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Comercial 3º bimestre

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Resumo de Comercial – 3º bimestre 
Franquia “Franchising” 
-> Origem
1860 -> Singer Sewing Machine
1955 -> Dick e Maurice McDonald
- Eram pessoas muito visionarias. A primeira lanchonete era um trailer em 1937. Criaram alguns métodos de qualidade do produto, para que o produto final fosse de qualidade – uma estrutura de qualidade.
- A franquia empresarial é um contrato atípico misto pelo qual um empresário individual ou uma sociedade empresaria denominado franqueador, licencia a outro denominado franqueado em caráter não exclusivo, o direito de uso de marca ou patente associado ao direito de distribuição de produtos ou serviços, prestando-lhe serviços de organização empresarial mediante remuneração direta ou indireta sem que, no entanto, fique caracterizado o vínculo empregatício.
- O contrato de franquia está regulado no Brasil pela lei 8955/94, entretanto, esta lei apenas regulamenta alguns dispositivos previstos no relacionamento entre as partes. Assim, a doutrina entende que o contrato de franquia é atípico.
- A relação antes da lei era muito desequilibrada, entre franqueador e franqueado.
- A franquia compreende atos de aproximação e de intermediação, onde o franqueado promove a aproximação de clientes para o negócio global do franqueador por meio da divulgação de sua marca da qual se torna licenciado, como também realiza a intermediação na venda de mercadorias que levam a referida marca, geralmente em caráter continuado, podendo ainda realizar a intermediação na prestação de serviços criados pelo franqueador.
- O franqueador tem a intenção que na loja do franqueado, o cliente tenha a mesma sensação que ele teria na loja original – que inicialmente teve sucesso. A franquia é a reprodução de sucessos. Ela tem uma serie de elementos que eu tenha a sensação que logo que eu entre na loja, que ela seja como a original.
- A ideia central presente no contrato de franquia é a reprodução de um modelo de sucesso de estabelecimento empresarial criado pelo franqueador. Amparado por uma bem estruturada sistemática legal e contratual, o empresário bem sucedido poderá disseminar o seu modelo de sucesso entre os seus franqueados, tornando-os sua imagem e semelhança de modo que quanto maior o perfeccionismo dessa reprodução, maior será o grau de vinculação entre franqueador e franqueado.
- Toda a atividade empresarial envolve riscos, e nesse sentido, é necessário tempo, talento e sorte para desenvolver elementos de sucesso próprios em um estabelecimento empresarial, por isso, muitos postulantes à atividade empresarial preferem aderir a um modelo de franquia já existente e de comprovado retorno financeiro a ter que se arriscar na odisseia empresarial.
- Nesse caso, a franquia afigura-se como a solução adequada e, por esse motivo, o custo inicial da franquia é maior que de uma atividade não franqueada, pois o franqueado pagará para ter acesso aos elementos do fundo de comércio do franqueador baseando-se no sucesso empresarial já obtido por ele.
-> Características principais do contrato de franquia
a) O contrato de franquia deve ser celebrado sempre por escrito e assinado na presença de duas testemunhas;
b) A relação empresarial da franquia se caracteriza como um feixe de contratos, na medida em que o contrato de franquia não envolve apenas uma relação contratual específica, mas várias relações jurídico-contratuais que se complementam em um verdadeiro feixe que regulamenta o relacionamento profissional entre o franqueado e o franqueador, daí o motivo da franquia ser classificada como um contrato atípico misto;
c) Os contratos celebrados entre o franqueador e seus franqueados que compreendam a licença de marcas, deverão ser registrados no instituto nacional da propriedade industrial (INPI), para produzirem efeitos em relação a terceiros conforme previsto no artigo 211 da lei de propriedade industrial;
d) Os serviços de organização empresarial que o franqueador presta ao franqueado, geralmente envolve três contratos específicos:
1. Contratos de engenharia ou projeto: é o contrato por meio do qual o franqueador empreende o projeto e eventualmente a construção das instalações físicas do estabelecimento empresarial do franqueado. Disso resulta que, na pratica, é comum o franqueador aprovar sob o ponto de vista técnico e considerando o ponto comercial, a escolha do imóvel a ser ocupado pelo franqueado.
2. Contrato de gerenciamento empresarial: é o contrato por meio do qual o franqueador efetiva a implantação de sua sistemática gerencial e administrativa no estabelecimento do franqueado. O referido contrato destina-se sobre tudo a garantir os padrões de atendimento e gerencia do franqueador no estabelecimento do franqueado. Muitas vezes a atividade gerencial do franqueador pode se dar inclusive mediante a disponibilização de funcionários deste no estabelecimento do franqueado, de forma a garantir um monopólio das referidas técnicas que é disponibilizado operacionalmente ao franqueado.
3. Contrato de publicidade: é o contrato por meio do qual o franqueador transmite ao franqueado suas técnicas de publicidade, bem como este último adere às campanhas publicitárias lançadas pelo primeiro, geralmente pela contribuição mensal com determinado valor percentual para um fundo gerido e mantido pelo franqueador especialmente para essa finalidade.
