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CORISCO EMBRAER ‐ 711 2° EDIÇÃO / 2014 2 MANUAL DE OPERAÇÃO 3 Este manual foi desenvolvido com o objetivo de auxiliar o Piloto/Aluno a obter o máximo de rendimento na operação e conservação da aeronave Corisco “Embraer ‐ 711”. Baseado no manual original (MO – 711 A – C / 541 – emissão 20/03/2003), seu conteúdo deve ser lido para que o piloto possa entender e aprender a localizar as informações, familiarizar‐se com as limitações, desempenho, procedimentos e características operacionais da aeronave. Frente à necessidade de atualização ou correção, a Diretoria técnica aprovara e publicará emendas para este manual. ‐ Atualizações e Correções 01/2014 26/09/2014 Caminata – Coordenador de Curso 4 ÍNDICE SEÇÃO 1 ‐ AERONAVE E SISTEMAS.........................................Pg. 06 1.1 ‐ Generalidades..........................................................................Pg. 06 1.2 ‐ Dimensões........................................................................Pg. 06 e 07 1.3 ‐ Motor e hélice..........................................................................Pg. 08 1.4 ‐ Painel de instrumentos, rádios e controles do motor......Pg. 09 a 15 1.5 ‐ Comandos de vôo.............................................................Pg. 15 a 18 1.6 ‐ Sistema de combustível....................................................Pg. 18 a 22 1.7 ‐ Sistema de lubrificação....................................................Pg. 22 e 23 1.8 ‐ Sistema de trem de pouso................................................Pg. 23 a 26 1.9 ‐ Sistema de freios......................................................................Pg. 26 1.10 ‐ Sistema de Pitot estático........................................................Pg. 27 SEÇÃO 2 ‐ LIMITAÇÕES..............................................................Pg. 27 2.1 ‐ Generalidades..........................................................................Pg. 27 2.2 ‐ Desempenho e limites de operação.................................Pg. 28 e 29 2.3 ‐ Peso da aeronave.....................................................................Pg. 29 2.4 ‐ Limites do Centro de Gravidade – C.G.....................................Pg. 30 2.5 ‐ Limitações de velocidade ................................................Pg. 30 a 32 2.6 ‐ Temperatura do óleo...............................................................Pg. 32 2.7 ‐ Pressão do óleo................................................................Pg. 32 e 33 5 SEÇÃO 3 ‐ PROCEDIMENTOS NORMAIS................................Pg. 33 3.1 ‐ Generalidades..........................................................................Pg. 33 3.2 ‐ Inspeção pré‐vôo..............................................................Pg. 33 a 37 3.3 ‐ Acionamento....................................................................Pg. 37 a 39 3.4 ‐ Rolagem...........................................................................Pg. 39 e 40 3.5 ‐ Cheque de cabeceira........................................................Pg. 40 e 41 3.6 ‐ Briefing de decolagem.............................................................Pg. 41 3.7 ‐ Decolagem normal...................................................................Pg. 42 3.8 ‐ Decolagem curta......................................................................Pg. 42 3.9 ‐ Decolagem com obstáculo.......................................................Pg. 43 3.10 ‐ Decolagem com vento de través............................................Pg. 43 3.11 ‐ Subida inicial..........................................................................Pg. 44 3.12 ‐ Vôo em cruzeiro.....................................................................Pg. 44 3.13 ‐ Pouso.....................................................................................Pg. 45 3.14 ‐ Pouso com vento de través....................................................Pg. 46 3.15 ‐ Arremetida.............................................................................Pg. 46 3.16 ‐ Rolagem ao pátio e corte do motor.......................................Pg. 47 3.17 ‐ Abandono.......................................................................Pg. 47 e 48 SEÇÃO 4 ‐ PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA...................Pg. 48 4.1 ‐ Generalidades..........................................................................Pg. 48 4.2 ‐ Fogo no motor durante o acionamento...................................Pg. 48 4.3 ‐ Fogo no motor em vôo.............................................................Pg. 49 4.4 ‐ Falha no motor.................................................................Pg. 49 a 52 4.5 ‐ Parafuso acidental....................................................................Pg. 52 4.7 – Emergências no trem de pouso.......................................Pg. 52 a 55 6 SEÇÃO 1 ‐ AERONAVE E SISTEMAS 1.1 ‐ Generalidades Fabricado pela Embraer (Embraer ‐ 711), a aeronave Corisco é um monomotor de asa baixa, estrutura da fuselagem inteiramente metálica e trem de pouso do tipo retrátil. Possui acomodação para quatro ocupantes e é utilizado para instrução primaria de vôo. Homologado para vôos = VFR / IFR / DIURNO / NOTURNO 1.2 ‐ Dimensões ENVERGADURA...............................................9,82 m ALTURA............................................................2,43 m COMPRIMENTO...............................................7,50 m 7 8 1.3 ‐ Motor e Hélice Quatro cilindros opostos horizontalmente, transmissão direta, refrigeração a ar e injeção direta de combustível. Fabricante do motor: Lycoming Modelo: IO ‐ 360 ‐ C1C Potência máxima: 200 hp Rotação máxima: 2700rpm Marca e modelo da hélice: Hartzell / 7666A‐2 ou F7666A‐2 Diâmetro e tipo da hélice: Máximo – 187,96 cm / Metal, rotação constante e acionamento hidráulico Mínimo – 184,15 cm / Metal, rotação constante e acionamento hidráulico 9 1.4 ‐ Painel de instrumento, rádios, controles de voo e do motor 1‐ Bússola 2 ‐ Luzes de alarme do trem de pouso 3 ‐ Teste do painel de alarme 4 ‐ Painel de alarme 5 ‐ Painel de controle de áudio 6 ‐ Velocímetro 7 ‐ Horizonte artificial (Bomba de vácuo) 8 ‐ Altímetro 9 ‐ VOR 1 10 ‐ Rádio e NAV 1 11 ‐ Receptor ADF 12 ‐ Indicador de vácuo dos giroscópios 13 ‐ Indicador do ADF 14 ‐ Indicador de curva (Turn & Bank) 15 ‐ Giro direcional 16 ‐ Indicador de razão subida / descida (Climb) 17 ‐ VOR 2 18 ‐ Rádio e NAV 2 19 ‐ Horizonte artificial (Tubo de Venturi) 20 ‐ Horímetro 21 ‐ Tomada 12v 22 ‐ Indicador de pressão do óleo 23 ‐ Indicador de temperatura do óleo 24 ‐ Amperímetro 25 ‐ Liquídometros 26 ‐ Indicador de pressão de combustível 27 ‐Transponder 28 ‐ Interruptores elétricos 29 ‐ Controles de ventilação 30 ‐ Magnetos e starter 10 31 ‐ Indicador de pressão de admissão e fluxo de combustível 32 ‐ Tacômetro 33 ‐ Alavanca do trem de popuso 34 ‐ Manete de potência 35 ‐ Manete de ajuste do passo 36 ‐ Manete de mistura 37 ‐ Alavanca de travamento das manetes 38 ‐ Alavanca do ar‐alternado 39 ‐ Indicador de temperatura dos gazes de escapamento (EGT) 40 ‐ Disjuntores e fusíveis (CB’s) 41 ‐ Cronômetro 42 ‐ Luzes indicadoras do trem de pouso 43 ‐ Microfone 44 ‐ Seletora de combustível 45 ‐ Alavanca do freio (Parking Brake) 46 ‐ Compensador do leme de direção (Rudder) 11 1.4.1 ‐ Bússola A bússola é um instrumento de navegação, utilizado para orientar o piloto. Tem sua referencia no Norte Magnético. 1.4.2 ‐ Luzes de alarme do trem de pouso Estas luzes indicam, “AMARELA – IN TRANSIT” trem de pouso em movimentação, “VERMELHA – GEAR UNSAFE” trem de pouso destravado ou não recolhido. 1.4.3 - Teste do painel de alarme Botão para realização de check do funcionamento do painel de alarme. 1.4.4 ‐ Painel de alarme Este painel serve para avisar algum problema no funcionamento da bomba de vácuo, alternador e baixa pressão de óleo. 1.4.5 ‐ Velocímetro O velocímetro indica a velocidade da aeronave em milhas por hora “MPH”, funciona ligado ao sistema Pitot da aeronave. 1.4.6 ‐ Horizonte artificial Instrumento voltado para indicação de atitudes de vôo em condições IMC, seu funcionamento é feito através de giroscópio acionado por bomba de vácuo ou tubo de Venturi. 1.4.7 ‐ Altímetro O altímetro é o instrumento usado para medir altitudes, funciona ligado ao sistema de Pitot Estático. 1.4.8 ‐ VOR Instrumento utilizado para indicação de radias de uma antena VOR localizada em solo. 12 1.4.9 ‐ Rádio e NAV O rádio e um receptor e transceptor VHF, utilizado para comunicação. O NAV é um receptor de VOR – ILS – DME acoplado ao instrumento VOR. 1.4.10 ‐ Receptor ADF É um receptor de baixa freqüência da antena NDB, acoplado ao instrumento indicador ADF. 1.4.11 ‐ Indicador de vácuo dos giroscópios Indica a pressão na bomba de vácuo, deve estar entre 4,6 e 5,4 polegadas de mercurio. 