Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Antiinflamatórios Prof. Esp. Igor Fonseca dos Santos Antiinflamatórios - Introdução • Inflamação : Resposta fisiológica dos tecidos, frente a uma agressão, química, física ou biológica • Aguda: Resposta abrupta e rápida, caracterizada por alterações do tecido vascular e aumento da permeabilidade • Crônica: Resposta paulatina,e proliferativa de longa duração, caracterizada por degeneração e resposta celular Antiinflamatórios - Introdução • Características Gerais da Inflamação Aguda • Mediador - Histamina • Sinais Macroscópicos • Rubor - Vasodilatação (aumento do diâmetro externo) • Calor - Troca de temperatura • Tumor - Extravasamento plasmático • Dor - Compressão de terminações nervosas Antiinflamatórios - Introdução • Características Gerais da Inflamação Crônica • Mediadores: Derivados Ác. Aracdônico • Rubor - Contração endotélio • Calor - Periférico e Central • Tumor - Extravasamento plasmático com proteínas • Dor - Diminuição limiar excitabilidade (hiperalgesia) • Resposta celular - Leucotrienos Antiinflamatórios • Dor - experiência individual • Bases neuroanatômica - Vias Paleo espino talâmica e Neo espino talâmica • PGE - hiperalgesia, “mensageiro da febre”, e reações inflamatórias (química) • Leucotrienos - reação inflamatória celular Antiinflamatórios • Dois grupos de substâncias possuem atividades antiinflamatórias 1. Antiinflamatórios não esteróides, ou não hormonais ou AINES 2. Corticosteróides, ou corticóides, ou antiinflamatórios hormonais NÃO-ESTERÓIDES • São grupos heterogênios de drogas (ácidos orgânicos) que apresentam atividade antiinflamatória (controle da inflamação), analgésica (controle e prevenção da dor) e anti pirética ou anti-térmica (controle da febre) • Seus efeitos são sintomáticos, inespecíficos, não interferindo na história natural da doença. Mecanismo de Ação • Sua ação antiinflamatória decorre da inibição da síntese de prostaglandinas, efetuada mediante inativação das cicloxigenases constitutiva (Cox-1) e induzível (Cox-2). • A primeira é responsável pelos efeitos fisiológicos das prostaglandinas em sítios gástricos e renais. • A segunda surge em locais de inflamação. • A inibição da Cox-1 é, pelo menos em parte, responsável por alguns dos efeitos adversos dos AINES, com as toxinas renal e gastrintestinal. Farmacocinética • Boa absorção por via oral, podendo ser utilizados com alimentos. • Possuem elevada ligação protéica. • A droga concentra-se no local da inflamação . • São metabolizados pelo fígado e são eliminados pelo rim. Efeitos Terapêuticos Todos os AINEs são antipiréticos, analgésicos e antiinflamatórios. Quando utilizados como analgésicos, esses fármacos são habitualmente eficazes apenas para dor de intensidade leve ou moderada. A dor pós-operatória crônica ou aquelas surgem em conseqüência de inflamação são bem controladas pelos AINEs. Como antipiréticos, os AINEs reduzem a temperatura corporal nos estados febris. Os AINEs tem aplicação clínica principal como antiinflamatórios no tratamento dos distúrbios musculoesqueléticos. Outras indicações dos AINEs dependem da sua capacidade de inibirem a biossíntese de prostaglandinas. Efeitos Colaterais Ulceração gástrica ou intestinal que, algumas vezes, pode ser acompanhada de anemia devido a conseqüente perda de sangue. Essa lesão gástrica pode ser produzida por pelo menos dois mecanismos distintos. 1. Inibição da biossíntese de prostaglandinas gástricas que atuam como citoprotetores da mucosa gástrica. 