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Principio do devido processo legal

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Principio do devido processo legal
O principio do devido processo legal impõe a aplicação no processo das normas processuais traçadas para a sua tramitação com a devida observância dos princípios e normas constitucionais, compreendendo algumas garantias fundamentais como a do juiz natural (art. 5°, XXXVII, CF), do juiz competente (art. 5°, LIII, CF), da garantia do acesso à justiça (art. 5°, XXXV, CF), da ampla defesa e do contraditório (art. 5°, LV, CF), além da fundamentação das decisões judiciais (art. 93, IX, CF).
Tal princípio mostra-se fundamental no Estado Democrático de Direito em que o país vive, onde a observância das normas processuais, além dos preceitos fundamentais aplicáveis ao processo deve fundamenta-la, para um melhor resultado da prestação jurisdicional.
O processo em uma perspectiva contemporânea será justo quando este pautar-se, no principio do devido processo legal, em que se desdobra em duas visões, na regularidade formal e na substancial.
Na regularidade formal, o processo deve tramitar adequando-se ao melhor forma dada pelo direito substancial. É a manifestação da instrumentalidade do direito processual em que ele será o caminho para a realização do direito material.
Nesta visão de instrumentalidade do direito processual funda-se a razoável duração do processo, com a pretensão de tornar mais célere à realização da prestação jurisdicional, porem sem prejudicar um andamento viável para uma boa analise da matéria trazida pelas partes ao judiciário. Isso se deu com a emenda constitucional n° 45 de 8/12/2004 que acrescentou o inciso LXXVIII ao artigo 5° da Constituição Federal.
Quanto à regularidade substancial, destaca-se que o juiz, não deve se dá ao alvedrio de meramente repetir o que a literalidade das normas, sua função jurisdicional vai, além disso. O juiz tem uma tarefa integrativa, devendo este ao interpretar a norma em que irá aplicar ao caso, complementa-la, atualizando e adequando a norma aos fatos e valores apreciados no processo. A complementação dar-se-á pela atualização e aperfeiçoamento da norma que poderá sofrer um atraso normativo, que se dá pela lenta adequação ou a não adequação da lei a rápida evolução social.
Ao interpretar e aplicar o direito positivo no julgamento da causa observará critérios éticos e consuetudinários, almejando um resultado justo no plano substancial, porem, pela força dos direito fundamentais, em que sua realização é obrigação incita do Estado, por ser o processo meio de efetivação da ordem constitucional, deverá o juiz integrar os direitos fundamentais.
O objetivo do devido processo legal é assim, a realização do processo justo, pois, conforme a doutrina, o processo justo é aquele que se desenvolve respeitando os parâmetros fixados pelas normas constitucionais e as infraconstitucionais que a elas se pautam além dos valores consagrados pela sociedade.

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