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Respostas dos Exercicios do Livro(4PP)

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Respostas dos Exercícios do Livro 
 
Análise e entendimento (p. 283) 
8. O “péssimo teórico” de adorno e Horkheimer se expressa na interpretação 
a) da razão iluminista como controladora e instrumental, tanto da natureza quanto do próprio ser 
humano; 
b) do desenvolvimento tecnológico e industrial como instrumento de dominação das pessoas; 
c) do desencantamento do mundo 
d) da deturpação das consciências individuais; 
e) da assimilação dos indivíduos ao sistema social dominante; 
f) da morte da razão crítica, asfixiada pelas relações às possibilidades de transformação dessa 
realidade social; 
h) da assimilação da classe revolucionária do proletariado pelo sistema capitalista; 
i) da indústria cultural e da diversão como meio de homogeneização dos comportamentos, da 
massificação das pessoas etc. 
 
9. O pensamento de Benjamin distingue-se do de Adorno e Horkheimer por sua postura mais 
otimista em relação à indústria cultural. Destaca o fato de que, mediante as técnicas de reprodução 
(discos, reprografia e processos semelhantes), a arte se tornaria acessível a todos. Enquanto 
Adorno e Horkheimer entendiam que a cultura veiculada pelos meios de comunicação de massa 
não permitiria que as classes assalariadas assumissem uma posição crítica em relação à realidade, 
Benjamin acredita que a arte dirigida às massas poderia servir como instrumento de politização. 
 
10. Resposta Pessoal. Na análise da afirmação, porém, o aluno deve assinalar que Marcuse 
considerava que Freud tinha razão ao diagnosticar que a história social do ser humano é a história 
de sua repressão, do combate ao livre prazer em prol do trabalho, do adiamento do princípio do 
prazer para atender ao principio da realidade. Mas Marcuse discordava do psicanalista quando 
este dizia que, sem essa renúncia ao prazer, a vida social seria impossível. Para Marcuse, as 
imposições repressivas são antes m produtos de uma organização histórico-social específica. Para 
ele, seria possível uma civilização menos repressiva com o desenvolvimento tecnológico, que 
criaria condições para a libertação quanto à obrigação do trabalho e a conseqüente ampliação do 
tempo livre. Mas essa libertação só ocorrerá segundo elem, se houver a intervenção do ser 
humano para reorientar a trajetória histórica possibilita por esse desenvolvimento. 
 
11. De fato, para Habermas, o potencial para racionalização do mundo ainda não estaria esgotado, 
e sua teoria da ação comunicativa expressa essa confiança. Nela, ele propõe um novo conceito de 
razão: dialógica, que brota do diálogo e da argumentação entre os agentes interessados em uma 
determinada situação, isto é, da ação comunicativa, do uso da linguagem como meio de conseguir 
o consenso. 
O conceito de razão dialógica afeta o conceito de verdade, que não seria mais a adequação do 
pensamento à realidade, e sim o fruto da ação comunicativa. A verdade seria intersubjetiva, pois 
surgia do diálogo entre os indivíduos. Nesse dialogo se aplicariam algumas regras, como a não 
contradição, a clareza de argumentação e a falta de constrangimentos de ordem social. 
Razão e verdade assim entendidas fortalecem então a importância da democracia, pois se torna 
necessária uma ação social que fortaleça as estruturas capazes de promover as condições de 
liberdade e de não constrangimento, imprescindíveis ao dialogo. O dialogo, então, exigirá o 
aperfeiçoamento da democracia e conduzirá a ele. 
 
Conversa Filosófica (p. 283) 
5. Quarto poder 
Resposta Pessoal. Espera-se promover entre os alunos uma reflexão e um debate sobre o papel da 
imprensa, da propaganda, da indústria cultural em suas vidas, na maneira de ser, sentir e pensar 
de cada um. 
 
Análise e entendimento (p. 287) 
12. 
a) O termo pós-moderno designa o fim do projeto da modernidade, ou seja, a falência 
historicamente constatada de que a razão possa favorecer a emancipação humana, e se aplica a um 
grupo de intelectuais que têm em comum essa critica ao projeto da modernidade. 
b) De forma sintética, a filosofia pós-moderna caracteriza-se: 
1) Por um ceticismo teórico e pratico 
2) por se aproximar do irracionalismo, devido a sua critica ao desenvolvimento da razão no 
mundo moderno. 
3) por estar próxima do anti-humanismo (abandono do sujeito), no entendimento de que a ação 
humana esta submetida aos mecanismos de controle derivados da estrutura socioeconômica. Mas 
é possível discorrer mais amplamente sobre diversos pontos em comum das filosofias pos-
modernas, como: sua denuncia dos diversos aspectos da vida social, principalmente aqueles em 
que a “racionalização” levou à opressão e ao controle das pessoas; o fato de que isso se faz de 
forma fragmentaria, refletindo a pluralidade cultural e a diversidade das pessoas etc. 
 