2. A formação aumentada de produtos das lipoxigenases pode contribuir para a ulcerogenicidade nos pacientes tratados com AINEs. Outros exemplos de efeitos colaterais são os distúrbios da função plaquetária, prolongamento da gestação, fechamento prematuro do canal arterial e alterações da função renal. Antiinflamatórios - Salicilatos • Absorção - TGI (estômago< e jejuno >) - pH • Distribuição - Todo organismo, alta afinidade proteínas plasmáticas • Metabolismo - Microssoma hepático • Eliminação - Filtração glomerular e secreção tubular. • Efeito terapêutico - Inibição cicloxigenase (inibe síntese de prostaglandinas ) Antiinflamatórios - Salicilatos Antiinflamatório - Salicilatos Indicações Clínicas Como Analgésicos Dores de pequena e moderada intensidade; Cefaléia, neuralgia, mialgia, dismenorréia, artralgia e outras dores de origem tegumentar e inflamatória; Dores moderadas de origem pós-operatória, pós-parto, ou dores viscerais, como as secundárias a traumas ou câncer. Como Antipiréticos Baixam a temperatura corpórea em pacientes febris, mas não exercem nenhum efeito em indivíduos com temperatura normal. (Sudorese) Como Antiinflamatórios Artrite reumatóide e alterações musculoesqueléticas em que a inflamação faz parte, como, por exemplo, na espondilite anquilosante, artrite, bursite, tendinites e artralgias do lúpus. Ação antiagregante plaquetária Testado: no tratamento ou profilaxia do infarto do miocárdio, doença coronariana e nas doenças tromboembólicas. Interação de drogas; Toxicidade; Contra-Indicações Interação de drogas Aspirina e anticoagulantes; aspirina e hipoglicemiantes; salicilatos e agentes uricosúricos; salicilatos e corticosteróides. Toxicidade Aparelho gastrointestinal, rins, fígado, medula óssea, sangue, equilíbrio ácido-básico, metabolismo e sistema imunológico. Contra-indicações Pacientes em tratamento com anticoagulantes orais e em pacientes com alterações da coagulação; Pacientes Cirúrgicos; Pacientes com história recente de gastrite, úlcera péptica ou de sangramento gastrointestinal; Primeiro trimestre e últimos dias de gravidez; Pacientes sensíveis ou asmáticos. Antiinflamatórios - Salicilatos Antiinflamatórios - Salicilatos • Nomes Comerciais • AAS • ASPIRINA • BUFFERIN • ENDOSPRIN • CIBALENA ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS Grupo (nome genérico – pricípio ativo) Nome comercial (laboratório) Medicamentos similares ou genéricos (laboratório) Apresentação Posologia Características Principais ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS OU NÃO ESTEROIDAIS Cloridrato de Benzidemina Benflogin (Asta Médica) Neoflogin (Neo Química) 500 mg: caixa com 20 drg 1 drg a cada 8 horas durante 5 dias Analgésico e antiinflamatório de potência média Por possuir menor potência, estima- se que as inflamações odontogênicas não são bem controladas por este fármaco. Utilizado em Odontopediatria pela baixa possibilidade de feitos adversos. Aspirina (Bayer) AAS (Sanofi Winthrop) 100 mg: embalagem com 10 cpc. 500 mg 3 a 4 vezes ao dia Analgésico não narcótico; antiinflamatório não esteróide; antitérmico, antiagregante plaquetário. Em Endodontia, usado como analgésico (quando à ação antiinflamatória, existem outros medicamentos mais potentes). Efeitos adversos: irritação gástrica, aumento do tempo de sangramento (diminuição do nº de plaquetas), crises alérgicas, episódios de asma AAS (Sanofi Winthrop) Aspirina (Bayer) 500 mg: embalagem com 10 cpr. S A L IC IL A T O S Á C ID O A C E T IL S A L IC ÍL IC O DERIVADOS DO PARA- AMINOFENOL Acetanilida Fenacetina (acetofenetidina) Acetaminofeno (paracetamol ou N-acetil-p- aminofenol) • Nomes Comerciais: Paracetamol, Tylenol, Acetaminofen, Dôrico. • Efeito terapêutico - inibe cicloxigenase (inibe síntese de prostaglandinas) Farmacocinética Fenacetina e acetaminofeno: absorvidos no TGI A biodisponibilidade de 88% Não se observa ligação significativa da droga às proteínas plasmáticas em doses terapêuticasA metabolização do paracetamol pode produzir intermediários altamente reativos para as celulas hepáticas, processo este denominado bioativação A excreção da fenacetina e do paracetamol ocorre principalmente por via renal Ações Farmacológicas e Indicações