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1,2 CADERNO DIDATICA DA HISTORIA E GEOGRAFIA

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Fundamentos e Metodologia de 
História e Geografia
Autor: Lindolfo Anderson Martelli
Tema 01
Fundamentos Epistemológicos da Ciência 
Geográfica
Tema 02
Da Geografia Aprendida à Geografia Ensinada na 
Contemporaneidade
Índice
Índice
Tema 01: Fundamentos Epistemológicos da Ciência Geográfica 4
Tema 02: Da Geografia Aprendida à Geografia Ensinada na Contemporaneidade 26
seç
ões
Tema 01
Fundamentos Epistemológicos da Ciência 
Geográfica
Como citar este material:
MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos 
e Metodologia de História e Geografia: 
Fundamentos Epistemológicos da Ciência 
Geográfica. Caderno de Atividades. Valinhos: 
Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 01
Fundamentos Epistemológicos da Ciência 
Geográfica
7
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• As mudanças epistemológicas da Ciência Geográfica. 
• As atuais concepções teórico-metodológicas da Ciência Geográfica relacionadas à 
aprendizagem. 
• As influências do Positivismo, do Historicismo e da Psicologia na construção da Ciência 
Geográfica.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: Ensino de Geografia e História, 
dos autores Sônia Castellar, Jerusa Vilhena, Kátia Maria Abud, André Chaves de Melo 
Silva e Ronaldo Cardoso Alves, editora Cengage Learning (Coleção Ideias em Ação), 2010, 
Livro-Texto 492. 
Roteiro de Estudo:
Lindolfo Anderson Martelli
Fundamentos e 
Metodologia de História e 
Geografia
8
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Quais são as principais correntes epistemológicas da Geografia?
• Qual é o campo de estudo da Geografia?
• Quais as relações estabelecidas entre a Ciência Geográfica e as demais ciências?
• Quais as influências dos estudos sobre o imaginário na construção do conhecimento 
geográfico?
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Fundamentos Epistemológicos da Ciência Geográfica
Durante muito tempo a Geografia foi utilizada como instrumento de análise 
astronômica e produção cartográfica das regiões habitadas e, até mesmo, das regiões 
imaginadas. Um exemplo disto é o chamado Tratado de Tordesilhas (1494), que 
estabelecia uma linha imaginária dividindo as terras “descobertas e por descobrir” entre 
o Reino de Portugal e o Reino da Espanha. As representações cartográficas das regiões 
designadas pelo Tratado apresentam porções de terras que não haviam sido exploradas 
até então. Naquele momento, os objetivos principais da Geografia estavam relacionados 
ao levantamento de informações sobre os espaços naturais propícios à exploração e ao 
mapeamento de rotas marítimas e comerciais. 
A partir do desenvolvimento dos Estados Nacionais, na Idade Moderna, as mudanças 
sociais, culturais e as transformações nas relações entre a sociedade e a natureza 
modificaram a forma como a Geografia era concebida. As instituições de ensino passaram 
a utilizar os conhecimentos geográficos como instrumento de valorização dos projetos 
nacionais e se preocupavam principalmente com a criteriosa caracterização das paisagens 
dos países e descrição dos lugares. 
9
LEITURAOBRIGATÓRIA
As concepções filosóficas e o desenvolvimento científico que atingiu todas as ciências 
humanas e naturais no século XIX influenciaram significativamente a Geografia. Até meados 
do século passado, a Geografia mantinha muitos fundamentos epistemológicos decorrentes 
do positivismo e do darwinismo. Tal influência fez com que os estudos geográficos 
centrassem suas análises em aspectos basicamente regionais, na busca por explicações 
quantitativas e objetivas da realidade. 
A orientação positivista que marcou as ciências geográficas até então sedimentava a ideia 
de que o saber deveria ser neutro, desvinculado das esferas políticas e das relações de 
poder, com preocupações voltadas para a infalibilidade científica pautada na observação, 
descrição e busca de leis gerais e objetivas que permitissem explicar diferenças regionais.
As influências darwinistas também orientavam a Ciência Geográfica, uma vez que se 
acreditava no meio como um fator de seleção natural dos indivíduos mais aptos de uma 
espécie. Consequentemente, a sociedade também seria orientada por leis naturais que 
serviam para legitimar o poder, a defesa e a conquista dos espaços e territórios. 
Teóricos como o geógrafo alemão Friedrich Ratzel (1844-1804) adotaram os pressupostos 
do Positivismo evolucionista como instrumento legitimador do colonialismo e defesa 
da hegemonia dos povos considerados mais fortes e desenvolvidos. Tais pressupostos 
fortaleciam a crença no progresso e legitimavam a colonização e a disputa entre os povos 
como um instrumento apropriado para a evolução. Neste sentido, os europeus eram 
considerados mais adaptados ao meio e, portanto, mais aptos para o domínio de outros 
povos (FABRÍCIO, 2011). 
As influências do historicismo alemão do final do século XIX foram fundamentais para 
o desenvolvimento da Ciência Geográfica, pois, ao distinguir os fenômenos sociais das 
condições naturais, refutava a concepção determinista das leis naturais e sociais. Neste 
sentido, o próprio cientista precisa ser compreendido dentro do seu espaço e do seu tempo, 
o que reflete diretamente no produto do seu trabalho, contrariando a compreensão positivista 
de neutralidade científica. 
Neste contexto, os paradigmas levantados pelo historicismo favoreceram o distanciamento 
entre as ciências físicas e humanas. A Escola Geográfica Francesa foi muito importante, 
principalmente pelos estudos do geógrafo Paul Vidal de La Blache, que buscou inserir o 
aspecto historicista na Geografia. Embora criticasse o positivismo evolucionista de Ratzel, 
sustentava conceitos e estruturas de análises atrelados ao Naturalismo e ao Positivismo. 
10
Neste sentido, a territorialidade era composta pelos conceitos de lugar, paisagem e região 
de forma sobreposta. La Blache entendia que os conceitos de região e paisagem eram 
determinantes para a compreensão da diversidade do mundo e que a ligação dos homens 
com seu espaço estava relacionada a uma espécie de física social, onde as necessidades 
humanas são definidoras dos espaços ocupados. Ele entendia que as sociedades e os 
espaços se constroem sem pretensões políticas ou ideológicas, ou seja, para La Blache, a 
Geografia não era ciência dos homens, mas dos lugares.
A geografia francesa do final do século XIX influenciou grandemente a geografia brasileira, 
principalmente por meio de um importante interlocutor desta ciência, Miguel Delgado 
de Carvalho. Filho de pai brasileiro, Carvalho nasceu na França e voltou ao Brasil para 
desenvolver suas pesquisas de estudos para o doutoramento e divulgação da Escola 
Geográfica Francesa, tanto em nível médio quanto universitário. A influência deste modelo 
epistemológico de compreensão da Ciência Geográfica refletiu diretamente no ensino que 
enfatizava o estudo descritivo de paisagens, sem que existisse qualquer reflexão sobre 
as representações e os sentimentos humanos associados aos espaços observados. Os 
métodos de ensino privilegiavam a memorização, a observação, as generalizações e 
sínteses de conteúdos (BARROS, 2008, p. 317-333). 
A partir da segunda metade do século XX, as discussões avançaram e a Geografia revisou 
as análises sobre seu objeto de estudo, pois o método descritivo não atendia às demandas 
que permeavam o saber científico que tratavam dos conflitos ideológicos, contradições do 
mundo capitalista na distribuição da riqueza, exploração da natureza, mudanças de valores 
e formas de comportamento e revisão de conceitos em todas as áreas do conhecimento, 
entre outros. 