1.4.12 ‐ Indicador do ADF Instrumento utilizado para indicar a direção (QDM / QDR) de uma antena NDB ou Broadcasting, localizada em solo. 1.4.13 ‐ Indicador de curva “Turn&Bank” O indicador de curva “Turn&Bank” serve para indicar se a curva está coordenada entre o manche e o pedal durante o voo em curva a bolinha deve permanecer centrada. 1.4.14 ‐ Giro Direcional O giro direcional é um instrumento de navegação, utilizado para orientar o piloto. Tem sua referencia alinhada com a bússola, onde é necessário o ajuste constante. Seu funcionamento é feito através de giroscópio alimentado pela bomba de vácuo. 1.4.15 ‐ Indicador de razão subida / descida (Climb) Indica a razão de subida ou descida em pés por minuto. Funciona ligado ao sistema de Pitot Estático. 13 1.4.16 ‐ Indicador de pressão do óleo O indicador de pressão do óleo indica a pressão do óleo que é dada em Libras por Polegadas Quadradas P.S.I. 1.4.17 ‐ Indicador de temperatura de óleo Instrumento que indica a temperatura do óleo do motor por meio de um tubo de Bourdon, o qual ao defletir aciona um ponteiro. 1.4.18 ‐ Amperímetro Indica a corrente solicitada pelo sistema elétrico da aeronave. 1.4.19 ‐ Liquidometro Indica a quantidade de combustível nos tanques. 1.5.20 ‐ Transponder É um equipamento instalado a bordo da aeronave que responde quando interrogado por um sistema de radar secundário no solo. Quando interrogado poderá enviar alguma informação adicional dependendo do seu modo de operação. 1.4.21 ‐ Interruptores elétricos Máster: liga a bateria e alternador. Fuel Pump: Liga a bomba de combustível. Beacon (anti‐colisão): Liga o farol rotativo de cor vermelha posicionado no topo da deriva da aeronave. Land Light: Liga o farol de pouso. Nav Light: Liga as luzes de navegação (vermelha / verde) situada nas extremidades das asas e a luz branca situada na deriva. Instruments light: Liga as luzes de painel. 1.4.22 ‐ Controles de ventilação Alavanca seletora de posicionamento das saídas de ar na aeronave. 14 1.4.23 ‐ Magnetos e Starter Compreende em uma chave com quatro estágios, sendo um estágio para posição “OFF”, um para cada magneto “ESQUERDO” e “DIREITO”, um para o estágio “AMBOS”, onde estará em funcionamento os dois magnetos, e por fim um estágio para “STARTER”. 1.4.24 ‐ Indicador de pressão de admissão e fluxo de combustível (MANIFOLD / FUEL FLOW) Monitora a pressão de combustível que é transformada pelo instrumento em uma indicação de fluxo de combustível em galões por hora e porcentagem da potência nominal. 1.4.25 ‐ Tacômetro O tacômetro centrífugo é um instrumento que indica a rotação por minuto do motor “RPM”. 1.4.26 ‐ Alavanca do trem de pouso Alavanca para comando do trem de pouso recolhido “UP” ou baixado e travado “DOWN”. 1.4.27 ‐ Manete de potência A manete de potência é utilizada para ajustar a pressão de admissão, incorpora um interruptor da buzina de alarme do trem de pouso recolhido, que quando a manete é reduzida ao mínimo com trem de pouso recolhido está soará. 1.4.28 ‐ Manete de passo Utilizada para ajustar a rotação da hélice. 1.4.29 ‐ Mistura A alavanca da mistura é utilizada para ajustar mistura ar/combustível. Levando‐se a alavanca para a frente, a mistura torna‐se rica, para trás torna‐se pobre. 15 A alavanca da mistura nunca deve ser puxada durante o vôo, havendo o perigo de apagar o motor, salvo em caso de correção para melhor consumo. 1.4.30 ‐ Alavanca de travamento das manetes Serve para travar e regular a sensibilidade do curso das manetes. 1.4.31 ‐ Ar‐Alternado Quando a seletora está para cima “FECHADA” o motor opera com ar filtrado, quando está para baixo “ABERTO” o motor opera com ar aquecido e não filtrado. 1.4.32 ‐ Indicador de temperatura dos gazes de escapamento (EGT) Indica a temperatura dos gazes na saída do escapamento. 1.4.33 ‐ Disjuntores e fusíveis (CB’s) Sistema de proteção ao conjunto elétrico da aeronave. 1.4.34 ‐ Luzes indicadoras do trem de pouso Estas luzes quando acesas indicam que o trem de pouso está baixado e travado e quando apagadas o trem está recolhido. 1.4.35 ‐ Seletora de combustível Seleciona em qual tanque deve ser feita a alimentação de combustível ao motor. 1.4.36 ‐ Alavanca de freio (Parking Brake) Aciona o travamento dos freios das rodas do trem principal, muito utilizado no estacionamento da aeronave. 1.4.37 ‐ Compensador do leme de direção (Rudder) Usado para reduzir tendências de guinada, atua diretamente no posicionamento do leme de direção. 16 1.5 ‐ Comandos de vôo Dois manchesconvencionais e dois pares de pedais operam as superfícies de controle primárias de vôo. O profundor possui um compensador para aliviar o esforço do manche. 1.5.1 ‐ Comando do Aileron O manche comanda mecanicamente, por meio de cabos e roldanas, o movimento dos ailerons de BANCAGEM OU ROLAGEM que são do tipo diferenciais. 17 1.5.2 ‐ Comando do profundor O movimento do manche, para frente PICAR e para trás CABRAR, comanda mecanicamente o profundor por meio de cabos de aço e roldanas, o estabiprofundor que é do tipo inteiramente móvel com um compensador montado no bordo de fuga. 1.5.3 ‐ Comando do Leme de direção O leme é movimentado pela parte inferior dos pedais por meio de cabos de aço e roldanas que ligam os pedais à articulação do leme, resultando no movimento de GUINADA. 18 1.5.4 ‐ Compensador Um volante compensador comanda mecanicamente, por meio de cabos e roldanas, o compensador do profundor. O volante compensador levado para frente faz o avião picar, isto é, move o compensador para cima, levado para trás, faz com que este se mova para baixo, fazendo o avião cabrar. 1.6 ‐ Sistema de combustível O sistema de combustível compõe‐se de dois tanques de gasolina, um na asa esquerda e outro na asa direita. Os tanques são ventilados individualmente através de tubos de ventilação (suspiros). Cada tanque de combustível possui um dreno no canto inferior traseiro e um filtro de combustível fixado na parte inferior esquerda da parede de fogo, que também possui seu dreno. Os tanques e o filtro devem ser drenados antes de cada vôo. 19 20 1.6.1 ‐ Operação do sistema A alimentação de combustível do motor é feita por uma bomba por ele mesmo acionada, uma bomba elétrica de combustível serve como acessório de apoio, esta bomba deve ser ligada toda vez que houver troca dos tanques e durante as operações de pouso ou decolagem. A gasolina utilizada é a gasolina de aviação “AvGas” (Azul), que deve ter um índice mínimo de 80 octanas. 1.6.2 ‐ Válvula seletora de combustível A válvula seletora dos tanques esta localizada logo abaixo do assento dianteiro à esquerda da cabine. Tem três posições “COMB. FECH.”, “TANQUE ESQ.” e “TANQUE DIR.” a flecha da seletora aponta para o tanque que está suprindo o combustível. Incorporada a seletora há uma trava de segurança, para evitar que a posição “COMB. FECH.” seja selecionada por descuido, para selecionar esta posição aperte a trava e gire a seletora. A troca de tanques deve ser feita de 30 em 30 minutos alternando entre esquerdo e direito para vôos locais e de uma em uma hora para navegações, começando sempre pelo tanque esquerdo. 21 1.6.3 ‐ Capacidade dos tanques EMBRAER ‐ 711 Tanque esquerdo................94,5 litros..............68 kg Tanque direito....................94,5 litros..............68 kg Total..................................189,0 litros............136 kg * Combustível não utilizável 3,8 litros / 2,7 kg por tanque. * 1 litro de AvGas = 0,72 kg. 1.6.4 – Indicador da quantidade de combustível Os tanques possuem liquidometros que indicam a quantidade de combustível nos tanques, porém realize sempre os cálculos de autonomia. 1.6.5 ‐ Consumo e autonomia EMBRAER ‐ 711 CAPACIDADE CONSUMO AUTONOMIA Tanque esquerdo full 94,5 litros 42 l/h 2h15m Tanque direito full 94,5 litros 42 l/h 2h15m * quando abastecido até à chapinha capacidade = 68,4 litros / 49 kg e autonomia = 1h45m. 22 Deve se trabalhar a mistura na “FUEL FLOW”, por questões de refrigeração do motor e melhor consumo / autonomia. Vôo ascendente = 12 gl. Vôo nivelado = 09 gl. 1.7 ‐ Sistema de lubrificação Uma bomba mecânica com engrenagens e um reservatório, constituem o sistema de lubrificação do motor. A lubrificação é do tipo mista. O reservatório de óleo do motor possui uma vareta indicadora de óleo na qual indica a quantidade. 23 Obs.: Nunca limpe a vareta indicadora de óleo com estopa ou pano, pois poderão cair impurezas dentro do reservatório. Utilize os dedos para limpar a vareta. 