Clínicas Atividade antiinflamatória fraca O paracetamol e a fenacetina possuem efeitos analgésicos, antipiréticos e antiinflamatórios. Não promovem erosão ou sangramento gástrico O paracetamol é utilizado no tratamento da cefaléia, moderada mialgia, artralgia, dor crônica do câncer, dor do pós-parto e do pós- operatório e febre Toxicidade Doses terapêuticas do paracetamol e da fenacetina causam poucos efeitos colaterais Insuficiência renal crônica, caracterizada por nefrite intersticial e necrose papilar, tem sido frequentemente atribuída a fenacetina Reações de hipersensibilidade têm ocorrência pouco freqüente Podem ocorrer leucopenia e pancitopenia com o uso de paracetamol A intoxicação aguda por fenacetina está associada a cianose, cefaléia, zumbidos, desorientação, hiperexcitabilidade, tremores, ás vezes convulsões, coma e manifestações gastrointestinais como náuseas, vômitos e dores em queimação na região retroesternal Na intoxicação aguda por paracetamol ocorrem náuseas, vômitos, anorexia, e dor abdominal, evidencias clínicas de lesão hepática Contra- Indicações O paracetamol e a fenacetina são contra- indicados em pacientes com hipersensibilidade a estas drogas e com comprometimento da função hepática. A fenacetina não é recomendada para pacientes com insuficiência renal ou algum comprometimento da função hepática DERIVADOS PIRAZOLÔNICOS Antipirina (fenazona) Aminopirina (aminofenazona) Dipirona (metilmelubrina) Fenilbutazona Oxifembutazona Sulfimpirazona Apazona (azapropazona) Feprazona (prenazona) • Nomes comerciais - Dipirona, Novalgina e Baralgin Farmacocinética A fenilbutazona é rapidamente absorvida pelo trato gastrointestinal e reto Liga-se em torno de 96% às proteínas plasmáticas A taxa de ligação protéica encontra-se diminuída em pacientes cirróticos, com hepatite viral aguda, uremia, e em idosos. Ela sofre ampla metabolização ao nível do sistema microssomal hepático, dando origem a dois metabólitos: a oxifembutazona e a gama-hidroxifenilbutazona Apenas traços da fenilbutazona não-metabolizada são excretados na urina A oxifembutazona liga-se, em taxa elevada, às proteínas plasmáticas. Também é excretada pela urina A apazona é rapidamente absorvida após a administração oral Liga-se em mais de 95% ás proteínas plasmáticas Em torno de 65% são excretados na urina sem sofrer metabolização, e cerca de 20% , como derivado hidroxilado. Indicações Clínicas A fenilbutazona e a oxifembutazona são eficazes em pacientes com: Artrite reumatóide, Gota aguda, Espondilite anquilosante, Osteoartrite, Síndrome de Reiter, Bursite, Tendinites, Tenossinovite, Tromboflebite, Pericardite, Pleurisia. O uso de fenilbutazona em distúrbios musculoesqueléticos crônicos deve ser sempre evitado. A dipirona possui excelente ação analgésica, antiartrítica e antipirética. A apazona é indicada em casos de artrite reumatóide, osteoartrite e gota. A feprazona tem ação antiinflamatória eficaz no tratamento de artrite reumatóide e osteoartrite. Toxicidade Dipirona: Agranulocitose fatal, Púrpura, Trombocitopenia, Anemia aplástica, Anemia hemolítica, Rash, Edema, Tremores, Náuseas, Vômitos , Hemorragia gastrointestinal, Anúria, Reações alérgicas (asma e angioedema), Aumento da hipoprotrombinemia. Fenilbutazona são: Náuseas, Vômitos, Desconforto epigástrico, Diarréia, Formação ou perfuração de úlcera péptica, Fenômenos hemorrágicos, Insônia, Irritação, Euforia, Vertigem, Visão turva, Hematúria, Edema, Agranulocitose, Leucopenia, Trombocitopenia, Anemia aplastica, Hepatite, Nefrite, Reações de hipersensibilidade, Insuficiência renal crônica. Pacientes em tratamento com pirazolônicos devem ser submetidos a estudos hematológicos freqüentes, incluindo leucograma e contagem diferencial de leucócitos. Evitar sempre tratamentos prolongados. Contra- Indicações Não devem ser indicados para pacientes idosos Pacientes