A crise de paradigmas que atingiu o campo científico mostrou o quanto os métodos 
tradicionais de investigação geográfica eramineficientes para elucidar a complexidade 
das ações humanas e dos espaços. Os conceitos marxistas foram amplamente estudados 
pelas chamadas ciências humanas e foram fundamentais para a revisão crítica do modelo 
epistemológico de compreensão geográfica naquele momento. 
Os estudos passaram a privilegiar as concepções ideológicas, as relações entre sociedade, 
trabalho e natureza na produção e apropriação de lugares e territórios. A crescente 
urbanização e os problemas oriundos deste processo – como migração, poluição, 
marginalização social, empregabilidade, ocupação de espaços, fontes de energia, entre 
outros – passaram a compor os campos investigativos da Ciência Geográfica. A Geografia 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
tradicional e a defesa da neutralidade passaram a ser criticadas, pois não bastava explicar 
os processos de ocupação do mundo, era preciso transformá-lo. 
A chamada geografia crítica apontou um novo caminho para a compreensão do espaço. As 
categorias de análise do marxismo – como os modos, meios, relações sociais de produção, 
forças produtivas e formação social – permitiram reconhecer o espaço como produto das 
estruturas políticas, ideológicas e produtivas da sociedade. Neste sentido, a Geografia 
foi concebida como um instrumento para a promoção da cidadania, pois permitiu que os 
sujeitos percebessem o espaço como parte de um todo integrado, onde os indivíduos são 
responsáveis e comprometidos historicamente pela sua configuração. 
Embora as contribuições da geografia crítica sejam fundamentais para compreender muitos 
aspectos sociais, ela negligenciou a dimensão sensível de perceber o mundo, pois não 
reconhecia a subjetividade humana como elemento importante na definição dos espaços e 
na construção de territorialidades. Toda e qualquer pretensão neste sentido era considerada 
idealismo alienante. 
As explicações centradas a partir das determinações econômicas e de produção não 
conseguiam explicar as experiências vividas pelos indivíduos com seu espaço e com as 
representações simbólicas construídas pelo imaginário social. 
Teóricos das mais variadas áreas das ciências humanas passaram a rever os conceitos 
marxistas e a reconhecer o imaginário social como um elemento importante na construção 
do mundo natural e social.
Cada sociedade define e elabora uma imagem do mundo natural, do universo 
onde vive, tentando cada vez fazer um conjunto significante, no qual certamente 
devem encontrar lugar os objetos e seres naturais que importam para a vida 
da coletividade, mas também esta própria coletividade, e finalmente uma certa 
“ordem do mundo”. Esta imagem, esta visão mais ou menos estruturada do 
conjunto da experiência humana disponível, utiliza as nervuras racionais do 
dado, mas as dispõe segundo significações e as subordina a significações que 
como tais dependem não do racional, mas sim do imaginário (CASTORIADIS, 
1982, p. 179).
As palavras de Cornélius Castoriadis (1982) mostram o quanto a dimensão concreta e 
material do mundo dependem do imaginário social, pois os significados nascem da percepção 
que se tem sobre os objetos concretos. 
A partir da segunda metade do século XX, a Geografia passou a se preocupar com a análise 
das percepções e significados que o homem atribui aos espaços, paisagens e lugares, 
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
com os sentidos atribuídos pelo sujeito às suas experiências no mundo. O imaginário não 
deve ser aqui compreendido como o mundo do devaneio, mas o das representações. Para 
Michel Maffesoli (2001), o imaginário é o elemento que impulsiona as práticas; portanto, é 
o responsável pelas intervenções humanas no espaço. 
[...] o imaginário, mesmo que seja difícil defini-lo, apresenta, claro, um elemento 
racional, ou razoável, mas também outros parâmetros, como o onírico, o lúdico, 
a fantasia, o imaginativo, o afetivo, o não racional, o irracional, os sonhos, 
enfim, as construções mentais potencializadoras das chamadas práticas 
(MAFFESOLI, 2001, p. 76).
A valorização das dimensões subjetivas dos sujeitos por parte da Geografia ampliou 
o diálogo com outros campos das ciências, sejam elas naturais ou humanas. Neste 
sentido, a Geografia se aproximou de ciências como História, Antropologia, Sociologia, 
Filosofia e Psicologia, orientando suas análises nas questões relacionadas à cultura e nas 
representações que o homem faz de si, dos outros e do espaço. Esta interface permite a 
compreensão das especificidades e pluralidades dos lugares no mundo. O mundo tal como 
as pessoas o veem é reflexo deste sistema de ideias capaz de dar significado às coisas, ao 
mundo real, às experiências, como um todo. 
[...] o imaginário – este sistema de ideias e imagens de representação coletiva 
que os homens constroem através da história para dar significado às coisas 
- é sempre um outro real e não o seu contrário. O mundo, tal como o vemos, 
apropriamo-nos e transformamos é sempre um mundo qualificado, construído 
socialmente pelo pensamento. Esse é o nosso “verdadeiro” mundo, mundo pelo 
qual vivemos, lutamos e morremos. O imaginário existe em função do real que 
o produz e do social que o legitima, existe para confirmar, negar, transfigurar 
ou ultrapassar a realidade. O imaginário compõe-se de representações sobre o 
mundo do vivido, do visível e do experimentado, mas também sobre os sonhos, 
desejos e medos de cada época, sobre o não tangível nem visível, mas que 
passa a existir e ter força de real para aqueles que o vivenciam (PESAVENTO, 
2006, p. 50). 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino da Geografia no Ensino Fun-
damental propõem a valorização das subjetividades nos estudos relacionados à Geografia. 
Embora as discussões acadêmicas tenham superado há muito tempo as antigas concep-
ções de ensino da Geografia Tradicional e da Geografia Crítica, é muito comum encontrar 
professores e materiais didáticos ainda ancorados na mera contemplação dos espaços e 
paisagens e ou que fundamentam as análises a partir das explicações economicistas dos 
modos de produção (BRASIL, 1998, p. 24). 
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
Muitas escolas se mostram resistentes a inovações conceituais e metodológicas de ensino, 
pois, além de adotarem os métodos e conceitos tradicionais, não estão abertas a revisões 
e atualizações, permanecendo, desta forma, alheias à dinâmica social e ao que se passa 
fora da sala de aula. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo: Delgado de Carvalho e a geografia no Brasil como arte da educação liberal, 
escrito por Nilson Cortez Crocia de Barros.
Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0103-40142008000100021>. Acesso em: 02 
jan. 2014. 
Entenda como ocorreu o desenvolvimento da moderna Ciência Geográfica no Brasil.
Leia o artigo: Cultura e Representações, uma Trajetória, escrito pela historiadora Dra. 
Sandra Jatahy Pesavento.
Disponível em: <http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/31549/000632033.
pdf?sequence=1>. Acesso em: 02 jan. 2014.
Reflita sobre a importância dos estudos sobre o imaginário para as ciências humanas na 
contemporaneidade.
Leia o artigo: Paul Vidal de La Blache e a Construção da Geografia Humana: Tensões e 
Relações Entre o Historicismo Neokantiano e o Evolucionismo Positivista, de Deyse Cristina 
Brito Fabrício, apresentado na XII Semana de Geografia e no VII Encontro de Estudantes 
de Licenciatura em Geografia da Unesp – Campus de Presidente Prudente.
Disponível em: <http://docs.fct.unesp.br/semanas/geografia/ensinodegeografiaeepistemologia/
REEG02%20-%20Deyse%20Cristina%20Brito%20Fabricio%20e%20Antonio%20Carlos%20
Vitte.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
14
LINKSIMPORTANTES
Este artigo ajudará você a reconhecer as influências do positivismo e do historicismo para 
a construção da Ciência Geográfica. 
Leia a entrevista concedida à Revista Famecospelo pensador francês Michel Maffesoli: O 
imaginário é uma realidade.