-> Obrigações do Franqueador
- Nos termos do art. 3º da Lei das Franquias, sempre que o franqueador tiver interesse na implantação do sistema de franquia empresarial, deverá entregar ao candidato a franqueado com no mínimo 10 dias de antecedência da assinatura de contrato ou pré-contrato, ou ainda de qualquer pagamento, um documento denominado circular de oferta de franquia, por escrito e em linguagem clara e acessível contendo obrigatoriamente as seguintes informações:
1. Histórico resumido, forma societária e o nome completo ou razão social do franqueador e de todas as empresas a que esteja diretamente ligado, bem como os respectivos nomes de fantasia e endereços;
2. Balanços e demonstrações financeiras da empresa franqueadora, relativos aos dois últimos exercícios;
3. Indicação precisa de todas as pendências judiciais em que estejam envolvidos o franqueador, as empresas controladoras e titulares de marcas, patentes e direitos autorais relativos à operação e seus subfranqueadores, questionando especificamente o sistema da franquia ou que possam diretamente vir a impossibilitar o funcionamento da franquia.
4. Descrição detalhada da franquia, descrição geral do negócio e das atividades que serão desempenhadas pelo franqueado;
5. Perfil do franqueado ideal no que se refere à experiência anterior, nível de escolaridade e outras características que deve ter obrigatória ou preferencialmente.
6. Requisitos quanto ao envolvimento direto do franqueado na operação e na administração do negócio.
- Os seguintes itens estão ligados ao valor:
7. Especificações quanto:
a) Total estimado do investimento inicial necessário à aquisição, implantação e entrada em operação da franquia;
b) Valor da taxa inicial de filiação ou taxa de franquia e valor de caução.
c) Valor estimado das instalações, equipamentos e do estoque inicial e suas condições de pagamento.
8. Informações claras quanto a taxas periódicas e outros valores a serem pagos pelo franqueado ao franqueador ou a terceiros por este indicados, detalhando as respectivas bases de cálculo e o que as mesmas remuneram, ou o fim a que se destinam, indicando especificamente o seguinte:
a) Remuneração periódica pelo uso do sistema, da marca, ou em troca dos serviços, efetivamente prestados pelo franqueador ao franqueado (Royalties);
b) Aluguel de equipamentos ou ponto comercial;
c) Taxa de publicidade ou semelhante.
d) Seguro mínimo.
e) Outros valores devidos ao franqueador ou a terceiros que a ele estejam ligados.
9. Relação completa de todos os franqueados, sub franqueados e sub franqueadores da rede, bem como dos franqueados que se desligaram nos últimos 12 meses, com nome, endereço e telefone.
10.Em relação ao território, deve ser especificado o seguinte:
a) Se é garantida ao franqueado exclusividade ou preferência sobre determinado território de atuação e, em caso positivo, em que condições o faz.
b) Possibilidade do franqueado realizar vendas ou prestar serviços fora de seu território, ou realizar exportações.
11. Informações claras e detalhadas quanto a obrigação do franqueado em adquirir bens, serviços ou insumos necessários a implantação, operação ou administração de sua franquia, apenas de fornecedores indicados e aprovados pelo franqueador, oferecendo ao franqueado relação completa desses fornecedores.
12. Indicação do que é efetivamente oferecido ao franqueado pelo franqueador no que se refere a:
a) supervisão de rede;
b) serviços de orientação e outros prestados ao franqueado; 
c) treinamento do franqueado especificando duração, conteúdo e custos;
d) treinamento dos funcionários do franqueado;
e) manuais de franquia;
f) auxílio na análise e escolha do ponto onde será instalada a franquia;
g) layout e padrões arquitetônicos nas instalações do franqueado.
13. Situação perante o instituto nacional de propriedade industrial das marcas e patentes cujo uso estará sendo autorizado pelo franqueador.
* marcas: não há caso de vigência.
* patente: tem prazo de vigência de 20 anos mais ou menos; quando passa do seu prazo de vigência, ela cai em domínio publico, ou seja, qualquer pessoa pode fabricar o produto.
14. Situação do franqueado após a expiração do contrato de franquia em relação à:
a) Know how o segredo de indústria a que venha ter acesso em função da franquia. 
b) implantação de atividade concorrente da atividade ou da atividade do franqueador.
15. O modelo do contrato padrão e, se for o caso, também do pré contrato padrão adotado pelo franqueador com texto completo, inclusive dos respectivos anexos e prazos de validade.
* Toda circular de oferta de franquia manda junto com ela um modelo de contrato que será celebrado entre as partes, para que o candidato o conheça.
-> Obrigações do franqueado
- A partir do momento em que o franqueado procede a assinatura dos instrumentos que integram a relação negocial da franquia, ele se obriga ao cumprimento de todos os seus termos e ao pagamento de todas as contraprestações previstas. Dentre as principais obrigações, destacam-se:
a) o pagamento de um valor inicial ao franqueador, quando da contratação a título de adesão ao sistema de franquias mantido pelo franqueador. 
b) o pagamento ao franqueador de um valor percentual sobre seu faturamento.
c) o pagamento ao franqueador pelas técnicas de organização empresarial por ele transmitidas geralmente, na forma de cursos e apostilas.
d) a comercialização com exclusividade e determinados produtos ou serviços especificados pelo franqueador, com exclusão de quaisquer outros por aquele não expressamente autorizados, sob pena de infração contratual.
e) adoção dos preços fixados pelo franqueador, bem como a concessão de descontos promocionais.
