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Interdisciplinaridade e Temas Transversais na Educação

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Fundamentos e Metodologia de 
História e Geografia
Autor: Lindolfo Anderson Martelli
Tema 08
História, Temas Transversais e os 
Desafios da Interdisciplinaridade
seç
ões
Tema 08
História, Temas Transversais e os Desafios da 
Interdisciplinaridade
Como citar este material:
MARTELLI, Lindolfo Anderson. Fundamentos 
e Metodologia de História e Geografia: 
História, Temas Transversais e os Desafios da 
Interdisciplinaridade. Caderno de Atividades. 
Valinhos: Anhanguera Educacional, 2014.
SeçõesSeções
Tema 08
História, Temas Transversais e os Desafios da 
Interdisciplinaridade
5
CONTEÚDOSEHABILIDADES
Conteúdo
Nessa aula você estudará: 
• Os Parâmetros Curriculares Nacionais e a preocupação com os temas transversais e 
a interdisciplinaridade.
• Os objetivos do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. 
• As contribuições dos historiadores da geração dos Annales.
• A história e seu caráter interdisciplinar.
• Os eixos temáticos propostos pelos Parâmetros Curriculares Nacionais de História. 
• As Diretrizes Curriculares Nacionais e a preocupação com a interdisciplinaridade.
• Propostas metodológicas e estratégias de ensino de História.
Introdução ao Estudo da Disciplina 
Caro(a) aluno(a).
Este Caderno de Atividades foi elaborado com base no livro: Ensino de Geografia e História, 
dos autores Sônia Castellar, Jerusa Vilhena, Kátia Maria Abud, André Chaves de Melo 
Silva e Ronaldo Cardoso Alves, editora Cengage Learning (Coleção Ideias em Ação), 2010, 
Livro-Texto 492. 
Roteiro de Estudo:
Lindolfo Anderson Martelli
Fundamentos e 
Metodologia de História e 
Geografia
6
CONTEÚDOSEHABILIDADES
História, Temas Transversais e os Desafios da 
Interdisciplinaridade
A educação brasileira perpassou diferentes fases e se apresenta hoje com 
propostas de inclusão e promoção da cidadania. Os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(BRASIL, 1997) procuram assegurar a permanência, a qualidade, o aporte teórico, as 
novas formas metodológicas e a formação continuada de professores. Entre as propostas 
apresentadas pelos PCNs que indicam esta preocupação estão os Temas Transversais, 
que devem ser abordados por todas as disciplinas: Ética, Saúde, Meio Ambiente, 
Orientação Sexual, Pluralidade Cultural, Trabalho e Consumo. As transformações 
sociais, econômicas, políticas, culturais e a nova legislação incentivaram a renovação 
curricular, a construção de Projetos Político-Pedagógicos e dos Planos de Estudos 
pelos professores. Estas buscas suscitaram novos interesses por referências teóricas e 
alternativas metodológicas de caráter interdisciplinar. 
Habilidades 
Ao final, você deverá ser capaz de responder as seguintes questões:
• Qual a importância da interdisciplinaridade no Ensino Fundamental?
• O que são temas transversais?
• Quais temas transversais podem ser trabalhados na escola?
• Como trabalhar conceitos históricos a partir da infância?
• Quais eixos temáticos devem ser contemplados pela História no Ensino Fundamental? 
• Como ensinar conceitos e conteúdos históricos sem ser especialista?
• Quais fontes podem ser utilizadas para o ensino de História?
LEITURAOBRIGATÓRIA
7
LEITURAOBRIGATÓRIA
De acordo com Celso Antunes (2003), a adoção dos temas transversais precisa levar em 
consideração o aluno e seu universo. O aluno precisa ser partícipe do processo, a fim de 
que compreenda o mundo, as questões da atualidade, suas origens, as diversas respostas 
e explicações para determinado fato. Desta forma, ele conseguirá perceber que podem 
existir diversas explicações para uma mesma realidade e que seu compromisso é ouvi-
las e questioná-las. Este exercício pedagógico permitirá maior lucidez e discernimento da 
sociedade e da própria vida. 
Antunes (2003) ressalta que os temas transversais constituem-se em espaço-tempo 
privilegiado para expressar dúvidas e opiniões, fundamentais para aprimorar a capacidade 
de aprender a aprender. Os objetivos e conteúdos dos temas transversais devem ser 
incorporados nas áreas já existentes e no trabalho educacional da escola. Celso Antunes 
(2003, p. 62) compreende, a respeito da utilização dos temas transversais na educação 
brasileira, que
sua importância em todas as disciplinas e em todos os níveis de escolaridade 
é altamente expressiva, ainda mais nas aulas de História, uma vez que os 
objetivos dos temas transversais, em muitos pontos, fundem-se dos próprios 
objetivos da disciplina. Sendo assim, amplos o bastante para traduzir 
preocupações da sociedade brasileira de hoje, correspondendo a questões 
importantes, urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana.
O documento que orienta e estabelece os parâmetros e referenciais didáticos e pedagógicos 
que precisam ser trabalhados com as crianças na escola é o Referencial Curricular Nacional 
para a Educação Infantil (RCNEI). O objetivo do documento é apontar metas de qualidade 
para que as crianças tenham um desenvolvimento saudável e integral de sua identidade. O 
RCNEI contempla os conteúdos históricos na medida em que busca garantir a socialização 
das crianças e o respeito às diversidades. Segundo o RCNEI:
O desenvolvimento da identidade e da autonomia está intimamente relacionado 
com os processos de socialização. Nas interações sociais se dá a ampliação nos 
laços afetivos que as crianças podem estabelecer com as outras crianças e com 
os adultos, contribuindo para que o reconhecimento do outro e a constatação 
das diferenças entre as pessoas sejam valorizadas e aproveitadas para o 
enriquecimento de si próprias. Isso pode ocorrer nas instituições de Educação 
Infantil que se constituem, por excelência, em espaço de socialização, pois 
propiciam o contato e o confronto com adultos e crianças de várias origens 
socioculturais, de diferentes religiões, etnias, costumes, hábitos e valores, 
fazendo dessa diversidade um campo privilegiado de experiência educativa 
(BRASIL, 1998, v. 2, p. 11).