1.7.1 ‐ Óleo lubrificante Especificação....................................SAE 50 1.7.2 ‐ Padronização para níveis de óleo Motor frio.................................................... 7 qts de galão Motor quente................................................6,5 qts de galão * Capacidade total = 7,57 litros / 8 US quarts 1.8 ‐ Sistema de trem de pouso O trem de pouso triciclo é do tipo retrátil, acionado hidraulicamente por uma bomba elétrica reversível. A bomba é comandada por uma alavanca seletora com as posições “UP” e “DOWN”, levando cerca de 7 segundos para recolher ou abaixar. Quando as luzes verdes e a vermelha apagadas, significa que o trem de pouso está recolhido, o trem de pouso não deve ser recolhido há uma velocidade acima de 127 MPH e nem abaixado a uma velocidade acima de 153 MPH. 24 Três interruptores, um do manete de potência, um no flap e um na trava do trem em baixo, disparam a buzina de alarme do trem de pouso junto com as luzes vermelha (GEAR – UNSAFE) ou amarela (GEAR IN TRANSIT), quando: A ‐ O trem de pouso estiver recolhido e a potência estiver reduzida abaixo de 14 pol. B ‐ O trem de pouso estiver recolhido e estiver ajustado flap 20° Três interruptores, um do amortecedor do trem, um do limitador do trem em cima e um da trava do trem embaixo, disparam somente as luzes vermelha (GEAR – UNSAFE) e amarela (GEAR IN TRANSIT), quando: A ‐ A seletora do trem estiver na posição “UP” com o avião em solo B ‐ O trem de pouso não estiver travado embaixo e nem recolhido Obs.: A buzina de alarme do trem de pouso emite um som intermitente de 90 ciclos por minuto, contrastando com a buzina de alarme de STALL, que emite um som contínuo. O trem do nariz possui amortecedor de SHIME e é comandado em um ângulo de 30° para cada lado, por meio dos pedais do leme em sua parte inferior, quando o trem do nariz é recolhido, este comando direcional é desacoplado, afim de reduzir as forças do pedal do leme em vôo. Os pneus do trem principal e o cubo possuem uma marcação vermelha, nessa marcação podemos ver se o pneu do trem principal não correu na roda, caso isso ocorra poderá danificar o bico. O pneu do trem principal possui uma pressão de 30 PSI, enquanto o pneu da triquilha 27 PSI. 2526 1.8.1 ‐ Amortecedor Os amortecedores do trem de pouso são do tipo óleo‐pneumático tendo um curso de 6 cm. 1.9 ‐ Sistema de freios Os freios são operados hidraulicamente, cada um independente, freando as rodas do trem principal. O sistema de freios é composto de cilindros mestre individuais, entretanto, todos os cilindros utilizam um reservatório em comum. O sistema possui ainda dois discos, um em cada roda. O piloto, ao pressionar o pedal, comprime o óleo da tubulação fazendo atuar o pistão do alojamento comprimindo as pastilhas no disco, freando as rodas; 27 1.10 ‐ Sistema de Pitot estático O sistema de Pitot estático é composto por um tubo de Pitot, localizado no intradorso da asa esquerda, o qual fornece pressão total e pressão estática ao velocímetro, bem como pressão estática ao altímetro e ao indicador de razão de subida. * Em solo a aeronave deve estar com seu tubo de pitot encapado !!! SEÇÃO 2 ‐ LIMITAÇÕES 2.1 ‐ Generalidades As limitações incluídas nesta seção foram aprovadas pela EMBRAER (MO – 711A/541 – emissão 20/03/2003). A tripulação é legalmente obrigada a obedecê‐las durante a operação da aeronave. 28 2.2 ‐ Desempenho e limites de operação A aeronave Corisco, foi projetada para ser utilizada em duas categorias, “UTILIDADE” e “NORMAL”. 2.2.1 ‐ Categoria utilidade Na categoria utilidade a aeronave poderá ser usada para vôos de instrução primária, sendo permitidas manobras descritas no curso de piloto privado, porém, não sendo permitida a execução de manobras acrobáticas ou invertidas. Peso Maximo de operação...........................946 kg Fator carga....................................................3,8 G Forma de carregamento ‐ 2 Pilotos no assento dianteiro ‐ Tanque esquerdo e direito abastecido até a chapinha ‐ Porta bagagem vazio Na execução de manobras permitidas deve‐se ter em mente que ao atingir a posição de vôo em mergulho o avião ganha velocidade rapidamente e toda recuperação deve ser feita com suavidade a fim de não impor cagas excessivas à sua estrutura. 2.2.2 ‐ Categoria normal Na categoria normal a aeronave não foi projetada para executar nenhuma manobra avançada ou acrobática existente no curso de piloto privado, incluindo ainda parafusos. Peso Maximo de operação.......................1071 kg Fator carga...............................................3,8 G 29 Forma de carregamento ‐ 2 Pilotos no assento dianteiro ‐ 2 Passageiros no assento traseiro ‐ Tanque esquerdo e direito abastecido full ‐ Porta bagagem completo Em hipótese alguma o porta bagagem devera ser carregado com peso superior a 91 kg. 2.3 ‐ Peso da aeronave O peso da aeronave vazia é de 694 kg, o que pode variar de avião para avião e que pode ser consultado na ficha de peso e balanceamento de cada aeronave. Esse peso constitui o peso da aeronave vazia mais a quantidade de óleo máxima e gasolina não drenável. 2.3.1 ‐ Limites de peso Peso máximo de decolagem 1202 kg Peso máximo de pouso 1202 kg Peso máximo no bagageiro 91 kg 30 2.4 ‐ Limites do centro de gravidade ‐ CG Centro de gravidade ‐ CG É o ponto sobre o qual o avião se equilibra, se suspenso. Sua distância, a partir do plano de referencia, o bordo de ataque, é calculado dividindo‐se o momento total pelo peso total do avião. Limites do centro de gravidade São localizações extremas do centro de gravidade, dentro dos quais o avião pode ser operado num dado peso. O centro de gravidade do avião vazio, na posição de linha de vôo, encontra‐se a 1,991 cm à frente do bordo de ataque. Limites do passeio do CG Avançado (dianteiro) = 2,217 cm Atrasado (traseiro) = 2,362 cm 2.5 ‐ Limitações de velocidade ‐ (Vi = MPH) VNE ‐ Velocidade nunca exceder................................................214 MPH Velocidade que nunca devera ser excedida, qualquer que seja o regime de vôo (subida, cruzeiro ou descida). VNO ‐ Velocidade máxima estrutural de cruzeiro.......................173 MPH Velocidade que não pode ser excedida, exceto em ar calmo e mesmo assim com cautela. VA ‐ Velocidade de manobra......................................................133 MPH Velocidade utilizada para executar as manobras permitidas na categoria utilidade, ela não devera ser excedida quando voando em ar muito agitado ou executando as manobras. Não acione totalmente ou abruptamente os comandos acima desta velocidade. 31 VFE ‐ Velocidade máxima com flaps estendidos.........................127 MPH Não exceda esta velocidade com os flaps estendidos. VLO ‐ Velocidade Max. para abaixamento do trem de pouso....153 MPH Não abaixe o trem de pouso em velocidades superiores a esta. VLO ‐ Velocidade Max. para recolhimento do trem de pouso....127 MPH Não recolha o trem de pouso em velocidades superiores a esta. VLE ‐ Velocidade máxima com trem de pouso abaixado............153 MPH Não exceda esta velocidade com o trem de pouso abaixado. 2.5.1 ‐ Marcações do velocímetro Arco verde (faixa de operação normal)..............................61 à 173 MPH Arco branco (faixa de operação com flaps).........................53 à 127 MPH Arco amarelo (faixa de operação com cautela)................173 à 214 MPH Linha vermelha (faixa de operação nunca exceder)...................214 MPH VELOCIDADE DE ESTOL FLAP 0° = 72 MPH VELOCIDADE DE ESTOL FLAP FULL = 64 MPH 32 2.5.2 ‐ Velocidade de operação com segurança Descolagem Normal..........................................................................................80 MPH Curta.............................................................................................70 MPH Subida...........................................................................................96 MPH Melhor razão de subida Trem de pouso e flap recolhido...................................................96 MPH Trem de pouso e flap extendido..................................................92 MPH Melhor ângulo de subida Trem de pouso e flap recolhido...................................................94 MPH Trem de pouso e flap extendido..................................................80 MPH Pouso Aproximação para pouso sem flap............................................100 MPH Aproximação para pouso flap 10°................................................95 MPH Aproximação para pouso flap 25°................................................90 MPH Aproximação para pouso flap 40°................................................85 MPH Descida........................................................................................120 MPH Planeio........................................................................................105 MPH Melhor razão de planeio............................................................105 MPH 2.6 ‐ Temperatura do óleo Faixa verde (Operação normal)...........................................24° C à 118°C Linha vermelha (Máximo)................................................acimade 118°C 2.7 ‐ Pressão do óleo Faixa verde (Operação normal)...............................................60 a 90 PSI Faixa amarela (Operação com cautela)...................................25 a 60 PSI Faixa vermelha (Mínimo)..........................................................até 25 PSI Faixa vermelha (Máximo)................................................acima de 90 PSI 33 SEÇÃO 3 ‐ PROCEDIMENTOS NORMAIS 3.1 ‐ Generalidades Esta seção apresenta procedimentos de operação normal do avião de acordo com (MO – 711 A – C / 541 – emissão 20/03/2003). Contem as velocidades de operação com segurança, o detalhamento dos procedimentos normais e a lista de verificações. 