- Há dois tipos de franquia: uma que determina o preço do produto de uma forma tabelada e outra que dá a liberdade do franqueado de estabelecer o preço dentro de uma determinada faixa.
Programas de computador
- A proteção a propriedade intelectual de programa de computador no Brasil está regulamentada pelo 9609/98 e subsidiariamente pela Lei 9610que trata dos direitos autorais.
- O programa de computador é a expressão de um conjunto organizado de instruções em linguagem natural ou codificada, contida em suporte físico de qualquer natureza, de emprego necessário em maquinas automáticas de tratamento da informação, dispositivos, instrumentos ou equipamentos periféricos baseados em técnica digital ou análoga para fazê-los funcionas de modo e para fins determinados.
- É assegurada a tutela de direitos relativos a programa de computador pelo prazo de 50 anos, a partir de 1º de janeiro do ano subsequente ao da publicação, ou na ausência desta, da sua criação.
- A proteção aos direitos de criação dos programas independe de registro. Entretanto, para efetuar a venda para órgãos públicos ou pessoas jurídicas de direito publico, o programa deverá estar registrado junto ao instituto nacional da propriedade industrial (INPI), na forma do Decreto 2556/98 e da Resolução 58/98 do INPI.
- Os pedidos de registro junto ao INPI, devem conter pelo menos as seguintes informações:
a) dados referentes ao autor do programa de computador e ao titular se for distinto do autor , sejam eles pessoas físicas ou jurídicas;
b) descrição funcional do programa de computador;
c) trechos do programa e outros dados que considerar suficientes para identifica-lo e caracterizar a sua originalidade. Essas informações são de caráter sigiloso, não podendo ser reveladas, salvo por ordem judicial ou a requerimento do próprio titular. 
- A veracidade das informações prestadas ao INPI, são de inteira responsabilidade do requerente não prejudicando eventuais direitos de terceiros nem acarretando qualquer responsabilidade do governo. 
- A sessão dos direitos de autor sobre os programas de computador pode ser total ou parcial e se fará sempre por escrito, presumindo-se onerosa.
- A sessão poderá ser averbada a margem do registro do INPI e caso não esteja registrada naquele órgão, o instrumento de sessão poderá ser registrado em cartório de títulos e documentos. 
- Quando se tratar do programa de computador derivado de outro, o requerente do registro deverá juntar autorização para a realização da derivação do programa original. 
* se eu vou fazer qualquer modificação de um sistema já existente, o dono deste deve autorizar. 
- Salvo estipulação em contrário pertencerão exclusivamente ao empregador, contratantes de serviços ou órgão público os direitos relativos ao programa de computador desenvolvido e elaborado durante a vigência de contrato ou de vinculo estatutário, expressamente destinado à pesquisa e desenvolvimento, ou em que a atividade do empregado, contratado de serviço ou servidor seja prevista, ou ainda decorra da própria natureza dos encargos concernentes a esses vínculos.
-> Das garantias aos usuários de programa de computador 
- O contrato de licença de uso de programa de computador, o documento fiscal correspondente, os suportes físicos do programa ou as respectivas embalagens deverão consignar de forma facilmente legível pelo usuário, o prazo de validade técnica da versão comercializada.
- Aquele que comercializar programa de computador, quer seja titular dos direitos do programa, quer seja titular dos direitos de comercialização, fica obrigado no território nacional durante o prazo de validade técnica da respectiva versão a assegurar aos respectivos usuários a prestação de serviços técnicos complementares relativos ao adequado funcionamento do programa (assistência técnica).
- A obrigação de assistência persistirá no caso de retirada de circulação comercial do programa de computador durante o prazo de validade, salvo justa indenização de eventuais prejuízos causados 
 -> Das infrações e penalidades
- Aquele que violar direitos de autor de programa de computador estará sujeito a pena de detenção de 6 meses a 2 anos ou multa.
- Entretanto se a violação consistir na reprodução por qualquer meio de programa de computador no todo ou em parte para fins de comércio, sem autorização expressa do autor ou de quem o represente, a pena passa a ser de 1 a 4 anos e multa. Nessa mesma pena, incorre quem vende, expõe a venda, introduz no país, adquire, oculta ou tem em depósito para fins de comércio original ou cópia de programa de computador produzido com violação de direito autoral.
- Nos crimes previstos nesse art. 12 somente se procede mediante queixa, salvo:
a) quando praticados em prejuízo de entidade de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista ou fundação instituída pelo poder público;
b) quando em decorrência de ato delituoso, resultar sonegação fiscal, perda de arrecadaçãotributária ou a prática de quaisquer outros crimes contra a ordem tributária ou contra as relações de consumo.