com insuficiência hepática, renal, hipertensão arterial, alterações das funções cardíacas e com história anterior de gastrite ou úlcera péptica Também para pacientes com hipersensibilidade ou portadores de discrasias sanguíneas ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS Grupo (nome genérico – pricípio ativo) Nome comercial (laboratório) Medicament os similares ou genéricos (laboratório) Apresentação Posologia Características Principais ANALGÉSICOS Paracetamol Tylenol (Janssen Cilag) Paracetamol (Medley – genérico) 500 mg: embalagem com 2 cpr. 1 cpr 3 a 4 vezes ao dia Analgésico e antitérmico (praticamente desprovido de atividade antiinflamatória). Vantagens: ausência parcial dos efeitos irritantes dos AINES (distúrbios gástricos, interferência na coagulação). 750 mg: embalagem com 4 cpr. Pirazolônicos Dipirona Novalgina (Roche) Dipirona (EMS) genérico 500 mg/ml: frasco com 20 ml Dose média de 500 a 750 mg por dose (até 4 doses ao dia) Bom analgésico e antitérmico. Nos Estados Unidos, deixou de ser comercializado por provocar alteração sangüínes (destruição periférica súbita de granulócitos). Magnopirol (Famasa) Anador (Boeh Ingelheim) 500 mg: embalagem com 4 cpr Derivados do ácido Indolacético Os derivados são: indometacina < antiinflamatório, agente antiartrítico >, sulindaco (Clinoril), e derivados da indometacina (proglumetacina, acemetacina, glumetacina,etc). Nomes comerciais - Indocid Farmacocinética: indometacina (Indocid) Rápida absorção gastrointestinal adm por via oral. Pico máx em 2hs em jejum, [ ] plasmática média 0,5mg/ml Biodisp.- 98%. Liga-se a proteínas plasm.- 90%. Volume de distribuição: 0,26 litro/kg Meia-vida- 2,4 h (aumentando em neoplasias e prematuros). Reciclagem êntero-hepática- 50% após dose intravenosa Ações Farmacológicas Indometacina Potente ação inibitória da cicloxigenase Inibe motilidade dos leucócitos polimorfonucleares Desacoplamento da fosforilação oxidativa celular e inibição da agregação de plaquetas Propriedades antiinflamatórias, analgésicas e antipiréticas semelhantes aos salicilatos Indicações Clínicas Indometacina Tratamento da artrite reumatóide (sulindaco) Espondilite equilosante (sulindaco) Crise aguda de gota (sulindaco) Osteoartrite do quadril Tratamento de prematuros com ducto arterioso persistente Tratamento de inflamação ocular Derrame pericárdico Doença periodontal Síndrome de Bartter Doença de Hodgkin Doença periarticular Interação de drogas e Toxicidade Probenecida aumenta níveis plasmáticos da indometacina Indometacina antagoniza efeitos natriuréticos e anti-hipertensivos da furosemida e dos diuréticos tiazídicos Toxicidade: 35 a 50% (efeitos colaterais potentes) Sintomas do SNC: Cefaléia (25 a 50% dos pacientes), vertigem, tonturas, sensação de cabeça vazia, confusão mental alucinações e distúrbios psiquiátricos (depressão, psicose) ou efeitos gastrintestinais como: Toxicidade Dor epigástrica, anorexia, dispepsia, náuseas e vômitos, úlcera péptica, sangramento gastrointestinal, diarréia, prisão de ventre, flatulência. Úlceras, pancreatite aguda, retenção hídrica e insuficiência renal, possibilidade de complicações visuais, reações hematopoéticas (neutropenia, trombocitopenia e anemia aplástica) e reações de hipersensibilidade. Sulindaco: 20% dor abdominal, náusea, vômito, diarréia, constipação, 10% tontura, zumbido, cefaléia e nervosismo e 5% reações de hipersensibilidade.Contra-Indicações Processos psiquiátricos Epilepsia Parkinsionismo Pacientes sensíveis Gestantes Lactentes Pacientes com doenças renais Lesões ulcerativas no estômago e duodeno Anormalidades na coagulação sanguínea DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO As drogas mais importantes desse grupo são representadas por ibuprofeno, naproxeno, fenoprofeno, fembufeno, suprofeno, indoprofeno, cetoprofeno, alclofenaco. São drogas relativamente