Buscar

Capitulo 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

26/02/2018 Bookshelf Online: Gestão dos postos de trabalho
https://online.vitalsource.com/#/books/9788582603109/cfi/6/22!/4/20@0:79.3 1/2
CAPÍTULO 2
Se estiver errado, admita
Estamos errados em 50% das vezes. Talvez isso aconteça porque mesmo quando dizemos algo com muita
confiança, nossa maneira de pensar pode estar errada.
No Japão temos uma palavra, sakkaku,5 que é muito apropriada. Acho que a ilusão de ótica, ou a ideia
errada do que podemos ver, é fácil de entender. No diagrama a seguir, por exemplo, se duas linhas de
comprimento igual são desenhadas uma perpendicular à outra, como um “T”, todos verão que a linha
horizontal parece mais curta do que a linha vertical. Este é um método comum para explicar as ideias erradas
de forma simples. Você pode se enganar quando pensa que “esta é mais comprida” porque parece mais
comprida.
Entretanto, não podemos deixar de pensar que ela nos dá a impressão de ser mais comprida. Nessas
situações, precisamos desmontar o formato “T” e arrumar as duas linhas, uma ao lado da outra, e veremos
que são do mesmo comprimento. Assim, mesmo que uma linha pareça mais comprida, na realidade não é.
O equívoco em uma ilusão de ótica é muito fácil de explicar, e as pessoas são facilmente convencidas.
A pergunta passa a ser: “por quanto tempo precisamos olhar para ver as linhas com o mesmo
comprimento?” ou “por quanto tempo precisamos olhar para ver que uma linha é mais comprida?” Isto não é
algo que se possa julgar apenas pela visão, e mais uma vez precisamos colocar as duas linhas uma ao lado da
outra para comparação.
Há muitas coisas neste mundo que não conhecemos até experimentá-las. E muitas vezes, depois de
experimentar, descobrimos que os resultados são completamente contrários ao que esperávamos, e isto
acontece porque errar é humano. Ao mesmo tempo em que é fácil convencer as pessoas ao testar a ilusão de
ótica, é difícil reconhecer que as ideias em sua cabeça e os pensamentos em seu cérebro são, na verdade,
ideias erradas. Muitas vezes quando uma pessoa tem uma ideia, ou faz uma declaração que acredita correta,
descobre que era um equívoco. Quando você põe em prática suas ideias, os resultados podem ser contrários à
sua expectativa.
Enquanto os homens cometerem equívocos, teremos sorte se dermos dez ordens e metade delas estarem
certas. Acho que Confúcio disse que “O sábio é aquele que não hesita em retificar sua conduta” porque sabia
que cometemos erros em 50% das vezes.
As pessoas que insistem na ideia errada de que uma das linhas é mais comprida não vai entender se você
disser que as duas linhas são iguais. Elas terão que experimentar. Após experimentar e confirmar o resultado
com seus próprios olhos, irão compreender que as ordens que deram, acreditando estarem certos, na verdade
estavam erradas. Também farão com que os operários experimentem muitas coisas diferentes para ajudá-los
a entender por si próprios as ideias erradas.
Ao fazer com que as pessoas experimentem alguma coisa, é importante que a pessoa que deu a orientação
veja o resultado com seus próprios olhos. Se você mesmo confirmar que não era um equívoco, mas uma
ideia correta, e conseguir admitir que estava errado na hora, as pessoas irão pensar “Ele é meu chefe, mas
user
Realce
user
Realce
user
Realce
user
Realce
26/02/2018 Bookshelf Online: Gestão dos postos de trabalho
https://online.vitalsource.com/#/books/9788582603109/cfi/6/22!/4/20@0:79.3 2/2
pediu desculpas para mim quando errou.”
Como consequência, quando você tiver outra ideia e instruí-los a experimentá-la, eles a acatarão de boa
vontade.
Se você estiver errado e fazer cara de “É, nessa eu me ferrei”, isso será um estímulo para eles. Quando eles
experimentarem dez coisas diferentes e verem que cinco delas estão corretas, acho que se tornarão muito
colaborativos.
Por outro lado, você teimar e insistir que as ordens do chefe devem ser obedecidas, sejam elas boas ou
más, as pessoas deixarão de obedecê-lo. Quanto à persuasão, quando tanto a pessoa que dá a ordem quanto a
pessoa que a recebe reconhece que, sendo humanos, estamos certos apenas 50% das vezes, podemos dizer ao
outro quando ele erra “Eu lhe avisei” e somente este sentimento de abertura faz com que a pessoa que você
está tentando convencer sinta-se melhor. Como resultado, ela vai tornar-se mais disposta a cooperar. Acredito
que este seja o verdadeiro poder de persuasão.
Se as pessoas não cometessem equívocos, não haveria necessidade de persuasão. Como caímos em
equívocos devido às ideias em nossa cabeça, a persuasão pode ser difícil. Talvez, quanto mais intelectual,
mais propensa seja a pessoa a cometer equívocos.
user
Realce
user
Realce

Outros materiais