Disponível em: <http://www.revistas.univerciencia.org/index.php/famecos/article/
view/285/217>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Leia este texto para aprofundar seus conhecimentos sobre a noção de imaginário.
Vídeos Importantes
Assista ao vídeo documentário: O que é Geografia?
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=YktYwin3sk0>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Este vídeo documentário foi produzido pela Univesp TV para o programa da disciplina 
Conteúdos e Didática de Geografia, do curso de Pedagogia Unesp/Univesp. As perguntas 
que nortearam o vídeo documentário foram: O que é Geografia? Qual é o seu campo de 
estudo? Quais as relações com as outras ciências? A Univesp TV conversou com três 
pesquisadores: Lívia de Oliveira, do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp 
de Rio Claro, José Bueno Conti, da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas 
da USP, e Antônio Carlos Robert Moraes, também da Faculdade de Filosofia, Letras e 
Ciências Humanas da USP, que elucidaram estas questões. 
Assista ao vídeo documentário: Cartografia Escolar.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=eOlZdEGNRRw>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Este vídeo documentário retrata a visita à Escola Estadual Prof. Alípio de Oliveira e Silva, 
em Taboão da Serra, na Grande São Paulo. A equipe da Univesp TV foi conhecer o trabalho 
da professora de geografia Daniela Tobias. 
Assista ao vídeo documentário: Espaço Urbano.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=zXKDYukoIGY>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Este vídeo produzido pela Univesp TV conta com a participação do professor Anselmo 
Alfredo, doutor em Geografia e coordenador do Labur, o Laboratório de Geografia Urbana da 
USP, para analisar o espaço geográfico urbano sob o ponto de vista da Geografia marxista.
15
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
A vinda da família real para o Brasil contri-
buiu para a disseminação do costume do 
banho de mar. Por muitos séculos, o mar 
foi um local temido, representado como um 
local de morte, de doenças e habitação de 
monstros apocalípticos e sereias. Os ba-
nhos terapêuticos e regulares de D. João 
VI na praia do Caju, no Rio de Janeiro, 
contribuíram para modificar a relação que 
a população estabelecia com o mar. Atual-
mente, as representações das pessoas so-
bre o mar estão associadas a férias, lazer, 
diversão, paz, prazer, entre outros. A partir 
dos seus conhecimentos, explique quais as 
razões para a mudança de relação que as 
pessoas estabeleceram com o local. 
Questão 2:
Sobre os fundamentos epistemológicos da 
Geografia, é possível afirmar que: 
a) A Ciência Geográfica surgiu com os 
Incas, que conseguiram fazer previsões 
metereológicas a partir da capacidade de 
observação. 
b) A Rosa dos Ventos e o Austrolábio 
foram instrumentos que ajudaram a 
desenvolver a Geografia como ciência. 
c) A Geografia como ciência surgiu no 
século XIX, a partir dos pressupostos 
positivistas. 
d) O estudo do imaginário social não pode 
ser considerado científico. 
AGORAÉASUAVEZ
16
e) A Geografia surgiu como uma ciência 
autônoma.
Questão 3:
A Ciência Geográfica no século XIX foca-
va seus estudos nos fenômenos naturais. 
As influências do historicismo alteraram a 
forma como a Geografia passou a abordar 
seus objetos de análise, pois: 
a) A geografia buscou entender a história 
dos países para poder desenvolver suas 
análises. 
b) A Geografia utilizava leis gerais que 
serviam para explicar as diferenças 
regionais. 
c) O historicismo demonstrou que os 
fenômenos sociais eram regidos por 
critérios diferentes das leis naturais. 
d) A Geografia perdeu espaço para a 
História, pois os mapas dos países já 
estavam definidos. 
e) A História não ajudava a explicar os 
fenômenos naturais.
Questão 4:
O professor deve conduzir o aluno para que 
ele adquira a consciência de que é agente 
passivo e ativo na sociedade. Isso implica 
desenvolver a capacidade de questionar as 
relações estabelecidas com o espaço. Isto 
significa que: 
a) O aluno precisa desenvolver a 
capacidade de construir mapas. 
b) O aluno deve dominar os conteúdos 
presentes no material didático. 
c) O aluno do ensino fundamental deve 
compreender primeiramente o espaço em 
que vive, problematizando as questões 
locais. 
d) O aluno deve ser estimulado a compa-
rar diferentes espaços, tanto local quanto 
global, a fim de entender a complexidade 
de organizações, hábitos, culturas, tradi-
ções, etnias e seus territórios. 
e) O aluno deve reconhecer a importância 
da Geografia como um instrumento de 
análise crítica dos problemas ambientais.
Questão 5:
Sobre a Ciência Geográfica, é incorreto 
afirmar:
a) A Ciência Geográfica concentra seus 
estudos na observação e na descrição 
das paisagens e da superfície terrestre. 
b) As transformações socioespaciais 
demandam diferentes enfoques para o 
estudo científico da Geografia. 
c) Ensinar Geografia significa possibilitar 
ao aluno raciocinar geograficamente o 
espaço terrestre em diferentes escalas, 
em uma dimensão econômica, ambiental, 
social e cultural. 
AGORAÉASUAVEZ
17
d) A educação geográfica contribui para a 
formação do conceito de identidade. 
e) O espaço geográfico também pode 
ser entendido como espaço vivido, no 
sentido de que o homem o habita, age e 
desenvolve relações com ele.
Questão 6:
Muitas ciências surgiram no século XIX, 
entre elas, destacam-se a Sociologia, a 
Geografia, a Antropologia e a Psicologia. 
Na história da humanidade é possível en-
contrar culturas milenares que adotavam 
conhecimentos relacionados à Geografia 
como instrumento de análise do clima, de-
limitação de territórios, produção cartográ-
fica, estudos astronômicos, entre outros. 
Explique qual foi a grande transformação 
nos fundamentos epistemológicos da Geo-
grafia no século XIX.
Questão 7:
Em 1962, o Ministério da Educação e Cul-
tura, comandado por Darcy Ribeiro, pu-
blicou um manual de estudos sociais na 
escola. Para o ensino na primeira série foi 
proposto que os alunos deveriam “adquirir 
conhecimento em relação aos fatos ge-
ográficos: dia e noite; luz e sombra; calor 
e frio; nuvens e chuvas...; localização da 
casa do aluno, situação em relação à outra, 
o caminho percorrido pelo aluno; planifica-
ção (plantas simples da sala de aula e da 
casa)”. Explique quais eram as principais 
preocupações do currículo para o ensino 
da Geografia naquele momento.
Questão 8:
No pós-Guerra, novas perspectivas teóri-
cas procuraram minar as certezas positi-
vas. A progressiva penetração dos pres-
supostos teóricos de Marx e Engels nas 
pesquisas das ciências humanas instituiu 
ricos debates, cruzando perspectivas dife-
rentes e antagônicas. Quais foram as influ-
ências das teorias críticas para a Geografia 
e seu ensino?
Questão 9:
A chamada geografia crítica, ancorada nos 
pressupostos teóricos marxistas, não deu 
conta de atender às questões subjetivas 
presentes na relação entre os indivíduos e 
os lugares. Qual a influência dos estudos 
sobre o imaginário social na constituição 
de novos objetos de estudos da Geografia?
Questão 10:
A filosofia positivista, que imprimiu na ban-
deira brasileira o lema de “ordem e progres-
so”, foi responsável pelo modelo epistemo-
lógico que norteou a Ciência Geográfica 
até meados do século XX. Sua concepção 
determinista, que atribuíaao comporta-
mento humano as mesmas relações inva-
AGORAÉASUAVEZ
18
riáveis de causa e efeito que presidem as 
leis da natureza, mostrou-se ineficaz para 
explicar a complexidade social e cultural 
dos homens. Explique por que foi neces-
sário superar este modelo epistemológico 
nos estudos geográficos?