recentes. As drogas desse grupo ligam-se amplamente às proteínas plasmáticas. Sofrem extensa metabolização hepática. Todas as drogas desse grupo possuem atividade farmacológica semelhante. Inibem a agregação plaquetária. Não devem ser administrados em associação com a AAS DERIVADOS DO ÁCIDO PROPIÔNICO • Farmacocinética - oral, hepático, renal • Efeito terapêutico - inibe cicloxigenase • Efeitos colaterais - semelhante AAS • Nomes comerciais • Ibuprofeno (Algi-Danilon, Aflogen) • Fenoprofeno (Trandor) • Cetoprofeno (Profenid) • Naproxeno (Flanax, Naprosyn) ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS Grupo (nome genérico – pricípio ativo) Nome comercial (laboratório Medicamentos similares ou genéricos (laboratório) Apresentação Posologia Características Principais ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS OU NÃO ESTEROIDAIS Ibuprofeno Motrin (Pharmacia & UPJ) Ibufran (Neo Química) 600 mg: caixa com 30 drg 400 mg a cada 4/6 horas (não exeder 3.200 mg por dia) Ação analgésica e antiinflamatória Eficaz no campo da Endodontia Efeito adverso: irritação gastrointestinal Cetoprofeno Profenid (Aventis Phrama) Cetoprofen (Neo Química) 50 mg: caixa com 24 caps Frasco com 20 ml 2 cps a cada 12 horas (dose máxima de 300 mg/dia Ação analgésica e antiinflamatória Efeitos adversos: gastrointestinais, SNC (cefaléia, zumbido e sonolência). Naproxeno Flanax (275 mg (Roche) Naprosyn (250 mg) (Roche) Caixa com 15 cpr Flanax – dose máxima de 1.375 mg/dia Antiinflamatório de ação analgésica (elevada) e antipirética. De grande valia em Endodontia. Efeitos adversos: gastrointestinais, reações dermatológicas, retenção de líquido e, mais raramente, no SNC (dor de cabeça e sonolência)Flanax (550 mg (Roche) Naprosyn (500 mg) 20 cpr (Roche) Caixa com 10 ou 20 cpr Naprosin – dose máxima de 1.250 mg/dia Derivado do ácido Fenilacético • Diclofenacos • Farmacocinética, Efeito terapêutico e Efeitos colaterais, semelhantes à AAS • Potássico - Cataflan, Deltaren • Sódico - Algi-Tanderil, Biofenac, Voltaren Derivado do ácido Fenilacético Farmacocinética Diclofenaco: Rápida absorção por via oral e parenteral. Pico [ ] plasmática de 2 a 3 horas e via IM de 10 a 22 min. Acumula-se no liquido sinovial. Sofre metabolização hepática e é eliminado na urina 65% e através da bile 35%. Se liga às proteínas plasmáticas em uma proporção de 99,7%. Meia-vida de eliminação de 1 a 2 anos. Propriedades farmacológicas: inibidor da cicloxigenase com potência maior que a indometacina e outras drogas do grupo. Toxicidade: Incidência de 20% dos pacientes. Relacionados ao trato gastrointestinal (sangramento,úlcera), efeito hepatóxico. Efeitos do SNC e visuais, tinido, insônia, irritabilidade, convulsões, diplopia, vista borrada e reações de hipersensibilidade (queda de cabelo, fotossensibilidade). Antiinflamatório: afecções reumáticas inflamatórios e degenerativas, como artrite reumatóide, osteoartrose, espondilartrites e espondilite equilosante. Analgésico: dores na coluna vertebral, dor pós-traumática aguda, pós-operatória e na dismenorréia. Indicações Contra-Indicações Elevadas doses promove inibição da agregação paquetária. Pacientes portadores de gastrites, úlcera péptica, e reações de hipersensibilidade a droga. Não administrada em hepatopatas, crianças e gestantes. ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS Grupo (nome genérico – pricípio ativo) Nome comercial (laboratório Medicamentos similares ou genéricos (laboratório) Apresentação Posologia Características Principais ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS OU NÃO ESTEROIDAIS E NÃO ENZIMÁTICOS Diclofenaco Potássico Cataflam (Norvatis) Diclofenaco de Potássio (Ranbaxy) 50 mg: caixa com 20 drg Dose diária de 100 – 150 mg (de preferência, antes das refeições) -acentuada ação analgésica, antiinflamatória e antipirética. -um dos mais fortes inibidores das enzimas cicloxigenases. -potência maior que a da indometacina, do naproxen e de outras substâncias. 