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OS MAIAS Universidade Nove de Julho Arquitetura e Urbanismo e Legislação sobre Construções • Situada na confluência entre a América do Norte e a América Central, tendo por eixo Península de Yucatán, a região maia apresenta duas grandes divisões em sua geografia: Terras Altas e Terras Baixas. • As Terras Baixas dividem-se em duas partes: as Terras Baixas do Sul, cobertas por uma floresta tropical mais ou menos densa e muito úmida; Terras Baixas do Norte, representando toda a península de Yucatán, de clima úmido para clima árido. A CIVILIZAÇÃO MAIA MESOAMÉRICA • Os povos que constituíam o grupo maia vinham do oeste dos Estados Unidos, falam, em sua origem, um idioma da família do Totonaque e do Zoque. O Chol seria a língua básica da área central. • As evidências arqueologia mostram que os maias começaram a edificar sua arquitetura cerimonial há 3000 anos. • Período pré-clássico ou formativo (1500 a.C.-250 d.C). Período clássico ou antigo império (séculos III-IX). Período pós-clássico ou novo império (séculos X-XVI). A CIVILIZAÇÃO MAIA A CIVILIZAÇÃO MAIA • Os maias organizaram-se inicialmente em pequenos núcleos sedentários baseados no cultivo do milho, feijão e abóbora. Construíram centros cerimoniais que, por volta do ano 200 da era cristã, evoluíram para cidades com templos, pirâmides, palácios e mercados. Também desenvolveram um sistema de escrita hieroglífica, um calendário e uma astronomia altamente sofisticados. A CIVILIZAÇÃO MAIA Mapa do território Maia e Asteca PERÍODO CLÁSSICO É no período clássico que se nota a verdadeira face da sociedade maia. Nobrez a Guerreiros, artesãos, artistas Camponeses Escravos PERÍODO CLÁSSICO • Onde de no topo da sociedade, como intérprete da vontade dos Deuses, está o HALACH-UINIC, uma nobreza que distribui entre si cargos religiosos, militares e administrativos. Mais abaixo situam-se os guerreiros, artesãos e artistas, depois os camponeses e finalmente os escravos. • E foi a partir dessa sociedade que surgiu uma arquitetura monumentada juntamente com as cidades. ASTRONOMIA • Com a finalidade de devassar mais profundamente o segredo dos astros, o povo maia mediu com precisão os movimentos dos astros. • O Sol e a Lua atrairam a atenção deles, assim como o planeta Vênus, particulamente visível nas latitudes tropicais, onde segue o sol. • Assim, os maias possuíam dois calendários, um calendário ritual de 260 dias, e um calendário solar de 365 dias. ASTRONOMIA Calendário ritual de 260 dias ASTRONOMIA • O calendário de conta longa é apenas um entre os vários que os maias usavam. Assim como os nossos meses, anos e séculos, ele se estrutura em unidades de tempo cada vez maiores. Cada 20 dias formam um “mês”, ou uinal. Cada 18 uinals, 1 tun, ou “ano”, cada 20 tuns faziam um katun e assim sucessivamente. O calendário de conta longa maia dura cerca de 5.200 anos e se encerra na data 13.0.0.0.0, que para muitos estudiosos (não há um consenso a respeito) corresponde ao nosso 21/12/2012. ASTRONOMIA • O Caracol era um observatório astronômico com seteiras voltadas para Vênus, Marte, Júpiter, a estrela Sírio e a Lua. Havia também o castelo, que era uma pirâmide com 4 escadas de 90 degraus, e mais 5 degraus que levavam até o templo, o que somava,m 365 degraus, relacionado com o calendário solar. ASTRONOMIA O Observatório Caracol faz parte da cidade arqueológica de Chichen Itzá ARQUITETURA • Reconhecida pelas fantásticas pirâmides construídas no final do período Pré-Clássico, a partir das quais, centros religiosos, comerciais e burocráticos cresceram para se tornar cidades como Chichén Itzá, Tikal e Uxmal. ARQUITETURA • Construída sem muito planejamento, devido a topografia particular dos terrenos a arquitetura se integrava às características naturais. • Algumas cidades construídas em pedras calcárias converteram-se em grandes municipalidades, enquanto outras construídas nas margem do rio Usamacinta, utilizaram os declives e montes para elevarem suas torres e templos. • No desenho urbano, havia a divisão do espaço em grandes monumentos e calçadas, o