AGORAÉASUAVEZ
Neste tema, você aprendeu sobre as transformações epistemológicas que ocorreram na 
Geografia, desde sua origem, a partir dos pressupostos positivistas, até a contemporaneidade. 
Você teve contato com as principais correntes teóricas e intelectuais que deram importantes 
contribuições para a Geografia. Compreendeu, também, quais foram as influências das 
demais ciências humanas e naturais para a Geografia e seus reflexos no ensino no Brasil. 
Este tema permitiu que você aprendesse mais sobre os principais elementos abordados 
pela Geografia Tradicional, Crítica e Cultural. 
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
19
ARAÚJO; GLOTZ. O letramento digital enquanto instrumento de inclusão social e demo-
cratização do conhecimento: desafio atuais. Revista Científica de Educação a Distância, 
Rio de Janeiro, v. 2, n. 1., 2009. 
BACZKO, Bronislaw. A imaginação social. In: LEACH, Edmund et al. Anthropos-Homem. 
Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1985. 
BRASIL, MEC. SEF. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: 
MEC/SEF, 1998. 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: histó-
ria, geografia. Brasília: MEC/SEF, 1997. 
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: geo-
grafia. Brasília: MEC/SEF, 1998. 
BARROS, Nilson Cortez Crocia. Delgado de Carvalho e a geografia no Brasil como arte 
da educação liberal. Estud. av.[online], v. 22, n. 62, p. 317-333, 2008.
BERALDI, Francielle B. Geografia e Literatura Infantil: a construção da linguagem geográ-
fica através de textos literários nas séries iniciais do ensino fundamental. In: XII SEMANA 
DE GEOGRAFIA; VII ENCONTRO DE ESTUDANTES DE LICENCIATURA EM GEOGRA-
FIA DA UNESP. Presidente Prudente, 2011. 
CABRERO, Diego R. O. Considerações sobre a elaboração de proposta de ensino de Ge-
ografia para o 4º ano das Escolas Municipais de Presidente Prudente. In: XII SEMANA DE 
GEOGRAFIA; VII ENCONTRO DE ESTUDANTES DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA 
DA UNESP. Presidente Prudente, 2011. 
CALLAI, Helena C. Aprendendo a ler o Mundo: Geografia nos anos iniciais do ensino fun-
damental. Cedes, Campinas, v. 25, n. 66, p. 227-247, 2005. 
CHARTIER, Roger. A História Cultural. Entre práticas e representações. Lisboa: Difel; Rio 
de Janeiro: Bertrand, 1990.
REFERÊNCIAS
20
REFERÊNCIAS
CASTELLAR, Sonia et al. Ensino de Geografia e História – volume único. São Paulo: Cen-
gage, 2012. 
_______. Educação geográfica: a psicogenética e o conhecimento escolar. Cad. CE-
DES, Campinas, v. 25, n. 66, 2005. 
CASTORIADIS, Cornélius. A Instituição Imaginária da Sociedade. Tradução Guy Rey-
naud. 6. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1982. 
FABRÍCIO, Deise C. B. Paul Vidal de la Blache e a construção da geografia humana: 
tensões e relações entre o historicismo neokantiano e o evolucionismo positivista. In: XII 
SEMANA DE GEOGRAFIA; VII ENCONTRO DE ESTUDANTES DE LICENCIATURA EM 
GEOGRAFIA DA UNESP. Presidente Prudente, 2011. 
HALL, Stuart. Identidade Cultural na pós-modernidade. São Paulo: DP&A, 2002. 
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Tradução Bernardo Leitão. Campinas: Editora da 
UNICAMP, 1990.
GOMES, Paulo C. C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996.
MARIN, Louis. Ler um quadro – uma carta de Poussin em 1639. In: CHARTIER, Roger. 
Práticas de Leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 2001. 
MARTINS, Willian H. Proposta de Ensino de Geografia para o 3º ano do ensino funda-
mental da rede de Escolas Municipais de Presidente Prudente – SP. In: XII SEMANA DE 
GEOGRAFIA; VII ENCONTRO DE ESTUDANTES DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA 
DA UNESP. Presidente Prudente, 2011. 
MARX, Karl. O Capital. 3. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1988.
MAFFESOLI, Michel. O imaginário é uma realidade. Revista FAMECOS, Porto Alegre, n. 
15, 2001.
MOREIRA, Cláudia Regina Baukat Silveira; VASCONCELOS, José Antônio. Metodologia 
do ensino de história e geografia: didática e avaliação da aprendizagem no ensino de his-
tória. Curitiba: Ibpex, 2007.
MUNHOZ, Gislaine B. A informática educativa e a construção do conhecimento científico: 
o ensino de geografia. In: SIMPÓSIO NACIONAL SOBRE GEOGRAFIA, PERCEPÇÃO E 
COGNIÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM LONDRINA – PR, 2005. 
21
REFERÊNCIAS
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BRASILEIRO DE GEÓGRAFOS, 5. Anais... Curitiba: Associação dos Geógrafos Brasilei-
ros, 1994, v.1, p. 78-79. 
PERRENOUD, Ph. Construir as Competências desde a Escola. Porto Alegre: Artmed Edi-
tora, 1999. 
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gre, v. 13, 2006. 
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tos. Psicol. Reflex. Crit., v. 24, n. 2, 2011. 
SÃO PAULO. Secretaria Municipal de Educação. Diretoria de Orientação Técnica. Refe-
rencial de expectativas para o desenvolvimento da competência leitora e escritora no ciclo 
II: caderno de orientação didática de Geografia/Secretaria Municipal de Educação. São 
Paulo: SME/DOT, 2006.
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FAMECOS, Porto Alegre, n. 25, 2004.
SOARES, Magda. Alfabetização e Letramento. São Paulo: Contexto, 2011. 
STEFANELO, Ana Clarissa. Metodologia do ensino de história e geografia: didática e ava-
liação da aprendizagem no ensino de geografia. Curitiba: Ibpex, 2008.
UNESCO. Educação um tesouro a descobrir: Relatório para a UNESCO da Comissão 
Internacional sobre Educação para o século XXI. Brasília, 2010. 
22
Astronômica: relativo à ciência que estuda a posição, os movimentos e a constituição dos 
corpos celestes.
Economicista: é um termo utilizado para criticar o reducionismo econômico, ou seja, atribui 
a todos os fatos sociais uma dimensão econômica. O termo também é utilizado para criticar 
a economia como fator de alienação ideológica, como o único fator determinante para a 
tomada de decisões.
Espaço: o espaço na Geografia deve ser considerado uma totalidade dinâmica, em 
que interagem fatores naturais, sociais, econômicos e políticos. Por ser dinâmica, ela se 
transforma ao longo dos tempos históricos, e as pessoas redefinem suas formas de viver e 
de percebê-la (BRASIL, 1998, p. 27).
Historicismo: conceito que designa o gosto romântico pelo tratamento de temas históricos, 
expresso no interesse de captar os momentos, os episódios, os caracteres que explicam 
a originalidade e genuinidade de cada nação. Designa a historicização fundamental de 
todo o pensamento acerca dos seres humanos, sua cultura e seus valores. O historicismo 
fundamenta-se na noção de que as configurações do mundo humano, em dado momento 
presente, sempre são o resultado de processos históricos de formação, os quais são 
passíveis de ser mentalmente reconstruídos e, portanto, compreendidos. O historicismo 
relaciona-se, portanto, com o nacionalismo. 
Imaginário: segundo Michel Maffesoli (2011, p. 75), o imaginário é uma força social de 
ordem espiritual, uma construção mental, que se mantém ambígua, perceptível, mas não 
quantificável. Para Cornélius Castoriadis (1982, p. 13), o imaginário é criação incessante 
e essencialmente indeterminada (social-histórica e psíquica) de figuras/formas/imagens, a 
partir das quais somente é possível falar-sede “alguma coisa”. Aquilo que denominamos 
“realidade” e “racionalidade” são seus produtos. 
