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Resumo P1 – Parasitologia Características dos Protozoários Unicelulares com núcleo organizado Morfologia: trofozoíto, cisto e oocisto, gameta Reprodução sexuada e assexuada Nutrição: citóstoma (tipo de fagocitose) Excreção: vacúolos contráteis Respiração: aeróbios e anaeróbios Locomoção: pseudópodes, flagelos, cílios, etc. Giardíase Flagelados que parasitam o início do trato intestinal (intestino delgado) Reino Protista, gênero Giardia Epidemiologia Veiculados por água e alimentos mal lavados Na maioria dos casos é assintomática O cisto é resistente ao processo de cloração da água Encontrado em ambientes coletivos como creches Morfologia Trofozoíto Forma de pêra Simetria bilateral Face ventral lisa e dorsal côncava 2 núcleos na região frontal 4 pares de flagelos Cisto Forma oval 2 a 4 núcleos Ciclo biológico: monoxênico Infecção por ingestão dos cistos Desencistamento no pH do estômago Multiplicação dos trofozoítos por divisão binária no I. Delgado Encistamento do parasita para ser eliminado no I. Grosso Transmissão: ocorre pela ingestão de cistos Patologia: os sintomas principais são diarreia gordurosa, enterite, perda de peso, irritação, vômito, flatulência, etc. Diagnóstico Clínico: esteatorréia, irritabilidade, insônia, náusea e vômitos Laboratorial: método Faust (cisto), fezes diarreicas (trofozoítos) Imunológico: anticorpo Molecular: DNA do protozoário Profilaxia: saneamento, higiene pessoal e filtração e/ou fervura da água. Tratamento: metronidazol ou albendazol. Amebíase Protozoários que parasitam o fim do trato intestinal (I. Grosso) Se locomovem por pseudópodes, se reproduzem por divisão binária e se alimentam por fagocitose ou pinocitose. Apresentam duas formas evolutivas: trofozoítos e cistos Epidemiologia Depende de condições sanitárias e socioeconômicas Predominam colites não disentéricas Maior incidência em adultos Contaminação por ingestão de cistos através da água e alimentos contaminados. Morfologia Trofozoítos Um núcleo bem nítido com um cariossoma puntiforme central Citoplasma com grânulos quando corados com hematoxilina férrica Cistos Esférico Corpúsculos hialinos Núcleos bem visíveis quando corados em lugol Cariossomo bem centralizado Vacúolo de glicogênio Ciclo Biológico Ingestão de um cisto maduro Desencistamento no início do intestino grosso (1 cisto – 8 trofozoítos) Pré-cisto e encistamento Liberação dos cistos junto com as fezes Ciclo patogênico E. histolytica Trofozoíto invadem a luz do intestino grosso, criam ulcerações na mucosa, atingem o sangue e podem afetar o fígado, pulmões e rins. Patologia Variabilidade do potencial patogênico e desequilíbrio da relação parasito-hospedeiro. Bactérias anaeróbias favorecem o crescimento de E. histolytica. Trofozoítos invasivos e virulentos. Diagnóstico Clínico: sintomas atípicos e do paciente, anamnese (pergunta sobre origem, idade, hábitos, região, etc). Laboratorial Fezes: encontro de cistos utilizando a técnica de Faust, porém a eliminação de cistos é irregular, encontro de trofozoítos. Imunológicos: amebíase extra-intestinal Profilaxia: educação, melhoria das condições sanitárias, cuidado com a manipulação de alimentos. Tratamento: amebicidas que atuam na luz intestinal (antibióticos) e amebicidas tissulares. Tricomoníase Gênero Trichomonas Epidemiologia: DST causada pelo T. Vaginalis que atinge principalmente mulheres e homens sexualmente ativos. Biologia: infecta o trato geniturinário do homem e da mulher onde se reproduz por divisão binária, sem presença de cisto. É anaeróbio facultativo. Morfologia Células polimorfas com tamanho variável 4 flagelos anteriores Membrana ondulante Axóstilo Corpo parabasal Núcleo elipsoide Hidrogenossomos Transmissão: sexualmente transmissível. Patologia Mulher: vaginite, corrimento, cheiro desagradável, desconforto no ato sexual e frequência miccional aumentada. Homem: pode ser assintomática, uretrite com fluxo leitoso, desconforto ao urinar. Diagnóstico: exudatos vaginais e uretras, Papanicolau, visualização a fresco ou corado, cultivos, técnicas moleculares. Profilaxia: uso de preservativos e exames ginecológicos. Tratamento: metronidazol, tinidazol, ornidazol, nimorazol. Criptosporidíase Filo apicoplasto, parasita do trato intestinal delgado. Localização intracelular e extracitoplasmática. Forma infectante é o oocisto por via fecal-oral, ou seja, por ingestão de água e alimentos contaminados. Manifestações clínicas: diarreia aquosa, vômito, cólicas abdominais, febre, desidratação, perda de peso. Diagnostico: demonstração de oocistos nas fezes Profilaxia: saneamento, higiene individual, filtração/fervura da água. Malária Vetor: mosquito fêmea do gênero Anopheles. Reservatório: humanos portadores de gametócitos. Reino protista, filo apicomplexa, gênero plasmodium Morfologia: Gametócitos: são haplóides e estão na fase sexuada, responsável pela transmissão da doença, é o único que sabe se diferenciar no intestino do mosquito. Trofozoíta, Esquizonte e Merozoíta: são diploides e estão na fase assexuada, fase sanguínea da doença. Ciclo Transmissão: pela picada do mosquito, de forma congênita, transfusional e por transplante de órgãos. Sintomas: paroxismo malárico (calafrio, calor e suor), febre intermitente, mal estar, náusea, dores de cabeça e articulares. Patologia Plasmodium Falciparum Anemia, icterícia, lesão renal, alteração da permeabilidade vascular, formação de rosetas, imunocomplexos, coma. Malária grave: síndrome que afeta vários órgãos e tecidos, mas tem uma evolução comum. Choque, perda de consciência, stress respiratório, hemólise aguda, deficiências nutricionais, etc. Diagnóstico: laboratorial confirmatório, esfregaço delgado e gota espessa. Profilaxia: detecção e tratamento precoce dos infectados, telagem de janelas e portas, inseticidas de ação residual, desenvolvimento de novos fármacos, estruturação do sistema de saúde, desenvolvimento de vacina. Tratamento: fármacos antimaláricos como quinino, quinidina, artemesinina, etc.
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