1ª linha no controle da dor e da inflamação de origem endodôntica -sal sódico atinge picos plasmáticos mais rapidamente, sendo indicado no controle da dor aguda (quando é necessário o alivio imediato da dor) - efeitos adversos: gastrointestinais, SNC (dor de cabeça e tontura), problemas hepáticos. Diclofenaco Potássico (EMS) genérico Diclofenaco Sódico Voltaren X (Norvatis) Flanaren (Teuto) 50 mg: caixa com 20 cpr Diclofenaco Potássico (EMS) – genérico DERIVADOS DO OXICAM As drogas pertencentes a esse grupo são: piroxicam e tenoxicam. São absorvidas rapidamente por via oral ou retal. Possuem uma meia-vida prolongada. Possuem eficiente atividade antiinflamatória e analgésica. São indicados no tratamento de artrite reumatóide, osteoartrite, epicondilite anquilosante, osteoartrose, gota- aguda, em alterações musculoesqueletica e em condições extra-articulares. Esses derivados desencadeiam efeitos colaterais gastrointestinais, ulcerações, cefaléia, mal-estar, zumbidos, edema, vertigem, insônia,depressão, nervosismo. A droga é contra-indicada em pacientes com úlcera- péptica, com hipersensibilidade, em caso de gravidez e alterações de coagulação. DERIVADOS DO OXICAM • Piroxicam (Anartrit, Inflamene) • Farmacocinética, Efeito terapêutico e Efeitos colaterais, semelhantes ao AAS ANALGÉSICOS E ANTIINFLAMATÓRIOS Grupo (nome genérico – pricípio ativo) Nome comercial (laboratório Medicamentos similares ou genéricos (laboratório) Apresentação Posologia Características Principais ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO HORMONAIS OU NÃO ESTEROIDAIS Piroxican Feldene (Pfizer) Piroxin (Cifarma) 20 mg: caixa com 15 caps. 20 mg ao dia ação antiinflamatória, analgésica e antipirética velocidade de início de ação e eficácia analgésica semelhantes às do diclofenaco. efeitos adversos maiores (náuseas e vômitos) que os do diclofenaco. Meloxican Movatec (Boeh Ingelheim) Loxan (Neo Química) 7,5 mg: caixa com 10 cpr não exceder 15 mg/ dia antiinflamatório indicado para pacientes com distúrbios gástricos inibição seletiva para Cox 2 (presente nas reações inflamatórias) e menos para Cox 1 (protetora da mucosa gástrica). seletividade para Cox menor que o rofecoxib e o celecoxib. O X IC A N S Derivados do ácido Antranílico (fenamatos) Ác. Mefenâmico (Ponstan 500), meclofenâmico, tolfenâmico, flufenâmico (Mobilisin) e etofenâmico. Farmacocinética: ác. mefenâmico Rápida absorção gastrointestinal adm por via oral. Liga-se em taxa elevada às proteínas plasmáticas. Derivados 3’-hidroximetil e 3’-carboxilato excretados na urina (acilglicuronídios) e 20% da dose eliminada nas fezes como metabólito 3’-carboxil não-conjugado O ác. meclofenamato é mais rapidamente absorvido após adm oral, atinge pico máx plasmático em 30 min a 2hs enquanto o mefenâmico de 2 a 4hs Ação inibitória da cicloxigenase Antagonizam certos efeitos das prostaglandinas Antiinflamatórios: Metade da potência da fenilbutazona, e o ác fluterâmico 1 vez e meia Ações Farmacológicas e Indicações Clínicas Analgésicos: Dores de pequenaa moderada intensidades, não exceder 1 semana de tratamento. Não mais eficaz que aspirina e outros analgésicos do grupo. Ác. mefenâmico alivia a dor da dismenorréia primária. Contra-Indicações Ác. Mefenâmico: pacientes com inflamação ou ulceração gastrointestinal e com comprometimento renal Asmáticos Gravidez e menores de 14 anos Toxicidade: Dispepsia, constipação, náusea, dor abdominal, vômito, cefaléia, vertigem e mal-estar. Diarréia e esteatorréia. Sangramento gastrointestinal menos que com aspirina. Relatadas anemia hemolítica, agranulocitose, púrpura trombocitopênica e a. megaloblástica. Derivados do ácido Pirrolacético Tolmetino, zomepiraco, cetoralaco e o etodolaco. Farmacocinética: Tolmetino Rápida absorção após adm oral. O pico de [ ] após 20 a 60min. Se liga ás proteínas plasmáticas 99% e meia- vida de 1 a 2hs. O volume aparente de adm é aumentado 40% quando adm junto com aspirina. 