3.2 ‐ Inspeção pré‐vôo Antes de iniciar um vôo devemos realizar a inspeção pré‐vôo na aeronave e devemos checar os seguintes itens: 1° ‐ Condições meteorológicas 2° ‐ Peso e balanceamento 3° ‐ Notificação de vôo ou plano de vôo 34 4° ‐ Documentos à bordo da aeronave em vôo segundo RBHA‐91 ‐ Licença dos pilotos (alunos quando possuir) ‐ Certificado medico aeronáutico “CMA” ‐ Válido ‐ Certificado de matricula ‐ Válido ‐ Certificado de aeronavegabilidade ‐ Válido ‐ Ficha de peso e balanceamento da aeronave ‐ Manual de vôo (operações) ‐ Lista de verificações (check‐list) ‐ NSCA 3‐13 expedido pelo CENIPA ‐ Diário de bordo ‐ Apólice de seguro (aceito somente com o comprovante de pagamento) ‐ Licença de estação de aeronave expedida pelo ‐ ANATEL ‐ Ficha de inspeção anual de manutenção ‐ FIAM / FIEV ‐ Certificado de homologação suplementar ‐ CHST ‐ Registros de modificações e reparos incorporáveis à aeronave, motor ou hélice 3.2.1 ‐ Inspeção pré‐vôo da aeronave 35 3.2.1.1 ‐ Inspeção interna da aeronave 1 ‐ Manche.........................................................................Solte os cintos 2 ‐ Freio de estacionamento......................................................Aplicados 3 ‐ Interruptores..................................................................................OFF 4 ‐ Chave de partida...................................................................Desligada 5 ‐ Equipamentos eletrônicos.............................................................OFF 6 ‐ Mistura....................................................................................Cortada 7 ‐ Master.............................................................................................ON 8 ‐ Liquidometros...........................Verificar quantidade de combustivel 9 ‐ Painel de alarme............................................................Verificar luzes 10 ‐ Master..........................................................................................OFF 11 ‐ Comandos de voo ................................................Verificar operação 12 ‐ Flaps....................................................Verificar operação e recolher 13 ‐ Compensadores.............Verificar operação e posicionar em neutro 14 ‐ Cintos............................................Verificar condições e travamento 15 ‐ Janelas.....................................................................Verificar limpeza 16 ‐ Documentos............................................................Verificar à bordo 3.2.1.2 ‐ Inspeção externa da aeronave Asa direita 1 ‐ Condições das superfícies..........Ausência (gelo/neve/deformações) 2 ‐ Flap e articulações..................................................................Verificar 3 ‐ Aileron e articulações.............................................................Verificar 4 ‐ Descarregadores de estática .................................................Verificar 5 ‐ Ponta de asa e luzes...............................................................Verificar 6 ‐ Tanque de combustível......................................Verificar quantidade 7 ‐ Suspiro do tanque de combustível................................Desobstruído 8 ‐ Dreno do tanque.......................................................................Drenar 9 ‐ Amarração.............................................................................Remover 10 ‐ Trem de pouso principal.........................Verificar distensão normal 36 11 ‐ Pneu .................................... Verificar estado e marcação vermelha 12 ‐ Freios......................................Verificar (tubulação/disco/pastilhas) 13 – Entrada de ar................................................................Desobstruída Nariz 1 ‐ Condições gerais....................................................................Verifique 2 ‐ Capota do motor...................................................................Verifique 3 ‐ Pára‐brisas..................................................................................Limpo 4 ‐ Hélice, carenagem e cubo......................................................Verificar 5 ‐ Entrada de ar..................................................................Desobstruída 6 ‐ Correia do alternador.............................................Verifique a tensão 7 ‐ Farol de pouso........................................................................Verificar 8 ‐ Trem de pouso do nariz...........................Verifique distensão normal 9 ‐ Pneu....................................... Verificar estado e marcação vermelha 10 ‐ Vedações da chapa defletora do motor.............................Verifique 11 ‐ Óleo...................................................................Verificar quantidade 12 ‐ Vareta de nível de óleo..........................Encaixada adequadamente 13 ‐ Dreno do filtro de combustível...............................................Drenar Asa esquerda 1 ‐ Condições das superfícies..........Ausência (gelo/neve/deformações) 2 ‐ Entrada de ar..................................................................Desobstruída 3 ‐ Amarração.............................................................................Remover 4 ‐ Trem de pouso principal...........................Verificar distensão normal 5 ‐ Pneu ...................................... Verificar estado e marcação vermelha 6 ‐ Freios........................................Verificar (tubulação/disco/pastilhas) 7 ‐ Tanque de combustível......................................Verificar quantidade 8 ‐ Suspiro do tanque de combustível................................Desobstruído 9 ‐ Dreno do tanque.......................................................................Drenar 10 ‐ Tomada de pitot............Remova a capa e inspecione desobstrução 11 ‐ Ponta de asa e luzes.............................................................Verificar 37 12 ‐ Aileron e articulações...........................................................Verificar 13 ‐ Flap e articulações................................................................Verificar 14 ‐ Descarregadores de estática ...............................................Verificar 15 – Buzina de alarme de STALL..........................................Desobstruída Cone de cauda 1 ‐ Antenas...................................................................................Verificar 2 ‐ Empenagem............................... Ausência (gelo/neve/deformações) 3 ‐ Profundor................................................................................Verificar 4 ‐ Carenagense janela de inspeção...........................................Verificar 5 ‐ Entrada de ar (deriva).....................................................Desobstruída 6 ‐ Condições das superfícies..........Ausência (gelo/neve/deformações) 7 ‐ Luzes de cauda........................................................................Verificar 8 ‐ Estabilizador e compensador.................................................Verificar 9 ‐ Leme de direção.....................................................................Verificar 10 ‐ Amarração...........................................................................Remover 11 ‐ Garfo de reboque e bagagem..............Acondicionado no bagageiro 12 ‐ Porta do bagageiro...............................................Fechada e travada 3.3 ‐ Acionamento Para o acionamento deve‐se posicionar a aeronave de forma que o ar vindo da hélice não jogue poeira nos espectadores, outros aviões ou penetre no hangar. 