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por prensagem e forjamentos por martelamento (livre e matriz)? O que isso implica na durabilidade das ferramentas? 6. Em que tipo de operação de forjamento são utilizados canais de rebarba? Para que servem esses canais? 7. O se faz para evitar o desalinhamento das duas partes de uma matriz de forjamento em matriz? 3. Forças de Forjamento 3.1 Prensagem Deduz-se a fórmula da força de prensagem pelo trabalho realizado por essa força na deformação da peça. Onde: - P: força de prensagem -Vc: volume da peça (constante) - Rd: resistência à deformação à prensagem - h0 e h1: alturas inicial e final da peça Exemplo: peça de entrada: 100mm altura, 100mm de diâmetro peça de saída: 50mm de altura. Material: aço, Rd = 25 Kgf/mm2 Resposta: 2009A – Conformação – 12 P= V cRd ln h0/h1 h0−h1 3.3 Martelamento Transferência de energia cinética do martelo para energia de deformação plástica da peça. Onde: - H: altura de queda -Vc: volume da peça (constante) - Rd: resistência à deformação ao martelamento - h0 e h1: alturas inicial e final da peça - : rendimento - Q: massa do martelo Exemplo: Cubo: h0 = 70mm, h1 = 65 mm, Rd = 15 Kgf/mm2 Martelo: Q = 1000Kg, rendimento=0,7 Resposta: Obs: para martelamento com matriz fechada multiplicar o Rd por coeficiente (1,3 a 1,5). 2009A – Conformação – 13 H= V cRd ln h0/h1 Q ESTAMPAGEM 1. Introdução Estampagem: conformação mecânica de chapas, geralmente a frio. Tipos de operação: - corte - dobramento e encurvamento - estampagem profunda (as vezes a quente) 2. Corte Utilização de prensa, matriz e punção de corte. Experimentalmente percebe-se que para melhor acabamento a espessura da chapa deve ser menor que o diâmetro do punção. Pode-se obter diversas formas utilizando punção e matriz adequados (geometria similar à peça). Procura-se otimizar a distribuição de peças sobre a chapa. É necessário estabelecer um valor de folga entre punção e matriz. Na figura abaixo, cada curva é relativa a um tipo de material. A curva superior se refere a aço duro, a do meio a aço doce e latão e a inferior a alumínio. 2009A – Conformação – 14 Esforço necessário para o corte: Q= pec Q: esforço de corte ou cisalhamento p: perímetro da figura da peça e: espessura da chapa c : resistência ao cisalhamento, igual a 3/4 a 4/5 de e Exemplo: c=30Kgf /mm 2 , e=2mm , d=100mm Resposta: 3. Dobramento e encurvamento Espessura da chapa é mantida aproximadamente constante. 3.1 Raios de curvatura e ângulos Deve-se evitar cantos vivos e utilizar raios de curvatura de: - 1 a 2 vezes a espessura da chapa (materiais moles) - 3 a 4 vezes a espessura da chapa (materiais duros) O ângulo de dobramento na matriz deve ser mais acentuado que o ângulo final da peça pois a chapa tente a voltar para forma anterior. 2009A – Conformação – 15 Dobramento Encurvamento 3.2 Linha Neutra Linha neutra: não há deformação Comprimento necessário antes da dobra: igual ao comprimento da linha neutra do elemento dobrado. c=ab/ 2r y y=e/2 para chapas de até 1mm y=e/3 para chapas maiores 3.3 Força de Dobramento P= 2 f be 2 3 l ; f=2 e Onde: P: força de dobramento b: largura da placa e: espessura da chapa l: distância entre apoios f : tensão de flexão necessária e : tensão de escoamento Note que a tensão de dobramento necessária é igual a duas vezes a tensão de escoamento para melhor conformação da chapa. Exemplo: l=75mm ,b=50mm ,e=3mm , e=40Kgf /mm 2 Resposta: 2009A – Conformação – 16 4. Estampagem profunda Chapas são conformadas na forma de copo. Fundo do copo não sofre alteração, lateral cilíndrica é deformada. A altura final do copo é maior que a dimensão h0 inicial. A figura a seguir mostra estágios da estampagem profunda. Note que é necessário utilizar um disco de retenção na parte superior (em torno do punção) para evitar enrugamento da chapa. 