8
O RCNEI propõe que sejam respeitados os direitos das crianças e que sejam consideradas 
suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas. Além dos 
aspectos relacionados à identidade, deve-se garantir o direito das crianças a brincar, como 
forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil, e proporcionar a 
elas acesso a bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades 
relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética. 
Deve haver a socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais 
diversificadas práticas sociais, garantindo os cuidados essenciais associados à sobrevivência 
e ao desenvolvimento de sua identidade (BRASIL, 1988, v. 1, p. 13). 
O ingresso na instituição de educação infantil pode alargar o universo inicial 
das crianças, em vista da possibilidade de conviverem com outras crianças 
e com adultos de origens e hábitos culturais diversos, de aprender novas 
brincadeiras, de adquirir conhecimentos sobre realidades distantes (BRASIL, 
1998, v. 1, p. 13).
O RCNEI possui objetivos muito próximos dos estabelecidos pela disciplina de História, 
uma vez que procura privilegiar a interdisciplinaridade na construção dos sujeitos, 
valorizando a exposição do aluno a diferentes contextos culturais e realidades. Estes 
elementos contribuem para que o aluno compreenda as relações de alteridade presentes 
nos meios sociais, se reconheça como integrante de uma sociedade composta por sujeitos 
distintos e compreenda melhor o mundo em que vive. O desenvolvimento da consciência 
histórica resulta em aceitação dos outros e de suas diferenças e particularidades. Estas 
sensibilidades desenvolvidas na infância contribuem para o desenvolvimento de conceitos 
que serão trabalhados pela História. 
Para que seja incorporada pelas crianças, a atitude de aceitação do outro em 
suas diferenças e particularidades precisa estar presente nos atos e atitudes 
dos adultos com quem convivem na instituição. Começando pelasdiferenças 
de temperamento, de habilidades e de conhecimentos, até as diferenças de 
gênero, de etnia e de credo religioso, o respeito a essa diversidade deve 
permear as relações cotidianas (BRASIL, 1998, v. 1, p. 41).
Segundo Silva e Fonseca (2010), os materiais didáticos atuais para o ensino de História nos 
anos iniciais visam promover a consciência histórica ao mesmo tempo em que desenvolvem 
as capacidades e competências de leitura, vocabulário, compreensão de gêneros textuais e 
produção de textos. Para que os livros didáticos de História façam parte do documento Guia 
de Livros Didáticos – PNLD, é necessário que explorem o domínio da leitura e da escrita 
da língua portuguesa, ou seja, tão importante quanto compreender conceitos e conteúdos 
históricos é adquirir a capacidade leitora e de escrita. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
9
Cabe ao professor aplicar adequadamente metodologias de ensino que levem os alunos a 
relacionar conteúdos de diferentes disciplinas em questões que sejam significativas para 
eles, vinculadas direta ou indiretamente às suas experiências de vida. Os alunos devem 
adquirir a capacidade de relacionar suas próprias experiências com as experiências alheias, 
distantes no tempo e no espaço. O ensino infantil deve privilegiar conteúdos históricos por 
intermédio de fontes diversas, por meio de livros didáticos em diálogo com outras fontes 
de estudo, como acervos de museus, arquivos, livros não didáticos, produções literárias, 
periódicos do cotidiano, com as próprias memórias e as das pessoas que o cercam, entre 
outros. 
As propostas teóricas e metodológicas decorrentes das abordagens da Nova História 
Cultural foram incorporadas, em parte, pelos PCNs, que buscaram orientar a proposição de 
conteúdos a partir de eixos temáticos, e não mais por categoriais conceituais que serviam 
para explicar tudo a partir das relações econômicas ou fundamentadas em uma teleologia 
da história. Os eixos temáticos foram divididos em História local e do cotidiano (1o ciclo) 
com dois subitens: localidade e comunidades indígenas; e História das organizações 
populacionais (2o ciclo) com os subitens: deslocamentos populacionais, organizações e 
lutas de grupos sociais e étnicos, organização histórica e temporal. A opção de organizar 
os conteúdos por eixos temáticos também se manteve nos PCNs voltados para os anos 
finais do Ensino Fundamental, editados em 1998. 
Ao professor da disciplina escolar História é sugerido trabalhar com História das relações 
sociais, da cultura e do trabalho (3o ciclo), com a seguinte subdivisão: as relações sociais, 
a natureza e a terra e as relações de trabalho; a História das relações sociais, da cultura e 
do trabalho e, finalmente, o trabalho com a História das representações e das relações de 
poder (4o ciclo) com os subitens: nações, povos, lutas, guerras e revoluções; cidadania e 
cultura no mundo contemporâneo (MAGALHÃES, 2006, p. 59). 
As diretrizes curriculares, bem como os PCNs para o ensino de História e Geografia, possuem 
uma característica comum: foram organizados a partir da definição de competências 
e habilidades a serem desenvolvidas, ou seja, as diretrizes curriculares e os PCNs não 
centram suas preocupações didático-pedagógicas em conteúdos específicos da área de 
conhecimento, todavia destacam a importância de se desenvolver procedimentos que 
permitam ao aluno aprender a conhecer. Grande parte das diretrizes não faz qualquer 
menção aos conteúdos a serem trabalhados, listando somente competências e habilidades 
que devem ser privilegiadas. É importante ressaltar que não há consenso entre os educadores 
LEITURAOBRIGATÓRIA
10
brasileiros no que diz respeito à organização de currículos a partir de competências e 
habilidades. Há fortes dúvidas acerca de como, consensualmente, defini-las em áreas 
menos procedimentais, como é o caso de História. 
