da Função LINEAR Numa função do tipo f(x) = ax, a diferente de zero Se a > 0, quanto maior for o valor de a, maior é a inclinação da reta; Se a < 0, quanto menor for o valor de a, maior é a inclinação da reta. OU Quanto maior for o valor absoluto de a, mais inclinada (mais próxima do eixo y) está a reta correspondente ao gráfico. 22 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. A FUNÇÃO CONSTANTE f(x) = b EXERCÍCIO: Representa graficamente,no mesmo referêncial, as funções: a) f1(x)= 2 f2(x)= - 3 f3(x)= 0 23 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. A FUNÇÃO CONSTANTE Em f(x) = a x + b, se a = 0, chegamos à forma f(x) = b, ou como usualmente se emprega f(x) = k, onde k R. Esta é a função constante. Exemplo: f(x) = 5 é uma função constante. Todas as imagens são iguais. 24 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Definição Valor de uma função em um ponto (valor numérico) Máximos e mínimos Zeros ou raízes da função quadrática Gráfico da função Coordenadas do Vértice da parábola Imagem da função quadrática Eixo de simetria Estudo do sinal da função quadrática 25 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função Quadrática ou do 2º grau Chama-se função quadrática, ou função polinomial do 2º grau, qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax2 + bx + c, onde a, b e c são números reais e a ≠ 0. 26 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Vejamos alguns exemplos de função quadráticas: f(x) = 3x2 - 4x + 1, onde a = 3, b = - 4 e c = 1 f(x) = x2 -1, onde a = 1, b = 0 e c = -1 f(x) = - x2 + 8x, onde a = -1, b = 8 e c = 0 f(x) = -4x2, onde a = - 4, b = 0 e c = 0 27 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática O gráfico de uma função polinomial do 2º grau, y = ax2 + bx + c, com a ≠ 0, é uma curva chamada parábola 28 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Trajetória de um salto de ginástica olímpica 29 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Vamos construir o gráfico da função y = x2 + x x y - 3 6 - 2 2 1 0 - ½ - ¼ 0 0 1 2 2 6 30 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. 31 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Ao construir o gráfico de uma função quadrática y = ax2 + bx + c, notaremos sempre que: se a > 0, a parábola tem a concavidade voltada para cima se a < 0, a parábola tem a concavidade voltada para baixo 32 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Zeros ou Raízes Chama-se zeros ou raízes da função polinomial do 2º grau f(x) = ax2 + bx + c , a ≠ 0, os números reais x tais que f(x) = 0. Então as raízes da função f(x) = ax2 + bx + c são as soluções da equação do 2º grau ax2 + bx + c = 0, as quais são dadas pela chamada fórmula de Bháskara: 33 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática 34 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Duas raízes diferentes 35 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Duas raízes iguais 36 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Nenhuma raiz real 37 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Exercícios 1-Represente graficamente as funções: a)f(x) = x² + 5x +4 b)f(x) = - x² + 2x 2-Sendo f(x) = 2x² - 3x +1 calcule: a)f(0) b)f(1) c)f(2) d)f(5) – f(-5) 3-Determine o valor de m para que f(x)= (2m -5)x² +3x tenha concavidade voltada para cima. 4-Calcule o valor de m para que f(x) = -4x² +5x – m +1 tenha uma única raiz real 38 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Coordenadas do vértice da parábola Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e um ponto de mínimo V 39 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função do 2º grau ou função Quadrática Quando a < 0, a parábola tem concavidade voltada para baixo e um ponto de máximo V. 40 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função Modular Dallol tem temperatura média anual de 41 °C e o mês mais quente, tem média superior de 46,4 °C. É a cidade mais quente da Terra, localizada na Etiópia. 