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Aula 003 MDE 2018 1

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Campus Anápolis de Ciências Socioeconômicas e Humanas
A tese da Simetria
Aula_003 MDE 2018_1 
Prof. MSc. Valmor Diemer Oliveira
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A tese da Simetria
O modelo de lei de cobertura da explicação científica foi atacado de vários pontos de vista, e mesmo o próprio Hempel, é mais vigoroso proponente, recuou um pouco ao longo dos anos em resposta a esses ataques (Suppe, 1974, p. 28n). 
O modelo da cobertura por leis
1. Cobertura por leis
Tanto na ciência como na vida quotidiana, o objetivo da investigação é frequentemente encontrar uma explicação para um fenômeno intrigante. 
Mas o que é exatamente uma explicação? E como contribui o nosso conhecimento de verdades gerais para a nossa capacidade de explicar?
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Grande parte do debate moderno sobre as explicações parte do “modelo da cobertura por leis” de Carl Hempel. Primeiro, gostava de ilustrar este modelo no caso em que aquilo que se pretende explicar é um acontecimento específico, como a água ter gelado nos canos na terça-feira ou ter chovido esta manhã. Segundo Hempel, a explicação de qualquer um destes acontecimentos obedece ao seguinte esquema:
 Condições Iniciais: I1, I2, …, In.
 
 Leis: L. 
 ∴ Acontecimento explicado: E.
Deste modo, por exemplo, podemos explicar o fato E de ter chovido esta manhã indicando as condições iniciais, I1 e I2 (havia um certo nível de humidade e a pressão atmosférica desceu para um certo nível), e a lei L, segundo a qual a uma tal descida de pressão quando há essa humidade segue-se sempre a chuva.
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A lei desta explicação “cobre” as condições iniciais e o acontecimento consequente, no sentido em que mostra que a sequência de acontecimentos que está por detrás de uma ocorrência específica é apenas um exemplo de um padrão geral. Ao fato que fica explicado, E, chama-se por vezes explanandum, e aos fatos que fazem a explicação, as condições iniciais I e as leis L, chama-se explanans. Note-se que, embora eu tenha representado a lei envolvida no explanans como uma única proposição, L, na maior parte dos casos precisamos de uma conjunção de leis mais simples para ver por que E se segue dos acontecimentos I relevantes. 
Por exemplo: precisamos da segunda lei de Newton e da lei da gravitação para explicar por que um meteoro se move de certa maneira.
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Método dedutivo-nomológico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O método (modelo) dedutivo-nomológico (ou D-N) é uma visão formalizada da explicação científica em linguagem natural. Caracteriza as explicações científicas primariamente como argumentos dedutivos com ao menos uma lei natural entre as premissas. "Nomológico" vem da palavra grega νόμος (nomos), i.e., "lei."
O método D-N é conhecido por muitos nomes, incluindo "método da lei de cobertura", "teoria da subsumpção", "modelo de Hempel", "modelo Hempel-Oppenheim" e "modelo Popper-Hempel" (Niiniluoto, 1995). Essa é uma parte importante sobre a discussão sobre a natureza da explicação científica.
Esse método foi inicialmente formalizado Carl Hempel e Paul Oppenheim em seu artigo Studies in the Logic of Explanation (1948). Um esboço disso pode ser encontrado em Karl Popper, Logic of Scientific Discovery (1959).
As sentenças que formulam a informação explanatória são as sentenças explanans e seu conjunto é o explanantia. A conclusão do explanans é o explanandum.
Os componentes do explanans são as leis, ou teorias explicativas que funcionam, e as condições iniciais, enquanto que o fato a ser comprovado é o explanandum.
Um exemplo de como isso é utilizado seria a descrição científica a reação do hidróxido de sódio com o ácido clorídrico. A reação que gera cloreto de sódio e água é o explanandum, o fato a ser observado e comprovado e que acontece porque toda reação entre ácido e base gera sal e água e é necessário que haja condições para isto, o explanans.
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Exemplos dentro da economia:
1 - Para consumir é necessário antes produzir
A produção necessariamente vem antes do consumo. Para consumir algo, esse algo deve antes existir. É impossível consumir algo que ainda não foi criado.
Embora essa seja uma constatação lógica e óbvia, ela é recorrentemente ignorada. A ideia de que o governo deve estimular o consumo da população para que isso então impulsione a produção e toda a economia é predominante na mídia e nos meios acadêmicos. Trata-se de uma perfeita inversão de causa e consequência.