Ao se referir a essa temática, Bozzetto (1999, p. 83) esclarece:
A sociedade humana vive, hoje, problemas que não podem mais ser ignorados 
pela escola. Esses problemas assumem dimensões e características cada vez 
mais amplas e diversificadas em virtude dos acelerados avanços científicos, 
tecnológicos, informacionais e de comunicação, que promovem mudanças nos 
valores de convivência humana, difundindo diversificadas culturas, estimulando 
desejos e necessidades, antes, impensados. Concomitantemente, a vida 
social é permeada por problemas cruciais na área da saúde, da segurança, 
da habitação, do tráfico e consumo de drogas, da poluição, da destruição do 
meio ambiente, entre outros, gerados por modelos econômicos equivocados, 
que dificultam a sobrevivência humana, promovem, cada vez mais, a exclusão 
social e encaminham para a destruição da vida planetária.
As Diretrizes Curriculares Nacionais buscam aproximar as disciplinas com vistas a 
desenvolver a interdisciplinaridade. Ao se ensinar conteúdos históricos, é possível trabalhar 
aspectos geográficos, filosóficos, biológicos, literários, musicais, entre tantos outros. A 
história trata de questões que envolvem os vestígios humanos no tempo; logo, toda e 
qualquer produção humana é transpassada por saberes e ações que envolvem disciplinas 
distintas, sendo, portanto, objeto de investigação histórica. A interdisciplinaridade é muito 
importante para a difusão do conhecimento, pois requer o diálogo, a interação, a valorização 
de saberes distintos, a superação das fronteiras disciplinares.
A interdisciplinaridade busca, fundamentalmente, a relação entre as disciplinas no momento 
de enfrentar temas de estudo. De acordo com Hernández (1998), pode-se situar a prática 
interdisciplinar em pelo menos dois pontos: 
• Como forma de sabedoria, como um sentido do conhecimento que se baseia na busca 
de relações que ajude a compreender o mundo no qual se vive a partir de uma dimensão 
de complexidade.
• Como referência epistemológica que restabelece ”o pensamento atual como problema 
antropológico e histórico chave”, o que leva a abordar e pesquisar problemas que vão 
além da compartimentação disciplinar.
Para Perrenoud (1997), a interdisciplinaridade exige a modificação dos hábitos de alunos 
e professores, uma vez que se faz necessária a mobilização de esforços para envolver 
LEITURAOBRIGATÓRIA
11
conteúdos. No modelo disciplinar, a produção do conhecimento é individual, enquanto 
no modelo interdisciplinar devem ser fomentadas as trocas de saberes, as relações 
interpessoais, as parcerias metodológicas. A definição das abordagens por meio das quais 
serão trabalhados determinados assuntos deve ser alinhada com todos os professores 
envolvidos no projeto ou na proposta interdisciplinar estabelecida. 
De acordo com Selva Guimarães Fonseca (2010, p. 9-10), a docência da História deve 
estar permeada por duas questões: o que ensinar e como ensinar. Para elucidar melhor 
essas questões, Fonseca (2010) elencou algumas propostas metodológicas e estratégias 
de ensino que têm refletido positivamente na educação de crianças e jovens. Entre essas 
estratégias e propostas metodológicas estão: 
- O alargamento do campo da História ensinada. O universo de temas, problemas de 
estudo e fontes utilizadas para o ensino da História foi muito ampliado nos últimos anos. 
- A pluralidade de leituras acessíveis a crianças e jovens. A história produzida na 
academia, outrora restrita a pesquisadores, tem sido cada vez mais debatida, ensinada 
e acessível a todos os níveis escolares, presente em textos didáticos e paradidáticos, 
periódicos, meios eletrônicos, filmes e outros materiais de ampla divulgação. 
- As práticas interdisciplinares. O trabalho pedagógico por meio de projetos de ensino que 
articulem temas históricos aos demais componentes curriculares tem sido um importante 
aliado na disseminação do saber e na compreensão do mundo em sua complexidade. 
Bittencourt (2004) reconhece a importância da interdisciplinaridade, com as articulações 
inerentes entre a vida social e a natureza física e biológica... No entanto, alerta para a 
necessidadede preservar um conhecimento escolar que aborde temas interdisciplinares 
em profundidade. “Cada disciplina tem uma contribuição específica [...], o que exige do 
docente um aprofundamento do seu campo de conhecimento específico e ao mesmo tempo 
desencadeia um trabalho metodológico conjunto” (BITTENCOURT, 2004, p. 256 apud 
FONSECA, 2010, p. 9). 
- A produção de saberes históricos na sala de aula por meio de projetos. Os projetos 
voltados para o ensino da História são muito importantes para a construção do conhecimento 
a partir da pesquisa. O desafio dos projetos está relacionado à produção intelectual de 
relações históricas por meio das fontes; não se trata de copiar ou aglutinar trechos produzidos 
por outras pessoas, mas de exercitar a capacidade de produção, de confrontação de fontes, 
de elaboração de hipóteses, de problematizar os conteúdos e publicar os resultados. 
LEITURAOBRIGATÓRIA
12
- O trabalho pedagógico de construção de conceitos nas aulas de História. A construção 
conceitual está transpassada pelas representações do sujeito que analisa, interpreta e 
produz conhecimento histórico. Alguns conceitos, como o de tempo histórico e espaço, 
sociedade e relações sociais, trabalho e cultura, são imprescindíveis para a compreensão 
histórica e devem ser desenvolvidos desde a infância. A construção conceitual pode ser 
realizada levando em consideração a realidade dos alunos, o cotidiano, a sociedade em 
que vivem. Essa construção pode envolver memórias, histórias de vida, história oral, 
fontes documentais e materiais que dizem respeito à história da criança, de sua família e 
comunidade. 
- A educação patrimonial. A cultura material deve ser privilegiada no ensino da História. 