GLOSSÁRIO
23
Lugar: na Geografia, o conceito de lugar está associado aos espaços com os quais as 
pessoas têm vínculos afetivos: uma praça onde se brinca desde criança, a janela de onde 
se vê a rua, o alto de uma colina de onde se avista a cidade. O lugar é onde estão as 
referências pessoais e o sistema de valores que direcionam as diferentes formas de perceber 
e constituir a paisagem e o espaço geográfico.
Modos de produção: o conceito de modos de produção para Karl Marx está relacionado 
com o modo pelo qual a humanidade se organiza para executar sua produção. O modo de 
produção está relacionado às forças produtivas materiais, que, por sua vez, condicionam 
o processo da vida social, política e espiritual em geral. Não é a consciência do homem 
que determina seu ser, mas, ao contrário, seu ser social é que determina sua consciência. 
Segundo Marx (1988, p. 9), “O modo de produção constitui um objeto abstrato formal 
que, no sentido rigoroso do termo, não existe na realidade. Os modos de produção 
capitalista, feudal, escravagista, constituem igualmente objetos abstrato formais, visto 
também não possuírem essa existência. De fato, existe apenas uma formação social 
historicamente determinada, isto é, um todo social – no sentido mais vasto – em dado 
momento de sua existência histórica”.
Positivismo: é uma metodologia científica e também uma concepção filosófica que se 
difundiu primeiramente na Europa, em meados do século XIX. O Positivismo tomou as 
ciências naturais como modelo, com as ideias de neutralidade e infalibilidade científica, pela 
crença no progresso. 
Território: na Geografia, ele é representado por um sistema de objetos fixos e móveis, por 
exemplo, o sistema viário urbano representando o fixo e o conjunto dos transportes como 
os móveis. Ambos constituem uma unidade indissolúvel, mas que não se confundem. Outro 
exemplo pode ser a unidade formada pela moradia com a população.
Territorialidade: o conceito de territorialidade representa a condição necessária para a 
própria existência da sociedade como um todo. Se o território pode ser considerado campo 
específico dos estudos e pesquisas geográficas, a territorialidade poderá também estar 
presente em quaisquer outros estudos das demais ciências. Dificilmente se pode pensar em 
um antropólogo, sociólogo, biólogo ou engenheiro civil, entre outros, que, em seu campo de 
estudos, não esteja trabalhando com o conceito de territorialidade (BRASIL, 1998).
GLOSSÁRIO
24
GABARITO
Questão 1
Resposta: Os alunos devem reconhecer a importância da subjetividade dos indivíduos em 
relação ao local. A forma como o espaço é interpretado depende das relações afetivas, 
imaginárias, estabelecidas com o espaço. Os alunos devem reconhecer que estas mudanças 
ocorreram determinadas por fatores culturais. A forma como os espaços são representados 
e imaginados determina a maneira como ele será ocupado. Os alunos devem identificar 
estes elementos na relação que as pessoas estabeleciam e estabelecem com o mar.
Questão 2
Resposta: Alternativa C.
Questão 3
Resposta: Alternativa C.
Questão 4
Resposta: Alternativa D.
Questão 5
Resposta: Alternativa A.
Questão 6
Resposta: Deve-se reconhecer que a Geografia passou a ser considerada uma ciência, 
com métodos, instrumentos de análise e abordagens particulares. Buscava-se encontrar 
leis gerais que explicassem tanto o mundo natural como social, e a Geografia passou a 
ser considerada a ciência capaz de fazer esta interface, explicando as diferenças entre os 
povos a partir das dimensões naturais.
25
Questão 7
Resposta: Naquele momento, os programas de ensino estavam preocupados com a 
definição de um rol de conteúdos que precisavam ser seguidos. Os alunos precisavam 
adquirir o conhecimento, sem que existisse uma preocupação com a utilidade prática deste 
saber. Neste sentido, a memorização, o diagnóstico dos fatos e o estudo descritivo eram 
considerados muito importantes para o conhecimento geográfico.
Questão 8
Resposta: Os dilemas do pós-Guerra e as contradições do mundo capitalista não eram 
satisfatoriamente explicados pelos pressupostos positivistas. As ciências humanas e 
sociais encontraram no marxismo as respostas que precisavam para compreender os 
modelos econômicos e sociais vigentes. A Geografia incorporou os estudos marxistas como 
instrumento de análise das concepções ideológicas, das relações entre sociedade, trabalho 
e natureza na produção e apropriação de lugares e territórios. A crescente urbanização 
(e seus desdobramentos), que marcou aquele período, foi amplamente estudada pela 
Geografia a partir dos pressupostos marxistas. As categorias de análise do marxismo como 
os modos de produção, os meios de produção, as relações sociais de produção, as forças 
produtivas, entre outros, ajudaram a compreender o espaço como produto de estruturas 
políticas, ideológicas e produtivas da sociedade.
Questão 9
Resposta: Os estudos do imaginário são úteis para a Geografia na medida em que ajudam 
a explicar quais as relações afetivas, psicológicas e sensoriais que se estabelecem nos 
indivíduos e em seus espaços. As percepções e os significados que o homem atribui aos 
espaços, paisagens e lugares determinam a forma como ele interage com o meio.
Questão 10
Resposta: O aluno deve discorrer sobre a importância de compreender o homem a partir de 
suas representações, mostrando que os sentidos, crenças e sensibilidades em relação ao 
meio em que vive devem ser valorizadas. As críticas feitas pelos teóricos marxistas também 
são fundamentais para compreender a ocupação do espaço a partir das relações materiais 
e produtivas. A superação do positivismo foi importante, pois permitiu amplas abordagens 
tanto em relação à esfera local quanto global, atendo-se às peculiaridades e singularidades 
das culturas, das relações entre o homem e o espaço em suas peculiaridades. Superar o 
positivismo significa dizer que as leis naturais não fornecem critérios válidos para explicar as 
relações entre os homens e seu espaço. Tal superação permitiu que a Geografia valorizasse 
as diferenças, e não mais as semelhanças.
GABARITO
seç
ões
Tema 02
Da Geografia Aprendida à Geografia Ensinada 
na Contemporaneidade
Como citar este material:
MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos 
e Metodologia de História e Geografia: Da 
Geografia Aprendida à Geografia Ensinada na 
Contemporaneidade. Caderno de Atividades. 
Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 02
Da Geografia Aprendida à Geografia Ensinada 
na Contemporaneidade
29
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• O ensino da Ciência Geográfica em seus mais variados aspectos: espacial, humano 
e natural. 
• A importância da valorização da subjetividade dos alunos para a compreensão do 
espaço geográfico. 
• A necessidade de relacionar teoria e prática no ensino da Geografia.
• A importância dos Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino da Geografia.
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: Ensino de Geografia e História, 
dos autores Sônia Castellar, Jerusa Vilhena, Kátia Maria Abud, André Chaves de Melo 
Silva e Ronaldo Cardoso Alves, editora Cengage Learning (Coleção Ideias em Ação), 2010, 
Livro-Texto 492. 
Roteiro de Estudo:
Lindolfo Anderson Martelli
Fundamentos e 
Metodologia de História e 
Geografia
30
CONTEÚDOSEHABILIDADES
LEITURAOBRIGATÓRIA
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Qual a importância da observância aos Parâmetros Curriculares Nacionais para o 
ensino da Geografia?
• Qual a relação entre espaço e subjetividade?
• Como é possívelutilizar as vivências do aluno na construção de conhecimento 
geográfico?
• Quais os principais conceitos trabalhados pela Geografia?
