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Sobre a reconstrucao do significado

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Sobre a reconstrução do significado: 
uma análise epistemológica e 
hermenêutica da prática clínica
GRANDESSO, M. A. Sobre a reconstrução do significado: uma análise 
epistemológica e hermenêutica da prática clínica. SP: Casa do 
Psicólogo,2000. 
Metáfora da Fogueira
• Para manter a primeira chama vacilante acesa,
necessita-se colocar pequenos gravetos no tempo adequado. 
• Se for colocado apenas um, ele rapidamente será consumido e o fogo 
apagar-se-á; 
• Se forem muitos de uma só vez, ou lenha muito pesada, a chama será 
sufocada.
• Assim, gentil e habilmente cuidada, a chama pode ser alimentada 
pelo oxigênio, até que, estabelecida, a fogueira possa receber a lenha 
mais pesada e seguir por si mesma sua vida. GRANDESSO 
A Terapia como Contexto para a Reconstrução 
do Significado
1. Uma análise hermenêutica da prática terapêutica 
2. A conversação terapêutica 
3. O processo terapêutico 
A CONVERSAÇÃO TERAPÊUTICA
1. Uma análise hermenêutica da prática terapêutica
─ Terapia: 
─ Prática social 
─ Tipo especial de discurso
─ Conversação Terapêutica - Dialógica - Dilemas
─ Criação de um contexto facilitador para a construção de novos 
significados, 
─ Edificados em novas narrativas, 
─ Ampliando o seu sentido de autoria e suas possibilidades existenciais
─ Prática colaborativa que se constrói no momento presente e a partir 
de dentro do próprio contexto dos participantes = deixa de lado os 
conceitos de patologia, normalidade e terapeuta como expert
2. A 
CONVERSAÇÃO 
TERAPÊUTICA 
2.1. Terapia como prática social 
Um encontro que 
se dá por meio da 
linguagem 
2.1. TERAPIA COMO PRÁTICA 
SOCIAL 
Evento Linguístico: 
Pessoas com diferentes tipos de experiências, 
uma das quais, se define como Terapeuta, 
Interagem a partir de um interesse comum que 
os coloca juntos. 
A Terapia constitui-se de pessoas que se 
relacionam pela Linguagem, 
Em torno dos dramas de diferentes 
complexidades que restringem as suas 
alternativas existenciais. 
A CONVERSAÇÃO TERAPÊUTICA
“Cada cliente é considerado único nas suas circunstâncias. 
Cada sistema terapêutico e cada relação terapeuta-cliente 
são também idiossincráticos. 
Portanto, se uma depressão não é igual a outra depressão, a 
experiência que o terapeuta acumula é a habilidade de 
desconstruir sua escuta fechada, estar em diálogo, de criar 
um contexto conversacional gerador de novos significados 
mais libertadores, o que implica, necessariamente, uma 
atitude de respeito e humildade “ 
2.2. Terapia como prática de conversação 
Dialógica
• Prática conversacional = não é trivial. 
• Natureza terapêutica: 
• Não apenas as histórias mudam, mas as próprias pessoas que as narram. 
• O Espaço Dialógico: 
• Conversações: 
• Externas entre os participantes e 
• Internas dentro de cada participante 
• DIÁLOGO:
• Dizer e expandir o “não-dito” e “o ainda por ser dito” 
• Novos significados. 
2.3. Terapia como 
Prática Narrativa Mudança 
• Contar histórias sobre sua vida. 
Terapeuta: Bom editor: 
• Contar e 
• Recontar histórias. 
• Criação de contextos exploratórios para as histórias de 
vida dos clientes revelando pelos recortes feitos na 
experiência: 
• Recursos, 
• Competências e 
• Habilidades veladas, 
• por meio de narrativas dominantes, 
• edificadas em torno de problemas (opressoras do self) 
“As histórias vividas são sempre 
muito mais ricas que qualquer 
possibilidade de relato sobre 
elas.
As experiências vividas, quando 
excluídas das narrativas 
pessoais, permanecendo não-
historiadas, não só deixam de 
ser notadas e, portanto, de 
fazer diferença para a vida da 
pessoa, como também 
permanece fora das 
possibilidades de 
compreensão”
3. O PROCESSO 
TERAPÊUTICO
• É a compreensão das narrativas pelas 
quais construímos as histórias da 
nossa existência 
• Como co-autoriadas
• Nos contextos dos quais fazemos 
parte, 
• Tendo como eco a cultura
3. O PROCESSO 
TERAPÊUTICO
• É a compreensão das 
narrativas pelas quais 
construímos as histórias da 
nossa existência, 
• Como co-autoriadas nos 
contextos dos quais 
fazemos parte, tendo como 
eco a cultura
3. O processo terapêutico: Metáfora Narrativa
• A METÁFORA NARRATIVA 
estabelece que: 
• As pessoas vivem e 
estruturam suas vidas por: 
HISTÓRIAS NARRADAS 
• Cujos Efeitos podem tanto
• Ampliar, 
• Restringir
• Suas possibilidades 
existenciais. 