4.1 Diâmetro do disco inicial D=d 24dh D: diâmetro do disco inicial d: diâmetro do cilindro do copo h: altura do copo Cálculo aproximado, necessidade de verificação prática das dimensões obtidas. Para formas variadas, chapa inicial é obtida basicamente por tentativa e erro. 2009A – Conformação – 17 5. Reestampagem Para estampagem de peças mais complexas ou para estampagem profunda de copos com altura maior que o diâmetro é necessário realizar mais de um passe. Perguntas: 8. Quais são os tipos de operação de estampagem? 9. Ordene os processos em função do esforço necessário na prensa: forjamento por prensagem, dobramento de chapas, corte de chapas. 10. Para que serve o disco de retenção na estampagem profunda? EXTRUSÃO 1. Introdução Bloco de metal (tarugo) é forçado a passar por orifício de uma matriz (utiliza-se prensas horizontais com capacidade de 1500 a 5000 toneladas). Produção de perfis de seção transversal variada (sólidos ou tubulares). Exemplo: tubos, perfis para estruturas de janelas. Realizado tanto a quente como a frio (dependendo do material e do grau de deformação). Metais normalmente processados: alumínio e cobre (alta ductibilidade). Também é possível processar ligas de aço (a quente). Reduções de área da seção transversal: normalmente 1:20 (máximo 1:100 com materiais bastante dúcteis). 2009A – Conformação – 18 2. Tipos de extrusão - direta: êmbolo empurra e movimenta material para interior da matriz - indireta: êmbolo empurra e movimenta matriz contra o material (menor esforço devido à redução do atrito, mas de difícil implementação). Na extrusão direta utiliza-se um acessório denominado falso pistão: peça cilíndrica de aço inserida entre êmbolo e tarugo para evitar desgaste do êmbolo. 3. Temperatura e velocidade de extrusão A temperatura é uma variável de grande importância no processo de extrusão. Quanto mais elevada diminui a resistência à deformação e aumenta a produtividade porém aumenta a taxa de oxidadação do material e pode comprometer a qualidade do produto (acabamento superficial e resistência mecânica). Ao mesmo tempo, há aumento de temperatura causado pelo atrito do tarugo com a câmara de extrusão e pela deformação, que são dependentes da velocidade de extrusão. Assim, deve-se escolher temperaturas iniciais do tarugo e velocidades de extrusão que sejam compatíveis com a temperatura final do extrudado (temperatura emergente). 4. Obtenção de tubos sem costura por extrusão 2009A – Conformação – 19 ESTIRAMENTO (TREFILAÇÃO) Obtenção de fios (elétricos) e arames (construção) a partir do fio-máquina (produto semi- acabado de aproximadamente 6,4 mm de diâmetro, obtido por laminação). Fio-máquina é forçado a passar por matriz (fieira) que reduz seu diâmetro. Diferentemente da extrusão, forças de tração são aplicadas no produto que está saindo da matriz. Aplica-se forças de até 100 toneladas e velocidades variantes entre 9 e 1500 m/min. Estiramento seco: aplica-se lubrificante (graxa ou pó de sabão) sobre o fio. Estiramento úmido: fio é submerso em fluido lubrificante. Ocorre o encruamento do material, melhorando as propriedades de resistência e dureza. Mas a tenacidade é diminuída, então pode ser realizado um recozimento, se desejado. Perguntas 11. Quais as diferenças entre as geometrias das peças extrudadas e estiradas? 12. O que ocasiona o efeito de encruamento? Quais são as conseqüências em relação as propriedades mecânicas das peças? Esse efeito é desejado para peças estiradas? 2009A – Conformação – 20 13. É possível fazer tubos sem costura por extrusão? 14. Qual é a redução obtida na extrusão de um tarugo de 200 mm de diâmetro a um tubo de diâmetro externo de 120 mm e interno de 108 mm ? 15. Para o caso do exercício anterior, admitindo que o tarugo de 2,4 m de comprimento tenha sido inteiramente extrudado, qual é aproximadamente o comprimento final do tubo? OUTROS PROCESSOS DE CONFORMAÇÃO 1. Cunhagem Prensagem a frio em matrizes de alta precisão. Aplicada a peças semi-prontas para obtenção de medalhas, moedas, talheres, etc. Materiais passíveis à cunhagem: aços de baixo carbono