interior das construções se tornava secundário. ARQUITETURA Ruínas do palácio de Palenque, próximo ao rio Usumacinta. ARQUITETURA • Não há evidências do uso de ferramentas de metal, polias ou veículos, a construção requeria apenas força humana. • A pedra mais usada era a calcária, retirada de pedreiras locais, para uso estrutural e argamassa para acabamentos. • Em casas comuns, os materiais mais usados eram as estruturas de madeira, adobe ( tipo de tijolo, anterior ao de barro) nas paredes e cobertura de palha. ARQUITETURA • Adobes são tijolos de terra crua, água e palha e algumas vezes outras fibras naturais, moldados em fôrmas por processo artesanal. • O tijolo de adobe: Seu processo construtivo é uma forma rudimentar de alvenaria. ARQUITETURA • A maioria dos edifícios, foi construída sobre plataformas aterradas, cuja altura variava de menos de um metro, no caso de terraços e estruturas menores, até quarenta e cinco metros, no caso de grandes templos e pirâmides. • Os templos religiosos mais importantes, se encontravam em cima das pirâmides que são uma série de plataformas divididas por íngremes escadarias que dão acesso ao cume, onde havia pequenas câmaras, com uma crista sobre o teto ou um grande muro. ARQUITETURA A cidade de Chichén Itzá se desenvolveu a partir da pirâmide de Kukulcán ARQUITETURA • Os vãos das construções, nos quais os arcos são raros, eram frequentemente retos, angulados ou imbricados. Como eram necessárias grossas paredes para sustentar o teto, alguns edifícios de épocas posteriores, utilizaram arcos repetidos ou abóbada arqueada. • A decoração com faixas em relevo era feita a redor de toda a estrutura , comum o uso de revestimentos pintados com cenas do cotidiano ou cerimoniais. ARQUITETURA • Os palácios grandes e bem decorados, ficavam próximos ao centro das cidades. Constituídos de várias pequenas câmaras e, pelo menos um pátio interno, além de serem chamados de acrópoles, serviam de residência para a elite. • Os observatórios: os Maias mapearam fases e cursos de diversos corpos celestes e por isso muitos de seus templos tinham janelas miras demarcatórias para medir o progresso das rotas dos objetos observados. ARQUITETURA Templo da Cruz, onde é possível apreciar a abóbada arqueada. ARQUITETURA A Grande Praça foi o centro cerimonial de Tikal Observatórios astronômicos templos arredondados ARQUITETURA • Palenque é um sítio arqueológico maia situado próximo do rio Usumacinta. As ruínas são formadas por um conjunto de cerca de 500 edifícios que ocupam uma extensão de mais de 15 km. Trata-se de um sítio de média dimensão, menor que Tikal ou Copán. • Acredita-se que a civilização maia de Pelenque era originalmente liderada por mulheres. BACIA DE MONTAGUA • Copán Junto com Tikal e Palenque, formam o triângulo Maia Clássico. • Copán é o maior sítio arqueológico do período clássico da civilização maia. • Esta cidade-estado, antigamente chamada Xukpi, floresceu do século V até o século IX, com antecedentes que voltam pelo menos até o século II a.C. Seu nome original Oxwitik aparenta referir-se à sua situação no extremo oriental e sul do território maia. Templo de Tikal BACIA DE MONTAGUACampo de jogo em Copán Palácio de Pelenque BACIA DE MONTAGUA • Tikal foi um dos maiores centros populacionais e culturais da civilização maia. Já no século IV a.C se iniciava a construção da sua arquitetura monumental mas as estruturas que hoje lá se vêem provêm do período clássico, que ocorreu de 200 d.C. até 850 d.C. • Depois desta data nenhum grande monumento foi construído e deste período em diante se inicia o gradual declínio de sua população até o seu abandono total por volta do século X d.C. PENINSÚLA DE YUCATÁN • Na península, concede-se uma importância à construção periódica de monumentos datados que contêm sua escultura em alto relevo e principalmente baixo relevo, e esculturas mais refinadas voltadas para à arquitetura. • É visto o emprego de Estelas (monumentos feitos de pedras) e inscrições glíficas (entalhadas em pedra), menos frequente no norte. • No noroeste encontra-se o Templo das Sete Estatuetas, munido de janelas