41 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função Modular A menor média anual de temperatura ocorre na Plateau Station, na Antártida, onde é igual a –56,7°C. 42 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função Modular Módulo ou valor absoluto de um número real É a distância desse número até a sua origem zero. |-8| = 8 |3| = 3 |-3| = 3 |x| = x , se x ≥ 0 - x , se x < 0 43 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função Modular Algumas propriedades |x| ≥ 0 |x|² = |x²| = x² Ex.: |6|² = 6² = 36, |6²| = |36| = 36 |x ∙ y| = |x| ∙ |y| Ex.: |2 · 3| = |2| · |3| |6| = 2 · 3 = 6 |x + y| ≤ |x| + |y| Ex.: |1 + (-2)| ≤ |1| + |-2| |-1| = 1 ≤ 1 + 2 ⟹ 1 ≤ 3 |x – y| ≥ ||x| – |y|| Ex.: |1 – (-2)| ≥ ||1| - |-2|| |3| ≥ |1 – 2| ⟹ 3 ≥ 1 44 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função Modular A função modular é definida por duas sentenças, com base no conceito de módulo, ou seja: 45 CÁLCULO I 46 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função Modular Gráfico da função modular O gráfico da função g(x) = |x| ± k é congruente ao de f(x) = |x|, porém, transladado k unidades para cima (k>0) ou k unidades para baixo (k<0) 47 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Função Modular Gráfico da função modular Como fica o gráfico da função f(x) = |x² - 4x + 3|? Perceba que toda função e está em módulo. Por definição, o resultado de um módulo é sempre um número positivo, logo, o gráfico desta função estará completamente no eixo x e y positivos. 48 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Equação Modular: |x| = k ⟹ x = k ou x = – k Em um determinando mês verificou que o número n de pessoas que compravam no supermercado Kbarato era dado pela lei n(x) = 20 ∙ |x – 25| + 300 em que x = 1, 2, 3, ..., 30 representa cada dia do mês. Em quais dias do mês, 400 pessoas compraram neste supermercado? n(x) = 20 ∙ |x – 25| + 300 400 = 20 ∙ |x – 25| + 300 |x – 25| = (400 – 300)/20 |x – 25| = 5 x – 25 = 5 x – 25 = – 5 x = 30º dia ou x = 20º dia 49 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Inequação Modular Na reta real abaixo, observe quando a distância à origem é menor que 4 e quando a distância à origem é maior que 4: 50 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Função composta Função sobrejetora Função injetora Função bijetora Função inversa 51 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Função Injetora, Função Sobrejetora e Função Bijetora Função Injetora Diz-se que uma função f: A B é injetora, quando não existe elemento do contradomínio B que seja imagem de mais um elemento do domínio A, isto é, em cada elemento de B que é imagem de um elemento de A chega apenas uma flecha. Assim, consideradas as funções de A em B, representadas pelos seguintes esquemas, temos 52 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Função Injetora 53 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Função Sobrejetora Diz-se que uma função f: A B é sobrejetora, quando não existe elemento do contradomínio B que não seja imagem de um elemento do domínio A, isto é, chegam flechas em todos os elementos de B. O conjunto imagem é igual ao contradomínio da função. Assim, consideradas as funções de A em B, representadas pelos seguintes esquemas, temos 54 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Função Sobrejetora 55 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções 56 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Função Bijetora Diz-se que uma função f: A B é bijetora, quando: não existe elemento do contradomínio B que não seja margem de um elemento do domínio A (f é sobrejetora). cada elemento do contradomínio B é imagem de um único elemento do domínio A (f é injetora). Resumindo, quando a função f é, ao mesmo tempo, sobrejetora e injetora. Assim, consideradas as funções de A em B, representadas pelos seguintes esquemas, temos: 57 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Função Bijetora 58 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções 59 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções 60 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções OBSERVAÇÃO IMPORTANTE Função simples é quando a função f não é sobrejetora, e nem injetora 61 