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INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS

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MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO 
DE 
ACIDENTES AERONÁUTICOS 
 
 
 
NSMA 3-1 
 
CONCEITUAÇÃO DE VOCÁBULOS, EXPRESSÕES E 
SIGLAS DE USO NO SIPAER 
 
26 Fev. 99 
 
 
 
 
MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA 
ESTADO-MAIOR DA AERONÁUTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
INVESTIGAÇÃO E PREVENÇÃO 
DE 
ACIDENTES AERONÁUTICOS 
 
 
 
NSMA 3-1 
 
CONCEITUAÇÃO DE VOCÁBULOS, EXPRESSÕES E 
SIGLAS DE USO NO SIPAER 
 
26 Fev. 99 
 
 
PORTARIA NO 009 /EMAER, DE 26 DE FEVEREIRO DE 1999. 
Aprova a reedição da norma que dispõe sobre a conceituação dos 
vocábulos, expressões e siglas de uso no Sistema de Investigação e 
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER). 
O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DA AERONÁUTICA, no uso de suas atribuições que 
lhe confere o item 3.3 da IMA 700-1, de 19 de outubro de 1998, resolve: 
Art. 1
o
 Aprovar a reedição da NSMA 3-1 “CONCEITUAÇÃO DE VOCÁBULOS, 
EXPRESSÕES E SIGLAS DE USO NO SIPAER”, elaborada pelo Centro de Investigação e Prevenção de 
Acidentes Aeronáuticos - CENIPA. 
Art. 2
o
 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação. 
Art.3
o
 Revoga a Portaria 001/EMAER, de 29 de janeiro de 1990. 
Ten.-Brig.-do-Ar MARCUS HERNDL 
Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica 
 
(Publicada no Bol. Ext. Ost do EMAER nº 002, de 26 de fevereiro de 1999).
 
26 Fev. 99 NSMA 3-1 
 
 
SUMÁRIO 
Página 
1 D I S P O S I Ç Õ E S P R E L I M I N A R E S ........................................................................................................................................................................................................................7 
1.1 FINALIDADE.......................................................................................................................................................................7 
1.2 OBJETIVO ...........................................................................................................................................................................7 
1.3 ÂMBITO ................................................................................................................................................................................7 
2 S I G L A S ...........................................................................................................................................................................................................................................................................................9 
3 C O N C E I T U A Ç Õ E S ..........................................................................................................................................................................................................................................................11 
4 D I S P O S I Ç Ã O F I N A L ...................................................................................................................................................................................................................................................... 31 
R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S .............................................................................................................................................................................................................33 
Í N D I C E .........................................................................................................................................................................................................................................................................................35 
 
26 Fev. 99 NSMA 3-1 
 
7 
1 DISPOSIÇÕES PRELIMINARES 
1.1 FINALIDADE 
Definir a conceituação dos termos e expressões utilizadas nas atividades de Investigação e 
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos e padronizar as siglas empregadas na linguagem técnica de 
Segurança de Vôo. 
1.2 OBJETIVO 
Estabelecer uniformidade na elaboração de relatórios e outros documentos específicos da 
atividade do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIPAER). 
1.3 ÂMBITO 
Esta NSMA aplica-se a todas as atividades realizadas pelo SIPAER através de seus órgãos 
constitutivos. 
 
26 Fev. 99 NSMA 3-1 
 
9 
2 SIGLAS 
ASV - Agente de Segurança de Vôo 
CCE - Centro de Controle de Emergência 
CCI – Cadeia de Comando de Investigação 
CHE - Certificado de Homologação de Empresa 
CHT - Certificado de Homologação de Tipo 
CHST - Certificado de Homologação Suplementar de Tipo 
CIAA - Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico 
CFIT - Controlled Flight Into Terrain- colisão com o terreno, ou água, em vôo controlado 
CNPAA - Comitê Nacional de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 
CPAA - Comissão de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 
CRM - Crew Resource Management - Gerenciamento dos Recursos da Tripulação 
CSV - Curso de Segurança de Vôo 
CVE - Corpo de Voluntários de Emergência 
DA - Diretriz de Aeronavegabilidade 
DIPAA - Divisão de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 
DIVOP - Divulgação Operacional 
DPAA - Divisão de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 
EC - Elemento Credenciado 
EC-AA - Elemento Credenciado - Aeroportos 
EC-CTA - Elemento Credenciado - Controle de Tráfego Aéreo 
EC-FH - Elemento Credenciado - Fator Humano 
EC-FM - Elemento Credenciado - Fator Material 
EC-FT – Elemento Credenciado - Fotografia 
EC-NM - Elemento Credenciado - Nível Técnico de Manutenção 
EC-PREV - Elemento Credenciado - Prevenção 
EC-PV - Elemento Credenciado - Nível Técnico de Proteção ao Vôo 
ESV - Estágio de Segurança de Vôo 
ESV-AA - Estágio de Segurança de Vôo - Aeroportos 
ESV-CTA - Estágio de Segurança de Vôo - Controle de Tráfego Aéreo 
ESV-FH - Estágio de Segurança de Vôo - Fator Humano 
ESV-FM - Estágio de Segurança de Vôo - Fator Material 
ESV-FT – Estágio de Segurança de Vôo - Fotografia 
ESV-NM - Estágio de se Segurança de Vôo - Nível Técnico de Manutenção 
ESV-PV - Estágio de Segurança de Vôo - Nível Técnico de Proteção ao Vôo 
10 
 
FH - Fator Humano 
FM - Fator Material 
FO - Fator Operacional 
FOD - Foreing Object Damage - Dano Causado por Objeto Estranho 
GR – Gerenciamento do Risco 
IAA - Investigação de Acidente Aeronáutico 
LT - Laudo Técnico 
NSMA - Norma de Sistema do Ministério da Aeronáutica 
OSV - Oficial de Segurança de Vôo 
PCA - Programa de Conservação da Audição 
PCM - Posto de Coordenação Móvel 
PEAA - Plano de Emergência Aeronáutica em Aeródromo 
PPAA - Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. 
RCSV - Relatório Confidencial para Segurança de Vôo 
RF - Relatório Final 
RELIAA - Relatório de Investigação de Acidente Aeronáutico 
RELIN - Relatório de Incidente 
RELOS - Relatório de Ocorrência de Solo 
RELPER - Relatório de Perigo 
RICEA - Relatório de Investigação do Controle do Espaço Aéreo 
RP - Relatório Preliminar 
RS - Relatório Semestral 
RSV – Recomendação de Segurança de Vôo 
SI - Síntese de Incidente 
SIPAA - Seção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 
SIPAER - Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 
SIPAAerEx - Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos do Exército 
SIPAAerM - Serviço de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos da Marinha 
SPAA - Seção de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 
SSIPAA - Subseção de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos 
VSV - Vistoria de Segurança de Vôo 
VT - Visita Técnica de Segurança de Vôo 
26 Fev. 99 NSMA 3-1 
 