Bens de consumo não simplesmente caem do céu. Bens de consumo são o resultado final de uma longa cadeia que envolve vários processos de produção interligados. Essa cadeia é chamada de "estrutura de produção".
Mesmo a produção de um item aparentemente simples, como um lápis ou um sanduíche, requer uma intrincada rede de processos produtivos que levam tempo para ser concluídos e que envolvem vários países e continentes.
Estimular o consumo, por definição, não pode gerar crescimento econômico.
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2 - O consumo é o objetivo final da produção
As pessoas produzem aquilo que outras pessoas querem consumir. Não faz sentido econômico produzir algo que ninguém irá consumir.
Por isso, o consumo é o objetivo de toda a atividade econômica. E a produção é o seu meio.
São os consumidores que atribuem valor aos bens de consumo final. Ao atribuírem valor aos bens de consumo, eles indiretamente também atribuem valor aos fatores de produção (mão-de-obra e maquinário) utilizados no processo de produção destes bens de consumo.
São os consumidores, portanto, que determinam o valor da mão-de-obra, da matéria-prima e de todos os maquinários e equipamentos utilizados em todos os processos de produção.
Ignorar as reais demandas do consumidor e querer criar empregos artificiais e processos de produção que não estão em linha com os desejos do consumidor é uma medida que tenta revogar toda essa realidade. Tal medida é economicamente destrutiva, pois imobiliza mão-de-obra e recursos escassos em atividades que não estão sendo demandadas pela população. Isso significa destruição de capital e de riqueza.
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3 – Nada é realmente gratuito; tudo tem custos
Não existe almoço grátis. Receber algo aparentemente gratuito significa apenas que há outra pessoa pagando por tudo.
Por trás de cada universidade pública, de serviços de saúde "gratuitos", de bolsas estudantis e de toda e qualquer forma de assistencialismo jaz o dinheiro de impostos de pessoas que trabalham e produzem.
Embora os pagadores de impostos saibam que é o governo quem confisca parte de sua renda, eles não sabem para quem ou para onde vai esse dinheiro. E embora os recebedores desse dinheiro e dos serviços custeados por esse dinheiro saibam que é o governo quem está por trás de tudo, eles não sabem de quem o governo tomou esse dinheiro.
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4. O valor das coisas é subjetivo
A maneira como cada indivíduo atribui valor a um bem é subjetiva, e varia de acordo com a situação e com os gostos deste indivíduo. Um mesmo bem físico possui diferentes valores para diferentes pessoas.
A utilidade de cada bem é subjetiva, individual, situacional e marginal. Por isso, não pode haver algo como "consumo coletivo". Mesmo a temperatura de uma sala traz sensações distintas para cada pessoa ali presente. A mesma partida de futebol possui diferentes valores subjetivos para espectador, como é facilmente perceptível no momento que um dos times faz um gol.
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5. É a produtividade o que determina os salários
A produção de um indivíduo durante um determinado período de tempo determina o quanto ele pode ganhar durante esse período de tempo.
Quanto mais esse indivíduo produzir um bem ou serviço voluntariamente demandado pelos consumidores em um determinado intervalo de tempo, maior poderá ser a sua remuneração.
Em um mercado de trabalho genuinamente livre, empresas contratarão mão-de-obra adicional
sempre que a produtividade marginal de cada um desses trabalhadores for maior que o seu salário (custo). Em outras palavras, sempre que um trabalhador adicional for capaz de gerar mais receitas do que despesas, ele será contratado.
A concorrência entre as empresas irá elevar os salários até o ponto em que ele se equiparar à produtividade.
O poder dos sindicatos pode alterar a distribuição dos salários entre os diferentes grupos de trabalhadores, mas não pode elevar o valor total dos salários de todos esses trabalhadores. Estes dependem inteiramente da produtividade.
E o que aumenta a produtividade da mão-de-obra? Poupança, investimentos e acumulação de capital.  Sem poupança não há investimento. E sem investimento não há acumulação de capital. Sem acumulação de capital não há maior produtividade. E sem mais produtividade não há aumento da renda.
