Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Assistência de Enfermagem no Paciente com Arritmia Prof. Mestre. Igor Bomfim Objetivos da Aula Introdução à Eletrofisiologia Cardíaca; Reconhecimento das Arritmias; Identificação de um ECG normal e anormal; SAE no paciente com arritmia. Quando um coração funciona normalmente? O nodo (SA) funciona como marca- passo principal! No adulto em repouso a frequência de despolarização do nodo (SA) de 60 a 100 vezes/min. Como é controlada a frequência cardíaca (FC)? Controle intrínseco: o nodo (SA) é uma célula com auto-excitabilidade; Controle extrínseco: O nodo (SA) é abundantemente inervado pelo Sistema Nervoso Autônomo (Nervo vago e nervos simpáticos) Eletrocardiograma (ECG) É a determinação de diferenças de potencial muito pequenas sobre a superfície do corpo. Componentes de um Eletrocardiograma normal! Onda P Onda T Espaço PR Complexo QRS Ponto J Segmento ST Intervalo QT Onda U Componentes de um Eletrocardiograma normal! Onda P Onda T Espaço PR Complexo QRS Ponto J Segmento ST Intervalo QT Onda U Métodos Simples para Verificação do Ritmo Métodos para O cálculo da Frequência Cardíaca Método da Multiplicação por 10 (mais fácil) ! Método dos 1.500 ! Método da Sequência Método da Multiplicação por 10 MULTIPLICAÇÃO POR 10 ( porque 10 traçados de 6 segundos equivale a 1 minuto). ! 1. OBTENHA UM TRAÇADO COM DURAÇÃO DE 6 SEGUNDOS = 30 QUADRADOS GRANDES 2. CONTE NÚMERO DE ONDAS P 3. MULTIPLIQUE O No DE ONDA POR 10 4. CALCULE A FREQUÊNCIA VENTRICULAR DA MESMA FORMA USANDO AS ONDAS R Método da Multiplicação por 10 MULTIPLICAÇÃO POR 10 ( porque 10 traçados de 6 segundos equivale a 1 minuto). ! 1. OBTENHA UM TRAÇADO COM DURAÇÃO DE 6 SEGUNDOS = 30 QUADRADOS GRANDES 2. CONTE NÚMERO DE ONDAS P 3. MULTIPLIQUE O No DE ONDA POR 10 4. CALCULE A FREQUÊNCIA VENTRICULAR DA MESMA FORMA USANDO AS ONDAS R QUATRO FENÔMENOS BÁSICOS SÃO ATRELADOS AOS DITÚRBIOS DO RÍTMO CARDÍACO 1. Retardo da pós-despolarização ! 2. Reentrada ! 3. Atividade de marca-passo ectópico. ! 4. Bloqueio cardíaco. Arritmias Sinusais Arritmia Sinusal: Caracterização As células do nodo (SA) despolarizam-se a intervalos irregulares; A (FC) mantém-se dentro dos limites normais; Mas o ritmo é irregular e corresponde ao ciclo respiratório; Outras causas: IAM, idade avançada, tratamento com digoxina ou morfina e distúrbios vinculados ao aumento da pressão intracraniana. IMAGEM 1: RESPIRAÇÃO X ARRITMIA SINUSAL IMAGEM 2: TUDO ESTÁ NA RESPIRAÇÃO Como proceder? A menos que o paciente apresente sinais e sintomas, geralmente não é necessário nenhum tratamento; Ao cuidar de um paciente com com arritmia sinusal, observe se a arritmia coincide com o ciclo respiratório. Armadilha! Tocaia grande! Não confunda arritmia sinusal com outras arritmias; A primeira vista a arritmia sinusal pode assemelhar-se a fibrilação atrial ou ao bloqueio sinoatrial; ALERTA DE ENFERMAGEM! Informe ao médico se o paciente em uso de digitálicos apresentar arritmia sinusal súbita; Por vezes a arritmia sinusal causada por fármacos como morfina e outros sedativos pode levar o médico a decidir manter a utilização destes medicamentos. Arritmias Atriais Arritmia Atrial: Caracterização Distúrbio mais comum do ritmo cardíaco; Desencadeada por impulsos extra-nodo (SA) Podem afetar o tempo de enchimento ventricular e reduzir a força de contração (Kick) atrial, que geralmente fornece aos ventrículos cerca de 15% a 25% do seu volume sanguíneo. Arritmia Atrial: Resulta de três mecanismos Automaticidade aumentada: pode ser causada por fatores extra-celulares ( hipóxia, acidose, hipocalcemia, hipocalemia, intoxicação digitálica); Reentrada: Um impulso é transmitido mais lentamente por uma via de condução lenta. Outro impulso é produzido durante a repolarização miocárdica, causas (doença arterial coronariana, miocardiopatia ou IAM) Atividade deflagrada: Uma célula lesada pode repolarizar apenas parcialmente. Isto pode causar impulsos ectópicos repetitivos (pós-despolarização). Taquicardia Atrial Frequências Atriais entre 150-250 BPM; Existem 3 tipos: Taquicardia atrial com bloqueio, taquicardia atrial multi-focal; taquicardia atrial paroxística. A frequência rápida abrevia a diástole (impossibilita kick atrial); Reduz DC, perfusão coronariana e causa alterações isquêmicas do miocárdio; Pode ocorrer em pacientes com corações normais (excesso de cafeína, desequilíbrios eletrolíticos, hipóxia, estresse físico e psicológico; 28 Taquicardia Atrial Distúrbios Cardíacos que podem causar incluem: IAM, miocardiopatia, anomalias congênita, síndrome de Wolff- Parkinson-White e cardiopatia valvar. 