11 
3 CONCEITUAÇÕES 
3.1 AÇÃO INICIAL NO LOCAL DO ACIDENTE 
Conjunto de medidas preliminaresadotadas no local do acidente aeronáutico, de acordo com 
técnicas específicas e por pessoal habilitado, visando à preservação de indícios, à desinterdição da pista e 
ao levantamento inicial de danos causados a terceiros e de outras informações necessárias ao processo de 
investigação. 
3.2 ACIDENTE AERONÁUTICO 
Toda ocorrência relacionada com a operação de uma aeronave, havida entre o período em que 
uma pessoa nela embarca com a intenção de realizar um vôo, até o momento em que todas as pessoas 
tenham dela desembarcado e, durante o qual, pelo menos uma das situações abaixo ocorra: 
a) qualquer pessoa sofra lesão grave ou morra como resultado de estar na aeronave, em 
contato direto com qualquer uma de suas partes, incluindo aquelas que dela tenham se desprendido, ou 
submetida à exposição direta do sopro de hélice, rotor ou escapamento de jato, ou às suas conseqüências. 
Exceção é feita quando as lesões resultem de causas naturais, forem auto ou por terceiros infligidas, ou 
forem causadas a pessoas que embarcaram clandestinamente e se acomodaram em área que não as 
destinadas aos passageiros e tripulantes; 
b) a aeronave sofra dano ou falha estrutural que afete adversamente a resistência estrutural, 
o seu desempenho ou as suas características de vôo; exija a substituição de grandes componentes ou a 
realização de grandes reparos no componente afetado. Exceção é feita para falha ou danos limitados ao 
motor, suas carenagens ou acessórios; ou para danos limitados a hélices, pontas de asa, antenas, pneus, 
freios, carenagens do trem, amassamentos leves e pequenas perfurações no revestimento da aeronave; 
c) a aeronave seja considerada desaparecida ou o local onde se encontre seja 
absolutamente inacessível. 
Nota - Em observância ao Anexo 13 da OACI, as lesões decorrentes de um Acidente 
Aeronáutico que resultem em fatalidade até 30 dias da data da ocorrência são consideradas lesões fatais. 
Nota - Uma aeronave será considerada desaparecida quando as buscas oficiais forem 
encerradas e os destroços não forem encontrados. 
3.3 AERONAVE 
Todo aparelho, manobrável em vôo, apto a se sustentar e a circular no espaço aéreo mediante 
reações aerodinâmicas que não sejam as reações do ar contra a superfície. 
3.4 AERONAUTA 
Profissional, habilitado por autoridade aeronáutica competente, que exerce atividade a bordo 
de aeronave civil nacional, mediante contrato de trabalho. Considera-se aeronauta, também, quem exerce 
atividade a bordo de aeronave estrangeira, em virtude de contrato de trabalho regido pelas leis brasileiras. 
A atividade do aeronauta é regulada pela Lei 7.183 “Regulamentação Profissional do 
Aeronauta”. 
3.5 AERONAVE BRASILEIRA 
Aeronave de matrícula brasileira, definitiva ou provisória, ou aquela que, mesmo exibindo 
matrícula estrangeira, já tenha iniciado o seu processo de inscrição no Registro Aeronáutico Brasileiro 
(RAB). 
12 
3.6 AERONAVE ESTRANGEIRA 
Aeronave de matrícula estrangeira, sem que haja processo para a sua inscrição no Registro 
Aeronáutico Brasileiro (RAB). 
3.7 AGENTE DE SEGURANÇA DE VÔO (ASV) 
Pessoa, civil ou militar da reserva de força armada ou força auxiliar brasileira, que concluiu o 
Módulo de Investigação do Curso de Segurança de Vôo (CSV). 
Tem as suas qualificações, atribuições e responsabilidades previstas na NSMA 3-2 “Estrutura e 
Atribuições do SIPAER”, NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico” e NSMA 3-10 
“Formação e Atualização Técnico-Profissional do Pessoal do SIPAER”. 
3.8 ASSESSOR 
Pessoa designada por um país, com base em suas qualificações, com a finalidade de 
assessorar o Representante Acreditado deste país numa investigação. 
3.9 CADEIA DE COMANDO DE INVESTIGAÇÃO (CCI) 
Órgãos envolvidos em um processo de investigação de acidente aeronáutico, incidente 
aeronáutico ou ocorrência de solo, que têm a responsabilidade de avaliar, opinar e adotar medidas 
corretivas, registrando essa participação em formulário específico do respectivo processo. 
Os órgãos da CCI têm as suas atribuições previstas na NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e 
de Incidente Aeronáutico”. 
3.10 CENTRO DE CONTROLE DE EMERGÊNCIA (CCE) 
Local designado ou adaptado em cada aeródromo, de onde são coordenadas todas as ações 
durante o atendimento a uma emergência aeronáutica. 
3.11 COMANDANTE DA AERONAVE OU PILOTO EM COMANDO 
Piloto responsável pela operação e segurança da aeronave. Exerce a autoridade que a 
legislação aeronáutica lhe atribui. 
3.12 COMANDO INVESTIGADOR (CI) 
Comando que designa a Comissão de Investigação de Acidente Aeronáutico (CIAA) ou que 
designa o Oficial de Segurança de Vôo (OSV), o Agente de Segurança de Vôo (ASV) ou o Elemento 
Credenciado (EC) para a investigação de Incidente Aeronáutico ou Ocorrência de Solo. 
O Comando Investigador tem as suas atribuições previstas na NSMA 3-6 “Investigação de 
Acidente e de Incidente Aeronáutico”. 
3.13 COMISSÃO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE AERONÁUTICO (CIAA) 
Grupo de pessoas designadas para investigar um acidente aeronáutico, devendo ser adequado 
às características desse acidente. 
Tem a sua constituição e atribuições previstas na NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de 
Incidente Aeronáutico”. 
3.14 COMISSÃO DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS (CPAA) 
Grupo de pessoas de uma organização destinadas a gerenciar a Segurança de Vôo naquele 
âmbito, atuando na supervisão das tarefas específicas e das medidas destinadas a eliminar as fontes de 
perigo em potencial. 
Tem a sua constituição e atribuições previstas na NSMA 3-3 “Prevenção de Acidentes e de 
Incidentes Aeronáuticos”. 
3.15 COMISSÁRIO 
Auxiliar do comandante da aeronave, encarregado do cumprimento das normas relativas à 
segurança, do atendimento aos passageiros a bordo e da guarda de bagagens, documentos, valores e 
malas postais que lhe tenham sido confiados pelo comandante. 
3.16 COMUNICAÇÃO DE ACIDENTE, INCIDENTE AERONÁUTICO OU OCORRÊNCIA DE SOLO 
Ação formal de comunicar a ocorrência de um acidente ou incidente aeronáutico, ou ocorrência 
de solo à autoridade aeronáutica. 
13 
É regulada na NSMA 3-5 “Comunicação de Acidentes e de Incidentes Aeronáuticos”. 
3.17 CO-PILOTO 
Piloto que auxilia o comandante na operação da aeronave. 
3.18 CUSTO DO ACIDENTE AERONÁUTICO, DO INCIDENTE AERONÁUTICO OU DA OCORRÊNCIA DE SOLO 
Montante da despesa decorrente de uma ocorrência. Os seguintes aspectos são considerados 
nesse custo: reposição da aeronave, lesões a tripulantes, peças, conjuntos ou partes, mão-de-obra 
empregada para o reparo, danos causados a terceiros, e o custo da investigação. O custo é expresso na 
moeda em que a despesa for realizada e no parâmetro homem/hora para os serviços de recuperação. 
3.19 CUSTO DA INVESTIGAÇÃO 
Montante da despesa realizada com a investigação de um Acidente Aeronáutico, de um 
Incidente Aeronáutico ou de uma Ocorrência de Solo. Os itens que compõem este custo estão regulados na 
NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico.” 
3.20 DANOS A TERCEIROS 
Prejuízo decorrente de Acidente Aeronáutico, Incidente Aeronáutico ou Ocorrência de Solo, 
causado a quem não é o operador, explorador ou proprietário da aeronave. 
3.21 DANO CAUSADO POR OBJETO ESTRANHO (F.O.D.) 
Dano provocado por ação de corpo estranho, decorrente de sua ingestão pelo motor ou de sua 
presença indevida em outro local da aeronave. 
3.22 DESINTERDIÇÃO DE PISTA 
Ação coordenada para liberação de pista de pouso obstruída por Acidente, Incidente 
Aeronáutico ou Ocorrência de Solo. 
3.23 DIRETRIZ DE AERONAVEGABILIDADE (DA) 
Meio pelo qual o órgão homologador comunica aos detentores de Certificado de Homologação 
de Tipo (CHT) ou Certificado de Homologação Suplementar de Tipo (CHST), operadores de produtos que 
tenham apresentado condições de insegurança, quais as condições, limitações einspeções aplicáveis, a fim 
de que os mesmos possam continuar em operação, até que ações corretivas mandatórias definitivas sejam 
efetuadas. 
3.24 DIVULGAÇÃO OPERACIONAL (DIVOP) 
Expediente utilizado para a divulgação de assunto de interesse da prevenção de Acidente 
Aeronáutico. Pode ser apresentado em formulários característicos de cada organização, empresa ou 