* Neste ultimo, a exigibilidade do tributo, contribuição social ou qualquer acessória será processada independentemente de representação (se for verificado que houve sonegação fiscal, a Fazenda Publica quem vai verificar).
- A ação penal e as diligências preliminares de busca e apreensão nos casos de violação de direito de autor de programa de computador serão precedidas de vistoria podendo o juiz ordenar a apreensão das cópias produzidas ou comercializadas com violação de direito de autor, suas versões e derivações, em poder do infrator ou de quem as esteja expondo mantendo em depósito reproduzindo ou comercializando. 
- Independentemente da propositura de ação penal, o prejudicado poderá intentar ação para proibir ao infrator a prática do ato incriminado, com cominação de pena pecuniária para o caso de transgressão desse preceito.
- Será responsabilizado por perdas e danos, aquele que requerer e promover medidas nos termos do artigo 12 e 13 da lei do software, agindo de má-fé, por capricho ou erro grosseiro nos termos do artigo 16, 17 e 18 do CPC.
Contrato de seguro 
- O contrato de seguro é aquele em que uma das partes instituição financeira designada seguradora se obriga mediante o pagamento do premio pelo segurado, a garantir interesse legítimo da outra parte pessoa física ou jurídica, designado segurado. Contrato de seguro encontra-se disciplinado pelo Decreto Lei 73/66, também denominada Lei dos Seguros e pelos artigos 757 a 802 no CC brasileiro.
- Na vida moderna, todos estão sujeitos a riscos das mais variadas espécies e tais riscos, muitas vezes podem resultar em prejuízos econômicos efetivos a determinado bem ou pessoa. Nesse contexto é que se insere o contrato de seguro e a figura da seguradora. Em sua atividade empresarial, a seguradora contrata com o segurado a assunção do risco econômico inerente a determinado interesse legítimo por parte deste, mediante o pagamento de um premio pelo segurado, obrigando-se em contrapartida, na eventualidade de ocorrência do risco pré-determinado e mensurável economicamente (sinistro) a indenizar o referido interesse do segurado abrangido pelo contrato de seguro, mediante o pagamento de certo valor em dinheiro.
- O objeto do contrato de seguro é a garantia ao segurado sobre os riscos inerentes a uma coisa, incolumidade física de uma pessoa ou ainda, a sua saúde. Essa garantia constitui um interesse legítimo e segurável do segurado. Disso resulta que se pretende proteger com o seguro não é propriamente a coisa ou a pessoa, mas o interesse que esta possui em relação a referida coisa, e no caso do seguro de vida o interesse que o segurado possui em relação a si próprio. 
-> Elementos do contrato de seguro
a) seguradora: é a pessoa jurídica autorizada a funcionar pela superintendência de seguros privados (SUSEP) e pelo Banco Central do Brasil que assume a obrigação de garantir o interesse legítimo do segurado, mediante o pagamento de uma indenização. 
* não estão sujeitas aos regimes falimentares, ou seja, não falem como também não podem pedir recuperação judicial.
b) segurado: pode ser pessoa física ou jurídica que contrata com a seguradora a assunção por parte desta, mediante o pagamento do prêmio, o risco inerente a um interesse legitimo determinado na apólice ou no bilhete de seguro.
c) prêmio ou cota: é o valor pago em moeda corrente pelo segurado à seguradora, como requisito para que a mesma se comprometa a indenizar o risco inerente a um interesse legitimo e determinado na apólice ou bilhete de seguro. Constitui a remuneração básica da seguradora no contrato de seguro. 
d) risco: caracteriza-se como um evento futuro e incerto, porém determinável na apólice ou no bilhete de seguro que pode acarretar um prejuízo econômico efetivo (sinistro) a um interesse do segurado, quando verificada a sua ocorrência.
e) indenização: é o valor pago em moeda corrente pela seguradora ao segurado na hipótese de materialização do risco assumido pela seguradora em apólice ou bilhete de seguro na forma do sinistro. A indenização, como o próprio nome evidencia, destina-se a atenuar o prejuízo econômico acarretado pelo sinistro ao interesse legítimo do segurado garantido pela seguradora. 
-> Características gerais do contrato de seguro
a) é consensual, pois se aperfeiçoa pelo consenso entre as partes, é oneroso, pois compreende prestações pecuniárias recíprocas entre as partes e de adesão;
b) o é típico visto enquadrar-se em um pré-determinado tipo pela lei, além de ser aleatório;
c) a sua existência é provada mediante a exibição da apólice ou do bilhete de seguro e na falta destes o documento comprobatório do pagamento do respectivo premio;
d) a emissão da apólice deve ser precedida de proposta escrita do futuro segurado com a declaração dos elementos essenciais do interesse a ser garantido e do risco 
e) a apólice ou o bilhete de seguro poderá ser nominativo à ordem ou ao portador e deverá prever os riscos assumidos, o inicio e o fim de sua validade, o limite da garantia e o premio devido e, quando for o caso, o nome do segurado e do beneficiário, sendo que no seguro de pessoas a apólice ou o bilhete não poderão ser ao portador.
f) o segurado pode promover a celebração simultânea de vários contratos de seguro com seguradoras distintas em relação ao mesmo objeto, e neste caso, estaremos diante de um cosseguro. Os referidos seguros porem, em sua totalidade, não poderão ultrapassar o valor do bem segurado.
g) no mercado securitário, é comum a realização da operação denominada resseguro, que consiste na transferência total ou parcial do risco decorrente de um contrato de seguro de uma seguradora para outra. 