1 ‐ Freio de estacionamento.......................................................Aplicado 2 ‐ Manete de Hélice (passo)....................................................MÁX RPM 3 ‐ Assentos........................................................Posicionados e travados 4 ‐ Cintos e suspensórios...........................................................Ajustados 5 ‐ Seletora de combustível........................................Tanque mais cheio 6 ‐ Entrada alternativa de ar......................................................FECHADA 7 ‐ Disjuntores e fusíveis..............................................Verificar armados 38 8 ‐ Rádios e luzes.................................................................................OFF 9 ‐ Trava da manete de potência......................................................Livre 10 ‐ Máster...........................................................................................ON 11 ‐ Luz anti‐colisão..............................................................................ON 12 ‐ Bomba de combustível.................................................................ON 13 ‐ Manete de potência..........................................Avançar (+/‐ 1,5 cm) 14 ‐ Mistura...................................Rica até indicação do fluxo / Cortada 15 ‐ Bomba de combustível................................................................OFF 16 ‐ Magnetos...............................................................................AMBOS 17 ‐ Área da hélice.............................................................................Livre 18 ‐ Motor de partida...................................................................Acionar 19 ‐ Mistura.........................................................................................Rica 20 ‐ Manete de potência...........................Reduzir e depois levar a 1200 Após Acionamento 1 ‐ Pressão do óleo..................................................................Faixa verde 2 ‐ Alternador.......................................................................................ON 3 ‐ Amperímetro.............................................................................Checar 4 ‐ Transponder.............................................................STBY / Cód. 2000 Partida com motor quente Mesmo procedimento anterior, porém com a bomba de combustível desligada e mistura na posição corte sem enriquecer o fluxo. Partida com motor afogado 1 ‐ Mistura....................................................................................Cortada 2 ‐ Manete de hélice.................................................................MÁX RPM 3 ‐ Manete de potência.....................................................................MÁX 4 ‐ Máster.............................................................................................ON 5 ‐ Magnetos.................................................................................AMBOS 39 6 ‐ Bomba de combustível..................................................................OFF 7 ‐ Área da hélice...............................................................................Livre 8 ‐ Motor de partida.....................................................................Acionar (Quando o motor aciona, reduzir a manete de potência e avançar a mistura lentamente) Motor acionou, reduz potência e cheque a pressão de óleo, se em 30 segundos não houver indicação correta de pressão, corte o funcionamento do motor pela mistura, caso houver indicação correta de pressão, levar a potencia à 1200 RPM. Aquecer o motor à 1200 RPM. Neste regime a bomba de óleo trabalha de forma eficiente e a hélice fornece uma corrente de ar suficiente para a refrigeração do motor, para que o mesmo não se aqueça excessivamente. Não trabalhar o motor antes que o óleo chegue na sua temperatura apropriada. 3.4 ‐ Rolagem Consiste no movimento do avião sobre o solo também chamado de taxi. Use a manete de potencia suavemente durante a rolagem, a rotação do motor deve ser apenas suficiente para locomover o avião lentamente, a uma velocidade que corresponda a de uma pessoa andando. Caso houver perigo de colisão, aplicar os freios com suavidade e desligue na mistura. Conserve a mão sempre sobre o manete de potência. Táxi 1 ‐ Área de táxi...................................................................................Livre 2 ‐ Manete de potência............................................Avançar lentamente 3 ‐ Manete de hélice.................................................................MÁX RPM 4 ‐ Freios......................................................................................Verificar 5 ‐ Comando direcional (triquilha)..............................................Verificar 40 3.5 ‐ Cheque de cabeceira De acordo com o cheque de cabeceira, é obrigatório verificar cada item sem pressa e na ordem descrita no check‐list. Mantenha o check‐list na altura dos olhos para uma visualização adequada. Cheque de cabeceira 1 ‐ Freio de estacionamento.......................................................Aplicado 2 ‐ Manete de Potência............................................................1000 RPM 3 ‐ Seletora de combustível........................................Tanque mais cheio 4 ‐ Comandos de voo.........................................Livres e correspondente 5 ‐ Flaps....................................................Checar posições / Ajustar ‐ 10° 6 ‐ Compensadores...............................................Ajustados em NEUTRO 7 ‐ Manete de potência............................................................1500 RPM 8 ‐ Mistura......................................................................POBRE / RICA 2x 9 ‐ Manete de potência............................................................2000 RPM 10 ‐ Pressão / Temperatura do óleo......................................Faixa verde 11 ‐ Manete de hélice.......................Checar governador 100 a 200 RPM 12 ‐ Ar alternado..........................................................................Verificar 13 ‐ Magnetos.........Queda máx. de 175 RPM / Diferença máx. 50 RPM 14 ‐ Sucção.........................................................................Entre 4.0 e 6.0 15 ‐ Manete potência.........Reduzir/Marcha lenta entre 700 e 850 RPM 16 ‐ Manete de potência..........................................................1000 RPM 17 ‐ Altímetro..............................................................................Ajustado 18 ‐Velocímetro..........................................................Zerado / Ajustado 19 ‐ Turn e Bank...........................................................................Verificar 20 ‐ Painel de advertência...........................................................Verificar 21 ‐ Portas e janelas.................................................Fechadas e travadas 22 ‐ Flap..............................................................................Ajustado – 10° 23 ‐ Briefing de decolagem.........................................................Executar Obs.: no cheque de magnetos quando se desliga o magneto esquerdo, estaremos checando o magneto direito e vice ‐ versa. 41 3.6 ‐ Briefing de decolagem 1 ‐ Checar tráfego e pista livre 2 ‐ Alinhar aeronave com o eixo da pista 3 ‐ Neutralizar pedais 4 ‐ Verificar bussola, ajustar girodirecional e horizonte artificial 5 ‐ Ligar farol de pouso 6 ‐ Ligar bomba de combustível 7 ‐ Transponder em modo ALT 8 ‐ Manter a aeronave freada e levar a potência até 2000 RPM 9 ‐ Checar instrumentos do motor 10 ‐ Liberar os freios e completar toda a potência 11 ‐ Tirar a aeronave do solo a 80 MPH e subir com 96 MPH, 12 ‐ Não havendo pista suficiente em frente, frear a aeronave e comandar trem de pouso em cima 13 – Ao cruzar a cabeceira oposta em altitude segura e livre de obstáculos, reduza o passo para 2500 RPM e potência para 25 pol. Após realizar o briefing de decolagem e de emergências antes de ingressar na pista, deve‐se examinar visualmente o circuito de trafego a fim de observar a chegada de qualquer avião. Esteja ciente de todas as regras de tráfego aéreo utilizadas pela carta VAC e as trajetórias após a decolagem. 3.7 ‐ Decolagem normal As decolagens devem sempre ser efetuadas com vento de proa. Inicie a decolagem sempre no começo da pista, a parte desprezada em certas ocasiões poderia ser muito útil. Somente após checar se a pista esta livre, sem aeronaves, poderá alinhar a aeronave com o eixo. Existem diversos fatores como vento, pressão atmosférica, temperatura do ar, peso, performance do motor e etc.., que influenciam a subida inicial. 