unidade aérea. 
3.25 DOUTRINA 
Conjunto dos princípios que servem de base a um sistema . 
3.26 DURAÇÃO DA ATIVIDADE AÉREA 
Período em que o aeronavegante militar da Aeronáutica permanece exercendo a atividade 
aérea, incluindo as fases de preparação, operação e encerramento do vôo. Sua duração é definida em 
diretriz específica dos Comandos-Gerais ou Departamentos. 
3.27 ELEMENTO CREDENCIADO (EC) 
Pessoa, civil ou militar, que concluiu um dos Estágios de Segurança de Vôo ou o Módulo de 
Prevenção do Curso de Segurança de Vôo (CSV). 
É habilitado para uma área específica de atuação e tem as suas qualificações, atribuições e 
responsabilidades previstas na NSMA 3-2 “Estrutura e Atribuições do SIPAER”, NSMA 3-6 “Investigação de 
Acidente e de Incidente Aeronáutico” e NSMA 3-10 “Formação e Atualização Técnico-Profissional do 
Pessoal do SIPAER”. 
3.28 ELEMENTOS DE INVESTIGAÇÃO 
Aspectos, condições e situações observadas e consideradas como de interesse de avaliação e 
análise em uma investigação de Acidente, Incidente ou Ocorrência de Solo. 
14 
3.29 ELEVADO POTENCIAL DE PERIGO 
Circunstância que se caracteriza pela alta probabilidade de provocar ou contribuir para a 
ocorrência de um Acidente Aeronáutico. 
3.30 ELEVADO POTENCIAL DE RECORRÊNCIA 
Circunstância que provocou ou contribuiu para a ocorrência de um Acidente, de um Incidente 
Aeronáutico ou de uma Ocorrência de Solo e que, pelas suas características, tem grande probabilidade de 
se repetir. 
3.31 ELO DO SISTEMA ( ELO SIPAER) 
Órgão, cargo ou função dentro da estrutura das organizações que tem a responsabilidade do 
trato dos assuntos de Segurança de Vôo. 
Tem as suas atribuições estabelecidas na NSMA 3-2 “Estrutura e Atribuições do SIPAER”. 
3.32 EMERGÊNCIA AERONÁUTICA 
Compreende a situação em que uma aeronave e seus ocupantes se encontram sob condições 
de perigo, latente ou iminente, decorrente de sua operação, ou tenham sofrido suas conseqüências. A 
emergência aeronáutica, em função de sua gradação, demanda a preparação e a colocação em condições 
de uso imediato de meios diversos, tais como: hospitais, ambulâncias, médicos, paramédicos, bombeiros, 
policiais e outros. 
3.33 FADIGA DE VÔO 
Condição caracterizada por uma diminuição de eficiência do tripulante no desempenho da 
atividade aérea, relacionada com a duração ou repetição de vários estímulos ligados ao vôo. 
3.34 FASES DE ALERTA 
Classificação do grau de risco de uma emergência aeronáutica. São três as fases de alerta: 
a) Alerta Branco - nível de alerta para atendimento à aeronave em emergência, quando são 
remotas as possibilidades de se consumar o acidente aeronáutico, havendo, contudo, indícios de perigo 
latente que requerem atitudes de sobreaviso. 
b) Alerta Amarelo - nível de alerta para atendimento à aeronave em emergência, quando são 
iminentes as possibilidades de um acidente aeronáutico, requerendo o acionamento de meios de 
salvamento e de prestação de socorro. 
c) Alerta Vermelho - nível de alerta para atendimento à aeronave em emergência, quando o 
acidente aeronáutico é inevitável ou já está consumado. 
3.35 FASES DE OPERAÇÃO 
Diversas ocasiões da atividade aérea, classificadas de modo a permitir a identificação das 
circunstâncias de operação da aeronave. 
São classificadas como se segue: 
a) Operação de solo - quando há a realização de serviços de rampa, manutenção, 
tratoramento ou preparação da aeronave, sem que alguém esteja nela embarcada com a intenção de 
realizar o vôo. Esta fase inclui a aeronave estacionada, mesmo sem a realização de serviço ou atividade de 
qualquer natureza. 
As fases a seguir estão relacionadas com a intenção de vôo. 
b) Estacionamento - desde que alguém tenha embarcado para realizar o vôo, até o início da 
movimentação da aeronave por meios próprios, e a partir do corte do motor, no local regular para 
estacionamento. Esta fase inclui a operação de “push back” e a partida do motor, quando realizada antes do 
início da fase de rolagem. 
c) Partida do motor - do início dos cheques para a partida do motor até a conclusão dos 
cheques exigidos após a partida, quando não realizados na fase de estacionamento ou de rolagem. 
d) Cheque de motor ou rotor - do início ao término da realização dos procedimentos de 
verificação de funcionamento do motor, hélice ou rotor. 
15 
e) Rolagem - do início da movimentação da aeronave por meios próprios até o início da 
corrida de decolagem e do término da corrida após o pouso até o estacionamento. Esta fase inclui 
helicóptero taxiando sem contato com o solo. 
f) Pairado - fase em que o helicóptero já deixou o contato com o solo, mas permanece sem 
deslocamento horizontal ou vertical. 
g) Decolagem - do início da corrida de decolagem até a conclusão do 1º segmento de 
aceleração ou dos procedimentos exigidos após a decolagem ou, no caso de helicóptero, a partir do início 
de seu deslocamento para iniciar o vôo propriamente dito. Esta fase inclui a operação de desaceleração e 
parada da aeronave no caso de descontinuar (abortar) a decolagem. 
h) Subida - da conclusão do 1º segmento de aceleração da decolagem até a conclusão dos 
procedimentos (cheques) exigidos para o nivelamento. 
i) Cruzeiro - da conclusão dos cheques exigidos para nivelamento em rota até o início dos 
cheques exigidos para a descida. 
j) Manobra - da conclusão dos cheques necessários à realização da manobra até o seu 
término. 
k) Descida - do início dos cheques exigidos para descida até a entrada no circuito de tráfego, 
o início da espera, o início do procedimento de aproximação IFR ou a realização de vôo a baixa altura. 
l) Espera - a partir de um fixo (ou ponto) designado como referência da órbita até o início do 
procedimento IFR ou o prosseguimento da descida. 
m) Procedimento IFR - do início de uma fase do procedimento IFR, a partir de um fixo (ou 
ponto) de início, até a aproximação final. 
n) Aproximação Final - a partir de um fixo (ou ponto) de aproximação final em um 
procedimento IFR até ao ponto previsto para o início da arremetida no ar ou à obtenção de condições para 
o pouso (reta final). 
o) Circuito de Tráfego - da entrada na área do circuito de tráfego do aeródromo até a reta 
final. 
p) Reta Final - do fim da aproximação final do procedimento IFR ou da perna base do circuito 
de tráfego até o pouso. 
q) Pouso - do momento em que a aeronave entra no efeito solo, após a aproximação para 
pouso, até o toque com o trem de pouso, esquis ou flutuadores, ou até atingir a condição de vôo pairado. 
Esta fase inclui o toque do helicóptero com o solo após o pairado, quando este não é precedido por uma 
fase de rolagem. 
r) Corrida após o pouso - do momento do toque no solo ou na água até a aeronave 
abandonar o eixo de corrida com intenção de prosseguir na rolagem ou, mantendo o eixo, adquirir a 
velocidade de rolagem ou parar. Esta fase inclui pouso corrido de helicóptero. 
s) Arremetida no Ar - do início dos procedimentos de aproximação IFR perdida, ou de 
arremetida na reta final ou no pouso, antes do toque, até o início de novo procedimento de espera, 
procedimento IFR ou circuito de tráfego. 
t) Arremetida no solo - do início dos procedimentos de decolagem durante uma corrida após 
o pouso até a aeronave ter decolado. 
u) Vôo a baixa altura - inclui a realização de qualquer tipo de vôo em altura abaixo da mínima 
prevista para o vôo visual nas regras de tráfego aéreo. 
v) Indeterminado - quando, por insuficiência deinformações, não foi determinada a fase de 
operação da aeronave. 
w) Outras - é a situação não classificada em qualquer das fases conhecidas. 
3.36 FATOR CONTRIBUINTE 
Condição (ato, fato, ou combinação deles) que, aliada a outras, em seqüência ou como 
conseqüência, conduz à ocorrência de um Acidente, Incidente Aeronáutico, ou de uma Ocorrência de Solo, 
ou que contribui para o agravamento de suas conseqüências. Os fatores contribuintes classificam-se de 
acordo com a área de abordagem da Segurança de Vôo. 
Na área do Fator Humano 
16 
a) Aspecto fisiológico - é a participação de variáveis físicas ou fisiológicas no desempenho da 
pessoa envolvida. 
b) Aspecto psicológico - é a participação de variáveis psicológicas individuais, psicossociais 
ou organizacionais no desempenho da pessoa envolvida. 
Na área do Fator Material 
c) Deficiência de projeto - participação do projeto da aeronave ou componente, por 