-> Obrigações das partes
1. Obrigações da seguradora:
a) pagar em dinheiro a indenização ao segurado, resultante do risco assumido, salvo se convencionada a reposição da coisa nos termos do artigo 776 do Código Civil;
b) a seguradora é obrigada a guardar na conclusão e na execução do contrato a mais estrita boa-fé e veracidade, tanto a respeito do objeto do seguro, como das circunstâncias e declarações a ele concernentes, nos termos do artigo 765 do Código Civil.
2. Obrigações do segurado:
a) pagar o valor do prêmio, sendo que o segurado que estiver em mora no pagamento do prêmio não terá direito a indenização.
* estar em mora é dizer que não está pagando. Pode haver um pagamento de premio parcelado. Se ocorre um sinistro, a indenização vai descontar o premio que você deve a seguradora.
b) o segurado é obrigado a guardar na conclusão e na execução do contrato, a mais estrita boa-fé e veracidade tanto a respeito do objeto do seguro, como das circunstancias e declarações a ele concernentes.
c) o contrato de seguro para garantia do risco motivado por ato do segurado, do beneficiário ou do representante de uma parte ou de outra, será nulo nos termos do art. 762 do CC;
d) na hipótese do segurado prestar declarações inexatas ou omitir circunstâncias que possam influir na aceitação da proposta ou na taxa do premio, perderá o direito à garantia, além de ficar obrigado ao pagamento do prêmio à seguradora. 
e) na hipótese do segurado agravar intencionalmente o risco, objeto do contrato, também perderá o direito a garantia do seguro;
f) o segurado é obrigado a comunicar a seguradora tão logo tenha conhecimento, todo incidente suscetível de agravar consideravelmente o risco coberto, sob pena de perder o direito a garantia, caso se provar que silenciou de má-fé;
g) a diminuição do risco do curso do contrato, salvo disposição em contrário, não acarreta a redução do prêmio estipulado, porém se essa redução do risco for considerável o segurado poderá exigir a revisão do premio ou a resolução do contrato;
h) o segurado deverá comunicar á seguradora a ocorrência de sinistro sob pena de perder o direito a indenização, devendo tomar as providencias imediatas para minorar-lhe as consequências, nos termos do artigo 771do Código Civil.
-> Gêneros de seguro 
1. Seguro de dano: o seguro de dano constitui gênero que compreende diversas espécies de seguro, todas relacionadas a obrigação assumida pela seguradora, de indenizar danos ocasionados ao patrimônio ou a pessoas, possuindo uma clara finalidade de compensar os prejuízos organizados pelo sinistro. Executam-se desse gênero o seguro de vida e o seguro de acidentes pessoais com morte,
Conforme previsto no art. 778, CC nos seguros de dano a garantia prometida não pode ultrapassar o valor do interesse segurado no momento da conclusão do contrato, sob pena do segurado perder o direito a garantia, além de ficar obrigado ao premio vencido, bem como sujeitar-se as sanções penais cabíveis.
É admitida também, salvo disposição contrario, a transferência do contrato de seguro com alienação ou cessão do interesse segurado, sendo que uma vez efetuado o pagamento do valor da indenização, o segurador sub-roga-se nos limites do valor respectivo, nos direito e ações que competirem ao segurado contra o autor do dano.
2. Seguro de pessoa: pelo contrato de seguro de pessoa, a seguradora assume a obrigação 
de pagar determinado valor em dinheiro ao beneficiário indicado na apólice ou bilhete de seguro. Como não se pode segurar numericamente a vida humana, o valor a ser pago pela seguradora ao beneficiário, não guarda paridade com o valor determinado do bem patrimonial do segurado ou qualquer outro.
O capital segurado é livremente estipulado pelo proponente, que pode contratar mais de um seguro sobre o mesmo interesse com o mesmo ou diversos seguradores, sendo que no seguro de vida ou de acidentes pessoais, para o caso de morte, o capital estipulado não está sujeito a dívidas do segurado, nem se considera herança para os todos os efeitos de direito, nos termos do artigo 794 do CC. 
O seguro sobre a vida de outros, o proponente é obrigado a declarar, sob pena de falsidade, o seu interesse na vida do segurado. O beneficiário não tem direito ao capital estipulado quando o segurado comete suicídio nos primeiros dois anos de vigência do contrato ou da sua recondução depois de suspenso. (art. 798 do CC).
3. Seguro saúde: constitui gênero de seguro associado ao plano privado de assistência a saúde e pode ser contratado sob duas espécies distintas:
a) entre a operadora de planos de assistência à saúde e seus conveniados, prestando a operadora diretamente os serviços médicos e clínicos aos conveniados;
b) entre operadora de planos de saúde e seus segurados que atue como seguradora, contratando com seus segurados a cobertura de riscos na área de saúde.