3.1. SOBRE PROBLEMAS E DIAGNÓSTICOS 
•Reconhecer uma doença. 
•Acreditar é ver: 
• Encontrar o que procuramos. 
•Acreditar é ouvir: 
• Nosso clientes vão tender a apresentar os problemas cuja 
existência acreditamos. 
3.1. SOBRE PROBLEMAS E DIAGNÓSTICOS
•O que obtemos com nossas definições dos 
problemas:
• São apenas as nossas próprias descrições e 
explicações dos problemas
•Terapeutas e Clientes 
•Co-constroem narrativas
3.1. Sobre problemas e 
DIAGNÓSTICOS
•Qual é? 
•Para quem é? 
•O que é? 
•Porque é ? 
“O estabelecimento de padrões de 
comportamentos em categorias diagnósticas, 
tomados como critérios de referencia para 
classificação julgamento e avaliação da 
funcionalidade e aceitabilidade de determinadas 
formas de conduta leva os profissionais da saúde a 
provocarem efeitos: IATROGÊNICOS nas vidas dos 
clientes à medida em que acabam estabelecendo 
práticas normatizadoras.” 
(Doan, 1998; Gergen, 1994; White e Epston, 1990).
3.1. Sobre problemas e DIAGNÓSTICOS
• Somente os protagonistas da história podem descrever como 
tem sido afetados 
• Nas suas vidas, 
• Nos seus relacionamentos, 
• Nas visões sobre si mesmos e 
• Nas suas perspectivas de futuro
• Cada um localiza o problema no outro, 
• E o outro nega tal coisa, 
• Muitas vezes contra-atacando 
• Desafio para a construção de um sistema terapêutico colaborativo
3.2. Quem são os clientes? Clientes 
• Terapia
• Pessoas envolvidas em histórias de sofrimentos, 
• Mais ou menos dolorosos e alarmantes, de alguma forma, 
• Protagonistas de histórias de dificuldades existenciais 
• (restrições de autonomia, da condição de autoria e de melhores e mais esperançosas 
alternativas de vida). 
• Quando algo abala a sensação de bem-estar, 
• Reconhecimento de suas competências e 
• Validação de si mesmas como pessoas. 
3.2. Quem são os clientes? 
• Seus dilemas existenciais organizam-se em histórias de queixas para 
as quais, ou não vêm saídas, ou não conseguem colocá-las em prática.
• TERAPEUTA 
• “Aquele que sabe” 
• CLIENTE 
• “O que não sabe” 
• MODELO CONSTRUTIVISTA: 
• Clientes 
• Especialistas
• “Terapeutas aprendem e clientes ensinam”
3.3. O CONCEITO DE 
MUDANÇA
A mudança, coerente com o conceito de problema, 
Envolve o desenvolvimento de narrativas em primeira 
pessoa, (“Eu”)
NARRATIVAS DO SELF:
Favorece a compreensão da experiência e dos eventos da vida 
e permite: 
• Múltiplas possibilidades no ser e estar no mundo em 
um dado momento e determinada circunstância, 
• Ajuda o cliente a ter acesso, 
• Expressar ou exercer a autoria ou agenciamento 
pessoal.
3.3. O CONCEITO DE MUDANÇA
• Terapia bem-sucedida 
“Terapia bem-sucedida favorece tanto a libertação 
em relação às histórias saturadas de problemas, e, 
portanto, opressoras do self, como um sentido de 
esperança à medida que as histórias mais 
libertadoras, vindas do acesso e expansão do 
ainda não-dito, podem construir futuros mais 
promissores”
3.3. O conceito de MUDANÇA
• Terapia bem-sucedida 
• Favorece a libertação em relação às histórias saturadas de problemas
• Sentido de esperança 
• À medida em que as histórias mais libertadoras, advindas do acesso e 
expansão do “ainda não-dito”:
• Podemconstruir futuros mais promissores. 
Metáfora da Fogueira
• Para manter a Primeira Chama Vacilante Acesa, 
necessita-se colocar pequenos gravetos no tempo 
adequado
• Se for colocado apenas um, ele rapidamente será 
consumido e o fogo apagar-se-á; se forem muitos 
de uma só vez, ou lenha muito pesada, a chama 
será sufocada. 
• Assim, gentil e habilmente cuidada, a chama pode 
ser alimentada pelo oxigênio, até que, 
estabelecida, a fogueira possa receber a lenha mais 
pesada e seguir por si mesma sua vida

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