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6. Gastos representam, ao mesmo tempo, renda para uns e custo para outros
Keynesianos dizem que todo gasto gera renda. Eles apenas se esquecem de que todo gasto é também um custo. O gasto é um custo para o comprador e uma renda para o vendedor. A renda é igual ao custo.
O mecanismo do multiplicador de renda keynesiano diz que, quanto mais se gasta, mais se enriquece. Quanto mais todos gastam, mais ricos todos ficam. Tal lógica obviamente ignora os custos. O multiplicador fiscal, por definição, implica que os custos aumentam junto com a renda. Se a renda se multiplica, os custos também se multiplicam. O modelo do multiplicador keynesiano ignora esse efeito do custo.
Graves erros de política econômica ocorrem quando as políticas governamentais contabilizam os gastos públicos apenas pela ótica da renda, ignorando completamente o efeito dos custos.
Gastos, portanto, são custos. O multiplicador da renda implica a multiplicação dos custos.
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7. Dinheiro não é riqueza
O valor do dinheiro consiste em seu poder de compra. O dinheiro serve como um instrumento para se efetuar trocas. Quanto maior o poder de compra do dinheiro, maior sua capacidade de efetuar trocas.
Mas o dinheiro, por si só, não é riqueza. É apenas um meio de troca. Riqueza é abundância de bens e serviços e bem-estar. A riqueza de um indivíduo está, portanto, em sua capacidade de ter acesso aos bens e serviços que ele deseja
O governo criar mais dinheiro não significa criar mais riqueza. Uma nação não pode aumentar sua riqueza ao aumentar a quantidade de dinheiro existente.
Robinson Crusoé não estaria um centavo mais rico caso encontrasse uma mina de ouro ou uma valise repleta de dinheiro em sua ilha isolada.
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8. O trabalho, por si só, não cria valor
O trabalho, quando combinado com outros fatores de produção (matéria-prima, ferramentas e infraestrutura), cria produtos. Mas o valor desses produtos depende do quanto ele é útil para o consumidor.
A utilidade desse produto depende da valoração subjetiva feita por cada indivíduo (ver item 4). Por isso, criar empregos apenas para que haja mais empregos é algo economicamente insensato (ver item 2).
O que realmente importa é a criação de valor, e não o quão duro um indivíduo trabalha. Para ser útil, um produto ou serviço tem de gerar benefícios ao consumidor. O valor de um bem ou serviço não está diretamente ligado ao esforço necessário para produzi-lo.
Um homem pode gastar centenas de horas fazendo sorvetes de lama ou cavando buracos, mas se ninguém atribuir qualquer serventia a estes sorvetes de lama ou a estes buracos — e, portanto, não os valorizar o suficiente para pagar alguma coisa por eles —, tais produtos não terão nenhum valor, não obstante as centenas de horas gastas em sua fabricação.
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9. O lucro é o bônus do empreendedor bem-sucedido
No capitalismo de livre concorrência, o lucro econômico é o bônus extra que uma empresa ganha por ter sabido alocar corretamente recursos escassos e ter sabido satisfazer as demandas dos consumidores.
Em uma economia estacionária, na qual não ocorre nenhuma mudança, não haveria nem lucros nem prejuízos, e todas as empresas teriam a mesma taxa de retorno. Já em uma economia dinâmica e crescente, ocorrem mudanças diariamente nos desejos dos consumidores. E aqueles mais capazes de antecipar essas mudanças nos desejos dos consumidores e que souberem como direcionar recursos escassos — mão-de-obra, matéria-prima e bens de capital — para satisfazer esses consumidores irão colher os lucros econômicos.
Empreendedores capazes de antecipar as demandas futuras dos consumidores irão auferir as maiores taxas de lucro e irão crescer. Empreendedores que não tiverem essa capacidade de antecipar os desejos dos consumidores irão encolher até finalmente serem expulsos do mercado.
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10. Todas as verdadeiras leis econômicas são puramente lógicas
As leis econômicas são aprioristas, o que significa que elas não precisam ser previamente verificadas e nem podem ser empiricamente falsificadas.