29 Intoxicação digitálica é a causa mais comum Sinais de Intoxicação Digitálica A taquicardia atrial não é a única alteração que pode ser encontrada; Ficar alerta: baixo nível de potássio e interação digital com amiodarona; SNC: fadiga, fraqueza muscular generalizada, agitação, alucinações; Olhos: Presenças de halos amarelo-esverdeados na visão e turvação da visão; G.I.: náuseas, vômitos e anorexia; C.V.: Arritmias, hipotensão Os efeitos tóxicos da digoxina sobre o coração pode ser fatal e exige sempre atenção imediata Como Proceder? Manobra de Valsalva MASSAGEM dO SEIO cAROTÍdEO PARA REVERSÃO dA TAQUIcARdIA SUPRAVEnTRIcULAR PAROXÍSTIcA Evitar a realização do procedimento na presença de sopro carotídeo e história de isquemia cerebral. Efetuar pressão e massagem gentilmente sobre o seio carotídeo direito durante 5 SEGUNDOS (?). Tentar a manobra no lado esquerdo em caso de insucesso. Massagear sempre um seio carotídeo por vez. Manter o paciente monitorizado, pois pode provocar bradicardia sintomática. Estar preparado para atuar em caso de parada cardíaca ou de bradicardia sintomática. MASSAGEM dO SEIO cAROTÍdEO PARA REVERSÃO dA TAQUIcARdIA SUPRAVEnTRIcULAR PAROXÍSTIcA Evitar a realização do procedimento na presença de sopro carotídeo e história de isquemia cerebral. Efetuar pressão e massagem gentilmente sobre o seio carotídeo direito durante dez a vinte segundos. Tentar a manobra no lado esquerdo em caso de insucesso. Massagear sempre um seio carotídeo por vez. Manter o paciente monitorizado, pois pode provocar bradicardia sintomática. Estar preparado para atuar em caso de parada cardíaca ou de bradicardia sintomática. Manobra Vagal Fibrilação Atrial Ausência de onda P ou de aparência anormal! Flutter Atrial Presença de ondas de flutter com aparência “serrilhada” Bloqueios AV É definido como retardo ou interrupção da condução entre o átrio e o ventrículo. Bloqueio AV DE ACORDO COM O GRAU DE BLOQUEIO B.A.V.1o grau B.A.V. 2 grau (tipos I e II) B.A.V. 3 grau ou B.A.V. completo Síndrome de Wollf- Parkinson- White A síndrome de Wolff-Parkinson- White é uma doença onde existe uma via elétrica extra que conecta os átrios aos ventrículos, fazendo com que o impulso elétrico chegue mais rápido ao ventrículo e cause taquicardia. Síndrome de Wollf- Parkinson- White A síndrome de Wolff-Parkinson- White é uma doença onde existe uma via elétrica extra que conecta os átrios aos ventrículos, fazendo com que o impulso elétrico chegue mais rápido ao ventrículo e cause taquicardia. Bloqueios AV Fibrilação Ventricular Padrão caótico de atividade elétrica nos ventrículos; Não há geração de contrações musculares; E o DC é zero Grande causa de mortalidade FibrilaçãoVentricular Padrão caótico de atividade elétrica nos ventrículos; Não há geração de contrações musculares; E o DC é zero Grande causa de mortalidade Fibrilação Ventricular Tratamento das Arritmias - Não-Farmacológico - Farmacológico Tratamento Não- Farmacológico Uma Olhada nos marca-passos Marca-passo é um dispositivo artificial que estimula o miocárdio a despolarizar, contribuindo assim para a contração Tratamento Não- Farmacológico Uma Olhada nos marca-passos Podem ser permanentes ou temporários Invasivo ou não - invasivo SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM DIAGNÓSTICO DE ENFERMAFEM Débito cardíaco diminuído: relacionado à instabilidade elétrica afetando a frequência, o ritmo ou a condução que compromete a perfusão tecidual. INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 1. VERIFICAR ECG E BUSCAR POSSÍVEIS ALTERAÇÕES NO RITMO E OU FC; ! 2. DETERMINAR O EFEITO DA ARRITMIA SOBRE O ESTADO DO PACIENTE: AVALIAR O ESTADO HEMODINÂMICO, ESTADO NEUROLÓGICO, PELE, FUNÇAO RENAL E INDÍCIOS DE ISQUEMIA CARDÍACA ! 3. OXIGENAÇÃO ADEQUADA INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM ! 4. AVALIAR PACIENTE QUANTO A PRESENÇA DE FATORES PREDISPONÍVEIS: DOR, DESEQUILÍBRIO ELETROLÍTICO, HIPOXEMIA, FEBRE, HIPOVOLEMIA, ANSIEDADE, INTOXICAÇÃO MEDICAMENTOSA, TONO VAGAL AUMENTADO, DÉBITO CARDÍACO DIMINUÍDO(ICC); ! 5. ADMINISTRAR MEDICAÇÃO ANTIARRÍTIMICA, CARDIOVERSÃO OU MEDIDAS DE APOIO; INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM 6. REGISTRAR A RESPOSTA DA ARRITMIA À TERAPÊUTICA INSTITUÍDA RECENTE OU ALTERADA
Compartilhar