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Texto - Uma reflexão sobre a Política Nacional de Educação Especial Na perspectiva da educação inclusiva

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Uma reflexão sobre a Política Nacional de Educação Especial Na perspectiva da educação inclusiva.
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.( http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/Constituicao/Constituicao.htm#art214, 18:39 em 25 de março).
Antes de discorrer sobre a politicado município de São Paulo de educação especial na perspectiva da educação inclusiva, faz-se importante destacar as ações implementadas no âmbito nacional que visam garantir o que versa a constituição brasileira acerca da educação.
Partimos assim, da constatação de que o acesso à educação é direito de todos. Destacamos que o texto constitucional não cria categorias ou pre requisios para que os diferentes indivíduos possam por meio da prática educativa se desenvolver e constituir-se como cidadão pleno em seus direitos e apto a intervir no mundo social, uma vez que a “educação é uma forma de intervir no mundo” ( FREIRE, 1996 p.98).
Podemos afirmar que as últimas décadas do sec.XX e os anos iniciais do século atual foram fortemente marcados pelo debate acerca de uma educação capaz de oferecer a todos uma escola democrática e com práticas pedagógicas capazes de acolher a imensa diversidade dos indivíduos por ela atendidos. 
Um importante marco deste debate é a aprovação em 25 de Junho de 2014 do Plano Nacional de educação por meio da LEI Nº 13005 	 que estabelece em seu Art. 2º os princípios norteadores para educação: 
I - erradicação do analfabetismo; II - universalização do atendimento escolar; III - superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; IV - melhoria da qualidade da educação; V - formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; VI - promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VII - promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do País; VIII - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX - valorização dos (as) profissionais da educação; X - promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental. (http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm)dia 25 de março 19:45
Desta maneira, para dar materialidade a este plano, o governo Federal estabelece uma plano de metas que “deve ser a base para a elaboração dos planos estaduais, distritais e municipais, que, ao serem aprovados em lei, devem prever recursos orçamentários para a sua execução”. (MEC, 2014).
Neste artigo nos dedicaremos a meta quatro por se tratar da natureza de nossa reflexão que é a oferta de atendimento educacional especializado para o público alvo da educação especial.
Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
No texto destacado, podemos observar a presença de uma política pública que visa fortalecer o desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos em todas as etapas da educação básica ,de forma a, garantir que todos os indivíduos tenha pleno acesso à educação, bem como aos recursos necessários ao seu pleno desenvolvimento.
Deste modo, tendo o desafio de contribuir para o desenvolvimento de sistemas educacionais inclusivos, estados, distritos e municípios organizam o atendimento ao público alvo da educação especial por meio de políticas públicas de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Assim é importante saber que :
 A educação especial é uma modalidade que perpassa os níveis, etapas e modalidades da educação brasileira e atende a educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. O atendimento educacional especializado foi instituído pela Constituição Federal de 1988, no inciso III do art. 208, e definido pelo art. 2º do Decreto nº 7.611/2011. Segundo o disposto na LDB (Lei nº 9.394/1996), a educação especial deve ser oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, havendo, quando necessário, serviços de apoio especializado (art. 58). (MEC, 2014, P.24)
Vale destacar que, a política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação inclusiva do ano de 2008 preconiza que todas as pessoas tem o direito de aprender juntas e que “a educação inclusiva constitui um paradigma educacional fundamentado na concepção de direitos humanos, que conjuga igualdade e diferença como valores indissociáveis” (MEC\SECAD, 2008). Observa-se que o texto está em consonância com documentos e marcos legais nacionais e internacionais tais como, a Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988), a Declaração Mundial Sobre Educação para Todos (UNESCO, 1990), a Declaração de Salamanca (Espanha, 1994) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (BRASIL, 1996), a Convenção da Guatemala ( 2001), a Convenção dos Direitos das Pessoas com Deficiência, ratificada e incorporada a Constituição como Decreto Legislativo nº 186/2008 (BRASIL, 2008).
Sendo assim, podemos afirmar que a Política Nacional de Educação na Perspectiva da Educação Inclusiva adota. 
“O princípio fundamental desta Linha de Ação é de que as escolas devem acolher todas as crianças, independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas ou outras. Devem acolher crianças com deficiência e crianças bem dotadas; crianças que vivem nas ruas e que trabalham; crianças de populações distantes ou nômades; crianças de minorias linguísticas, étnicos ou culturais e crianças de outros grupos e zonas desfavorecidos ou marginalizados.” (Brasil, 1997, p. 17 e 18)
Destaca-se que a legislação brasileira convoca a comunidade educativa para a construção de um ambiente escolar permeado pelo respeito aos direitos humanos, reafirmando no trabalho diário a necessidade de uma pedagogia centrada nos indivíduos. Todos precisam se comprometer com a eliminação de barreiras no âmbito arquitetônico, curricular e atitudinal de forma a possibilitar o pleno desenvolvimento de todos os estudantes. 
A Política do Município de São Paulo de Educação Especial Na Perspectiva da Educação Inclusiva.