Por este motivo, é muito importante o trabalho pedagógico que explora artefatos e lugares 
da memória, como museus, arquivos, monumentos, objetos, sítios arqueológicos, centros 
históricos, parques, espaços rurais e urbanos, entre outros. A cultura imaterial também 
deve ser privilegiada no ensino da História, daí a necessidade de trabalhar com festas 
populares, cantigas, contos folclóricos, hábitos e costumes, alimentos, modos de falar, 
vestir e se comportar, entre outros. Antes mesmo de ser inserido no espaço escolar, o 
aluno tem contato com muitos elementos que compõem o patrimônio material e imaterial 
da sociedade. Esses patrimônios compõem a riqueza e a diversidade cultural de diferentes 
grupos étnicos, culturas e grupos sociais, sendo muito úteis para a valorização das diferentes 
culturas, para a desconstrução de preconceitos e promoção da tolerância e o respeito. 
- A incorporação e diversificação de diferentes fontes, linguagens e artefatos da cultura 
contemporânea no processo de ensino e aprendizagem. O ensino da História congrega 
muitos saberes e conceitos que a criança possui, oriundos de seu processo de socialização. 
Esses conceitos podem ser (des)construídos no cotidiano escolar, a partir da análise e do 
diálogo com as fontes de estudos. As metodologias para o ensino de História, na atualidade, 
exigem permanente atualização, investigação, incorporação de diferentes fontes e respeito 
às especificidades de cada uma delas. Desta forma, o professor precisa estar atento às 
fontes que cercam a vida do aluno, entre elas, rádio, televisão, Internet, literatura, cinema, 
fontes orais, monumentais, museus, arquivos, canções, fontes iconográficas, entre outras, 
como possibilidades de ampliar as estratégias de ensino da História. 
Os PCNs de História para o Ensino Fundamental propõem o desenvolvimento das seguintes 
competências e habilidades: estabelecer relações históricas entre o passado e o tempo 
presente; situar os conhecimentos históricos em múltiplas temporalidades; reconhecer 
semelhanças, diferenças, mudanças e permanências, conflitos e contradições sociais em/
LEITURAOBRIGATÓRIA
13
entre diversos contextos históricos; dominar procedimentos de pesquisa, lidando com fontes 
textuais, iconográficas, sonoras e materiais; valorizar o patrimônio sociocultural e o direito à 
cidadania, respeitando a diversidade social, étnica e cultural dos povos, entre outros. 
Estes objetivos contrapunham o modelo teórico e didático da escola tradicional, voltados 
para a aquisição cumulativa de informações, com a preocupação de ordenar fatos e 
estabelecer relação direta de causa e efeito, presa à cronologia linear, centrada em um 
discurso etnocêntrico, privilegiando a curta duração e destacando os feitos de homens, 
brancos, em uma visão heroicizada e idealizada da História (CAIMI, 2006, p. 20). 
LEITURAOBRIGATÓRIA
LINKSIMPORTANTES
Quer saber mais sobre o assunto? 
Então:
Sites
Leia o artigo: O Ensino de História nas Séries Iniciais, escrito por Jean Carlos Cerqueira 
Pereira.
Disponível em: <http://www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada10/_files/
VOvTHqqQ.pdf>. Acesso em: 02 jan. 2014.
O artigo discute o ensino de História nas séries iniciais, considerando sua relevância para 
a formação do indivíduo, bem como o papel do professor de História na contribuição para a 
consciência crítica e descoberta de si como agente de transformação social, com o poder de 
intervir na sociedade. Ideias são discutidas, com base em diversos autores, para corroborar 
a importância do estudo e ensino de História nas séries iniciais. 
Leia o artigo: História e Meio Ambiente: Considerações sobre a Formação Continuada em 
Pesquisa, Ensino e Aprendizagem, escrito por Paulo Henrique Martinez.
Disponível em: <http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2002/historiaemeioambiente.pdf>. 
Acesso em: 02 jan. 2014.
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada10/_files/VOvTHqqQ.pdf
http://www.histedbr.fae.unicamp.br/acer_histedbr/jornada/jornada10/_files/VOvTHqqQ.pdf
http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2002/historiaemeioambiente.pdf
14
LINKSIMPORTANTES
O artigo visa contribuir para a formação continuada de professores do Ensino Fundamental 
e Médio e de outros profissionais na área de História, para a iniciação na pesquisa das 
relações entre ser humano, natureza e sociedade e para a elaboração de material didático 
sobre o tema transversal “Meio Ambiente” para escolas da rede pública. 
Leia o plano de aula: Explorando a linguagem oral com o filme “Narradores de Javé”, 
desenvolvido pela professora Tainá Novaes de Senne.
Disponível em: <http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/explorando-linguagem-
oral-filme-narradores-jave-639249.shtml>. Acesso em: 02 jan. 2014.
O plano de aula leva os alunos à compreensão da utilização de fontes e documentos 
históricos. 
Leia a resenha do livro: ROSENSTONE, Robert. A história nos filmes, os filmes na história. 
Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2010. 262p., elaborada por Francisco das Chagas Fernandes 
Santiago Júnior.
Disponível em: <http://ref.scielo.org/ysyfbb>. Acesso em: 02 jan. 2014. 
O livro escrito pelo historiador canadense Robert Rosenstone apresenta novas questões 
sobre a visão cinematográfica da história. O texto oferece um painel das dificuldades que os 
historiadores criam quando lidam com cinema. Esta resenha pretende expor a importância 
do livro e, ao mesmo tempo, apontar a “hesitação” que ainda acompanha a reflexão sobre 
as relações entre história e cinema. 
Vídeos Importantes
Assista ao vídeo: Conceitos Ambientais na Escola.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=lCOk_hvHDjM>. Acesso em: 02 jan. 2014.