Da Geografia Aprendida à Geografia Ensinada na 
Contemporaneidade 
A educação deve acompanhar as demandas sociais e as transformações culturais 
de seu tempo, portanto, é imprescindível que os professores se mantenham atualizados, 
prestando atenção às possibilidades que se abrem para a crítica e revisão dos próprios 
conceitos e metodologias. 
A atualização constante deve ser uma prática inerente à condição docente. A revisão das 
práticas pedagógicas permite o reconhecimento e a atualização das concepções teóricas e 
metodológicas de ensino das disciplinas que servem de base para a formação dos alunos. 
Adotar esta postura é muito importante para que se reconheça o papel da Geografia como 
disciplina fundamental à compreensão do mundo em que se vive.
É importante que o professor construa com seus alunos a noção de que é permanente 
a necessidade de conhecimentos novos relacionados à Geografia. Esses conhecimentos 
possibilitam a análise de diferentes sociedades e de suas interações com a natureza e o 
31
LEITURAOBRIGATÓRIA
espaço. A Geografia auxilia no entendimento do lugar em que se vive, do que aproxima 
ou distancia as pessoas de outros lugares, ou seja, permite que se tenha consciência dos 
vínculos afetivos e da identidade que se pode estabelecer com os espaços. 
Compreender a noção de espaço pressupõe considerar a subjetividade da paisagem como 
lugar, ou seja, ele precisa ser entendido enquanto produto de representações e sentidos 
atribuídos por aqueles que o constroem e que nele vivem. As representações imaginárias 
dos indivíduos sobre a paisagem precisam ser consideradas, daí a importância das vivências 
e memórias na delimitação do espaço.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino da Geografia recomendam que no 
Ensino Fundamental o ensino priorize a noção de espaço, sendo que as categorias de 
território, região, paisagem e lugar sejam abordadas como seu desdobramento (BRASIL, 
1998, p. 27). 
No Ensino Fundamental é muito importante que as práticas pedagógicas coloquem os alunos 
em contato com diferentes situações de vivência com os lugares. Essa prática possibilita 
a construção de compreensões novas e complexas a seu respeito. Recomenda-se que o 
aluno aprenda a “ler” o espaço à sua volta, identificando as transformações históricas que se 
sobrepõem materialmente no espaço. Espera-se que, desta forma, os alunos desenvolvam 
a capacidade de identificar e refletir sobre diferentes aspectos da realidade, compreendendo 
a relação estabelecida entre sociedade e natureza. 
A vivência do aluno com os diferentes lugares permite que ele contraste informações, 
reconheça diferenças ou aproximações entre um lugar e outro, desenvolva sensibilidades 
e relações afetivas a partir das vivências. Frequentemente, as crianças conhecem lugares 
diferentes, mas não são motivadas a refletir sobre os fatores históricos e culturais impressos 
nos lugares ou sobre as consequências da interferência humana na natureza. 
Na prática docente, as diferentes situações de vivência não podem ocorrer de maneira 
despretensiosa, distante dos objetivos pedagógicos, pelo contrário, devem ser pautadas por 
problematização, observação, descrição, registro, síntese, documentação, representação e 
pesquisa dos fenômenos sociais, culturais ou naturais que compõem a paisagem e o espaço 
geográfico. As diferentes situações de vivência devem proporcionar ao aluno a busca e 
formulação de hipóteses e explicações das relações, permanências e transformações 
que aí se encontram em interação. Nesta perspectiva, procura-se sempre a valorização da 
experiência do aluno.
32
É imprescindível o convívio do professor com o aluno em sala de aula, no momento em 
que pretender desenvolver algum pensamento crítico da realidade por meio da Geografia; 
todavia, o ensino e a reflexão não estão circunscritos apenas a este espaço. 
Os alunos precisam exercitar seus conhecimentos, sua capacidade de observar e refletir 
sobre os espaços que os cercam fora do contexto escolar. É fundamental que a vivência do 
aluno seja valorizada e que ele possa perceber que a Geografia faz parte de seu cotidiano, 
trazendo para o interior da sala de aula, com a ajuda do professor, sua experiência. Para 
tanto, o estudo da sociedade e da natureza deve ser realizado de forma interativa. 
No ensino, professores e alunos poderão procurar entender que tanto a sociedade como a 
natureza constituem os fundamentos com os quais paisagem, território, lugar e região são 
construídos. Para que este entendimento seja possível, o professor precisa criar e planejar 
situações de aprendizagem que permitam ao aluno conhecer e utilizar os procedimentos de 
estudos geográficos. As vivências do aluno com os lugares devem privilegiar a capacidade de 
observar, descrever e estabelecer relações. Este exercício pode ocorrer tanto na dimensão 
local quanto global, por meio do contato in loco com o lugar ou por meio de instrumentos 
midiáticos que trazem para o aluno lugares distantes, no espaço e no tempo. Estas ações 
são úteis na medida em que oportunizam refletir sobre os processos de construção dos 
diferentes tipos de paisagens, territórios e lugares. 
O professor não pode trabalhar com os níveis local e mundial de forma hierárquica. O 
espaço vivido pode não ser o real imediato, pois são muitos e variados os lugares com os 
quais os alunos têm contato, tanto a partir das vivências quanto por intermédio da mídia, 
dos livros e das imagens. Deve ser valorizada a capacidade do aluno de pensar e relacionar 
espaços diferentes. Os PCNs (1998, p. 30) sugerem que a compreensão de como a realidade 
local relaciona-se com o contexto global seja trabalhada e desenvolvida durante toda a 
escolaridade, de modo cada vez mais abrangente, desde os ciclos iniciais.
O estudo da paisagem deve suscitar a curiosidade do aluno e não deve se restringir à 
mera constatação e descrição dos fenômenos que a constituem. É muito importante que 
o aluno compreenda que ele próprio faz parte do ambiente, que entenda que é tanto ativo 
quanto passivo diante das transformações das paisagens terrestres. Por meio da mediação 
pedagógica, o aluno precisa compreender os processos de interações entre a sociedade 
e a natureza, situando-as em diferentes escalas espaciais e temporais, comparando-as, 
conferindo-lhes significados.
LEITURAOBRIGATÓRIA
33
Explorando o imaginário dos alunos, podem-se construir com eles mediações que permitam 
o desvelamento do mundo em que vivem, mostrando o quanto as experiências com seu 
próprio lugar são significativas e importantes, ou seja, deve-se permitir que redescubram 
seus próprios lugares e o mundo. 
As preocupações pedagógicas devem conduzir os alunos para que adquiram uma 
consciência conservacionista e ambiental não somente em seus aspectos naturais, mas 
também culturais, econômicos e políticos. Para Sonia Castellar (2005, p. 211), existe um 
vácuo entre a forma como os alunos se relacionam com o conhecimento e o que acontece 
em sala de aula. Para Castellar (2005), os objetivos da aprendizagem da Geografia na 
educação escolar devem privilegiar a capacidade de aplicação dos saberes geográficos 
nos trabalhos relativos a outras competências e, em particular, capacitar para a utilização 
de mapas e métodos de trabalho de campo. Devem também ampliar o conhecimento e 
a compreensão dos espaços nos contextos locais, regionais, nacionais, internacionais e 
mundiais e, em particular:
− O conhecimento do espaço territorial.
− A compreensão dos traços característicos que dão a um lugar sua identidade.
− A compreensão das semelhanças e diferenças entre os lugares.
− A compreensão das relações entre diferentes temas e problemas de localizações 
particulares.
− A compreensãodos domínios que caracterizam o meio físico e a maneira como os lugares 
foram sendo organizados socialmente.
− A compreensão da utilização e do mau uso dos recursos naturais. 