42 3.8 ‐ Decolagem curta É usada em caso da não disponibilidade da pista suficiente para uma decolagem normal. Proceda da seguinte forma: 1 ‐ Checar tráfego e pista livre 2 ‐ Alinhar aeronave com o eixo da pista 3 ‐ Neutralizar pedais 4 ‐ Verificar bussola, ajustar girodirecional e horizonte artificial 5 ‐ Ligar farol de pouso 6 ‐ Ligar bomba de combustível 7 ‐ Transponder em modo ALT 8 ‐ Ajustar flap 25° 9 ‐ Manter a aeronave freada e levar a toda potência 10 ‐ Checar instrumentos do motor 11 ‐ Liberar os freios 12 ‐ Tirar a aeronave do solo a 70 MPH e subir com 96 MPH 13 ‐ Não havendo pista suficiente em frente, frear a aeronave e comandar trem de pouso em cima 14 ‐ Reduzir passo para 2500 RPM e potência para 25 pol. 15 ‐ Ao atingir uma altitude segura, ajustar para flap 10° 3.9 ‐ Decolagem com obstáculo É usada em caso de ter obstáculos a livrar após a decolagem. Proceda da seguinte forma: 1 ‐ Checar tráfego e pista livre 2 ‐ Alinhar aeronave com o eixo da pista 3 ‐ Neutralizar pedais 4 ‐ Verificar bussola, ajustar girodirecional e horizonte artificial 5 ‐ Ligar farol de pouso 6 ‐ Ligar bomba de combustível 43 7 ‐ Transponder em modo ALT 8 ‐ Ajustar flap 25° 9 ‐ Manter a aeronave freada e levar a toda potência 10 ‐ Checar instrumentos do motor 11 ‐ Liberar os freios 12 ‐ Tirar a aeronave do solo a 70 MPH e subir com 80 MPH até atingir 200 ft. AGL de altura 13 ‐ Não havendo pista suficiente em frente, frear a aeronave e comandar trem de pouso em cima 14 ‐ Ao atingir 200 ft. AGL, reduzir passo para 2500 RPM e potência para 25 pol. 15 ‐ Ao atingir uma altitude segura, ajustar para flap 10° 3.10 ‐ Decolagem com vento de través Deve‐se sempre decolar contra o vento, porém às vezes, se torna necessário decolar com o vento de través. Durante a corrida de decolagem com vento de través, torna‐se necessário defletir o manche para o lado do vento afim de evitar que a asa do lado do vento levante antecipadamente, no momento de tirar a aeronave do solo neutralize o manche e inicie a correção de vento derivando a aeronave e deixando com que a mesma encare o vento, se necessário fazer uso dos pedais (guinada). 3.11 ‐ Subida inicial Após a decolagem mantenha uma referencia visual na proa afim de evitar que a aeronave descreva uma trajetória errônea durante a subida. Isto acontece muitas vezes com ventos moderados de través. Ao cruzar 500 ft. AGL realizar CHEQUE DE 500 ft. Antes porém de iniciar a curva, deve‐se realizar um cheque de área para ter certeza de que não há outros tráfegos ao redor, em voz alta, inicia‐se o cheque de área, observando visualmente primeiro o lado externo da curva, depois a proa e por fim o lado interno da curva. 44 Se a intenção for permanecer no circuito de trafego devemos iniciar curva após os 500 ft. AGL, se a intenção é livrar o circuito de trafego, mantenha o eixo de decolagem ate atingir 1000 ft. AGL. Cheque de 500 ft. 1 ‐ Instrumentos do motor.....................................................Faixa verde 2 ‐ Bomba de combustível.............(checar pressão de combustível) OFF 3 ‐ Farol de pouso................................................................................OFF 4 ‐ Flaps....................................................................................Recolhidos 5 ‐ Trem de pouso.....................................................Recolhido e travado 6 ‐ Potência / Passo....................................................24 pol. / 2400 RPM 7 ‐ Mistura.........................................................................................12 gl. 3.12 ‐ Vôo em cruzeiro Vôo reto‐horizontal realizado em altitude ou nível (quando aplicável) na qual a aeronave está ajustada com 2400 RPM / 21 pol. / 09 gl. e mantendo 120 MPH. Cabe lembrar que a RPM de vôo cruzeiro pode variar de acordo com alguns fatores como densidade do ar, temperatura, peso do avião, etc. 3.13 ‐ Pouso Cada pouso deve ser planejado de acordo com o comprimento da pista e os fatores operacionais existentes, rampa de aproximação e ponto de toque previsto (1° terço da pista). Proceda da seguinte forma: 1 ‐ Perna do vento, último terço da pista, ligar bomba de combustível, farol de pouso e reduzir para 16 pol. 2 ‐ Abaixar o trem de pouso 3 ‐ Través da cabeceira, verificar velocidade de 95 MPH para ajustar flap 10° 45 4 ‐ Perna base, se for o caso ajustar flap 25° com 90 MPH, checar luzes do trem de pouso (baixado e travado) e final livre 5 ‐ Final, se for o caso ajustar flap 40° com 85 MPH e realizar CHECK DE FINAL Tenha sempre em mente quando houver varias aeronaves em operação, a possibilidade de uma arremetida. Check de final 1 ‐ Mistura..........................................................................................RICA 2 ‐ Manete de hélice.................................................................MÁX RPM 3 ‐ Bomba de combustível..............................................................Ligada4 ‐ Farol de pouso...........................................................................Ligado 5 ‐ Trem de pouso..............(bombear pedal de freio) Baixado / Travado 6 ‐ Pista..............................................................................................Livre 3.14 ‐ Pouso com vento de través Tal como nas decolagens, os pousos também dever ser feitos contra o vento, sempre que for possível. Porém, nem sempre temos essas condições, então torna‐se necessário executar um pouso com vento de través (vento lateral). Ao efetuar a aproximação, baixar levemente a asa para o lado do vento, e aplicar pedal do leme para o lado oposto ao que aplicou a deflexão da asa, sendo suficiente para compensar a deriva. A inclinação lateral e a aplicação do leme de direção para o lado oposto, devem ser suficientes para manter o avião alinhado com o eixo da pista. Tocar o solo primeiro com a roda do trem de pouso do lado do vento mantendo e manter a deflexão do manche para o lado do vento até a parada total da aeronave, assim que tocar o solo tirar toda a potência. Evitar que o avião toque o solo desalinhado com o eixo da pista, evitando esforços excessivos sobre o trem de pouso e possivelmente que o mesmo se feche. 46 3.15 ‐ Arremetida Tenha sempre em mente a opção de uma arremetida. Este procedimento é realizado a fim de abandonar uma aproximação para pouso, alterando sua trajetória de vôo descendente e iniciando o vôo ascendente. Utilizada por motivos de segurança, por decisão do piloto, devido a diversos fatores que inviabilizam um pouso seguro. É iniciada com aplicação total de potencia, atitude de vôo ascendente e velocidade de subida 96 MPH, assim que se tenha uma subida estabilizada: 1 ‐ Recolher trem de pouso 2 ‐ Iniciar redução para 2500 RPM / 25 pol. 3 ‐ Assim que atingir uma altitude segura, iniciar recolhimento dos flaps, posição a posição conforme velocidade 4 ‐ Realizar CHECK DE 500 ft. AGL 3.16 ‐ Rolagem ao pátio e corte do motor Logo após o pouso, se a intenção for arremeter, proceda segundo a autorização do instrutor. Caso seja pouso completo, manter o controle direcional da aeronave de forma suave, livrando a pista pela interseção em baixa velocidade a fim de evitar o uso desnecessário dos freios. Esteja atento à outras aeronaves no táxi e no pátio, estacionando a aeronave de acordo com as instruções do instrutor, pessoal de manutenção ou balizador. Cheque após o pouso 1 ‐ Flaps....................................................................................Recolhidos 2 ‐ Bomba de combustível.........................................................Desligada 3 ‐ Farol de pouso......................................................................Desligado 4 ‐ Transponder.............................................................STBY / Cód. 2000 47 Cheque de corte do motor 1 ‐ Freio de estacionamento.......................................................Aplicado 2 ‐ Manete de hélice.................................................................MÁX RPM 3 ‐ Manete de potência............................................................1000 RPM 4 ‐ Rádios e equipamentos elétricos...................................................OFF 5 ‐ Mistura.................................................................................CORTADA 6 ‐ Luz anti – colisão............................................................................OFF 3.17 ‐ Abandono Muita atenção com o cheque de abandono. Por parecer simples e ser o último cheque, às vezes é realizado sem muita atenção por parte do piloto/aluno. Este item tem a mesma importância que os outros itens e deverá ser executado com toda a atenção possível e sem pressa. Cheque de abandono 1 ‐ Luz anti ‐ colisão.............................................................................OFF 2 ‐ Master............................................................................................OFF 3 ‐ Magnetos........................................................................................OFF 4 ‐ Portas e janelas.....................................................................Fechadas 5 ‐ Tubo de pitot........................................................................Encapado 6 ‐ Aeronave.......................Calçada e freio de estacionamento liberado SEÇÃO 4 – PROCEDIMENTOS DE EMERGÊNCIA 4.1 ‐ Generalidades Os procedimentos recomendados para situações de emergência encontram‐se nesta seção. Nela contém as velocidades para as operações com segurança, lista condensada de verificações, bem como ampliação e detalhamento dos procedimentos de emergência. 