O vídeo apresenta uma entrevista de Ederson Granetto à pesquisadora Claudia Ferreira. A 
entrevista aborda a temática da compreensão dos conteúdos ambientais pelos professores 
das escolas públicas de São Paulo. 
Assista ao vídeo: Relações de Gênero na Escola.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=y1fDkuGrJzw>. Acesso em: 02 jan. 2014.
O vídeo debate a relação entre gêneros na escola e a importância dessa temática para a 
comunidade escolar. Também serão discutidas as diferentes metodologias a serem adotadas 
pelo professor em seu trabalho pedagógico, com o objetivo de incentivar o respeito e a 
http://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/explorando-linguagem-oral-filme-narradores-jave-639249.shtmlhttp://revistaescola.abril.com.br/fundamental-1/explorando-linguagem-oral-filme-narradores-jave-639249.shtml
http://ref.scielo.org/ysyfbb
http://www.youtube.com/watch?v=lCOk_hvHDjM
http://www.youtube.com/watch?v=y1fDkuGrJzw
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LINKSIMPORTANTES
igualdade de direitos entre os gêneros. As entrevistadas são Melissa Colbert Bello (Técnica 
Pedagógica NGDS/SEED) e Cybelle Martins de Lara (Socióloga/Educadora). 
Assista ao vídeo: Educação para Igualdade de Gênero.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=csWXg_Xt3A8>. Acesso em: 02 jan. 2014.
O vídeo procura problematizar questões como: quais são as expectativas sociais em torno de 
meninas, meninos, homens e mulheres? De que forma elas são produzidas e reproduzidas 
na escola? As questões de gênero e sexualidade no campo da educação você encontra na 
série Educação para Igualdade de Gênero, do Salto para o Futuro. 
Assista ao vídeo: História da África/Cultura Afro-brasileira.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=q_Y_mCFvA-4&list=PL6CFC7D6A0E7
535C6&index=34>. Acesso em: 02 jan. 2014.
O vídeo apresenta a entrevista de Ederson Granetto com a historiadora Marina de Mello 
e Souza, do departamento de História da Universidade de São Paulo, sobre a inclusão 
no currículo das escolas brasileiras do ensino da cultura e da história afro-brasileira. Em 
2003, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação foi alterada para determinar essa inclusão, 
privilegiando a História da África e dos africanos, a vida dos negros no Brasil, a Cultura Negra 
Brasileira e o negro na formação da sociedade nacional. No segundo bloco do programa, 
a entrevistada é a antropóloga Rachel Rua Bakke, que fala sobre o ensino da cultura afro-
brasileira nas escolas e sobre as dificuldades enfrentadas pelos professores ao tratar do 
tema. 
Assista ao vídeo: Ética e Cidadania. Este vídeo apresenta uma entrevista com o Prof. Pedro 
Goergen, titular aposentado da Faculdade de Educação da Unicamp, sobre seu texto: 
“Educação Moral Hoje: cenários, perspectivas e perplexidades”. O professor fala sobre a 
função da escola na transmissão de valores nos dias de hoje.
Parte 1 – Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=gjSz2QE72cw>. Acesso em: 
02 jan. 2014.
Parte 2 – Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=cMxXs8K4LYE>. Acesso em: 
02 jan. 2014.
Parte 3 – Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=Cv1OJ7m0j4s>. Acesso em: 
02 jan. 2014.
http://www.youtube.com/watch?v=csWXg_Xt3A8
http://www.youtube.com/watch?v=q_Y_mCFvA-4&list=PL6CFC7D6A0E7535C6&index=34
http://www.youtube.com/watch?v=q_Y_mCFvA-4&list=PL6CFC7D6A0E7535C6&index=34
http://www.youtube.com/watch?v=gjSz2QE72cw
http://www.youtube.com/watch?v=cMxXs8K4LYE
http://www.youtube.com/watch?v=Cv1OJ7m0j4s
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Instruções: 
Chegou a hora de você exercitar seu aprendizado por meio das resoluções 
das questões deste Caderno de Atividades. Essas atividades auxiliarão 
você no preparo para a avaliação desta disciplina. Leia cuidadosamente 
os enunciados e atente-se para o que está sendo pedido e para o modo de 
resolução de cada questão. Lembre-se: você pode consultar o Livro-Texto 
e fazer outras pesquisas relacionadas ao tema.
Questão 1:
Muitas pessoas pensam que a História es-
tuda somente o passado. A partir de seus 
conhecimentos, explique por que esta afir-
mação precisa ser desconstruída.
Questão 2:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(BRASIL, 1997) propõem o ensino da His-
tória a partir de eixos temáticos. Indique 
quais são os eixos temáticos sugeridos 
pelo documento: 
 a) História local e do cotidiano – História 
das organizações populacionais – História 
das relações sociais, da cultura e do 
trabalho e História das representações e 
das relações de poder. 
b) História das Américas – História da 
África – História Europeia – História da 
Ásia e Oceania.
c) História dos ciclos econômicos – 
História das culturas – História das ideias. 
d) História mundial – História nacional – 
História regional – História local. 
e) História local, nacional e global – 
História dos movimentos sociais e 
políticos – História da vida privada e do 
cotidiano – História das ideias.
AGORAÉASUAVEZ
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Questão 3:
A história trata das questões que envolvem 
os vestígios humanos no tempo; logo, toda 
e qualquer produção humana é transpas-
sada por saberes e ações que envolvem 
disciplinas distintas, sendo, portanto, obje-
to de investigação histórica. Sobre o cará-
ter interdisciplinar da História, pode-se afir-
mar que: 
a) Não é correto falar sobre um modelo 
interdisciplinar pleno na história, uma vez 
que não são possíveis relações com as 
ciências exatas.
b) O modelo disciplinar é mais eficiente 
que o modelo interdisciplinar no que 
diz respeito à capacidade de repassar 
conteúdos aos alunos. 
c) No modelo disciplinar, a produção do 
conhecimento é individual, enquanto 
no modelo interdisciplinar devem ser 
fomentadas as trocas de saberes, as 
relações interpessoais, as parcerias 
metodológicas.
d) A interdisciplinaridade é uma 
característica das ciências humanas e 
sociais. 
e) Não é possível falar em verdade 
histórica, uma vez que a história não 
consegue assimilar adequadamente 
os conceitos produzidos pelas demais 
ciências.