Um dos grandes problemas no ensino da Geografia está relacionado à falta de planejamento 
e fundamentação teórica nas aulas, que frequentemente se restringe aos manuais didáticos 
ou é permeado por discursos midiáticos repletos de senso comum e carregados de apelos 
discursivos que não apresentam corretamente a realidade. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
34
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o texto: Proposta de Ensino de Geografia para o 3º ano do ensino fundamental da rede 
de Escolas Municipais de Presidente Prudente – SP, de autoria de Willian Henrique Martins, 
apresentado na XII Semana de Geografia e no VII Encontro de Estudantes de Licenciatura 
em Geografia da Unesp – Campus de Presidente Prudente.
Disponível em: <http://docs.fct.unesp.br/semanas/geografia/ensinodegeografiaeepistemologia/
TCEG10%20-%20Willian%20Henrique%20Martins.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Conheça uma proposta de ensino de Geografia para o 3o ano do Ensino Fundamental.
Leia o texto: Considerações sobre a elaboração de proposta de ensino de Geografia para o 
4º ano das Escolas Municipais de Presidente Prudente, de autoria de Diego Ribeiro Oquendo 
Cabrero, apresentado na XII Semana de Geografia e no VII Encontro de Estudantes de 
Licenciatura em Geografia da Unesp – Campus de Presidente Prudente.
Disponível em: <http://docs.fct.unesp.br/semanas/geografia/ensinodegeografiaeepistemologia/
REEG03-%20Diego%20Ribeiro%20Oquendo%20Cabrero.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Conheça uma proposta de ensino da Geografia para 4o ano do Ensino Fundamental.
Leia o artigo: Educação geográfica: a psicogenética e o conhecimento escolar, escrito por 
Sonia Maria Vanzella Castellar.
Disponível em: <http://dx.doi.org/10.1590/S0101-32622005000200005>. Acesso em: 02 
jan. 2014.
Este texto que trata da aprendizagem e da didática no âmbito da geografia escolar, 
respaldado nas concepções teóricas da psicogenética.
Acesse o Banco Internacional de Objetos Educacionais e faça o download (baixe) da 
animação: Mudanças Ambientais Globais - Mudanças Globais na Vegetação.
35
LINKSIMPORTANTES
Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/2053>. Acesso em: 02 
jan. 2014. 
Essa animação mostra os impactos do aquecimento global nas atividades humanas e no 
ecossistema, assim como evidencia que medidas são necessárias para diminuir esses 
efeitos. O computador precisa ter o programa Flash Player atualizado – disponível para 
download no próprio site.
Acesse o Banco Internacional de Objetos Educacionais e faça o download (baixe) do 
software: À descoberta do ambiente.
Disponível em: <http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/handle/mec/11047>. Acesso em: 
02 jan. 2014. 
O software apresenta animações de Geografia, nas quais o aluno poderá conhecer diferentes 
ambientes, como hemisférios, países, cidades, paisagens e seus dados geográficos, por 
meio de sua interação como turista. Neste recurso, o aluno recebe um personagem que 
o representará durante as atividades, as quais são divididas em cinco opções: agência de 
viagens, biblioteca, estação de correios, oficina de trabalho, entre outros. O computador 
precisa ter o programa Flash Player atualizado – disponível para download no próprio site.
Vídeos Importantes
Assista ao vídeo: Conceitos básicos da geografia - Abril Educação.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=9EiM0JePxro>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
O professor José William Vassentini explica os conceitos mais importantes para o estudo 
da Geografia, entre eles, o de espaço, território, região, paisagem, linguagem cartográfica, 
entre outros. 
Assista ao documentário: A Floresta Ensina Você.
Disponível em: <http://tvescola.mec.gov.br/index.php?&option=com_zoo&view=item&item_
id=8885>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
Este vídeo é uma produção especial da TV Escola para a 3a Semana do Meio Ambiente, 
em parceria com o Ministério do Meio Ambiente. O documentário produzido no Ano 
Internacional das Florestas (2011) buscou mostrar não só a Amazônia e seus recursos 
naturais, mas também o espaço habitado e a maneira como as pessoas vivem ali. A série 
de documentários A Floresta e Você destaca como a floresta inspira, abriga, cura e mobiliza 
as populações tradicionais e a sociedade em geral na região. O documentário mostra a 
36
Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
AGORAÉASUAVEZ
Escola da Floresta (Instituto Dom Moacyr), em Rio Branco, no Acre, e seu método de ensino 
especialmente para as comunidades da floresta. 
Assista ao documentário: Água.
Disponível em: <http://tvescola.mec.gov.br/index.php?&option=com_zoo&view=item&item_
id=12613>. Aceso em: 02 jan. 2014. 
O vídeo foi produzido para a 4a Semana de Meio Ambiente da TV Escola, cuja temática 
procurou abordar a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável - 
Rio +20, tendo a cada dia da semana um subtema específico a ser tratado em cada quadro. 
O programa exibe o segundo episódio da série Consciência Ambiental, uma produção da TV 
Escola, além dos quadros: Fique Sabendo – de onde vem a água, Por dentro da Rio + 20, 
Seja um Consumidor Sustentável, Eco Ação sobre o projeto de captação de água da chuva 
da Escola Joaquim Nabuco em Missal - PR, Bate-Papo com o biólogo Clóvis Castro sobre o 
Projeto Coral Vivo e os vídeos autorais participantes do Concurso Ecovídeo das Escolas.
LINKSIMPORTANTES
37
Questão 1:
O ensino da Geografia nas séries iniciais 
deve privilegiar a leitura da paisagem, as 
saídas a campo e a análise do ambiente. 
A partir de seus conhecimentos, explique 
como é possível ensinar Geografia fora da 
sala de aula.
Questão 2:
Os estudos geográficos na contemporanei-
dade têm destacado a importância da valo-
rização dos elementos subjetivos dos sujei-
tos como componentes fundamentais para 
a compreensão do espaço. Neste sentido, 
a Geografia está preocupada com: 
a) A descrição detalhada do espaço, tal 
como ele é. 
b) O significado que os sujeitos atribuem 
ao espaço.
c) A produção de mapas e relatórios.
d) Os sonhos de um mundo mais justo.
e) A preservação do meio ambiente. 
Questão 3:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para 
o ensino da Geografia propõem a valoriza-
ção das subjetividades dos alunos. Entre 
as atividades, a seguir, indique aquela que 
não atende a esta proposta:
a) Saídas a campo para observação e 
análise da paisagem. 
b) Valorização dos conhecimentos prévios 
do aluno. 
c) Elaboração de mapas mentais.
d) Exercícios de memorização. 
e) Descrição do bairro onde mora.
Questão 4:
De acordo com Sônia Castellar (2005, p. 
211), os objetivos da aprendizagem da Ge-
ografia na educação escolar devem privi-
legiar a capacidade de aplicação dos sa-
beres geográficos nos trabalhos relativos a 
outras competências e, em particular, capa-
citar para a utilização de mapas e métodos 
de trabalho de campo. Indique a alternativa 
que não está relacionada aos objetivos da 
aprendizagem geográfica: 
a) Compreensão dos traços característi-
cos que dão a um lugar sua identidade.
b) Compreensão das semelhanças e 
diferenças entre os lugares.
c) Compreensão das relações entre 
diferentes temas e problemas de 
localizações particulares.
d) Compreensão dos domínios que 
caracterizam o meio físico e a maneiracomo os lugares foram sendo organizados 
socialmente.
AGORAÉASUAVEZ
38
e) Compreensão dos gráficos e símbolos 
cartográficos. 
Questão 5:
Uma professora preparou suas aulas com 
materiais didáticos e conteúdos que pro-
curavam refletir sobre a produção de ener-
gia no Brasil. Os textos, imagens e mapas 
mostravam que a busca por energia tem 
impulsionado a construção de hidroelétri-
cas em várias regiões do país, o que leva à 
desocupação e ao alagamento de grandes 
áreas, geralmente habitadas por famílias 
ou pequenas comunidades. Indique, entre 
as alternativas a seguir, caminhos possí-
veis para trabalhar este tema: 
I. Representação cartográfica das 
áreas relacionadas à construção da 
hidroelétrica. 