Ninguém pode falsificar tais leis empiricamente porque elas são verdadeiras em si mesmas. Como tal, as leis fundamentais da economia não requerem verificação empírica. Referências a fatos empíricos servem meramente como exemplos ilustrativos; elas não representam uma declaração de princípios
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2. Dedução
Note-se também que, segundo este modelo de explicação, explicar um acontecimento é o mesmo que deduzi-lo a partir de condições iniciais e de leis. Dadas as condições iniciais e uma lei que diz que a tais condições iniciais segue-se sempre um E, por si só a lógica permite-nos inferir que o explanandum ocorre. Como envolvem dedução por meio de uma lei, tais explicações são conhecidas frequentemente por “dedutivas- nomológico” ou, abreviando, por explicações “D-N”. (Há uma variante do modelo da cobertura por leis que admite leis probabilísticas em vez de deterministas, e que, por consequência, enfraquece a exigência de dedução. 
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Deste modo, “cobertura por leis“ é estritamente um termo mais amplo do que ”nomológico-dedutivo". Mas por agora concentremo-nos nos casos dedutivos, e deixemos de lado as explicações probabilísticas.)
Vale a pena deixar claro que a ideia de explicação “dedutiva” não presume que a lei L pode de alguma maneira ser deduzida a priori a partir de primeiros princípios. Tais leis ainda têm de ser estabelecidas por indução a partir de observações de resultados feitas no passado. A ideia é simplesmente que, se já estabelecemos a lei, então ela implicará dedutivamente, em conjunção com condições iniciais apropriadas, certos resultados adicionais.
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3. Explicação e previsão
O modelo da cobertura por leis implica uma certa simetria entre explicação e previsão. A estrutura das explicações, nas quais deduzimos que E tinha que ocorrer a partir de condições iniciais e de leis, é exatamente paralela à estrutura das previsões, nas quais deduzidos que E irá ocorrer a partir das mesmas condições iniciais e leis. 
Por exemplo, se podemos explicar por que está a chover esta manhã por meio de condições anteriores e da lei relevante, presumivelmente poderíamos ter previsto que ia chover a partir da mesma informação. Deste modo, para o modelo da cobertura por leis a diferença entre explicação e previsão depende apenas de conhecermos ou não o explanandum antes de o deduzirmos a partir do explanans. Se já conheces E, então deduzi-lo a partir de condições iniciais e de leis servirá para explicá-lo. Se ainda não o conheces, então a mesma dedução servirá para prevê-lo. Uma previsão diz-te o que deves esperar. Uma explicação mostra-te que aquilo que já sabes seria de esperar que acontecesse.
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A maioria dos críticos apreendeu a tese de simetria como o alvo de todas as suas objeções. Foi argumentado que a previsão não precisa implica explicação e até mesmo essa explicação não precisa implicar previsão. O A proposição anterior, de qualquer forma, é uma simples navegação: a predição requer apenas uma correlação, enquanto a explicação grita por algo mais. Assim, qualquer extrapolação linear de uma
regressão de mínimos quadrados ordinários é uma previsão de tipos, e, no entanto, a própria regressão pode basear-se em nenhuma teoria de tem relação entre as variáveis ​​relevantes, muito menos uma noção de qual são as causas e quais são os efeitos. Nenhum economista precisa ser informado de que precisa Previsão econômica de curto prazo, como previsões meteorológicas precisas a curto prazo, é perfeitamente possível com a ajuda de regras de ouro que resultem satisfatoriamente resultados, embora não tenhamos ideia do por que eles fazem isso. Em suma, é bastante óbvio que é perfeitamente possível prever bem sem explicar nada. 
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Isso não quer dizer que é sempre fácil decidir se um Teoria Científica particular com um impressionante recorde preditivo atinge seus resultados por acaso ou por designo. Alguns críticos de visão argumentam que o modelo de lei de cobertura de explicação científica é, em última instância, baseado na Análise de Causalidade de David Hume. 
Para Hume, o que é chamado de causação é nada além da conjunção constante de dois eventos que passam a ser contíguos no tempo e no espaço, o evento anterior, no momento sendo rotulado como a "causa" do evento posterior denominado "efeito", embora não exista conexão necessária entre eles (ver Losee, 1972, pp. 104-6). 
Ou seja, nunca pode-se ter certeza de que a causalidade não é simplesmente uma correlação entre evento no momento t e evento no tempo t + 1. 
Os críticos descartaram este Humano "modelo de causalidade da bola de bilhar" e, em vez disso, insistiu que uma pesquisa científica genuína deve envolver um mecanismo interveniente que conecta a causa e efeito, o que garante que a relação entre os dois eventos seja de fato, um "necessário" (por exemplo, Harre, 1970, pp. 104-26, 1972, pp. 92-5, 114-32; e Harre e Secord, 1972, cap. 2).