13. A microfísica do poder é uma analise que expressa a idéia de que, a partir do século XVIII, o 
poder fragmentou-se em micropoderes, tornando-se muito mais eficaz, porque a disciplina social 
passou a ser interiozada e cumprida por uma rede imensa de pessoas, como pais, porteiros, 
enfermeiros, professores, secretarias etc. Assim, na vida cotidiana, segundo o filosofo, esbarramos 
mais nos guardiões dos micropoderes do que nos detentores dos macropoderes. 
Já em sua genealogia do poder, Foucault caracteriza a sociedade contemporânea como uma 
sociedade disciplinar, na qual prevalece a produção de praticas disciplinares de vigilância e 
controle constante, que se estendem a todos os âmbitos da vida dos indivíduos e de diversas 
formas. Uma das formas mais eficientes se dá, segundo ele, pelos discursos e práticas cientificas. 
Assumindo a face do saber, o poder atingiria os indivíduos em seu corpo, em seu comportamento 
e em seus sentimentos. 
 
14. O desconstrutivismo é um método filosófico que, por intermédio da analise lingüística, 
procura mostrar como construções culturais certos centros (logos) ou verdades absolutas (como 
Deus, razão etc). E negar sua supremacia em relação ao seu par lógico, sem o qual não teriam 
sentido. A desconstrução pretende mostrar como se dá a construção de certas noções, como depois 
elas passam a ter função predominante na cultura e, por ultimo, como elas podem ser usadas 
como forma de dominação. 
 
15. Porque, segundo o filósofo, no processo de massificação se dá uma neutralização das 
perspectivas de transformação social, e os indivíduos aderem à banalização da vida cotidiana, 
perdendo sua identificação com sua classe social. Essa adesão seria reforçada pelo que ele 
qualificou de hiper-realidade, ou seja, a realidade virtual criada pela mídia, que substituiria, para 
os indivíduos, a própria realidade. 
 
Conversa Filosófica (p. 287) 
6. Sociedade de massa 
O termo indústria cultural, difundido por Adorno e Horkheimer, refere-se à indústria da diversão 
vulgar, veiculada por televisão, radio, revistas, jornais, musica, propagandas etc. Por meio da 
indústria cultural e da diversão, obter-se-ia a homogeneização dos comportamentos, a 
massificação das pessoas. O homem unidimensional, definido por Marcuse como um ser incapaz 
de criticar a opressão e construir alternativas futuras, é produto do desenvolvimento tecnológico e 
da sociedade de massas. A hiper-realidade, de Baudrillard, caracteriza a sociedade contemporânea 
e refere-se à realidade virtual veiculada pelos meios de comunicação, a qual substituíra a própria 
realidade. Todos têm como fator comum a alienação. 
 
Para pensar (p. 288) 
1. De acordo com o texto, o existencialismo não é o humanismo que torna o ser humano como fim 
e como valor superior, que concebe como um ser acabado e moldado segundo os atos mais altos 
de certos indivíduos. Não é um humanismo que cultua “o homem” ideal, a humanidade, como fez 
Comte. Para o existencialismo,isso seria impossível, pois ele entende o individuo como um ser 
pleno de não ser, que esta sempre por fazer-se. Por isso, está sempre se projetando e se perdendo 
fora de si, e é justamente assim que ele faz existir o ser humano: perseguindo fins transcendentes, 
buscando uma superação de si mesmo e vivendo no coração dessa superação e dessa liberdade, 
sempre imerso no universo da subjetividade humana. 
 
2. A frase refere-se ao culto ou religião da humanidade criado por Comte, que elaborou um 
catecismo positivista, obcecado pela ordem e repleto de concepções dogmáticas, autoritárias e 
conservadoras. O fascismo é um sistema político nacionalista e autoritário, de ideologia 
ultradireitista, fundado por Benito Mussolini (1883-1945), na Itália, que impôs uma dura ordem 
militarista ao povo italiano. 
 
3. A afirmação refere-se à interpretação de Sartre de que a característica tipicamente humana é a 
de ser um “espaço aberto”. Esse “vazio de ser” permite ao individuo a liberdade de não ter uma 
consciência já pronta, acabada, fechada. Assim, sem estar preso a uma “natureza humana”, nem a 
um Deus transcendente, ele se torna legislador de si próprio.

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