17% da droga não é metabolizado. Excretado pela urina 99% em 1 dia. Farmacocinética: Cetoralaco Uso IM, [ ] plasmática máx em 45 a 50 min. Pequeno volume de distribuição, pois liga-se em grande proporção às proteínas plasmáticas. Meia-vida - 4,5 h (em idosos, na disfunção hepática e renal aumenta). Eliminação renal. 10 mg são superiores a 4mg de morfina, analgesia mais prolongada. Propriedades Farmacológicas e Indicações Clínicas Tolmetino, zomepiraco: Inibidores da síntese de prostaglandinas, ação sobre função plaquetária prolongando o tempo de sangramento. Antiinflamatório comparável a fenilbutazona e indometacina e superior ao ácido acetilsalicínico. Antipirético comparável a aspirina e menor que a fenilbutazona. Analgésico em dores de processos inflamatórios Cetoralaco Potente analgésico pós-operatório, indicado para dor de traumatismos, cólica renal e câncer. Etodolaco Usado no tratamento de osteoartrite e artrite reumatóide (6 a 8hs de analgesia). Toxicidade Tolmetino, zomepiraco: Efeitos gastrointestinais, sobre o SNC e hipersensibilidade Incidência de 25 a 40% Cetoralaco: sonolência, náusea, vômito, boca seca, sudorese e palpitação. Aumenta tempo de sangramento. Dose até 30 mg. Etodolaco: irritação e ulceração da mucosa gástrica, erupções cutâneas e efeitos relacionados ao SNC. DERIVADOS DA FENOXIMETANOSSULFANILIDA A principal representante desse grupo é a nimessulida. Se for usar a nimesulida, sugerimos o uso por poucos dias, 3 a 5 preferencialmente, e com doses não maiores que 100 mg por dia. • Em relação aos nomes comerciais disponíveis no mercado, os principias são: • – Aulin. – Cimelid. – Donulid. – Lidaflam. – Maxulid. – Neosulida. – Nilsagen. – Nimalgex. – Nimed. – Nisulid. – Scaflam. – Scalid • A nimesulida é uma droga anti-inflamatória não esteroide indicada para o tratamento das dores de leve a moderada intensidade. Sua eficácia no tratamento da dor e da inflamação é semelhante aos de outros AINE, porém, a sua maior toxicidade hepática tem limitado o uso deste anti-inflamatório, fazendo com que a maioria das entidades médicas não o recomendem como primeira opção para o tratamento de diversas patologias. • A Agência Europeia do Medicamento autoriza o uso da nimesulida apenas para o tratamento de dores agudas e de curta duração, que necessitam de poucos dias de tratamento anti-inflamatório, como o caso de – Inflamações após procedimentos odontológicos. • Apesar da autorização, a agência ressalva que o nimesulida não deve ser a primeira opção de tratamento para essas condições. Sempre que possível, o paciente deve dar preferência a outros anti- inflamatórios. • A nimesulida é habitualmente vendida nas doses de 50 mg e 100 mg. • O medicamento pode ser administrado 1 ou 2 vezes por dia. A dose máxima que recomendamos é 100 mg de 12 em 12 horas. • O tempo de uso deve ser sempre o menor possível. Não recomendamos o uso da nimesulida por mais de 7 dias seguidos. • Os principais efeitos colaterais da nimesulida são: dispepsia (queimação no estômago), náuseas, azia, manchas na pele, coceira, tonturas, visão turva, sonolência, retenção de líquidos e edemas, prisão de ventre, excesso de gases e diminuição do volume urinário. Duas complicações graves da nimesulida, que também podem ocorrer com o uso de qualquer outro anti-inflamatório, são a úlcera péptica e a insuficiência renal. • Uma característica no perfil de segurança da nimesulida que a distingue dos outros anti-inflamatório não esteroides é o maior risco de grave lesão do fígado. A toxicidade hepática está associada ao uso prolongado e com doses elevadas da nimesulida. • A nimesulida não deve ser administrada a nenhum