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Pode-se argumentar que a teoria da gravidade de Newton é altamente eficiente instrumento para gerar previsões que são aproximadamente corretas praticamente todos os aspectos práticos dentro do nosso sistema solar, mas que, no entanto, falha realmente em "explicar" o movimento dos órgãos. Na verdade, foram pensamentos como estes que levaram Mach e Poincare no século XIX a afirmar que todos as teorias científicas e as hipóteses são meramente descrições condensadas de eventos, nem verdadeiros nem falsos em si, mas simplesmente convenções para armazenando informações empíricas, cujo valor deve ser determinado exclusivamente pelo princípio da economia do pensamento - isto é o que hoje é chamado de metodologia do convencionalismo.
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Basta dizer que a previsão, mesmo de uma forma altamente sistemática e rigorosa teoria axiomatizada, não precisa implicar explicação. 
Mas o que é o inverso? Proposição: podemos fornecer uma explicação sem fazer nenhuma previsão? A resposta claramente depende precisamente do que queremos dizer com a explicação, uma questão que, até agora, esquivamos cuidadosamente. No sentido mais amplo da palavra, explicar é responder a um Porquê? Questão; é reduzir o misterioso e desconhecido para algo conhecido e familiar, produzindo assim a exclamação: "Aha, então é assim!" 
Se esse uso de linguagem deliberadamente solto é aceito, parece que existem teorias científicas que geram um sentido de Aha-ness e ainda produz pouco ou nada no caminho da previsão sobre a classe de eventos com os quais eles estão preocupados. 
Um exemplo importante, frequentemente citados por críticos da visão recebida (por exemplo, Kaplan, 1964, pp. 346- 51; Harre, 1972, pp. 56, 176-7), é a teoria da evolução de Darwin, que pretende explicar como as formas biológicas altamente especializadas se desenvolvem a partir de uma sucessão de menos especializados por um processo de seleção natural que atua para maximizar a capacidade reprodutiva, sem, no entanto, ser capaz de especificar de antemão, precisamente, quais formas altamente especializadas surgirão sob as quais condições ambientais particulares. 
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A teoria darwiniana, dizem os críticos, pode nos contar muito sobre a evolução do processo uma vez que ocorreu, mas muito pouco sobre esse processo antes que ele ocorra. Não é simplesmente que a teoria darwiniana não pode explicar as condições iniciais necessário para a operação da seleção natural, mas que não pode fornecer informações definitivas leis universais sobre as taxas de sobrevivência de espécies sob diferentes padrões ambientais circunstâncias. Na medida em que a teoria prevê a possibilidade de um determinado resultado condicional em outros eventos que realmente ocorrem e não a probabilidade desse resultado se esses eventos ocorressem. 
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Por exemplo, conjetura que uma certa proporção de uma espécie com capacidade para nadar sobreviverá à súbita inundação de seu habitat anteriormente árido, mas não pode prever que proporção realmente sobreviverá a uma inundação real e não pode prever se essa proporção será maior do que zero (Scriven, 1959). Seria errado dizer que a teoria darwiniana comete a falácia famosa de post hoc, ergo propter hoc, (que um primeiro evento deve ser a causa de um segundo evento), ou seja, inferindo causalidade de simples casual conjuntura, porque Darwin forneceu um mecanismo para explicar a processo evolutivo. A causa da variação das espécies de acordo com Darwin é a seleção natural, e a seleção natural se expressa através de uma luta pela existência que opera através de reproduções e variações de chance sobre o que ele chamou "gemmules", bem como a seleção doméstica por criadores de animais. O mecanismo de herança de Darwin era essencialmente um sistema pelo qual o Os traços provenientes de cada pai foram misturados na prole, sendo os traços constantemente diluído em gerações sucessivas. Infelizmente, o mecanismo especificado é defeituoso: nenhuma nova espécie poderia surgir porque qualquer mutação, ou "esporte" Como Darwin costumava dizer, desapareceria misturando várias gerações até o ponto em que deixaria de ter qualquer valor seletivo. Darwin Ele mesmo apreciou essa objeção, e na última edição de The Origin de Espécies ele fez concessões crescentes ao conceito Lamarckiano desacreditado da herança direta das características adquiridas no esforço de fornecer algo como uma explicação sustentável da evolução