Questão 4:
A adoção dos temas transversais precisa 
levar em consideração o aluno e seu uni-
verso. O aluno precisa ser partícipe do pro-
cesso, a fim de que compreenda o mundo, 
as questões da atualidade, suas origens, 
as diversas respostas e explicações para 
determinado fato, pois desta forma conse-
guirá perceber que podem existir diversas 
explicações para uma mesma realidade e 
que seu compromisso é ouvi-las e questio-
ná-las. Sobre os temas transversais é in-
correto afirmar que: 
a) Entre as propostas apresentadas pelos 
PCNs que indicam esta preocupação 
estão os Temas Transversais, que devem 
ser abordados por todas as disciplinas 
escolares.
b) Os temas transversais contemplados 
nos Parâmetros Curriculares Nacionais 
são: Ética, Saúde, Meio Ambiente, 
Orientação Sexual, Pluralidade Cultural, 
Trabalho e Consumo.
c) Os temas transversais proporcionam 
um espaço privilegiado para os alunos 
expressarem suas dúvidas e opiniões, o 
que é fundamental para que aprimorem a 
capacidade de aprender a aprender.
d) Um dos objetivos da disciplina de 
História é a promoção da cidadania; 
portanto, em muitos pontos, os objetivos 
dos temas transversais fundem-se aos 
objetivos da História.
AGORAÉASUAVEZ
18
e) Os temas transversais são 
especialmente úteis para serem 
trabalhados em disciplinas que envolvem 
a análise e a reflexão a partir de textos.
Questão 5:
A interdisciplinaridade busca, fundamen-
talmente, a relação entre as disciplinas no 
momento de enfrentar temas de estudo. 
Em relação a este tema, marque V para 
Verdadeiro e F para Falso:
( ) A interdisciplinaridade consiste na bus-
ca de relações que objetivam compreender 
o mundo no qual se vive a partir de uma 
dimensão de complexidade.
( ) A interdisciplinaridade prevê que as dis-
ciplinas sejam tratadas em suas especifici-
dades. 
( ) Entre todas as disciplinas, a História é 
a que possui maior abertura para a interdis-
ciplinaridade. 
( ) A interdisciplinaridade exige a mobiliza-
ção de esforços para envolver conteúdos.
a) V – F – V – V. 
b) V – V – F – F.
c) V – V – V – F. 
d) F – V – F – V. 
e) V – F – F – V.
Questão 6:
O ensino de conceitos e conteúdos históri-
cos nos anos iniciais precisa levar em con-
sideração tanto a capacidade cognitiva dos 
alunos quanto suas sensibilidades e interes-
ses. A adoção de materiais didáticos para 
as séries iniciais do Ensino Fundamental 
deve proporcionar o desenvolvimento de 
competências e saberes interdisciplinares. 
Apresente alguns exemplos de competên-
cias que podem ser desenvolvidas a partir 
da História para os anos iniciais do Ensino 
Fundamental.
Questão 7:
De acordo com Selva Guimarães Fonse-
ca (2010, p. 9-10), a docência da História 
deve estar permeada por duas questões: o 
que ensinar e como ensinar. Algumas es-
tratégiasmetodológicas podem ser explo-
radas. Apresente e comente duas dessas 
propostas.
Questão 8:
Uma das preocupações do ensino da His-
tória está relacionada à construção de con-
ceitos, tais como o de sociedade, tempo 
histórico, relações sociais, entre outros. A 
partir do tema transversal Orientação Se-
xual, apresente alguns conceitos que po-
dem ser trabalhados em sala de aula.
AGORAÉASUAVEZ
19
Questão 9:
O documento que orienta e estabelece os 
parâmetros e referenciais didáticos e peda-
gógicos que precisam ser trabalhados com 
as crianças na escola é o Referencial Cur-
ricular Nacional para a Educação Infantil. 
O objetivo do documento é apontar metas 
de qualidade para que as crianças tenham 
um desenvolvimento saudável e integral 
de suas identidades. Embora o RCNEI não 
contemple a disciplina de História, que in-
tegra os currículos escolares a partir do 3o 
e 4o ciclo do Ensino Fundamental, explique 
em que sentido o RCNEI se alinha aos ob-
jetivos da disciplina de História.
Questão 10:
Os Parâmetros Curriculares Nacionais 
(BRASIL, 1997) organizam os eixos temáti-
cos de acordo com os quatro ciclos do En-
sino Fundamental. 
1o Ciclo – História local e do cotidiano 
2o Ciclo – História das organizações popu-
lacionais
3o Ciclo – História das relações sociais, da 
cultura e do trabalho
4o Ciclo – História das representações e 
das relações de poder
Apresente temas que podem ser trabalha-
dos em cada um dos ciclos mencionados.
AGORAÉASUAVEZ
Neste tema, você teve contato com os objetivos dos Parâmetros Curriculares Nacionais 
e do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil em relação aos temas 
transversais e à interdisciplinaridade. Você pôde perceber que a História é uma disciplina 
que dialoga com as demais ciências, sejam elas humanas, sociais ou exatas. Pôde ainda 
verificar algumas estratégias e propostas metodológicas relacionadas ao ensino da História 
para o Ensino Fundamental.
Caro aluno, agora que o conteúdo dessa aula foi concluído, não se esqueça de acessar 
sua ATPS e verificar a etapa que deverá ser realizada. Bons estudos!
FINALIZANDO
20
ANTUNES, Celso. A sala de aula de Geografia e História: inteligências múltiplas, aprendi-
zagem significativa e competência no dia-a-dia. 6. ed. Campinas: Papirus, 2001.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: His-
tória. 5ª a 8ª séries. Brasília: MEC/SEF, 1998.