e com extensão que ultrapassa Tikal. PENINSÚLA DE YUCATÁN Estátua maia mostra governante com ornamentos ostentosos. Glifos maias no Museu de Sitio em Pelenque RIO BEC, CHENES E PUUC •Província de Rio Bec e Chenes: Possui agricultura intensiva e estilo regional insólito e difundido com pelo menos um dos edifícios principais com estranhas torres com alto valor religioso, como por exemplo um pórtico com forma de garganta escancarada de Itzamná (Deus criador maia). • Província Puuc: a arquitetura Puuc é voltada para volumes cúbicos cuja ornamentação é parte integrante da edificação com ângulos bem pronunciados e um jogo de sombras. RIO BEC, CHENES E PUUC Pórtico com forma de garganta escancarada de Itzamná (Deus criador maia) TEOTIHUACAN • Considera-se que Teotihuacan é a sede da civilização clássica (292 a.C. até 900) no Vale do México. Nas imediações abundavam a obsidiana e a argila, matérias-primas para os seus utensílios. • A expansão do império ocorreu pelo uso sábio do comercio e da religião. Quando a cidade se tornou grande, as casas passaram a ser de pedra substituindo cabanas de madeira e palha. Os seus palácios eram ricamente decorados com pinturas figuras de animais, deuses e personagens religiosos. O resto da população vivia em construções tipo apartamento de um só piso em que chegavam a juntar-se entre 60 a 100 indivíduos. TEOTIHUACAN • Calçada dos Mortos foi o verdadeiro eixo central da cidade de Teotihuacan , bem com o seu centro cerimonial. Esta avenida tem o seu inicio no recinto da pirâmide da Lua e termina na Cidadela. • A Cidadela situa-se no sul da calçada dos mortos. Foi assim denominada pelos conquistadores espanhóis do século XVI, que julgavam que este espaço retangular era instalação militar. TEOTIHUACAN Calçada dos Mortos Cidadela situa-se no sul da calçada dos mortos TEOTIHUACAN • A Pirâmide do Sol é a maior das pirâmides da cidade de Teotihuacan . Tem 65 m de altura por 225 m de base, e no vértice superior existiu um templo. O seu núcleo é de adobe e totalmente revestido de estuque pintado. • A Pirâmide da Lua, ainda que menor que a pirâmide do Sol, com 45 m de altura, seus vértices encontram-se na mesma cota, pois está construída em terreno mais elevado. TEOTIHUACAN Pirâmide do Sol com 65 m de altura. Pirâmide da Lua com 45 m de altura. DECLÍNIO CLÁSSICO • Esse mundo clássico chega ao final, por diversos motivos, principalmente pelo frágil equilíbrio político e cultural que haviam conseguido manter durante séculos, aos poucos desagrega, começando por Teotihuacan. Destruída parcialmente por um incêndio por volta de 650, começa a apresentar sinais de enfraquecimento, acentuando em 750 e 800. • O grande vazio devido ao seu desaparecimento, provocou um desequilíbrio que se reflete por toda a Mesoamérica, ocasionando migrações, invasões e mudanças políticas. DECLÍNIO CLÁSSICO • Aos poucos a interrupção no costume de erguer monumentos marca o começo do fim para cada cidade Maia, que vão declinando uma após a outra. • Diversas causas do declínio maia estão longe de ser conhecidas, algumas das mais plausíveis causas são naturais como epidemias, superpopulação, secas, uma ruptura do solo, prejudicando as necessidades alimentares, e catástrofes causadas pelo homem, confrontos militares, invasões maciças, pressão de grupos periféricos, etc. PERÍODO PÓS-CLÁSSICO • Este período é por alguns visto como um período de caos e guerras. Os toltecas dominam o México Central durante algum tempo (séculos XI-XIII) e logo se desvanecem. Os maias do norte unem-se durante algum tempo sob o domínio de Mayapan. O império Asteca ergue- se no início do século XV e parece estar em vias de dominar toda a região, algo que não acontecia desde os tempos de Teotihuacan. PERÍODO PÓS-CLÁSSICO • A mexicanização cultural dos Maias pode ser percebida pela transferência do poder da classe sacerdortal para a militar, inclusive com cidades agora sendo circundadas por muralhas, antes inexistentes. Os sacrifícios humanos também se tornariam maciços, nos moldes toltecas (e depois astecas), que dominaram centros importantes como Chichén Itzá. ASTECAS • A religião demandava sacrifícios humanos em larga escala, particularmente ao deus da guerra, Huitzilopochtli. • O sistema governamental era monárquico, onde o conselho do Imperador escolhia o sucessor. • Os astecas foram uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI. • Os astecas foram derrotados e sua civilização destruída pelos conquistadores espanhóis. • A maioria dos astecas viviam como os índios de hoje. ASTECAS Mosaico Asteca ASTECAS • Os astecas construíam "jardins flutuantes" - cultivo de vegetais em terrenos retirados do fundo dos lagos. A construção das chinampas (nome dado a esses jardins) era feita nos lugares mais rasos dos lagos. Os astecas demarcavam o local das futuras chinampas com estacas e juncos, enchiam-nos com lodo extraído do fundo do lago e misturavam com um tipo de vegetação aquática que flutuava no lago. Esta vegetação formava uma massa espessa sobre a qual se podia caminhar. Estas tecnologias foram essenciais para a fundação e sobrevivência. ASTECAS Cultivo e construção de Chimpanas. ASTECAS • As ruínas astecas indicam muito mais grandeza do que qualidade. Sua arquitetura era menos refinada que a dos maias. Milhares de artesãos trabalhavam continuamente para construir e manter os templos e palácios. Pequenos templos se elevavam no topo de altas pirâmides de terra e pedra, com escadaria levando aos seus portais. Imagens de pedra dos deuses, em geral de forma monstruosa, e relevos com desenhos simbólicos, eram colocados nos templos e nas praças. INCAS • Os incas, originários das montanhas do Peru, expandiram o seu controle a quase toda região dos Andes. A civilização inca alcançou o seu apogeu no século XV, sob Pachacuti. Entre as suas realizações culturais está a arquitetura, a construção de estradas, pontes e engenhosos sistemas de irrigação. • O período de máxima expansão do Império Inca ocorre a partir do ano 1450 quando chegou a cobrir a região andina do Equador ao centro do Chile, com mais de 3000 quilômetros de extensão. INCAS Vale perdido dos Incas ÍNDIOS • O Índio respeita muito o meio ambiente, retirando dele somente o necessário para a sua sobrevivência. Desta madeira, construíam canoas, arcos e flechas e suas habitações (oca). A palha era utilizada para fazer cestos, esteiras,redes e outros objetos. A cerâmica também era muito utilizada para fazer potes, panelas e utensílios domésticos em geral. Penas e peles de animais serviam para fazer roupas ou enfeites para as cerimônias das tribos. O urucum era muito usado para fazer pinturas no corpo. ÍNDIOS • Entre os indígenas todos têm os mesmo direitos e recebem o mesmo tratamento. A terra, por exemplo, pertence a todos e quando um índio caça, costuma dividir com os habitantes de sua tribo. O trabalho na tribo é realizado por todos, porém possui uma divisão por sexo e idade. As mulheres são responsáveis pela comida, crianças, colheita e plantio. Já os homens da tribo ficam encarregados do trabalho mais pesado: caça, pesca, guerra e derrubada das árvores. • Os índios não permanecem por muito tempo no mesmo lugar para não danificar o ecossistema local. ÍNDIOS Arquitetura indígena CONCLUSÃO Neste trabalho foram apresentadas algumas das civilizações mesoamericanas, com destaque para a civilização Maia. Em conjunto, elas apresentavam uma grande diversidade étnica e linguística mas todas mantinham um traço de unidade cultural que foi definido como complexo mesoamericano. BIBLIOGRAFIA • GENDROP, Paul. A Civilização Maia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor Ltda. 1989 • Coleção Grandes Civilizações, Os Maias. Ano I – nº 01. Editora Minuano. • Internet – Sites diversos. ACADÊMICOS • Ataíde Sousa Sobral RA 907108152 • Denise Guedes Da Silva RA 907101349 • Eli Oliveira Magalhães RA 907119962 • Evandro Araújo RA 907115566 • Lara Dias de Jesus RA 907112004 • Lucas Araújo RA 907115837 • Vagner Francisco Xavier RA 909122002 • Venuzia Carvalho Dias RA 907116907 • Victor Tadeu Tavares de Lima RA 907105913 Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52 Slide 53 Slide 54
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