As seguradoras que atuam nesse ramo, encontram-se sujeitas à fiscalização da agencia nacional de saúde suplementar (ANS) e devem ter por objeto específico a prestação desse tipo de serviço conforme estabelece a lei 10185/01.
Contrato de transporte
- O contrato de transporte tem sua origem numa época em que o ser humano atinge um determinado grau de relacionamento, fazendo nascer a necessidade de intercambio entre os povos, seja para fins comerciais, seja para fins políticos, tornando-se necessário o translado de pessoas e objetos. Os povos da Grécia Antiga, pela sua localização geográfica, foram os primeiros a regularizar normas de transporte marítimo. Ao longo dos anos foram sendo criadas legislações em vários países e, no Brasil, o primeiro diploma a tratar de regras de transporte foi o código comercial de 1850 que entre os artigos 99 e 118 tratava de regras dos condutores de gêneros e dos comissários de transportes.
- Em razão destas disposições, o CC de 1916 era silente nesse campo. Entretanto, com a entrada em vigor do CC/02, tivemos um capítulo inteiro dedicado ao transporte de coisas e pessoas, mais precisamente entre os artigos 730-756.
- O CC conceitua o contrato de transporte como sendo o pacto pelo qual alguém se obriga mediante retribuição a transportar, de um lugar para o outro, pessoas ou coisas.
- O contrato de transporte exercido em virtude de autorização, permissão ou concessão, rege-se pelas normas regulamentares e pelo que for estabelecido naqueles atos, sem prejuízo das previsões legais do código civil.
-> Características do Contrato de Transporte
a) é bilateral ao passo que gera obrigações para ambas as partes contratantes, ficando o transportador obrigado a percorrer o trajeto para o passageiro ou remetente do bem, e estes por sua vez ficam obrigados a efetuar o pagamento do deslocamento.
b) é oneroso haja vista que ambas as partes buscam vantagens recíprocas; o pagamento para o transportador e o deslocamento para o contratante.
c) por se tratar de um negócio jurídico, cujo núcleo principal de existência e validade é a livre declaração de vontade, o contrato de transporte é consensual, pois aperfeiçoa-se com essa declaração.
d) é típico, pois está previsto expressamente no código civil e é comutativo, pois as partes conhecem desde o inicio do contrato os limites de suas obrigações, não dependendo o mesmo de evento futuro e incerto. 
e) é um contrato de duração, pois o mesmo não se inicia, executa e se conclui em apenas um ato, dependendo de certo lapso temporal para que o mesmo seja cumprido.
 f) é contrato não solene, pois não necessita de maiores formalidades para ser pactuado, ocorrendo, na maioria das vezes, verbalmente.
-> Modalidades de Transporte
- Quanto ao objeto do contrato ele pode ser de pessoas ou coisas. Agora quando ao meio empregado, o transporte pode ser:
a) terrestre rodoviário ou ferroviário;
b) aquático marítimo ou fluvial;
c) aéreo 
I. Transporte de pessoas: o transportador responde pelos danos causados às pessoas transportadas e suas bagagens, salvo motivo de força maior, sendo considerada nula qualquer cláusula excludente da responsabilidade. 
- A Súmula 161 do TSF definiu que “em contrato de transporte é inoperante a cláusula de não indenizar.”
- Nos contratos de transporte é lícito ao transportador exigir a declaração do valor da bagagem afim de fixar o limite da indenização.
- A responsabilidade contratual do transportador por acidente com passageiro não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.
- ** Não se subordina às normas do contrato de transporte o feito gratuitamente por amizade ou cortesia, entretanto não será considerado gratuito se o transportador mesmo sem remuneração obtiver vantagens indiretas. 
- No contrato de transporte de pessoas, as partes que estão sujeitas a seguir horários e itinerários previstos, sob pena do transportador responder por perdas e danos e o passageiro perder o direito total ou parcial ao transporte.
- O transportador não pode recusar passageiros, salvo os casos previstos em regulamento ou se as condições de higiene ou de saúde do interessado justificar. 
II. Transporte de coisas
- No transporte de coisas, as partes contratantes são o remetente e o transportador. Nessa modalidade de contrato a responsabilidade do transportador será limitada ao valor constante no conhecimento, que é o documento emitido quando da entrega do objeto ao transportador e se equivale ao bilhete de passagem no transporte de pessoas.
- O conhecimento de transporte possui a característica da literalidade, ou seja, vale o que está escrito no mesmo.
- A coisa entregue ao transportador deve estar caracterizada pela sua natureza, valor, peso e quantidade e o que mais for necessário para individualizar o bem.
- O transportador deverá recusar a coisa, cujo transporte ou comercialização não sejam permitidos, ou que venha desacompanhada dos documentos exigidos por lei ou regulamento, e as mercadorias devem ser entregues ao destinatário ou a quem apresentar o conhecimento de depósito e quem as receber deverá conferir o seu conteúdo e apresentar as reclamações que tiver, sob pena de decadência dos direitos. 