_______. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Rio de Janeiro: Qualitymark 
Editora, 1997.
_______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. 
Referencial curricular nacional para a educação infantil. Brasília: MEC/SEF, 1998. v. 1.
BOZZETTO, Ingride Mundstock. Reflexões sobre educação, aprendizagem e ensino. Pro-
grama de incentivo à produção docente. Ijuí: Ed. Unijuí, 2005. (Cadernos Unijuí).
CAIMI, Flávia Heloisa. Por que os alunos (não) aprendem História? Reflexões sobre ensi-
no, aprendizagem e formação de professores de História. Tempo, Niterói, v. 11, n. 21, jun. 
2006. 
CASTELLAR, Sonia et al. Ensino de Geografia e História. São Paulo: Cengage, 2012. 
FONSECA, Selva G. A história na educação básica: conteúdos, abordagens e Metodolo-
gias. In: SEMINÁRIO NACIONAL: CURRÍCULO EM MOVIMENTO – Perspectivas Atuais, 
1., Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte, nov. 2010. 
_______. (Org.) Ensino fundamental: conteúdos, metodologias e práticas. Campinas: Áto-
mo & Alínea, 2009. 
_______. Didática e Prática de ensino de História. Campinas: Papirus, 1993. 
MATTOS, Ilmar Rohloff. “Mas não somente assim!” Leitores, autores, aulas como texto e o 
ensino-aprendizagem de História. Tempo, Niterói, v. 11, n. 21, jun. 2006. 
REFERÊNCIAS
21
REFERÊNCIAS
PERRENOUD, P. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: perspectivas so-
ciológicas. 2. ed. Lisboa: Dom Quixote, 1997. 
PINSKY, Jaime (Org.) O ensino de História e a criação do fato. 7. ed. São Paulo: Contex-
to, 1997. 
ROCHA, Antonio Penalves. F. Braudel: tempo histórico e civilização material. Um ensaio 
bibliográfico. Anais do Museu Paulista, São Paulo, v. 3, jan./dez. 1995. 
VASCONCELOS, José Antônio. Fundamentos Epistemológicos da História. Curitiba: 
Ibpex, 2009. (Col. Metodologia do Ensino de História e Geografia, v. 5).
Alteridade: é um conceito muito utilizado na antropologia, que parte do pressuposto básico 
de que todo homem social interage e interdepende do outro. Assim, a existência do “eu-
individual” só é permitida mediante contato com o outro (que em uma visão expandida se 
torna o Outro – a própria sociedade diferente do indivíduo). A alteridade representa uma 
relação de sociabilidade e diferença entre o indivíduo em conjunto e unidade, em que os 
dois sentidos interdependem na lógica de que para individualizar é necessário um coletivo. 
Desta forma, eu apenas existo a partir do outro, da visão do outro, o que me permite também 
compreender o mundo a partir de um olhar diferenciado, partindo tanto do diferente quanto 
de mim mesmo, sensibilizado que estou pela experiência do contato.
Artefato: é qualquer objeto feito ou modificado por ação humana em uma cultura arqueológica 
que dê evidência da atividade e da vida do homem.
Contemporâneo: que é do tempo atual. 
Estética: é um ramo da filosofia que tem por objeto o estudo da natureza do belo e dos 
fundamentos da arte. Ela estuda o julgamento e a percepção do que é considerado belo, a 
produção das emoções pelos fenômenos estéticos, bem como as diferentes formas de arte 
e da técnica artística; a ideia de obra de arte e de criação; a relação entre matérias e formas 
GLOSSÁRIO
22
nas artes. Por outro lado, a estética também pode ocupar-se do sublime ou da privação da 
beleza, ou seja, o que pode ser considerado feio ou até mesmo ridículo.
Ética: é a parte da filosofia dedicada aos estudos dos valores morais e princípios ideais do 
comportamento humano. 
Etnocêntrico: é um conceito antropológico que ocorre quando determinado indivíduo ou 
grupo de pessoas, que têm os mesmos hábitos e caráter social, discrimina outro, julgando-
se melhor, seja por sua condição social, pelos diferentes hábitos ou manias ou, até mesmo, 
por uma diferente forma de se vestir. 
Interdisciplinar: a prática interdisciplinar é um esforço de superar a fragmentação do 
conhecimento, de relacioná-lo à realidade e aos problemas da vida moderna. Muitos 
esforços têm sido feitos neste sentido na educação. Na ciência, por sua vez, os esforços 
estão na busca de respostas, impossíveis com os conhecimentos fragmentados de uma 
única área especializada.
Patrimonial: refere-se a um bem móvel, imóvel ou natural. O patrimônio histórico é um 
bem que possui valor significativo para uma sociedade, podendo ser estético, artístico, 
documental, científico, social, espiritual ou ecológico.
Patrimônio Imaterial: é uma concepção de patrimônio cultural e abrange as expressões 
culturais e as tradições que um grupo de indivíduos preserva em respeito à sua ancestralidade 
para as gerações futuras. São exemplos de patrimônio imaterial: os saberes, os modos de 
fazer, as formas de expressão, celebrações, as festas e danças populares, lendas, músicas, 
costumes e outras tradições.
Transversais: que transpassam várias áreas do conhecimento. Que seguem em direção 
transversa ou oblíqua.
GLOSSÁRIO
23
Questão 1
Resposta: Esta visão equivocada da história é fruto da compreensão de que a história 
não tem utilidade prática no presente ou que o presente não se preocupa com a história. 