II. Identificação dos impactos 
socioambientais. 
III. Levantamento dos traços característicos 
que dão ao lugar sua identidade. 
IV. Análise dos significados atribuídos 
pelos habitantes ao espaço em que 
viviam. 
V. Abordagem das questões relativas ao 
Consumo como tema transversal. 
a) Os itens I, III, IV e V estão corretos. 
b) Os itens I, II e III estão corretos. 
c) Os itens II, III e V estão corretos. 
d) O item III está incorreto. 
e) Todas as alternativas estão corretas.
Questão 6:
O trajeto do aluno da sua casa até a escola 
pode ser amplamente útil para a compreen-
são do espaço geográfico. Que elementos 
podem ser explorados deste percurso para 
a compreensão de conceitos geográficos?
Questão 7:
O ensino da Geografia não pode estar cir-
cunscrito à sala de aula. Neste sentido, ex-
plique o porquê de as saídas a campo e 
as vivências dos alunos serem importantes 
para a compreensão do espaço geográfico.
Questão 8:
As atividades pedagógicas que exploram 
a representação de mapas mentais pelos 
alunos permitem que sejam avaliadas as 
categorias abstratas dos elementos que fa-
zem parte da paisagem e do ambiente. Ex-
plique como é possível reconhecer em um 
mapa mental elaborado por uma criança as 
categorias abstratas representadas.
AGORAÉASUAVEZ
39
Questão 9:
Muitos professores de Ensino Fundamen-
tal procuram trabalhar com a cartografia, 
propondo que o aluno contorne mapas e 
decore o nome de regiões e lugares. Expli-
que por que esta metodologia não atende 
adequadamente aos objetivos pedagógi-
cos do ensino da Geografia.
Questão 10:
Um dos métodos de ensino da Geografia 
é a proposição de problemas para que os 
alunos encontrem estratégias para resolvê-
lo. Explique por que as atividades didáticas 
cujo foco é a resolução de problemas são 
adequadas para o ensino da Geografia?
AGORAÉASUAVEZ
Neste tema, você aprendeu que a Geografia é uma ciência que congrega conhecimentos 
de outros campos do saber. Você compreendeu, ainda, que o professor de Geografia deve 
valorizar a subjetividade de seus alunos, buscando construir conhecimentos que sejam 
significativos para eles. Este tema contribuiu para que você compreenda a importância dos 
Parâmetros Curriculares Nacionais para o ensino da Geografia.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
40
Hipóteses: aquilo que é possível que se verifique ou aconteça, tendo em vista certas 
circunstâncias e suposições. 
Identidade: o conceito de identidade tem sido muito discutido ao longo do tempo e abriga 
diversas versões de cunho psicológico, filosófico, antropológico ou sociológico. A noção de 
identidade estava associada à concepção de um sujeito unificado. Para Stuart Hall (2002), 
existem pelo menos três concepções de identidade: a do sujeito do iluminismo, a do sujeito 
sociológico e a do sujeito pós-moderno. 
In Loco: locução latina que significa no próprio local. 
Paisagem: a categoria paisagem tem um caráter específico para a Geografia, distinto 
daquele utilizado pelo senso comum ou por outros campos do conhecimento. É definida 
como uma unidade visível do território, que possui identidade visual, caracterizada por 
fatores de ordem social, cultural e natural, contendo espaços e tempos distintos; o passado 
e o presente. A paisagem é o velho no novo e o novo no velho! É nela que estão expressas 
as marcas da história de uma sociedade, fazendo da paisagem um acúmulo de tempos 
desiguais.
Representações: o historiador Roger Chartier (1990) propõe que as representações dizem 
respeito à forma como os indivíduos organizam os esquemas de percepção a partir dos 
quais eles classificam, julgam e agem.
GLOSSÁRIO
41
Questão 1
Resposta: O ensino da Geografia pode ser realizado a todo o momento, seja em um passeio 
onde o aluno consegue analisar a paisagem, relacionar os elementos humanos e naturais ou 
em aulas ao ar livre no próprio pátio da escola. Grande parte do conhecimento relacionado 
à Geografia passa pelo olhar, portanto, toda atividade que privilegie a observação e análise 
da paisagem é útil para o ensino da Geografia. 
Questão 2
Resposta: Alternativa B.
Questão 3
Resposta: Alternativa D.
Questão 4
Resposta: Alternativa E.
Questão 5
Resposta: Alternativa E.
Questão 6
Resposta: Os conhecimentos adquiridos visualmente pelo aluno podem ser úteis para a 
compreensão do espaço geográfico. Espera-se que seja exercitada a capacidade de “leitura” 
do espaço pelo aluno, que ele desenvolva a capacidade de refletir sobre os aspectos da 
realidade, que compreenda a relação que se estabelece entre sociedade e natureza. Podem 
ser exploradas as dimensões afetivas do aluno com o espaço, as transformações históricas 
que se sobrepõem materialmente no espaço, a observação, descrição, registro, síntese, 
documentação, representação e pesquisa dos fenômenos sociais, culturais e/ou naturais 
que compõem a paisagem e o espaço geográfico.
GABARITO
42
GABARITO
Questão 7
Resposta: As vivências dos alunos com os diferentes lugares permitem que ele contraste 
informações, reconheça diferenças ou aproximações entre um e outro lugar, desenvolva 
relações afetivas a partir das vivências, reflita sobre os fatores históricos e culturais impressos 
nos lugares e sobre a relação entre a sociedade e a natureza. Estes conhecimentos 
favorecem o conhecimento de si, enquanto sujeitos sociais, construtores do seu próprio 
espaço e história no que concerne à cidadania. As diferentes situações de vivência devem 
proporcionar ao aluno a busca e formulação de hipóteses e explicações das relações, 
permanências e transformações que aí se encontram em interação.
Questão 8
Resposta: O mapa mental permite explorar as relações afetivas que se estabelecem entre 
o indivíduo e a paisagem. Os trajetos e pontos de referências representados possuem uma 
relação hierárquica de inclusão de classes. A proporção dos objetos pode indicar a afinidade 
subjetiva da criança com o elemento representado. A definição das cores, a proximidade 
que estabelece entre os elementos que representam segurança ou perigo com a própria 
casa ou lugares que costuma frequentar. As afinidades eletivas da criança com os locais 
representados, entre outros.
Questão 9
Resposta: O ensino da cartografia deve privilegiar a assimilação de conceitos como escala, 
distância, visão lateral, oblíqua, vertical e horizontal, simbologia, entre outros. O ensino da 
cartografia não pode estar associado a uma atividade mecânica e sem objetivo conceitual. 
A cartografia não deve ser meramente ilustrativa e informativa, ela deve ser utilizada como 
uma importante ferramenta de dominação do espaço para quem dela faz uso. O contato 
do aluno com informações que sejam significativas para ele resultarão em conhecimentos 
adquiridos, e, consequentemente, isto envolve a memorização. É importante que o aluno 
aprenda vivenciando, praticando, construindo em parceria com o professor e colegas o 
próprio conhecimento, sem a obrigatoriedadede “gravar” informações. Cabe ao professor 
desenvolver situações de aprendizagem que sejam significativas e que despertem a 
curiosidade e o interesse do aluno. Privilegiar o ensino da Geografia a partir da memorização 
resulta em sujeitos sem capacidade crítica.
43
Questão 10
Resposta: Ao se deparar com um problema a ser solucionado, o aluno passa a desenvolver 
hipóteses e a mobilizar conhecimentos para sua resolução. As atividades que envolvem 
problemas desenvolvem a capacidade crítica do aluno, seu raciocínio e a habilidade de 
resolver situações práticas.
GABARITO

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