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Potencias e raízes Potencia de expoente natural Potencia de expoente inteiro negativo Raiz enézima aritmética Potencia de expoente racional Potencia de expoente irracional Potencia de expoente real 62 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Funções exponenciais As aparências enganam Mateus e Hugo são colegas de turma. Outro dia, Hugo, o melhor aluno da sala em Matemática, fez a Mateus uma proposta estranha: Durante 10 dias, a partir de hoje, vou lhe dar 10000 reais por dia. Em compensação, você me dará 10 reais hoje e, a cada dia até o último dia, o triplo do dia anterior. ou melhor, as potências 63 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções A operação potenciação Se a, b e x são números reais, define-se a operação potenciação, expressa pela igualdade: ax = b a é a base x é o expoente b é a potência De acordo com o tipo de expoente, a potenciação apresenta restrições quanto ao valor da base. 64 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Potência de expoente natural Se a é real e n é natural, definimos: a0 = 1 a1 = a (a ≠ 0) an = a.a.a. ... .a (n ≥ 2) n fatores 65 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Potência de expoente inteiro negativo Se a e n são números reais, com a ≠ 0, define-se: a–n = 1 a n = 1 an 66 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Potência de expoente inteiro fracionário racional Se a é real, m e n são números inteiros, com n > 0, define-se: a = m n n √am 67 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Propriedades da potenciação ay b ax . ay = ax+y ax = ax–y (ax)y = ax.y (a.b)x = ax.bx a x bx ax = 68 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Exemplos √3 33.32 40,3. 40,2 = 40,3+0,2 = 40,5 = 41/2 = √4 = 2 32x – 1 = 32x 31 = (3x)2 3 = 31/2 33.32 = 33 + 2 – 1/2 = 39/2 5x 2x.32x = 5x 2x.(32)x = 5x 2x.9x = 5 2.9 x = 5 18 x . . 69 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Crescimento e decrescimento exponencial Crescimento exponencial Vamos imaginar o seguinte experimento. A temperatura de um líquido, inicialmente a 10 ºC, aumenta em 30% a cada minuto. Isso significa que, a cada minuto, sua temperatura T é multiplicada por 1,3. (100% + 30% = 1 + 0,3 = 1,3). 70 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Vamos obter as temperaturas em oC, em alguns instantes do experimento. Temperatura inicial: T0 = 10 1 minuto: T1 = 10.(1,3)1 = 10.(1,3) 2 minutos: T2 = 10.(1,3)2 = 10.(1,69) = 13 = 16,9 3 minutos: T3 = 10.(1,3)3 = 10.(2,2) = 22 4 minutos: T4 = 10.(1,3)4 = 10.(2,86) = 28,6 6 minutos: T6 = 10.(1,3)6 = 10.(4,83) = 48,3 t minutos: T = 10.(1,3)t 71 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Veja o gráfico de T em função do tempo t. t(min) T(oC) 0 10 1 13 2 16,9 3 22 4 28,6 6 48,3 t(min) T(oC) 0 1 2 3 4 20 40 60 80 5 6 72 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Vamos supor agora a seguinte situação. A temperatura de um líquido, inicialmente a 70 ºC, diminui em 20% a cada minuto. Isso significa que, a cada minuto, sua temperatura T é multiplicada por 0,8. (100% – 20% = 1 – 0,2 = 0,8). 73 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Vamos obter as temperaturas em oC, em alguns instantes do experimento. Temperatura inicial: T0 = 70 1 minuto: T1 = 70.(0,8)1 = 70.(0,8) 2 minutos: T2 = 70.(0,8)2 = 70.(0,64) = 56 = 44,8 3 minutos: T3 = 70.(0,8)3 = 70.(0,512) = 35,8 4 minutos: T4 = 70.(0,8)4 = 70.(0,41) = 28,7 6 minutos: T6 = 70.(0,8)6 = 70.(0,262) = 18,3 t minutos: T = 70.(0,8)t 74 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Veja o gráfico de T em função do tempo t. t(min) T(oC) 0 70 1 56 2 44,8 3 35,8 4 28,7 6 18,3 t(min) T(oC) 0 1 2 3 4 20 40 60 80 5 6 75 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Funções exponenciais Funções como a que acabamos de analisar são chamadas de funções exponenciais. Nos dois casos a variável t é expoente de uma potência de base constante. T = 10.(1,3)t T = 70.(0,8)t base (1,3) ⇒ Crescente. base (0,8) ⇒ Decrescente. 