inadequação do material estabelecido; dos controles, luzes ou instrumentos devido à interferência induzida 
pela sua forma, tamanho, instalação ou posicionamento; ou do estabelecimento inadequado de parâmetros 
de operação ou de manutenção preventiva. 
d) Deficiência de fabricação - participação do processo de fabricação, por deficiência na 
montagem, no material empregado ou no seu manuseio durante esse processo. 
e) Deficiente manuseio do material - participação do material em questão, devido à falha 
prematura decorrente de manuseio, estocagem ou utilização sob condições inadequadas até a sua entrada 
em operação, provocando alterações no seu comportamento previsto em projeto. 
Nota - Não está incluído o manuseio durante o processo de fabricação. 
Na área do Fator Operacional 
f) Condições meteorológicas adversas - participação de fenômenos meteorológicos, 
interferindo na operação e conduzindo-a a circunstâncias anormais. 
g) Deficiente infra-estrutura - participação de serviços de infra-estrutura aeronáutica, 
incluindo as condições físicas e operacionais do aeródromo, quando homologado. 
h) Deficiente instrução - participação do processo de treinamento recebido, por deficiência 
quantitativa ou qualitativa, não atribuindo ao instruendo a plenitude dos conhecimentos e demais condições 
técnicas necessárias para o desempenho da atividade. 
i) Deficiente manutenção - participação do pessoal de manutenção, por inadequação dos 
serviços realizados, preventivos ou corretivos, e do trato ou da interpretação de relatórios, boletins, ordens 
técnicas, e similares. 
j) Deficiente aplicação dos comandos - erro cometido pelo piloto, por uso inadequado dos 
comandos da aeronave. 
k) Deficiente controle de tráfego aéreo - participação do pessoal que realiza o controle de 
tráfego aéreo por inadequação da prestação desse serviço. 
l) Deficiente coordenação de cabine - erro decorrente da inadequada utilização dos recursos 
humanos para operação da aeronave, em virtude de um ineficaz gerenciamento das tarefas afetas a cada 
tripulante, de falha ou confusão na comunicação ou no relacionamento interpessoal, ou da inobservância de 
normas operacionais. 
m) Deficiente julgamento - erro cometido pelo piloto, decorrente da inadequada avaliação de 
determinados aspectos, estando qualificado para aquela operação. 
n) Deficiente pessoal de apoio - participação de pessoal que realiza os serviços de 
preparação e recebimento de aeronave, reabastecimento, tratoramento, apoio de rampa e outros 
envolvidos na operação. 
o) Deficiente planejamento - erro cometido pelo piloto, decorrente de inadequada preparação 
para o vôo ou parte dele. 
p) Deficiente supervisão - participação de pessoas, que não sejam tripulantes, por falta de 
supervisão adequada no planejamento ou na execução da operação, a nível administrativo, técnico ou 
operacional. 
q) Esquecimento - erro cometido pelo piloto, decorrente do esquecimento de algo conhecido, 
da realização de procedimento ou parte dele. 
r) Indisciplina de vôo - desobediência intencional pelo piloto das regras de tráfego aéreo, 
normas operacionais ou regulamentos, sem que haja justificado motivo para tal. 
s) Influência do meio-ambiente - interferência do ambiente físico, da cabine ou externo, no 
desempenho individual. 
17 
t) Pouca experiência de vôo ou na aeronave - erro cometido pelo piloto, decorrente de pouca 
experiência na atividade aérea, na aeronave ou especificamente nas circunstâncias da operação. 
u) Outros aspectos operacionais - é a manifestação de outro fator ligado ao desempenho de 
tripulante, não classificado nos fatores contribuintes conhecidos na área do Fator Operacional. 
Indeterminado e Outros 
v) Indeterminado - quando, mesmo sabendo-se da existência de algum fator contribuinte, 
este não foi identificado. 
w) Outros - é a contribuição de algum aspecto não identificado com qualquer fator 
contribuinte conhecido. 
3.37 FATOR HUMANO (FH) 
Área de abordagem da Segurança de Vôo que se refere ao complexo biológico do ser humano, 
nos seus aspectos fisiológico e psicológico. 
3.38 FATOR MATERIAL (FM) 
Área de abordagem da Segurança de Vôo que se refere à aeronave, incluindo seus 
componentes, nos seus aspectos de projeto, de fabricação e de manuseio do material. 
3.39 FATOR OPERACIONAL (FO) 
Área de abordagem da Segurança de Vôo que se refere ao desempenho do ser humano nas 
atividades relacionadas com o vôo. 
3.40 FICHA DE DADOS SOBRE INCIDENTE 
Formulário que contém dados esclarecedores das circunstâncias de ocorrência de um 
determinado tipo de Incidente Aeronáutico e que tem a finalidade de complementar os dados transmitidos 
na comunicação da ocorrência, permitindo a coleta e o registro de informações, com vista a uma análise de 
tendências. Tem a sua sistemática de utilização prevista na NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de 
Incidente Aeronáutico”. 
3.41 FOLGA 
Período de tempo, não inferior a vinte e quatro horas consecutivas, em que o aeronauta, em 
sua base contratual e sem prejuízo da remuneração, está desobrigado de qualquer atividade relacionada 
com seu trabalho. 
A folga é regulada pela Lei 7.183 “Regulamentação Profissional do Aeronauta”. 
3.42 GERENCIAMENTO DO RISCO (GR) 
Processo para a identificação e o controle do risco, conforme parâmetros preestabelecidos. 
3.43 GRANDE REPARO 
Significa um reparo que, se feito inadequadamente, pode afetar substancialmente o peso, o 
balanceamento, a resistência estrutural, o desempenho, a operação do grupo motopropulsor, as 
características de vôo ou qualquer outra característica ligada à aeronavegabilidade, ou que não possa ser 
executado usando operações elementares. 
3.44 INCIDENTE AERONÁUTICO 
Toda ocorrência, inclusive de tráfego aéreo, associada à operação de uma aeronave, havendo 
intenção de vôo, que não chegue a se caracterizar como um acidente, mas que afete ou possa afetar a 
segurança da operação. 
3.45 INCIDENTE GRAVE 
Incidente ocorrido sob circunstâncias em que um acidente quase ocorreu. A diferença entre o 
incidente grave e o acidente está apenas nas conseqüências. 
Dentre outras, as seguintes ocorrências caracterizam-se como incidente grave: 
a) fogo ou fumaça no compartimento de passageiros, de carga ou fogo no motor, ainda que 
tenha sido extinto com a utilização de extintores de incêndio; 
18 
b) situações que exijam o uso emergencial de oxigênio por tripulante; 
c) falha estrutural da aeronave ou desintegração de motor em vôo, que não configurem um 
acidente; 
d) quase colisão em vôo que requereu a realização de uma manobra evasiva; 
e) CFIT marginalmente evitado; 
f) decolagem interrompida em pista fechada ou ocupada por outra aeronave; 
g) decolagem de pista ocupada por outra aeronave, sem separação segura; 
h) pouso ou tentativa de pouso em pista fechada ou ocupada por outra aeronave; 
i) falha múltipla de um ou mais sistemasque afetem seriamente a operação da aeronave; 
j) baixo nível de combustível, exigindo a declaração de emergência; 
k) utilização da aeronave fora do seu envelope de vôo devido a condições meteorológicas 
adversas ou à falha de sistemas que tenham causado dificuldade de controle da mesma; 
l) falha de mais de um sistema de navegação, ainda que duplicado; 
m) diferenças significativas na performance prevista da aeronave durante a decolagem ou 
segmento inicial de subida; 
n) incapacitação de tripulante em vôo; 
o) incidentes durante a decolagem ou pouso, tais como: ultrapassagem da cabeceira oposta, 
pouso antes da pista ou saída da pista pelas laterais. 
3.46 INFRA-ESTRUTURA AERONÁUTICA 
Conjunto de órgãos, instalações ou estruturas terrestres de apoio à navegação aérea, para 
promover-lhe a segurança, regularidade e eficiência. 
3.47 INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE AERONÁUTICO (IAA) DE INCIDENTE AERONÁUTICO OU DE OCORRÊNCIA DE SOLO 
Processo conduzido por pessoal qualificado para determinar os fatos e as circunstâncias 
pertinentes a uma ocorrência, de modo a estabelecer os fatores contribuintes para a mesma. O único 
objetivo da investigação é a prevenção de acidentes aeronáuticos, através da emissão de Recomendações 
de Segurança de Vôo. O propósito desta atividade não é determinar culpa ou responsabilidade. 
3.48 JORNADA 
Duração do trabalho do aeronauta, contada entre a hora da apresentação no local de trabalho 