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Para Lamarck, a girafa cresce um pescoço mais longo porque quer entrar parte mais para cima da árvore e essa característica adquirida é transmitida para sua progênie, que por sua vez esticam seus pescoços ainda mais. De acordo com Darwin, girafas têm descendentes com pescoços de diferentes comprimentos e a escassez de folhas dão às jovens girafas com pescoços mais longos uma melhor chance de sobreviver, companheiro, e assim produzir mais girafas com pescoços longos como eles próprios; sobre gerações, esse mesmo efeito, eventualmente, produz a girafa de pescoço longo que nós conhecer. Os dois mecanismos evolutivos são radicalmente diferentes e para Darwin ter concedido até um “J” a Lamarck era um compromisso sério de seu argumento fundamental
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A ironia é que em 1872, desconhecido para Darwin ou para qualquer outra pessoa, Mendel já descobriu a ideia de genes, ou seja, unidades discretas de hereditariedade que são transmitidos de geração em geração sem mistura ou diluição. A genética mendeliana forneceu a teoria darwiniana com uma causalidade convincente mecanismo, mas, do nosso ponto de vista, deixou o status da teoria de evolução essencialmente onde era antes: a teoria darwiniana parece explicar o que não pode prever e oferece poucos apoios para seus argumentos, exceto indiretos depois do fato. Darwin era ele próprio um defensor autodeclarado do modelo hipotético-dedutivo da explicação científica (Ghiselin, 1969, pp. 27-31, 59-76; George, 1982, pp. 140-50), mas o fato é que, para alguns Ele fornece até hoje "o paradigma da explicação, mas não previsor cientista "(Scriven, 1959, p. 477). Isto é talvez para exagerar o caso porque o darwinismo descansa em um número de reivindicações
contingentes específicos sobre a realidade - por exemplo, essas descendências variam nos fenótipos, que tais variações estão sistematicamente relacionadas com os fenótipos dos pais, e que diferentes fenótipos deixam diferentes número de descendentes em gerações remotas. E o darwinismo implica que algumas previsões definidas, por exemplo, que as espécies nunca reaparecem; assim, se o Dodo voltou, o darwinismo seria refutado (Mayr, 1982, capítulo 10, Rosenberg, 1985, cap. 5-7).
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Da mesma forma, dizer que a evolução darwiniana pode explicar o pescoço da girafa moderna, mas nunca poderia ter previsto de antemão é realmente entender mal a teoria darwiniana, que prevê, se prevê em tudo, não para indivíduos (como girafas) ou para órgãos (como pescoços), mas sim para traços ou conjuntos de traços. O próprio Darwin estava consciente de que certos fatos, como a existência de insetos neutros e híbridos estéreis, pareciam contradizer sua teoria: um capítulo inteiro da Origem das Espécies foi dedicado a "miscelânea objeções à teoria da seleção natural ", isto é, características que não poderia ter evoluído pela seleção natural. Em suma, o darwinismo é capaz de ser refutado por observações, além do fato de que nos últimos tempos A especificação a Darwin foi observada diretamente (Ruse, 1982, pp. 97-108; Ruse, 1986, pp. 20-6). Nesse sentido, a evolução darwiniana não é logicamente diferentes tipos de teoria, por exemplo, da mecânica newtoniana ou relatividade einsteiniana (Williams, 1973; Flew, 1984, pp. 24-31; Caplan, 1985). Mesmo assim, pode ser concedido que o modelo de lei de cobertura de explicação científica com seu corolário, a tese de simetria, não pode acomodar facilmente o Darwin teoria da evolução.
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Existem outros exemplos de teorias que parecem fornecer explicações sem fazer previsões definitivas, como a psicologia da profundidade freudiana e A teoria do suicídio de Durkheim, embora qualquer um deles seja suscetível à replicam que eles não são verdadeiramente científicos. Mas uma classe ainda mais ampla de exemplos é fornecida por todo tipo de explicações históricas, que na melhor das hipóteses são suficientes, mas não são necessárias condições para um determinado tipo de evento ou para ocorreu; O que os historiadores explicam é quase nunca estritamente deduzível de suas explicações e, portanto, não resulta em nada como uma previsão rigorosa (ou melhor, retrocedência). As explicações históricas são de fato controladas por evidências como explicações científicas, mas a evidência é geralmente tão escassa e tão ambíguo para ser compatível com um grande número de alternativas e até mesmo explicações conflitantes. É difícil, portanto, resistir a Hempel (1942) argumento de que praticamente todas as explicações históricas são pseudo explicações: eles podem ser verdadeiros ou podem ser falsos, mas raramente saberemos qual é o caso e o historiador geralmente não estão preparados para nos ajudar a distinguir um do outro. 