Instituída pelo Decreto 57.379 de 13 de 0utubro de 2016, a politica municipal de Educação Especial Na Perspectiva da Educação Inclusiva declara que “A Educação Especial é uma modalidade transversal a todos os níveis, etapas e modalidades da educação, da Educação Infantil ao Ensino Superior” (SME, 2016, p.3),apresenta-se como um instrumento que possibilita a todos os profissionais da rede municipal de ensino a desenvolver suas atividades com os estudantes público alvo da educação especial.
Coloca-se como um documento que permite a compreensão contemporânea das questões da deficiência “desloca a atenção do “sujeito” para o “meio” – trata das relações e interações entre pessoas com deficiência e o ambiente onde estão inseridas, colocando o indivíduo à frente da questão da deficiência”.(SME, 2016, p.4).Sob este prisma as questões da deficiência passam a ser consideradas também como um fenômeno social e não apenas organicista ou biológico.
Destacamos que o documento se apresenta como ferramenta de consulta fácil e acessível, capaz de apoiar o trabalho dos CEFAI- Centro de Formação e acompanhamento à inclusão, a supervisão escolar e as equipes das DREs – Diretorias Regionais de Educação, no trabalhode apoio e orientação das unidades escolares.
 Em sua introdução, expõe a necessidade de uma revisão dos documentos, até então, utilizados pela rede municipal, de forma que os mesmos pudessem estar em conformidade com a legislação nacional e internacional que versam sobre o tema da politica de educação especial. 
Um dos aspectos que aqui merecem destaque refere-se a delimitação do público alvo da educação especial:
Art. 2º Serão considerados público-alvo da Educação Especial os educandos e educandas com: I - deficiência (visual, auditiva, física, intelectual, múltipla ou com surdocegueira); II - transtornos globais do desenvolvimento - TGD (autismo, síndrome de Asperger, síndrome de Rett e transtorno desintegrativo da infância); III - altas habilidades ou superdotação. (SME, 2016.p.7)
Observamos que o atendimento ao estudante com AH\SD está garantido dentro da política municipal de educação especial.
O documento divide-se em blocos, fato que facilita a busca dos temas sobre os quais se deseja informações, sendo eles: Capítulo I Disposições Preliminares; Capítulo II Acesso E Permanência; Capítulo III Atendimento Educacional Especializado – AEE; Capítulo IV Serviços De Educação Especial; Capítulo V Educação Bilíngue; Capítulo VI Serviços De Apoio; Capítulo VII Eliminação De Barreiras E Acessibilidade; Capítulo VIII Disposições Finais.
Dentro os capítulos dispostos no documento, entendemos a necessidade de dispensar atenção ao capítulo três por se tratar daquele que descreve o Atendimento Educacional especializado. 
Art. 5º Para os fins do disposto neste decreto, considera-se Atendimento Educacional Especializado - AEE o conjunto de atividades e recursos pedagógicos e de acessibilidade organizados institucionalmente, prestado em caráter complementar ou suplementar às atividades escolares, destinado ao público-alvo da Educação Especial que dele necessite.(SME, 2016, p.9 ) 
Observa-se a preocupação do texto legal em esclarecer que o AEE, não possui caráter substitutivo ao ensino que deve ser desenvolvido na sala regular, mas representa um conjunto de ações organizadas pela instituição escolar ou instituição conveniada que tem como objetivo promover o incremento de condições pedagógicas que facilitem o acesso do estudante público alvo da educação especial ao conhecimento de forma a lhe promover o pleno desenvolvimento.
Outro aspecto relevante do texto é aquele que explicita que o atendimento se dará de forma complementar ou suplementar às atividades escolares, desta maneira, não se trata de uma atividade que ocorre isolada do contexto da sala de aula, mas demanda articulação entre o professor especialista em atendimento educacional especializado – PAEE, e os demais profissionais da unidade, professor de sala regular e equipe pedagógica.
Vale ainda salientar que o AEE pode acontecer em diferentes tempos e espaços do cotidiano escolar, em turno contrário ao frequentado pelo estudante dentro da sala de recursos multifuncional – SRM; por meio do serviço itinerante realizado pelo PAAI – professor de apoio e acompanhamento à inclusão que se deslocará até as unidade que não contam com os serviços da SRM; por meio do atendimento colaborativo que contará com a intervenção do PAEE e do professor de sala regular em diferentes tempos e espaços da escola sempre visando atender os objetivos pedagógicos propostos para o estudante.
O que se pode observar é que embora o estudante com AH\SD – altas habilidades\superdotação estejam contempladas pelo AEE, o documento não faz apontamentos específicos acerca desta modalidade de atendimento. Tal fato nos faz retomar a argumentação de que ainda há um longo percurso a ser trilhado até que o estudante com AH\SD saia do lugar de invisibilidade que ainda ocupa em nossa rede.
Quem é o estudante com Altas habilidades \ Superdotação
A Política Nacional de Educação Especial (1994) define como portadores de altas habilidades / superdotados os educandos que apresentarem notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual geral; aptidão acadêmica especifica; pensamento criativo ou produtivo; capacidade de liderança; talento especial para artes e capacidade psicomotora.

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