e a hora em que o mesmo é encerrado. 
É regulada pela Lei 7.183 “Regulamentação Profissional do Aeronauta”. 
3.49 LAUDO TÉCNICO (LT) 
Documento destinado a registrar os resultados provenientes de exames, testes e análises 
realizados em item ou material aeronáutico que possa ter contribuído para um Acidente, Incidente 
Aeronáutico, ou Ocorrência de Solo. 
3.50 LEGISLAÇÃO BÁSICA DO SIPAER 
Refere-se ao conjunto de normas, emitidas pelo CENIPA, que definem a constituição, 
atribuições e funcionamento do SIPAER e de seus órgãos constitutivos. Fazem parte desse conjunto as 
Normas de Sistema do Ministério da Aeronáutica (NSMA) que regulam a atividade de Investigação e 
Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. 
3.51 LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR DO SIPAER 
Refere-se às normas, emitidas por diversos órgãos, que definem aspectos de outras atividades 
que se relacionam com o SIPAER. 
3.52 LESÃO 
Ofensa à integridade corporal ou à saúde de outrem. As lesões são classificadas em: 
a) Lesão fatal - é a que resulta na morte de quem sofreu a lesão. 
b) Lesão grave - é a que resulta em: 
19 
- incapacidade para as ocupações habitu ais, por mais de 30 (trinta) dias; 
- perigo de vida; 
- debilidade permanente de membro, sentido ou função; 
- aceleração de parto; 
- incapacidade permanente para o trabalho; 
- enfermidade incurável; 
- perda ou inutilização de membro, sentido ou função; 
- deformidade permanente; e 
- aborto. 
c) Lesão leve - é a que não resulta nas conseqüências características das lesões grave ou 
fatal. 
3.53 NORMA DE SISTEMA DO MINISTÉRIO DA AERONÁUTICA (NSMA) 
Norma destinada a reger o funcionamento de um sistema. Contém determinações específicas, 
que disciplinam assuntos ligados à atividade-meio do sistema. 
3.54 OCORRÊNCIA ANORMAL 
Circunstância, que não chega a configurar um acidente ou incidente, em que a aeronave, seus 
sistemas, equipamentos ou componentes não operam sob as condições previstas, exigindo a adoção de 
medidas corretivas. 
3.55 OFICIAL DE SEGURANÇA DE VÔO (OSV) 
Oficial da ativa de força armada ou força auxiliar brasileira que concluiu o Módulo Investigação 
do Curso de Segurança de Vôo (CSV). 
Tem as suas qualificações, atribuições e responsabilidades previstas na NSMA 3-2 “Estrutura e 
Atribuições do SIPAER”, NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico” e NSMA 3-10 
“Formação e Atualização Técnico-Profissional do Pessoal do SIPAER”. 
3.56 OCORRÊNCIA DE SOLO 
Toda ocorrência envolvendo aeronave e não havendo intenção de vôo, da qual resulte dano ou 
lesão. 
3.57 OFICINA HOMOLOGADA 
Empresa que realiza serviços de manutenção em aeronaves, reconhecida por autoridade 
competente da Aeronáutica, com capacidade para executar os serviços a que se propõe, de acordo com os 
requisitos estabelecidos por aquela autoridade no Certificado de Homologação de Empresa (CHE) 
pertinente. 
3.58 OPERADOR 
De aeronave militar - é a organização ou unidade aérea responsável pela operação da 
aeronave, representando a força armada ou força auxiliar. 
De aeronave civil - é o operador ou explorador de aeronave, podendo ser pessoa física ou 
jurídica, proprietária ou não, que a utiliza, legitimamente, com ou sem fins lucrativos. Considera-se operador 
ou explorador de aeronave: 
- a pessoa jurídica que tem a concessão dos serviços de transporte público regular ou a 
autorização dos serviços de transporte público não regular, de serviços especializados ou de táxi aéreo; 
- o proprietário da aeronave ou quem a use diretamente ou através de seus prepostos, 
quando se tratar de serviços aéreos privados; 
- o fretador que reservou a condução técnica da aeronave, a direção e a autoridade sobre 
a tripulação; 
- o arrendatário que adquiriu a condução técnica da aeronave arrendada e a autoridade 
sobre a tripulação. 
3.59 PAÍS DE FABRICAÇÃO 
País onde a aeronave foi construída ou, quando adquirida sob a forma de kit, montada. 
20 
3.60 PAÍS DE OCORRÊNCIA 
País onde ocorreu o Acidente ou o Incidente Aeronáutico. 
3.61 PAÍS DE REGISTRO 
País onde a aeronave está matriculada. 
3.62 PERIGO 
Causa potencial de danos ou lesões. 
3.63 PILOTO 
Pessoa habilitada por autoridade competente da Aeronáutica a operar os comandos de uma 
aeronave. Ocorre a seguinte classificação: 
a) 1P, Piloto Voando (PV) ou Pilot Flying (PF) - é o piloto que estiver efetivamente nos 
comandos da aeronave. 
b) 2P, Piloto Não Voando (PNV) ou Pilot Not Flying (PNF) - é o piloto que estiver 
assessorando o 1P, PV ou PF. 
3.64 PLANO DE EMERGÊNCIA AERONÁUTICA EM AERÓDROMO (PEAA) 
Documento que estabelece os procedimentos e as responsabilidades previstas para o 
atendimento a uma situação de emergência aeronáutica, definindo as responsabilidades e atribuições de 
todo o pessoal envolvido. 
É regulado pela NSMA 3-4 “Plano de Emergência Aeronáutica em Aeródromo”. 
3.65 POSTO DE COORDENAÇÃO MÓVEL (PCM) 
Posto ativado no local da emergência aeronáutica, destinado a apoiar as atividades relativas à 
ocorrência em um aeródromo. 
3.66 PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA AUDIÇÃO (PCA) 
Conjunto de atividades programadas com o objetivo de preservar a capacidade auditiva do 
pessoal aeronavegante, de manutenção e de apoio, como aspecto de conservação da saúde, através do 
estabelecimento de procedimentos e normas e da conscientização da necessidade do seu cumprimento. 
É regulado pela NSMA 3-3 “Prevenção de Acidentes e de Incidentes Aeronáuticos”. 
3.67 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES AERONÁUTICOS (PPAA) 
Documento que estabelece ações e responsabilidades definidas e dirigidas para a segurança 
da atividade aérea. 
É regulado pela NSMA 3-3 “Prevenção de Acidentes e de Incidentes Aeronáuticos”. 
3.68 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE F.O.D. 
Documento, apresentado como subprograma do PPAA, que estabelece normas, 
procedimentos e responsabilidades destinadas a minimizar a ocorrência de “F.O.D.” no aeródromo. 
É regulado pela NSMA 3-3 “Prevenção de Acidentes e de Incidentes Aeronáuticos”. 
3.69 RECOMENDAÇÃO DE SEGURANÇA DE VÔO (RSV) 
Estabelecimento de uma ação ou conjunto de ações, de cumprimento obrigatório, em um 
determinado prazo, dirigida a um determinado órgão, e referente a uma circunstância perigosa específica, 
visando à eliminação ou ao controle de uma condição de risco. 
A emissão de recomendações de segurança é regulada pela NSMA3-9 “Recomendações de 
Segurança de Vôo Emitidas pelo SIPAER”. 
3.70 RELATÓRIO CONFIDENCIAL PARA SEGURANÇA DE VÔO (RCSV) 
Documento formal que contém o relato e outras informações referentes a determinada 
circunstância que constitua, ou possa vir a constituir, risco à operação, com o objetivo de aprimorar a 
Segurança de Vôo. 
É regulado pela IMA 3-7 “Relatório Confidencial para Segurança de Vôo”. 
21 
3.71 RELATÓRIO FINAL (RF) 
Documento formal, baseado nos dados do Relatório de IAA, destinado a divulgar a conclusão 
oficial da Aeronáutica com relação à ocorrência de um Acidente Aeronáutico, visando, única e 
exclusivamente, à Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. 
É regulado pela NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico”. 
3.72 RELATÓRIO DE INCIDENTE (RELIN) 
Documento formal resultante da coleta e da análise de fatos, dados e circunstâncias 
relacionadas a um incidente aeronáutico. 
É regulado pela NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico”. 
3.73 RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO DE ACIDENTE AERONÁUTICO (RELIAA) 
Documento formal resultante da coleta e da análise de fatos, dados e circunstâncias 
relacionadas a um Acidente Aeronáutico. 
É regulado pela NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico”. 
3.74 RELATÓRIO DE INVESTIGAÇÃO DO CONTROLE DO ESPAÇO AÉREO (RICEA) 
Documento formal resultante da coleta e da análise dos fatos, dados e circunstâncias 
relacionadas a um Incidente de Tráfego Aéreo. 
3.75 RELATÓRIO DE PERIGO (RELPER) 
Documento que contém o relato de fatos perigosos ou potencialmente perigosos para a 
atividade aérea e que permite à autoridade competente o conhecimento dessas situações, com a finalidade 
da adoção de medidas corretivas adequadas. 
É regulado pela NSMA 3-3 “Prevenção de Acidentes e de Incidentes Aeronáuticos”. 