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Para resumir: podemos fazer um caso para a tese de explicação - sem previsão, mas não é um caso forte e eu mesmo continuo persuadido de que o modelo de explicação científica sobre a cobertura de lei sobrevive a todas as críticas que tem recebido. Esta é claramente uma posição controversa, mas basta dizer que nós devemos estar de guarda quando ofereceu uma explicação que não produz uma previsão, isto é, quando em vez de uma explicação, somos oferecidos "entendimento". "Nós entendemos as causas dos terremotos", Frank Hahn (1985, p. 10) diz-nos, "mas não podemos, no momento, prever eles". Pelo contrário, no entanto: os geofísicos fizeram grandes progressos nos últimos anos na previsão terremotos porque melhoraram para entender suas causas precisas. Em qualquer caso, quando o entendimento não é compatível com a previsibilidade, devemos pergunte, é porque não podemos garantir todas as informações relevantes sobre as condições iniciais, como com grande parte da evolução biológica, ou é porque a explicação não reside de forma alguma em uma lei universal ou pelo menos uma perda generalização de algum tipo, como com tantas explicações históricas? Se o último, eu diria que definitivamente estamos sendo entregues palha pelo trigo porque não é possível explicar nada sem referência a alguns maiores conjuntos de coisas de que ele próprio é um elemento (ver Elster, 1989).
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Normas versus prática real
Vimos que o modelo de lei de cobertura de explicação científica exclui muito do que pelo menos algumas pessoas consideraram ciência. Mas este é precisamente o seu objetivo: procura "dizer como deveria ser" (Argumentos normativos da economia) e não "dizer como é. (Argumentação positiva da economia) "É esta função prescritiva, normativa da lei de cobertura modelo de explicação que seus críticos acham tão censurável. Eles argumentam que, em vez de indicar os requisitos lógicos de uma explicação científica, ou a condições mínimas que as teorias científicas devem satisfazer idealmente, nosso tempo seria melhor gasto na classificação e caracterização das teorias que são realmente empregados no discurso científico
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Quando fazemos isso, eles afirmam, que devemos encontrar é que sua diversidade é mais marcante do que sua semelhança; as teorias científicas parecem não ter propriedades comuns a todos elas. Além das explicações dedutivas, legais, estatísticas e históricas, que já mencionamos, biologia e ciência social em geral numerosos exemplo de explicações funcionais ou teleológicas, que levam a forma de indicar o papel instrumental que uma unidade particular de organismo atua na manutenção de um determinado estado do organismo, ou esse indivíduo A ação humana desempenha um objetivo coletivo (veja Nagel, 1961, pp. 20-6). Estes quatro ou cinco tipos de explicações aparecem em uma variedade de teorias científicas, e as próprias teorias podem, por sua vez, ser ainda classificadas ao longo de várias dimensões (por exemplo, Suppe, 1974, pp. 120-5; Kaplan, 1964, pp. 298-302). Mas mesmo tais tipologias detalhadas de teorias científicas aumentam dificuldades porque muitas teorias combinam diferentes modos de explicação, de modo que nem sequer é verdade que todas as teorias científicas classificadas em algum título comum revelaram as mesmas propriedades estruturais. 
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Em outras palavras, assim que tomarmos uma visão abrangente da prática científica, lá é simplesmente muito material para permitir uma única "reconstrução racional" de teorias a partir das quais podemos derivar normas metodológicas que as teorias científicas devem obedecer. 
A tensão entre descrição e prescrição na filosofia da ciência, entre a história da ciência e a metodologia da ciência, tem foi um fator líder na derrubada virtual da visão recebida no Década de 1960 (ver Toulmin, 1977). Essa tensão também se faz sentir em Karl Popper tratamento do papel da falsificação no progresso científico, que tem provou ser um dos principais ressaltos da oposição à visão recebida. A discussão das ideias de Popper nos permitirá retornar à tese de simetria com novos conhecimentos.

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