76 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Funções exponenciais De modo geral, se a é uma constante real (a > 0 e a ≠ 1), chamamos de função exponencial elementar de base a a função definida por: y = f(x) = ax 77 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Exemplos y = 5x → base 5 y = (0,3)x → base 0,3 y = 2–x ou y = 1 2 x → base 1/2 78 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Funções exponenciais - Resumo Da análise dos dois últimos gráficos, tiramos algumas conclusões sobre a função exponencial elementar y = ax (a > 0 e a ≠ 1): O domínio é os Reais; O conjunto imagem é os Reais positivos; Ela é crescente em todo o seu domínio para a > 1. Ela é decrescente em todo o seu domínio para 0 < a < 1. 79 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Equacões exponenciais Chama-se equação exponencial toda equação cuja incognita aparece no expoente. A resolução de uma equação exponencial se baseia nas propriedades abaixo. am = an ⇔ m = n am = bm ⇔ m = 0 P1 P2 80 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Exemplos: Resolver as equações exponenciais. a) 3x = 27 3x = 27 ⇒ 3x = 33 ⇒ x = 3 b) 52x – 1 = 125 52x – 1 = 125 ⇒ 52x – 1 = 53 ⇒ 2x – 1 = 3 ⇒ 2x = 4 ⇒ x = 2 81 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Resolver as equações exponenciais. e) 2x + 1 – 2x + 3.2x – 2 = 14 2x.21 – 2x + 3.2x.2–2 = 14 Vamos isolar em toda equação a potência 2x. Fazendo 2x = y. 2y – y + 3. y 4 = 14 ⇒ 8y – 4y + 3y = 56 ⇒ 7y = 56 ⇒ y = 8 ⇒ 2x = 8 ⇒ 2x = 23 ⇒ x = 3 82 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Resolver as equações exponenciais. f) 9x + 3x + 1 = 4 (32)x + 3x.3 = 4 Vamos isolar em toda equação a potência 3x. Fazendo 3x = y. ⇒ y2 + 3y – 4 = 0 ⇒ y’ = –4 e y” = 1 ⇒ 3x = –4 (impossível) ⇒ 3x = 1 ⇒ 3x = 30 ⇒ (3x)2 + 3x.3 = 4 ⇒ x = 0 83 CÁLCULO I Módulo B - Inequacões exponenciais Chama-se inequação exponencial toda inequação cuja incognita aparece no expoente. A resolução de uma inequação exponencial se baseia nas propriedades abaixo. P3 P4 am > an ⇔ m > n Mesmo sentido am > an ⇔ m < n Sentidos contrários ⇒ para a > 1 ⇒ para 0 < a < 1 84 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Resolver as inequações exponenciais. a) 53x – 1 > 25x + 2 53x – 1 > (52)x + 2 ⇒ 53x – 1 > 52x + 4 ⇒ 3x – 1 > 2x + 4 base > 1, mantém-se o sentido ⇒ 3x – 2x > 4 – 1 ⇒ x > 3 85 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções Resolver as inequações exponenciais. c) 9x – 3x + 1 – 3x + 3 ≤ 0 (32)x – 3x.31 – 3x + 3 ≤ 0 Vamos isolar em toda equação a potência 3x. Fazendo 3x = y. ⇒ (3x)2 – 3x.3 – 3x + 3 ≤ 0 ⇒ y2 – 3y – y + 3 ≤ 0 ⇒ y2 – 4y + 3 ≤ 0 ⇒ 1 ≤ y ≤ 3 ⇒ 1 ≤ 3x ≤ 3 ⇒ 30 ≤ 3x ≤ 31 ⇒ 0 ≤ x ≤ 1 86 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Logarítmos Conceito de logaritmo Antilogarítmo Consequências da definição Sistemas de logaritmos Propriedades dos logaritmos Mudança de base Função logarítmica Definição Propriedades Imagem Gráfico Equação logarítmica 87 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Qual é o tempo? Giovanna ganhou 1 000 reais de seu pai pra fazer sua festa de 15 anos. Ao receber o dinheiro, no entanto, resolveu abrir mão da festa. É que ela queria comprar um computador. Mas havia um problema: o computador que ela queria custava 1 500 reais. O jeito era aplicar o dinheiro que tinha, até conseguir o valor necessário. 88 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Giovanna foi ao banco e conseguiu uma taxa de 5% ao mês, capitalizados mensalmente. Chegando em casa, ficou curiosa. Em quanto tempo os 1000 reais aplicados se transformariam nos 1500 reais de que precisava? Qual é o tempo? Ela havia acabado de aprender a calcular juros compostos. Fez, então, as suas contas. 89 Veja os cálculos MÓDULO B – Relações e Funções. Capital aplicado: C = 1 000 Taxa: 5 % ao mês = 0,05 ao mês Montante pretendido: M = 1 500,00 M = C.(1 + i)t ⇒ 1 500 = 1 000 . (1,05)t ⇒ 1,05t = 1,5 Giovanna concluiu, portanto, que seu objetivo seria atingido no final do 9º mês de aplicação. 1,057 ≈ 1,407 1,058 ≈ 1,477 1,059 ≈ 1,551 90 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Qual é o expoente? A teoria dos logaritmos é muito útil em problemas como esse, que envolve a determinação de um expoente. Como poderia ser obtido, com uma aproximação razoável e sem utilizar o método das tentativas, o valor de t na equação 1,05t = 1,6? 