Propriedade Industrial 
- Os séculos XVIII e XIX, nós tivemos uma grande produção intelectual no ramo das invenções, domínio de duas forças: energia a vapor e a energia elétrica. Os países começaram a se preocuparna seguinte ideia: invento um produto e alguém copia e começa a produzir no país. Em 1880 foi feita uma reunião prévia e em 1883 foi feita uma convenção chamada Convenção da União de Países – criaram normas genéricas para serem aplicadas dentro do ramo de patentes. Naquele primeiro momento criou-se regras para patentes que deveriam ser incorporadas em cada ordenamento jurídico dos países. De lá pra cá esses países que respeitam essa regra ficaram conhecidos como países unionistas e houveram varias revisões, em que mais países se agregaram, tendo 193 países no mundo que respeitam as regras.
Ex: Se eu tenho uma patente registrada na Austrália e a Austrália é um país unionista, eu só posso fabricar esse produto mediante licença.
- O direito de propriedade industrial pode ser considerado um conjunto de normas jurídicas destinadas à disciplinar as obras e criações do intelecto humano destinadas a serem produzidas em escala industrial. 
- O direito da propriedade industrial abrange a área de patentes, desenhos industriais, marcas e indicações de procedência.
-> Proteção Legal à propriedade industrial
- 1ª regra de proteção está disposta no art. 5º, XXIX da CF que estabelece: “A lei assegurará aos autores de inventos industriais o privilegio temporário para sua utilização, bem como proteção às criações industriais, a propriedade das marcas aos nomes de empresas e a outros signos distintivos tendo em vista o interesse social e o desenvolvimento tecnológico e econômico do país.”.
- No campo infraconstitucional, a Lei 9279/96 (lei de propriedade industrial – LPI) disciplina a matéria. No Brasil, o órgão gestor e executor das políticas de proteção industrial é o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), que é uma autarquia federal que age no processamento e exame e concessão das patentes e dos registros.
-> Das patentes 
- É um documento pelo qual se prova a titularidade sobre um direito de propriedade industrial e pode ser de invenção ou de modelo de utilidade.
I. Patente de invenção
- É toda obra nova passível de aplicação industrial com vigência de 20 anos a contar do depósito do pedido de privilégio e possui os seguintes requisitos essenciais à sua patentiabilidade:
a) Novidade: para o objeto ser considerado novo, não pode estar compreendido no chamado “estado da técnica”, que é constituído por todo conhecimento tornado acessível ao público antes da data de depósito do pedido de patente, por descrição escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio no Brasil ou no exterior
b) Industriabilidade: consiste na possibilidade do objeto vir a ser produzido em escala industrial. A lei não protegerá um bem que não possa ser produzido de forma industrial.
c) Atividade inventiva: é o elemento subjetivo relacionado a criatividade, sendo que essa criação não pode decorrer de maneira evidente ou óbvia do estado da técnica (toda patente tem que ter intelecto humano).
II. Patente Modelo de Utilidade
- Consiste em objeto de uso prático, ou parte deste, passível de aplicação industrial com nova disposição envolvendo ato inventivo e que resulte em melhoria funcional no seu uso ou no seu processo de fabricação.
- Também tem como requisitos essenciais à sua patentiabilidade a novidade (mas neste caso ela é relativa, pois será novo em relação ao aspecto que agregar a melhoria, objeto da patente), a industriabilidade e a atividade inventiva. 
- O modelo de utilidade tem vigência por 15 anos, a contar da data do depósito do pedido de privilégio e, para as patentes, vigora o princípio da anterioridade, ou seja, terá privilégio aquele que primeiro promover o requerimento junto ao INPI.
Exceções das patentes 
- A lei de propriedade industrial, em seu art. 10º destaca que não são considerados invenção, nem modelo de utilidade:
a) Descobertas, teorias científicas, métodos matemáticos;
b) Concepções puramente abstratas;
c) Esquemas planos, princípios ou métodos comerciais contábeis, financeiros, educativos, publicitários, de sorteio e de fiscalização;
d) Obras literárias, arquitetônicas, artísticas, científicas ou qualquer outra criação estética;
e) Programas de computador em si;
f) Apresentação de informações;
g) Regras de jogo;
h) Técnicas e métodos operatórios ou cirúrgicos, bem como métodos terapêuticos ou de diagnóstico para aplicação no corpo humano ou no animal;
i) O todo ou parte de seres vivos naturais ou materiais biológicos encontrados na natureza, ou ainda que delas isolados, inclusive o genoma ou genoplasma de qualquer ser vivo natural e os processos biológicos naturais.
Extinção da patente
- A extinção da patente faz com que o seu objeto caia em domínio público e pode ocorrer nas seguintes hipóteses:
Pela expiração de seu prazo de vigência;
Pela renúncia de seu titular ressalvado o direito de terceiros;
Pela caducidade;
Pela falta de pagamento de retribuição anual devida ao INPI;
Pela falta de manutenção de procurador junto ao INPI na hipótese de pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior;
-> Dos registros
- O registro é o ato que comprova a titularidade sobre um desenho industrial ou sobre uma marca.