3.76 RELATÓRIO DE OCORRÊNCIA DE SOLO (RELOS) 
Documento formal resultante da coleta e da análise de fatos, dados e circunstâncias 
relacionadas a uma Ocorrência de Solo. 
É regulado pela NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico”. 
3.77 RELATÓRIO PRELIMINAR (RP) 
Documento formal destinado ao registro e divulgação de informações preliminares referentes a 
um Acidente Aeronáutico. 
É regulado pela NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico”. 
3.78 RELATÓRIO SEMESTRAL (RS) 
Documento formal destinado ao acompanhamento do Programa de Prevenção de Acidentes 
Aeronáuticos e da atividade desenvolvida pelo elo SIPAER da Organização. 
O Relatório Semestral é regulado pela NSMA 3-3 “Prevenção de Acidentes e de Incidentes 
Aeronáuticos”. 
3.79 REPOUSO 
Espaço de tempo ininterrupto, após uma jornada, em que o tripulante fica desobrigado da 
prestação de qualquer serviço. 
O repouso para o aeronauta é regulado pela Lei 7.183 “Regulamentação Profissional do 
Aeronauta. 
O repouso para o piloto militar da Aeronáutica é regulado por diretrizes específicas. 
3.80 REPRESENTANTE ACREDITADO 
Pessoa designada por um país para participar de uma investigação conduzida por outro país, 
com base nas suas qualificações técnico-profissionais. 
3.81 RISCO 
Quantificação da insegurança, através da combinação da probabilidade com a gravidade de 
ocorrência de um evento. 
22 
3.82 SÍNTESE DE INCIDENTE (SI) 
Documento destinado a divulgar a conclusão oficial da Aeronáutica com relação à ocorrência 
de um Incidente Aeronáutico ou Ocorrência de Solo. 
É regulada pela NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico”. 
3.83 TEMPO DE VÔO 
Para a aviação militar da Aeronáutica, é considerado o tempo compreendido entre a 
decolagem e o pouso para as aeronaves de asa fixa e entre a partida e o corte do motor para as aeronaves 
de asa rotativa. 
Para a atividade do aeronauta, é o tempo compreendido entre o início do deslocamento, 
quando se tratar de aeronave de asa fixa, ou entre a partida do motor, quando se tratar de aeronave de asa 
rotativa, em ambos os casos para fins de decolagem, até o momento em que, respectivamente, se 
imobilizou ou se efetuou o corte do motor ao término do vôo. 
3.84 TIPOS DE OCORRÊNCIA 
Os acidentes, os incidentes, os incidentes graves e as ocorrências de solo são classificados 
conforme as características do primeiro evento na seqüência de suas formações. 
A classificação da ocorrência dentro dos três primeiros tipos, acidente, incidente ou incidente 
grave, requer a intenção de vôo e depende do grau de danos pessoais ou materiais dela conseqüentes. 
A classificação da Ocorrência de Solo implica inexistência de intenção de vôo e independe do 
grau de danos. 
Atendidos os critérios acima e observadas as definições de acidente, incidente grave, incidente 
e ocorrência de solo, são os seguintes os tipos de ocorrência: 
Aeronave atingida por objeto - ocorrência em que a aeronave recebe o impacto de objeto 
projetado. Este tipo inclui o ricochete de armamento de outra aeronave e o impacto direto, não intencional, 
por tiro. 
Alarme falso de fogo ou superaquecimento - ocorrência em que há acionamento errôneo de 
alarme de fogo ou superaquecimento, podendo levar o tripulante a adotar procedimentos incorretos, 
afetando a operação segura da aeronave. 
Causado por fenômeno meteorológico em vôo - ocorrência com aeronave em vôo em que há 
interferência de fenômenos meteorológicos, podendo afetar a Segurança de Vôo. 
Causado por fenômeno meteorológico no solo - ocorrência com aeronave no solo em que há 
interferência de fenômenos meteorológicos, podendo afetar a Segurança de Vôo. 
Causado por ricochete - ocorrência em que a aeronave é atingida por ricochete ou estilhaço de 
armamento por ela empregado. 
Colisão em vôo com objeto rebocado - choque com objeto rebocado, que não aeronave, devido 
ao mau funcionamento ou má operação de sistema próprio ou da aeronave. 
Colisão em vôo com obstáculo - ocorrência em que há o choque de uma aeronave com o solo, 
água ou obstáculo, natural ou não, fixo ou móvel, no período compreendido entre a saída do solo na 
decolagem e o toque no pouso. Este tipo não inclui helicóptero taxiando sem contato com o solo e o choque 
com objeto rebocado por aeronave. 
Colisão com obstáculos no solo - ocorrência em que há o impacto da aeronave com obstáculo, 
natural ou não, fixo ou móvel, havida até o momento em que a aeronave deixa o solo na decolagem ou 
após o toque no pouso. Este tipo não inclui helicóptero taxiando sem contato com o solo. 
Colisão com pássaro - ocorrência em que há o choque da aeronave em deslocamento com 
pássaro ou bando de pássaros. 
Colisão de aeronaves em vôo - ocorrência que há choque entre aeronaves no período entre a 
saída do solo na decolagem e o toque no pouso de pelo menos uma das aeronaves. Este tipo não inclui o 
choque com objetos sendo rebocados por aeronave e helicóptero taxiando sem contato com o solo. 
Colisão com aeronave no solo - ocorrência em que há o choque entre aeronaves, havido até o 
momento em que elas deixam o solo na decolagem e após o toque no pouso. Este tipo inclui helicóptero 
taxiando sem contato com o solo. 
23 
Colisão de veículo com aeronave - ocorrência em que há o choque de veículo de transporte 
terrestre com aeronave, estando esta estacionada ou em deslocamento. 
Com canopi - ocorrência de falha ou alteração no canopi ou no seu mecanismo de operação, 
decorrente de seu mau funcionamento ou sua má operação. 
Com comandos de vôo - ocorrência da falha ou mau funcionamento dos comandos de vôo, 
primários ou secundários, e de seus sistemas de controle. Este tipo inclui as ocorrências com os comandos 
dos rotores de helicóptero e não inclui as decorrentes de má operação. 
Com hélice - ocorrência de alteração no funcionamento ou no desempenho das hélices devido 
ao mau funcionamento ou a má operação. Este tipo não inclui a interferência porfenômenos meteorológicos 
e danos causados por objetos estranhos (F.O.D.). 
Com lançamento de carga - ocorrência em que há interferência na operação da aeronave 
provocada por carga sendo lançada. Este tipo não inclui as ocorrências com cargas lançadas após a sua 
saída e sem a interferência da aeronave, mesmo que decorrentes da operação. 
Com lançamento de pessoas - ocorrência em que há interferência na operação da aeronave 
provocada por pessoal sendo transportado. Este tipo não inclui as ocorrências com pára-quedista(s) após a 
sua saída e sem a interferência da aeronave, mesmo decorrentes da operação. 
Com pára-brisas / janela - ocorrência de falha ou alteração no pára-brisa ou janela ou no seu 
mecanismo de operação, decorrente de mau funcionamento ou má operação. 
Com pessoal em vôo - ocorrência em que qualquer pessoa embarcada sofra lesões como 
conseqüência da operação da aeronave. 
Com rotor - ocorrência de alteração no funcionamento ou no desempenho dos rotores devido 
ao mau funcionamento ou má operação. Este tipo não inclui a interferência por fenômenos meteorológicos e 
danos causados por objetos estranhos (F.O.D.). 
Com transporte de carga - ocorrência em que há interferência na operação da aeronave 
provocada por carga sendo transportada. 
Com transporte de pessoal - ocorrência em que há interferência na operação da aeronave 
provocada por pessoal sendo transportado. 
Com trem de pouso - ocorrência da falha do trem de pouso, esqui ou flutuador e seus 
componentes, decorrente de mau funcionamento ou má operação. Não inclui o pouso sem trem. 
De tráfego aéreo - ocorrência de colisão ou quase colisão entre aeronaves ou entre aeronaves 
e obstáculos, relacionada com o serviço de controle de tráfego aéreo. 
Disparo involuntário de armamento - ocorrência em que há o acionamento não intencional do 
sistema de armamento devido ao mau funcionamento ou má operação. 
Ejeção involuntária - ocorrência em que há o acionamento não intencional do sistema de 
ejeção devido ao seu mau funcionamento ou à sua má operação. 
Estouro de pneu - ocorrência da falha do pneu provocada por deficiência na sua estrutura, 
falha ou má operação dos freios ou sistema anti-derrapante (“anti- skid”). 
Explosão - ocorrência em que há explosão de componente da aeronave. Este tipo não inclui 
explosão intencionalmente provocada ou conseqüente de ataque intencional de qualquer natureza. 