48 4.2 ‐ Fogo no motor durante o acionamento Se ocorrer fogo no motor durante a partida ou durante as operações no solo, aplique o seguinte procedimento e se houver tempo e meios de socorro, peça ajuda pelo rádio. 1 ‐ Motor de partida...................................................................Acionado 2 ‐ Mistura.................................................................................CORTADA 3 ‐ Manete de potência.......................................................Toda a frente 4 ‐ Seletora de combustível.........................................................Fechada * Caso o fogo persista, abandone a aeronave e utilize meios externos para extinguir o fogo. 4.3 ‐ Fogo no motor em voo Mesmo que o fogo no motor seja extremamente raro em voo ele poderá ocorrer. Se ocorrer durante o voo, deve‐se seguir os passos abaixo descritos e se houver tempo e meios de socorro, peça ajuda pelo radio. Após executar as ações previstas no manual, efetuar check de aterragem sem potencia. 1 ‐ Velocidade.............................................................................105 MPH 2 ‐ Seletora de combustível.........................................................Fechada 3 ‐ Manete de potencia..............................................................Reduzida 4 ‐ Mistura.................................................................................CORTADA 5 ‐ Bomba de combustível.........................................................Desligada 6 ‐ Aquecimento da cabine e desembaçador............................Fechados * Com pouso assegurado efetuar o cheque de aterragem sem potencia 49 4.4 ‐ Falha no motor Numa falha na decolagem, a ação a ser tomada dependera das circunstancias de cada situação. O piloto terá que decidir entre abortar a decolagem ou tentar decolar. Sua decisão deve basear‐se nas condições gerais da decolagem (peso do avião, temperatura do ar, altitude do aeródromo, características da área, etc) e na velocidade em que ocorreu a pane. O piloto devera estar previamente preparado para tomar a resolução mais acertada, de acordo com a pista e o ponto de decolagem, abaixo ou acima de 500 ft AGL.Se a pane ocorrer abaixo de 500 ft AGL o avião devera aterrar em frente ou ao lado da pista. Não tente fazer curvas acentuadas mas pequenas variações de direção, ao contrario o avião poderá estolar. Mantenha a velocidade para não estolar. 4.4.1 ‐ Pane na corrida de decolagem 1 ‐ Reduzir toda a potência 2 ‐ Manter o controle direcional com os pedais 3 ‐ Usar freios conforme necessário 4.4.2‐ Falha de motor da decolagemAbaixo de 500 ft. AGL 1 ‐ Manter velocidade de segurança de 105 MPH 2 ‐ Pousar na pista se houver espaço suficiente ou ao lado (mantenha trem de pouso abaixado, caso contrário, recolha). 3 ‐ Não executar curvas acentuadas, mas pequenos desvios. 4 ‐ Cuidado para não estolar (não voltar para a pista) 5 ‐ Com pouso garantido realizar cheque de aterragem sem potência 50 Acima de 500 ft. AGL 1 ‐ Manter velocidade de segurança de 105 MPH 2 ‐ Escolha um local seguro para pouso 3 ‐ Cheque de reacionamento Caso não reacione, proceda com: 1 ‐ Manter velocidade de segurança de 105 MPH 2 ‐ Não executar curvas acentuadas 3 ‐ Cuidado para não estolar 4 ‐ Com pouso garantido realizar cheque de aterragem sem potência 4.4.3 ‐ Cheque de reacionamento Cheque de reacionamento 1 ‐ Velocidade de segurança.......................................................105 MPH 2 ‐ Local seguro para pouso...........................................................Definir 3 ‐ Seletora de combustível.............................................Trocar o tanque 4 ‐ Bomba de combustível.................................................................Ligar 5 ‐ Mistura..........................................................................................RICA 6 ‐ Ar alternado............................................................................ABERTO 7‐ Starter.......................................................................................Acionar 4.4.4 ‐ Aterragem sem potência Se o reacionamento do motor não ocorrer e uma aterragem sem potencia (pouso forçado) seja iminente e sem condições de alcançar uma pista, selecione um campo adequado dando preferência a pastos, gramados e etc. Proceda conforme o cheque de aterragem sem potencia e esteja atento a fios de alta tensão, animais no campo, arvores, morros e irregularidades no terreno. Se houver tempo transmita via radio a situação de emergência real e o local previsto para a aterragem. 51 Cheque de aterragem sem potência 1 ‐ Velocidade de segurança.......................................................105 MPH 2 ‐ Local seguro para pouso...........................................................Definir 3 ‐ Manete de potência..............................................................Reduzida 4 ‐ Mistura....................................................................................Cortada 5 ‐ Magnetos............................................................................Desligados 6 ‐ Seletora de combustível.........................................................Fechada 7 ‐ Objetos cortantes.................................................Afastados do corpo 8 ‐ Portas e janelas........................................................................Abertas 9 ‐ Cintos e suspensórios......................................Passados e ajustados 10 ‐ Pouso..........................................................................Contra o vento 11 ‐ Pouso garantido..........................................Trem de pouso ‐ abaixar 12 ‐ Máster..........................................................................................OFF * Com pouso assegurado, ajustar flap full e tocar com a menor velocidade possível. 4.5 ‐ Parafuso acidental Quando a velocidade de voo for perdida ou diminuída abaixo de um mínimo, habitualmente chamado de velocidade de perda, o avião entra em perda de sustentação (STALL). O parafuso resulta de uma perda acentuada com queda de asa, executada de propósito ou acidentalmente. Em geral, uma perda acentuada com queda de asa provoca um parafuso. A saída de um parafuso deverá ser realizada reduzindo toda a potência, aplicando pedal do leme de direção para o lado oposto ao giro e neutralizar o manche. O avião para de girar e fica na posição de mergulho acentuado. Nesta fase, o leme de direção é neutralizado. Para sair do mergulho, assim que se atingir a velocidade de 70 MPH, puxar o manche com suavidade para trás, atento aos esforços exercidos sobre a aeronave, levando o nariz do avião para a posição de voo horizontal. Assim que tenha sido recuperada a posição normal de voo horizontal, acelerar ate o regime normal de cruzeiro. 52 4.6 ‐ Emergência no trem de pouso Havendo este tipo de emergência na aproximação, desconsidere o pouso, arremeta livrando o circuito para um local e um nível seguro, após realize o procedimento indicado para este tipo de emergência. A alavanca de emergência do trem de pouso, situada entre os assentos do piloto e co‐piloto, quando comandada, alivia a pressão hidráulica para permitir que o trem de pouso abaixe por gravidade, o trem de pouso do nariz é ainda auxiliado por uma mola. 53 Abaixamento do trem de pouso em emergência 1 ‐ Verificar se as luzes de navegação estão ligadas, se estiverem, “DESLIGAR” 1 A ‐ Identificar se alguma luz de travamento do trem de pouso está apagada (Luzes verdes), se existir, trocá‐las de posição e ciclar a alavanca do trem de pouso “UP” e “DOWN” 1B ‐ Após a troca se a luz de travamento do trem de pouso permanecer apagada, proceda como se segue: 2 ‐ Rádios.............................................................................................OFF 3 ‐ Máster (bateria).............................................................................OFF 4 ‐ Alternador......................................................................................OFF 5 ‐ Beacon............................................................................................OFF 