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DEFICIÊNCIA INTELECTUAL Profa Camila Torriani-Pasin Deficiência intelectual (AAMR, 2002) • Deficiência intelectual é uma incapacidade caracterizada por significativa limitação no funcionamento intelectual bem como no comportamento adaptativo expresso nas habilidades conceituais, sociais e pragmáticas. “…A DI não representa um atributo da pessoa, mas um estado particular de funcionamento.” (Carvalho & Maciel, 2003). Envolve 3 aspectos: José Salomão Schwartzman 1. Funcionamento intelectual global inferior à média Inteligência: capacidade geral, raciocínio, planejamento, de resolução de problemas, pensamento abstrato, compreensão de ideias complexas, rapidez de aprendizagem e aprendizagem por meio da experiência. Estas habilidades podem ser objetivamente avaliadas através de provas de inteligência, considerando-se como ponto discriminante duas unidades de desvio-padrão abaixo da média em testes padronizados para a população considerada. Envolve 3 aspectos: José Salomão Schwartzman 2. Limitações significativas no comportamento adaptativo O comportamento adaptativo diz respeito ao conjunto de habilidades sociais (p. ex., responsabilidade, habilidades interpessoais, observância de regras e normas, etc), práticas (p. ex., AVD, utilização do dinheiro, atividades ocupacionais ou laborais, etc) e conceituais (p.ex. aspectos acadêmicos, cognitivos e da comunicação adquiridas pela pessoa para responder às exigências do dia-a-dia. Envolve 3 aspectos: José Salomão Schwartzman 3. Início antes dos 18 anos A idade de início das manifestações ou do atraso deverá situar-se na infância ou adolescência. Fatores de risco para a DI (AAMR 2002) biomédicos sociais comportamentais educacionais 1- desordens cromossômicas 1- pobreza 1- uso de drogas pelos pais 1- prejuízos cognitivos dos pais (sem suporte) 2- desordens por um gene 2- desnutrição materna 2- uso de álcool pelos pais 2- falta de preparação para a paternidade/maternidade 3- síndromes 3- violência doméstica 3- hábito de fumar dos pais 3- falta de encaminhamento para intervenção após a alta 4- desordens metabólicas 4- falta de cuidados pré-natais 4- imaturidade parenteral 5- disgenesia cerebral 5- falta de acesso aos cuidados do parto 6- prematuridade, insulto de parto, desordem neonatal Fatores de risco para a DI (AAMR 2002) biomédicos sociais comportamentais educacionais 7- lesão cerebral traumática 6- relação criança/cuidador comprometida 5- abuso e negligência 8- desnutrição 7- falta de estimulação adequada 6-violência doméstica 4- diagnóstico tardio 9- meningoencefalites 8- pobreza familiar 7- falta de medidas de segurança 5- serviços de intervenção precoce inadequados 10- desordens convulsivas 9- doença crônica na família 8- privação social 6- serviços inadequados de educação especial 11- desordens degenerativas 10- institucionalização 9- comportamentos infantis difíceis 7- suporte familiar inadequado Síndrome de Down Síndrome de Down sabe-se, hoje, que a SD é a mais frequente forma de DI causada por aberração cromossômica microscópica; atualmente o cromossomo 21 está sendo mapeado para que se possa identificar os segmentos que se relacionam com os vários sinais e sintomas característicos da síndrome Manifestações clínicas mais frequentes 10 sinais cardinais da síndrome de Down, no neonato (Hall 1966) reflexo de Moro hipoativo 85% hipotonia 80% face com perfil achatado 90% fissuras palpebrais com inclinação superior 80 % excesso pele na nuca 80% prega palmar única 45% hiperextensão grandes articulações 80% anormalidades radiológicas pélvis 70% hipoplasia falange média 5O dedo 60% Instabilidade atlanto-axial instabilidade atlanto-axial quando a distância A-A se modifica de forma significativa com a mudança de posição da coluna cervical sub-luxação atlanto-axial distância entre apófise anterior do odontóide e arco posterior do atlas maior de 5 mm causas: frouxidão ligamentar generalizada frouxidão do ligamento transverso alterações anatômicas da apófise odontóide hipoplasia displasia agenesia Protocolo de acompanhamento avaliação ortopédica avaliar instabilidade atlanto-axial avaliação e orientação odontológica otoscopia e audiometria anuais exame oftalmológico ao final do primeiro ano de vida provas anuais da função da tireóide continuidade dos programas de intervenção cuidados com o desenvolvimento da linguagem, hábitos alimentares, função mastigatória e postura da língua modificado de Lott & McCoy, 1993 Cuidados para atividade física para SD Down A instabilidade atlantoaxial é um fator predisponente a complicações neurológicas. Recomenda-se a investigação com Raio X lateral da coluna cervical em posição neutra, flexão e extensão dentro da máxima amplitude de movimento possível, antes de entrar na prática da atividade motora. Algumas das atividades de risco são: ginástica olímpica, salto em altura, nado golfinho, mergulho, alguns exercícios de aquecimento que causem o stress da região cervical e esportes de contato direto. Objetivos da Educação Física para SD Down Diorges Ricardo da Silva; Juliana Saraiva Ferreira, 2001 - Estimular o crescimento e o desenvolvimento, - Melhorar a força muscular, - Melhorar na capacidade cardiorespiratória, - Estimulação cognitiva e perceptual, - Estimular a interação social do indivíduo. O ensino da Educação Física para crianças com necessidades especiais visa a educação, o fortalecimento físico, a adaptação social a fim de possibilitar às crianças a base para a escolaridade. AUTISMO Profa Camila Torriani-Pasin O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas). DEFINIÇÃO Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como transtorno invasivo do desenvolvimento (TID). Mais recentemente cunhou-se o termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) para englobar o Autismo, a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação. Objetivos da intervenção De um modo geral o tratamento tem 4 objetivos: Estimular o desenvolvimento social e comunicativo; Aprimorar o aprendizado e a capacidade de solucionar problemas; Diminuir comportamentos que interferem com o aprendizado e com o acesso às oportunidades de experiências do cotidiano; Ajudar as famílias a lidarem com o autismo. Referências SCHWARTZMAN, José Salomão. Autismo e outros transtornos do espectro autista. Revista Autismo, edição de setembro de 2010
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