Deve-se reconhecer que as motivações do presente são fundamentais para que se estude 
o passado. São as perguntas feitas hoje, as preocupações atuais, que desencadeiam a 
investigação histórica. O presente, tal qual o passado, também é fruto da História. As ações 
dos homens hoje serão história passada, no amanhã. É necessário buscar compreender 
a história a partir de questões significativas, atuais, que estejam direta ou indiretamente 
relacionadas com as experiências de vida dos alunos, bemcomo apreender as experiências 
passadas como tempo presente para os sujeitos que a vivenciaram significa assumir a 
importância do tempo presente na compreensão e na explicação histórica. Neste sentido, 
visto a partir sempre de um presente histórico, o passado tende a ser visto não como “algo 
que realmente aconteceu”, como um fato dado, acabado e definitivo, que carrega em si seu 
próprio sentido, mas como um “campo de experiência” (KOSELLECK, 1990), em que os 
diferentes sujeitos históricos buscam sentidos possíveis e verossímeis, dão significado a 
seu próprio presente em função de seus interesses e projetos de sociedade.
Questão 2
Resposta: Alternativa A.
Questão 3
Resposta: Alternativa C.
Questão 4
Resposta: Alternativa E. É incorreta porque os temas transversais não são exclusivos de 
uma área do conhecimento e podem ser trabalhados de diversas formas, a partir de gêneros 
literários, trabalhos manuais, expressões corporais, artísticas, musicais, entre outros.
GABARITO
24
Questão 5
Resposta: Alternativa E.
Questão 6
Resposta: O ensino de História nos anos iniciais visa promover a consciência histórica, ao 
mesmo tempo em que desenvolve as capacidades e competências de leitura, vocabulário, 
compreensão de gêneros textuais, produção de textos, capacidade de relacionar, desenvolver 
hipóteses, criar imagens. Tais capacidades estão presentes em outras disciplinas e áreas 
do conhecimento. 
Questão 7
Resposta: Selva Guimarães Fonseca (2010, p. 9-10) apresenta as seguintes possibilidades 
metodológicas de ensino: 
- O alargamento do campo da história ensinada. O universo de temas, problemas de 
estudo e fontes utilizadas para o ensino da História foi muito ampliado nos últimos anos. 
- A pluralidade de leituras acessíveis a crianças e jovens. A história produzida na 
academia, outrora restrita a pesquisadores, tem sido cada vez mais debatida, ensinada 
e acessível a todos os níveis escolares, presente em textos didáticos e paradidáticos, 
periódicos, meios eletrônicos, filmes e outros materiais de ampla divulgação. 
- As práticas interdisciplinares. O trabalho pedagógico por meio de projetos de ensino que 
articulem temas históricos aos demais componentes curriculares tem sido um importante 
aliado na disseminação do saber e da compreensão do mundo em sua complexidade.
- A produção de saberes históricos na sala de aula por meio de projetos. Os projetos 
voltados para o ensino da história são muito importantes para a construção do conhecimento 
a partir da pesquisa. 
- O trabalho pedagógico de construção de conceitos nas aulas de História. A construção 
conceitual está transpassada pelas representações do sujeito que analisa, interpreta e 
produz conhecimento histórico. 
- A educação patrimonial. A cultura material e imaterial deve ser privilegiada no ensino da 
história; por este motivo, o trabalho pedagógico que explora artefatos e lugares da memória 
GABARITO
25
GABARITO
como museus, arquivos, monumentos, objetos, sítios arqueológicos, folclore, cantigas, 
crenças, hábitos e costumes, alimentos, modos de falar, vestir e se comportar, entre outros.
- A incorporação e diversificação de diferentes fontes, linguagens e artefatos da 
cultura contemporânea no processo de ensino e aprendizagem. O ensino da História 
congrega muitos saberes e conceitos que a criança possui, oriundos do seu processo de 
socialização. Estes conceitos podem ser (des)construídos no cotidiano escolar, a partir da 
análise e diálogo com as fontes de estudos. 
Questão 8
Resposta: O tema transversal Orientação Sexual deve ser trabalhado na escola a partir de 
um processo de intervenção pedagógica que tenha como objetivo transmitir informações 
e problematizar questões relacionadas à sexualidade, incluindo posturas, crenças, tabus 
e valores a ela associados. Neste tema transversal podem ser discutidos os conceitos de 
gênero, equidade, respeito, cidadania, preconceito, entre tantos outros.
Questão 9
Resposta: O RCNEI possui objetivos muito próximos dos estabelecidos pela disciplina de 
História, uma vez que procura privilegiar a interdisciplinaridade na construção dos sujeitos, 
valorizando a exposição do aluno a diferentes contextos culturais e realidades. Estes 
elementos contribuem para que o aluno compreenda as relações de alteridade presentes 
nos meios sociais, se reconheça como integrante de uma sociedade composta por sujeitos 
distintos e compreenda melhor o mundo em que vive. O desenvolvimento da consciência 
histórica resulta na aceitação dos outros e de suas diferenças e particularidades. Estas 
sensibilidades desenvolvidas na infância contribuem para o desenvolvimento de conceitos 
que serão trabalhados pela História.
Questão 10
Resposta: Devem-se relacionar os ciclos a temas que sejam correspondentes. Por exemplo: 
1o Ciclo – História local e do cotidiano: podem ser trabalhados temas relacionados a 
memórias familiares, história da cidade, do bairro, de uma empresa, da escola, história de 
grupos de pessoas ou comunidades, tais como as indígenas. Ainda podem ser explorados 
temas do cotidiano. 
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2o Ciclo – História das organizações populacionais: podem ser trabalhados temas 
relacionados a migração, imigração, ocupação territorial, ocupação dos centros urbanos e 
rurais, entre outros. 
3o Ciclo – História das relações sociais, da cultura e do trabalho: podem ser trabalhados 
temas como classes sociais, mercado de trabalho, produção, industrialização, entre outros. 
4o Ciclo – História das representações e das relações de poder: podem ser trabalhados 
temas relacionados a violência doméstica, nações, povos, guerras e revoluções, gênero, 
machismo, autoritarismo, entre outros.
GABARITO

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