F.O.D. - danos causados por corpo estranho, decorrente de sua ingestão pelo motor ou de sua 
presença em outro local da aeronave. 
Falha de sistema / componente - ocorrência em que há falha de um sistema / componente 
necessário à condução segura da aeronave, por seu mau funcionamento ou má operação. 
Falha do motor em vôo - ocorrência em que há parada de motor, de reator ou redução 
inadvertida de potência de motor em vôo. Este tipo não inclui a interferência por fenômeno meteorológico e 
danos causados por objetos estranhos (F.O.D.). 
Falha do motor no solo - ocorrência em que há parada de motor, de reator ou redução 
inadvertida de potência de motor no solo. Este tipo não inclui a interferência por fenômeno meteorológico e 
danos causados por objetos estranhos (F.O.D.). 
Falha estrutural - ocorrência em que há falha de alguma parte da estrutura da aeronave ou que 
haja alteração na sua estrutura decorrente de circunstâncias da operação. Este tipo não inclui ocorrência 
com o trem de pouso, esqui ou flutuador. 
24 
Fogo em vôo - ocorrência de incêndio de componente da aeronave em vôo. Este tipo não inclui 
incêndio intencionalmente provocado ou conseqüente de ataque intencional de qualquer natureza. 
Fogo no solo - ocorrência de incêndio de componente da aeronave no solo. Este tipo não inclui 
incêndio intencionalmente provocado ou conseqüente de ataque intencional de qualquer natureza. 
Perda de componente em vôo - ocorrência em que há soltura de alguma parte da aeronave em 
vôo, decorrente de falha do material, mau funcionamento ou má operação. 
Perda de componente no solo - ocorrência em que há soltura de alguma parte da aeronave no 
solo, decorrente de falha do material, mau funcionamento ou má operação. 
Perda de controle em vôo - ocorrência em que o piloto não mais controla a aeronave por falta 
de condições ou ineficácia da atuação dos comandos, no período entre a saída da aeronave do solo até o 
toque no pouso. Este tipo não inclui decolagem de planador rebocado nem helicóptero taxiando sem 
contato com o solo. 
Perda de controle no solo - ocorrência em que o piloto não mais controla a aeronave por falta 
de condições ou por ineficácia da atuação dos comandos, do momento em que a aeronave inicia o seu 
deslocamento por meios próprios até a sua saída do solo na decolagem, e do toque no pouso até a sua 
parada no estacionamento. 
Este tipo inclui decolagem de planador rebocado e helicóptero taxiando sem contato com o 
solo. 
Por corte involuntário do motor - ocorrência de corte no motor realizada por pessoa a bordo 
sem que haja intenção para tal. 
Por descompressão não intencional / explosiva - ocorrência em que há despressurização não 
intencional da cabine, decorrente de mau funcionamento ou má operação do sistema de pressurização da 
aeronave ou de seus controles. Este tipo não inclui as decorrentes de falha da janelas, pára-brisas ou 
canopi, de falha estrutural ou de perfuração da aeronave por objeto. 
Por desorientação espacial - ocorrência em que o piloto em comando entra em processo de 
confusão na interpretação da atitude da aeronave, entrando ou não em atitude anormal. 
Por disbarismo - ocorrência na qual, devido à queda da pressão barométrica que acompanha a 
ascensão, ocorre expansão dos gases nas cavidades corporais (aerodilatação) ou formação de bolhas de 
nitrogênio nos tecidos (aeroembolismo). 
Por hiperventilação - ocorrência de um mal estar devido ao excesso de oxigênio no sangue, 
causado por um aumento descontrolado da freqüência respiratória. 
Por hipóxia - ocorrência de baixa oferta de oxigênio aos tecidos orgânicos, que leva a uma 
deterioração da maioria das funções biológicas e que pode ocasionar, em grau acentuado, a morte. 
Por perda da consciência - ocorrência em que o piloto perde a consciência, desde que não 
decorrente de hipóxia, hiperventilação ou disbarismo. 
Por problemas fisiológicos - ocorrência provocada por interferência de variáveis fisiológicas que 
não hipóxia, hiperventilação, disbarismo e perda de consciência. 
Por problemas psicológicos - ocorrência provocada por interferência de variáveis psicológicas. 
Pouso antes da pista - ocorrência em que a aeronave efetua o toque no pouso antes da 
cabeceira da pista ou da área destinada ao pouso. 
Pouso brusco - ocorrência em que o pouso é realizado fora dos parâmetros normais de 
operação, impondo um esforço excessivo à estrutura da aeronave. 
Pouso em local não previsto - ocorrência em que o pouso ocorre em local diferente do destino 
ou alternativa previstos, seja por erros operacionais, seja devido à possibilidade ou surgimento de uma 
condição insegura. 
Pouso longo - ocorrência em que o to que no pouso é efetuado em um ponto da pista ou área 
de pouso onde a distância restante não é suficiente para a parada da aeronave naquelas circunstâncias. 
Pouso sem trem - ocorrência em que a aeronave pousa com trem de pouso ou flutuadores 
recolhidos ou destravados. 
Sopro de hélice - ocorrência havida por exposição direta ao sopro da hélice ou às suas 
conseqüências. 
25 
Sopro de reator - ocorrência havida por exposição direta ao sopro de jato ou às suas 
conseqüências. 
Sopro de rotor - ocorrência havida por exposição direta ao sopro do rotor ou às suas 
conseqüências. 
Superaquecimento - ocorrência de superaquecimento no motor da aeronave. 
Tráfego Aéreo – Ocorrência de Risco Crítico, no qual é requerida manobra evasiva, ou Risco 
Potencial,no qual o cruzamento acontece com separação menor que a prevista, envolvendo aeronaves 
sujeitas a controle de tráfego aéreo. 
Vazamento de combustível - ocorrência em que há vazamento de combustível utilizado pela 
aeronave para a sua operação. Este tipo não inclui o vazamento de reservatório ou de equipamento sendo 
transportado. 
Vazamento de outros fluidos - ocorrência em que há vazamento de outros fluidos utilizados 
pela aeronave para a sua operação. Este tipo não inclui o vazamento de reservatório ou de equipamento 
sendo transportado. 
Outros tipos - tipo de ocorrência que não se pode enquadrar entre os aqui listados. 
Indeterminada - ocorrência não classificável por insuficiência de informações. 
3.85 TRIPULAÇÃO 
Conjunto de tripulantes que exercem função a bordo de uma aeronave. 
A constituição da tripulação dos aeronautas é regulada pela Lei 7.183 “Regulamentação 
Profissional do Aeronauta”, na seguinte forma: 
a) Tripulação mínima - determinada na forma de certificado de tipo de aeronave e constante 
de seu manual de operação, homologado pelo órgão competente da Aeronáutica, sendo permitida sua 
utilização em vôo local de instrução, de experiência, de vistoria e de translado; 
b) Tripulação simples - constituída basicamente de uma tripulação mínima acrescida, quando 
for o caso, dos tripulantes necessários à realização do vôo; 
c) Tripulação composta - constituída basicamente de uma tripulação simples, acrescida de 
um piloto qualificado a nível de piloto em comando, um mecânico de vôo, quando o equipamento assim o 
exigir, e o mínimo de 25% (vinte e cinco por cento) do número de comissários; 
d) Tripulação de revezamento - constituída basicamente de uma tripulação simples, 
acrescida de mais um piloto qualificado a nível de piloto em comando, um co-piloto, um mecânico de vôo, 
quando o equipamento assim o exigir, e de 50% (cinqüenta por cento) do número de comissários. 
3.86 TRIPULANTE 
Pessoa devidamente habilitada que exerce função a bordo de aeronave. 
3.87 VISTORIA DE SEGURANÇA DE VÔO (VSV) 
Atividade de pesquisa e análise que visa à verificação de condições insatisfatórias ou fatores 
potenciais de perigo que afetem ou possam afetar a Segurança de Vôo. Tem por objetivo fornecer ao 
Comandante, Chefe, Diretor, administrador ou proprietário uma análise dessas condições ou fatores e 
recomendações para o planejamento e, principalmente, a execução de medidas corretivas. Visa unicamente 
à Prevenção de Acidentes Aeronáuticos. 
A VSV É regulada pela NSMA 3-3 “Prevenção de Acidentes e de Incidentes Aeronáuticos”. 
3.88 VISITA TÉCNICA DE SEGURANÇA DE VÔO (VT) 
Atividade realizada pelo CENIPA junto aos elos do Sistema, com a finalidade de identificar as 
dificuldades existentes no desempenho das atribuições previstas e de esclarecer aspectos específicos 
inerentes à atividade de Segurança de Vôo. 
26 Fev. 99 NSMA 3-1 
 