91 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. A base 10 Todo número positivo pode ser escrito como uma potência de base 10, ou como uma aproximação dessa potência. Veja os exemplos: 1 = 100 0,1 = 10–1 10 = 101 0,01 = 10–2 100 = 102 0,001 = 10–3 1 000 = 103 0,0001 = 10–4 10 000 = 104 0,00001 = 10–5 92 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. 2 = 100,301 3 = 100,477 7 = 100,845 Na maioria dos casos, torna-se difícil escrever um número como potência de base 10. Em valores aproximados apresentamos os exemplos: 11 = 101,041 13 = 101,114 93 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Exemplos 4 = 22 = (100,301)2 = 10 0,602 Usando as igualdades 2 = 100,301 e 3 = 100,477, escreva os números 4, 5 e 6 como potência de base 10. 5 = = = 101 – 0,301 10 2 10 100,301 = 10 0,699 94 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Usando as igualdades 2 = 100,301 e 3 = 100,477, escreva o número 60 como potência de base 10. 60 = 2.3.10 = 10 0,301 . 10 0,477 . 10 ⇒ 60 = 10 0,301 + 0,477 + 1 ⇒ 60 = 10 1,778 95 CÁLCULO I Módulo B - Logaritmo como expoente O conceito de logaritmo está associado à operação potenciação: mais precisamente à determinação do expoente. Veja: 2x = 8 ⇒ x = 3 No caso, dizemos, que o logaritmo de 8, na base 2 , é igual ao expoente 3. Em símbolos, log2 8 = 3 96 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Observe: calcular o log2 8 é descobrir o expoente ao qual se deve elevar a base 2, para obter, como resultado, a potência 8. Vale, portanto a equivalência: log2 8 = 3 ⇔ 23 = 8 Calcular um logaritmo é obter um expoente. Logaritmo é o mesmo que expoente. 97 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Definição Suponhamos dois reais positivos a e b (a ≠ 1). Se ax = b, dizemos que x é o logaritmo de b na base a (simbolicamente loga b = x). loga b = x ⇔ ax = b a é a base b é o logaritmando ou antilogaritmo x é o logaritmo 98 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Condição de existência do logaritmo Da definição, concluímos que o logaritmo só existe sob certas condições: loga b = x ⇔ b > 0 a > 0 a ≠ 1 99 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. multiplicações em adições divisões em subtrações potenciações em multiplicações Propriedades dos logaritmos O logaritmo tem uma particularidade importante. Ele transforma operações mais complicadas em operações mais simples. Com as propriedades dos logaritmos podemos transformar: 100 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Logaritmo do produto De modo geral, o logaritmo do produto de dois números, numa certa base, é a soma dos logaritmos desses números, na mesma base. Loga (x.y) = loga x + loga y 101 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Logaritmo do quociente De modo geral, o logaritmo do quociente de dois números, numa certa base, é a diferença dos logaritmos desses números, na mesma base. Loga (x/y) = loga x – loga y 102 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Logaritmo da potência Generalizando, o logaritmo de uma potência, é igual ao produto do expoente da potência pelo logaritmo da base. Loga xk = k . loga x 103 CÁLCULO I Módulo B – Mudança de base Observe uma calculadora científica. Ela permite o cálculo apenas dos logaritmos decimais (tecla log) Como obter então, numa calculadora, logaritmos em outras bases? Será possível achar, por exemplo, os valores de log3 5 e log7 23? 104 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Fórmula de mudança de base De modo geral, podemos calcular logba, utilizando uma outra base k arbitrária. Para isso, dividimos o logaritmo de a pelo logaritmo de b, na base k escolhida. logk a logk b Logb a = 105 CÁLCULO I MÓDULO B – Relações e Funções. Exemplos Resolver a equação 5x = 20, dados os logaritmos decimais log 5 = 0,699 e log 20 = 1,301. 5x = 20 ⇒ x = log5 20 log10 20 log10 5 log5 20 = log 20 log 5 = 1,301 0,699 = = 1,861 106
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