-> Desenho industrial ou design
- Consiste em toda concepção que possa ser aplicada a um determinado produto de modo a proporcionar um resultado visual novo e original na sua aparência que possa servir de tipo de fabricação industrial. 
- Tem os seguintes requisitos essenciais à sua registrabilidade:
a) Novidade: o desenho industrial deve ser novo e não pode estar compreendido no estado da técnica;
b) Originalidade: o desenho industrial é considerado original quando apresenta uma configuração própria não encontrada em outros objetos, ou quando eventualmente combina com originalidade os elementos já conhecidos;
c) Desimpedimento – o desenho industrial que se pretenda levar à registro não pode incidir nas hipóteses impeditivas de registrabilidade prevista no artigo 10º da Lei de Propriedade Industrial.
O prazo de vigência de um registro de desenho industrial é de 10 anos contados da data de depósito de pedido junto ao INPI, sendo possível a sua prorrogação por mais três períodos iguais e sucessivos de 5 anos cada, totalizando no máximo 25 anos.
Extinção do registro
- O registro de um desenho industrial nos termos do art. 119 da Lei de propriedade industrial pode ocorrer:
Pela expiração de seu prazo de vigência;
Pela renúncia de seu titular ressalvado o direito de terceiros;
Pela falta de pagamento da retribuição quinquenal devida ao INPI.
Pela falta de manutenção de procurador junto ao INPI na hipótese de pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior.
-> Das marcas
- Marca é todo sinal distintivo visualmente perceptível que identifica e distingue produtos e serviços bem como certifica a conformidade dos mesmos com determinadas normas ou especificações técnicas.
- A marca registrada garante ao seu proprietário o direito de uso exclusivo no território nacional em seu ramo de atividade econômica (classes).
- Atualmente, há duas formas de se encaminhar um pedido de registro de marca ao INPI:
a) Pela internet através do sistema e-marcas.
b) Por formulário em papel e nos dois casos haverá o recolhimento das taxas respectivas.
- Classificação: 
I. Quanto a natureza as marcas podem ser:
Marca de produto: destina-se a identificar e distinguir determinados produtos de outros idênticos semelhantes ou afins. Porém, de origem diversa;
Marcas de serviço: destinam-se a identificar e distinguir determinados serviços de outros idênticos, semelhantes ou afins, porém de origem diversa.
Marcas de certificação: destinam-se a certificar ou assegurar a conformidade de um produto ou serviço com determinadas normas ou especificações técnicas notadamente quanto a qualidade, natureza e material utilizado, bem como metodologia empregada.
Marcas coletivas: Destinam a identificar produtos ou serviços oriundos de integrantes de determinadas entidades.
II. Quanto a forma, as marcas podem ser:
Marcas nominativas que são formadas apenas por uma expressão idiomática.
Marcasfigurativas: são as marcas formadas apenas por um símbolo ou figura.
Marcas mistas: são formadas por uma expressão idiomática associada a um símbolo ou figura.
Marcas tridimensionais: é aquela constituída pela forma plástica de produto ou de embalagem cuja forma tenha capacidade distintiva em si mesma e esteja dissociada de qualquer efeito técnico.
Requisitos de registrabilidade
- As marcas têm como requisitos essenciais a sua registrabilidade, a novidade relativa e a não colidencia com marcas notórias. 
Com relação à novidade, temos que ela não é absoluta, pois a marca que se pretende registrar pode ser conhecida e, com relação a não colidencia com marca notória, temos que estas ampla e tradicionalmente conhecidas em determinado ramo de atividade, nos termos do disposto do artigo 126 da LPI, mesmo que não registradas perante o INPI, gozam de proteção no Brasil em função da adesão à convenção da união de país.
- O artigo 124 da LPI relaciona de forma detalhada todos os itens que não podem ser objeto de registro de marca e caso o requerente tente promover o respectivo registro, será impedido por força de lei.
- Ao titular da marca ou ao depositante é assegurado o direito de ceder o seu registro ou pedido de registro, licenciar o seu uso e zelar pela integridade material ou reputação da marca.
- O registro da marca vigorará pelo prazo de 10 anos contados da data da concessão do registro, prorrogável por períodos iguais e sucessivos, observadas as seguintes regras:
O pedido de prorrogação deve ser formulado durante o último ano de vigência da concessão do registro, instruído com o comprovante de pagamento da respectiva retribuição;
Se o pedido de prorrogação não tiver sido efetuado até o final da vigência do registro, o titular poderá fazê-lo nos 6 meses subsequentes ao vencimento mediante o pagamento de uma retribuição adicional;
O pedido de prorrogação também deve observar as previsões do artigo 128 da LPI.
-> Indicação geográfica
- Ao longo dos anos, algumas cidades ou regiões ganharam fama por causa de seus produtos e quando a qualidade e tradição se encontram num espaço físico, a indicação geográfica surge como fator decisivo para garantir a diferenciação do produto.
- O registro de uma indicação geográfica reconhece a reputação e qualidades que estão vinculadas ao local de produção. E como resultado, comunicam ao mundo que uma certa região se especializou e tem capacidade de produzir um artigo diferenciado e de excelência.

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