31 
4 DISPOSIÇÃO FINAL 
Os casos não previstos nesta NSMA serão resolvidos pelo Chefe do Estado-Maior da 
Aeronáutica. 
Distribuição: E (Organizações militares e civis definidas como elos do SIPAER). 
26 Fev. 99 NSMA 3-1 
 
33 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
OACI Anexo 13 da Convenção da Organização de Aviação Civil Internacional - 7 Edição -1994. 
Lei 7.565 Código Brasileiro de Aeronáutica - 1986 
Lei 7.183 Regulamentação Profissional do Aeronauta - 1984. 
MT/Min Aer Portaria Interministerial 3.016, de 05 Jun. 88. 
Min Aer MMA 58-1 “Glossário de Termos Técnicos de Aviação Civil” - 1989 
Min Aer NSMA 3-6 “Investigação de Acidente e de Incidente Aeronáutico” - 1990 
Min Aer NSMA 5-1 “Confecção e Controle de Publicações” - 1991 
Min Aer NSMA 38-10 “Investigação do Aspecto Psicológico nos Acidentes e Incidentes 
Aeronáuticos” - 1990 
Min Aer IMA 100-12 “Regras do Ar e Serviços de Tráfego Aéreo” - 1987 
RBHA 10, Objetivo, Conteúdo e Forma dos RBHA 
Código Penal, Decreto-Lei nº 2848, de 07 Dez 1940 
26 Fev. 99 NSMA 3-1 
 
35 
ÍNDICE 
 
CONCEITUAÇÕES, 11 
 
DISPOSIÇÃO FINAL, 31 
 
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES, 7 
âmbito, 7 
finalidade, 7 
objetivo, 7 
 
ÍNDICE, 35 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 33 
 
SIGLAS, 9 
 
SUMÁRIO, 3

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