6 ‐ Disjuntor do trem de pouso (CB)................................Puxar (desligar) 7 ‐ Seletora do trem de pouso.......................................................DOWN 8 ‐ Alavanca do trem de pouso em emergência........................ABAIXAR Após realizado o procedimento acima, proceda como se segue: 9 ‐ Disjuntor do trem de pouso (CB)...............................Empurrar (ligar) 10 ‐ Máster (bateria)............................................................................ON 11 ‐ Verifique o acendimento das luzes de travamento do trem de pouso (Luzes verdes), caso todas se ascendam 12 ‐ Alternador.....................................................................................ON 13 ‐ Rádios............................................................................................ON Obs.: Caso haja dúvidas sobre o travamento do trem de pouso, realize movimentos de guinada utilizando os pedais da aeronave para um possível travamento. Se a dúvida persistir, coordene com o pessoal de solo um check visual do trem de pouso abaixado, realizando uma 54 passagem baixa no eixo da pista. Mesmo que confirmado o travamento, realize uma aproximação com FLAP 25° e toque ao solo primeiramente com o trem principal o mais suave possível, após mantenha o trem de pouso do nariz o maior tempo possível no ar, para que o mesmo toque com muita suavidade. Aterragem sem trem de pouso 1 ‐ Realize uma aproximação com FLAP 25° em uma rampa um pouco mais alta do que o normal 2 ‐ Com pouso assegurado, realize cheque de aterragem sem potência 3 ‐ Quebre o planeio próximo a pista, mantendo a atitude de voo reto horizontal 4 ‐ Aguardeo toque mantendo a aeronave paralela ao solo, sem arredondar, evitando com que a aeronave toque a cauda primeiro e com a inércia o nariz da aeronave toque com muita força ao solo 5 ‐ Utilize os pedais do leme para manter o controle direcional e aguarde a parada total da aeronave 6 ‐ Com a parada total, abandone a aeronave 55 * Pressione a alavanca do trem de pouso em emergência para baixo por alguns segundos, aguarde o abaixamento por gravidade. 56 MANUAL DE MANOBRAS 57 O manual de manobras do Corisco do Aeroclube de Bragança Paulista, tem como objetivo citar, explicar e exemplificar todas as manobras previstas na grade curricular dos nossos cursos, em conformidade com o padrão da ANAC, as quais serão executadas durante o treinamento para fins de cumprimento do programa de instrução. Através deste manual e do manual de operações da aeronave, o piloto/aluno poderá estudar antecipadamente todo o conteúdo a ser visto no próximo voo. É recomendado que durante os estudos , os alunos pratiquem voo mental e hora de nacele. Separe um tempo antes de cada vôo e sente‐ se dentro do avião para familiarizar‐se com tudo em sua volta, observando o posicionamento dos instrumentos e dos comandos de vôo. Estes itens sempre se mostram fundamentais ao aprendizado, melhorando em muito a proficiência do piloto/aluno durante o voo. ‐ Atualizações e Correções 01/2014 26/09/2014 Caminata – Coordenador de Curso 58 ÍNDICE 1 ‐ Ground School..............................................................................Pg.60 2 ‐ Realização da prova do equipamento.........................................Pg. 60 3 ‐ Familiarização com o equipamento............................................Pg. 60 4 ‐ Briefing e debriefing....................................................................Pg. 61 5 ‐ Inspeção pré ‐ voo.......................................................................Pg. 61 6 ‐ Áreas de treinamento em SBBP..........................................Pg. 61 e 62 7 ‐ Acionamento...............................................................................Pg. 62 8 ‐ Cheques.............................................................................. Pg. 62 e 63 9 ‐ Rolagem (táxi).....................................................................Pg. 63 e 64 10 ‐ Decolagem.........................................................................Pg. 64 a 66 11 ‐ Tipos fundamentais de voo.......................................................Pg. 66 11.1 ‐ Voo ascendente.....................................................................Pg. 66 11.2 ‐ Voo reto horizontal................................................................Pg. 67 11.3 ‐ Voo descendente...........................................................Pg. 67 e 68 11.4 ‐ Voo planado...........................................................................Pg. 68 11.5 ‐ Passagem dos tipos fundamentais de vôo.....................Pg. 69 a 72 12 ‐ Curvas................................................................................Pg. 72 a 74 12.1 ‐ Curvas de pequena inclinação...............................................Pg. 75 12.2 ‐ Curvas de media inclinação............................................Pg. 75 e 76 13 ‐ Voo em retângulo..............................................................Pg. 77 e 78 14 ‐ Coordenação do 1° tipo.....................................................Pg. 78 e 79 15 ‐ Coordenação do 2° tipo.....................................................Pg. 79 e 80 16 ‐ Curvas de grande inclinação..............................................Pg. 80 e 81 17 ‐ Emergência alta.........................................................................Pg. 81 17.1 ‐ Fogo no motor em vôo...........................................................Pg. 82 17.2 ‐ Cheque de reacionamento ....................................................Pg. 82 17.3 ‐ Cheque de aterragem sem potência......................................Pg. 82 17.4 ‐ Parafuso acidental..................................................................Pg.83 18 ‐ Voo no pré‐estol................................................................Pg. 83 e 84 59 19 ‐ Estol com motor................................................................Pg. 85 e 86 19.1 ‐ Estol de 1° tipo com motor.....................................................Pg 87 19.2 ‐ Estol de 2° tipo com motor....................................................Pg. 88 19.3 ‐ Estol de 3° tipo com motor............................................Pg. 88 a 90 20 ‐ Glissadas....................................................................................Pg. 90 20.1 ‐ Glissada frontal......................................................................Pg. 91 20.2 ‐ Glissada lateral...............................................................Pg. 91 e 92 21 ‐ Pouso..................................................................................Pg.93 a 95 22 ‐ Arremetida........................................................................Pg. 96 e 97 23 ‐ Procedimento após o pouso.....................................................Pg. 97 24 ‐ Estacionamento e corte............................................................Pg. 97 25 ‐ Cheque de abandono................................................................Pg. 98 26 ‐ Aproximação 360° na vertical..........................................Pg. 98 a 100 27 ‐ Emergências no circuito..........................................................Pg. 101 27.1 ‐ Pane na corrida de decolagem.............................................Pg. 101 27.2 ‐ Falha do motor na decolagem.............................................Pg. 101 27.3 ‐ Emergência no trem de pouso.............................................Pg. 102 28 ‐ Correções de pouso................................................................Pg. 103 29 ‐ Vôo solo..................................................................................Pg. 104 30 ‐ “S” sobre estrada...........................................................Pg. 105 a 107 31 ‐ “OITO” ao redor de marcos...........................................Pg. 107 a 109 32 ‐ Decolagem curta...........................................................Pg. 109 e 110 33 ‐ Decolagem com obstáculos....................................................Pg. 110 34 ‐ Confirmação de solo...............................................................Pg. 111 35 ‐ Navegações...................................................................Pg. 111 a 113 36 ‐ Solo I / II / III............................................................................Pg. 113 37 ‐ Noturno....................................................................................Pg.114 38 ‐ Repasse geral (liberação para check ANAC)..................Pg. 114 e 115 39 ‐ Considerações finais................................................................Pg. 115 60 1 ‐ GROUND SCHOOL Treinamento realizado com um instrutor, onde será mostrado ao
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