paciente que já tenha tido reação alérgica ou crise de broncoespasmo (asma) relacionada à qualquer anti- inflamatório não esteroide. • Nos pacientes com cirurgia programada, a nimesulida deve ser suspensa pelo menos 48 horas antes. • A nimesulida também não deve ser administrada em pacientes com: – Insuficiência cardíaca, paciente que já tenha tido reação alérgica ou crise de broncoespasmo, Elevado risco de doenças cardiovascular (ex.infarto), Gastrite ou úlcera péptica, Insuficiência renal, História de doença hepática, Hipertensão, Sangramentos ativos, Trombocitopenia, Hipercalemia, Gravidez ou em mulheres amamentando, Menos de 12 anos e Pólipos nasais. DERIVADOS DA BUTANONA Os principais representantes são a nabumetona e a proquazona. Bem absorvida no trato gastrointestinal e metabolizada no fígado. Indicada no tratamento da artrite reumatóide, da osteoartrite e em lesões de partes moles. Causam menor incidência de ulceração gástrica, erupções cutâneas, cefaléia, tontura, zumbida. DERIVADOS DO ÁCIDO CARBÂNICO A droga representante desse grupo é a flupirtina. É rápida e quase completamente absorvida pelo trato gastrointestinal. Fraca ação antiinflamatória e antitérmica. Possui efeito analgésico, sendo indicado em dores por doenças musculoesqueletica e reumática, cefaléia, dismenórreia, dores odontológicas, e pós-operatória. Potencializa o efeito do álcool, não deve ser administrada com o paracetamol. Contra-indicada em pacientes com hipersensibilidade à droga, gestantes, pacientes com doenças neurológica e hepática e miniastenia gravis. Causa sonolência, náusea, vertigens, queixas gastrintestinais, tontura, distúrbios circulatórios e constipação intestinal. Anti inflamatórios MECANISMO DE AÇÃO DOS ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTERÓIDAIS (AINES) E PRINCIPAIS EFEITOS COLATERAIS Inibidores das enzimas cicloxigenases 1 e 2 Ideal: antiinflamatórios mais seletivos para Cox 2 (síntese das prostaglandinas que, na reação inflamatória, são responsáveis pela dor) Cicloxigenase 1 (Cox 1) Prostaglandinas protetoras (constitutiva do organismo) Cicloxigenase 2 (Cox 2) Prostaglandinas – locais da inflamação (indutiva) Nomes Genéricos: Celecoxib Inibem pouco ou quase nada a Cox 1 (enzima responsável pela síntese das prostaglandinas protetoras) Causam menos efeitos colaterais Proteção da mucosa gástrica Presente nos rins Agregação plaquetária DOR AINEs Seletivos Cox-2 • A maior vantagem do uso dos AINES Seletivos é a baixa possibilidade de irritação de mucosa gástrica, uma vez que não inibe substancialmente a COX-1 que originará a PGE2, responsável pela mucoproteção gástrica, como ocorre nos não seletivos. No entanto estudos têm demonstrado que a administração dos seletivos em pacientes portadores de úlceras gástricas ativas pode retardar a cicatrização destas, uma vez que a inibição da atividade da COX-2 também influencia na cicatrização das úlceras estomacais. Exemplos de medicamentos AINES seletivos para a COX-2: • Celecoxib: nome comercial Celebrex. • Lumiracoxib: retirado do mercado,nome comercial Prexige, Novartis • Etoricoxib:nome comercial Arcoxia, Merck-Sharp • Rofecoxib:retirado do mercado, nome comercial Vioxx. Evidências contemporâneas sobre inibidores seletivos de cox-2 • Apresentam eficácia semelhante aos AINEs não- seletivos • Causam menos complicações gastrintestinais associadas • Recomendam-se para idosos e pacientes que apresentam maior risco de ulceração e sangramento digestivo ou intolerÂncia aos AINEs não-seletivos • Não substituem o AAS usado como antiplaquetário na prevenção secundária de eventos trombóticos • Os COXIBs podem trazer complicações a indivíduos hipertensos, pois podem interferir com o controle da P.A. ReferÊncia Disciplina • Título:Farmacologia Clínica para Dentistas Autor:Wannmacher, Lenita - Ferreira, Maria Beatriz Cardoso
Compartilhar