Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
FACULDADE PITÁGORAS CAMPUS IPATINGA Manufatura Mecânica: Soldagem Ipatinga - MG 2017 FACULDADE PITÁGORAS DE IPATINGA ENGENHARIA MECÂNICA Manufatura Mecânica: Soldagem Ipatinga - MG 2017 Primeiro relatório de Manufatura Mecânica: Soldagem, referente ao primeiro bimestre do 7° período de Engenharia Mecânica. Faculdade Pitágoras de Ipatinga. Professor: RESUMO A Soldagem é a operação que visa à união de duas ou mais peças, assegurando na junta, a continuidade das propriedades físicas e químicas do material. Existe um grande número de processos de soldagem diferentes, sendo necessária a seleção do processo (ou processos) adequado para uma dada aplicação. É importante do ponto de vista industrial sendo extensivamente utilizada na fabricação e recuperação de peças, equipamentos e estruturas. A sua aplicação atinge desde pequenos componentes eletrônicos até grandes estruturas e equipamentos (pontes, navios, vasos de pressão, etc.). A macrografia consiste na análise, descrição ou registo do aspeto de uma peça ou amostra metálica, segundo uma secção plana devidamente polida e em regra atacada por um reagente apropriado. ABSTRACT Welding is the operation that aims at the union of two or more pieces, assuring in the joint, the continuity of the physical and chemical properties of the material. There are a large number of different welding processes, requiring the selection of the process (or processes) suitable for a given application. It is important from the industrial point of view being extensively used in the manufacture and recovery of parts, equipment and structures. Its application ranges from small electronic components to large structures and equipment (bridges, ships, pressure vessels, etc.). The macrography consists of analyzing, describing or recording the appearance of a metal part or specimen, according to a flat section duly polished and usually attacked by an appropriate reagent. LISTA DE IMAGENS Figura 01 – Inversora de Solda...............................................................................14 Figura 02 – Cordões de Solda.................................................................................15 Figura 03 – Corpo de Prova / Chanfro V.................................................................16 Figura 04 – Medições Espessura Peça 01..............................................................17 Figura 05 – Medições Espessura Peça 02..............................................................17 Figura 06 – Medições Chanfro Peça 01..................................................................17 Figura 07– Medições Chanfro Peça 02...................................................................17 Figura 08 – Raiz da Solda........................................................................................18 Figura 09 – Aplicação de Cobre..............................................................................19 Figura 10 – Face da Raiz..........................................................................................20 Figura 11 – Face da Raiz..........................................................................................21 Figura 12 – Revelador Branco.................................................................................22 Figura 13 – Descontinuidades.................................................................................22 Figura 14 – Teste 01 de Partícula Magnética.........................................................23 Figura 15 – Teste 02 de Partícula Magnética.........................................................24 Figura 16 – Serra de Fita Starret.............................................................................25 Figura 17 – Serra de Fita Starret Realizando Corte...............................................25 Figura 18 – Procedimento de Polimento................................................................26 Figura 19 – Zona Termicamente Afetada (ZTA) ....................................................27 Figura 20 – Zona Termicamente Afetada (ZTA) ....................................................27 Figura 20 – Maquina De Ensaio De Dureza............................................................29 Figura 21 – Ensaio de Tração Rockwell.................................................................29 LISTA DE TABELAS Tabela 01 – Ensaio Metal Base................................................................................30 Tabela 02 – Ensaio Metal de Adição.......................................................................30 Tabela 03 – Ensaio Zona Termicamente Afetada..................................................31 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9 2. OBJETIVOS ....................................................................................................... 11 3. REAGENTES E MATERIAIS ............................................................................. 12 3.1 Materiais ...................................................................................................... 12 3.2 Reagentes ................................................................................................... 12 3.3 Equipamentos de Segurança .................................................................... 12 4. DESENVOLVIMENTO ........................................................................................ 14 4.1 Procedimentos Experimental / Metodologia ............................................ 14 4.1.1 Primeiro Teste ...................................................................................... 15 4.1.2 Inicio da Prática ................................................................................... 15 4.1.3 Medições das Peças ............................................................................ 16 4.1.4 Soldagem a Arco Elétrico ................................................................... 18 4.1.5 Inspeção Visual .................................................................................... 19 4.1.6 Liquido Penetrante .............................................................................. 21 4.1.7 Partículas Magnéticas ......................................................................... 23 4.1.8 Macrografia........................................................................................... 24 4.1.9 Ensaio de Dureza ................................................................................. 27 4.2 Resultados e Discussões .............................................................................. 30 4.2.1 Resultado Prático .................................................................................... 30 4.2.2 Discussões ............................................................................................... 31 5 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 32 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 33 1. INTRODUÇÃO A Soldagem é o processo de união de materiais (particularmente os metais)mais importante do ponto de vista industrial sendo extensivamente utilizada na fabricação e recuperação de peças, equipamentos e estruturas. Outro conceito muito utilizado: é a operação que visa a união de duas ou mais peças, assegurando na junta, a continuidade das propriedades físicas e químicas do material. Existe um grande número de processos de soldagem diferentes, sendo necessária a seleção do processo (ou processos) adequado para uma dada aplicação. Material Base: É o material que constitui as partes a unir. Material de Adição: É o material que será usado como enchimento no processo de soldagem, capaz de preencher as folgas entre as superfícies a unir. O material adicional é de mesma natureza das partes e será usado para assegurar a continuidade de propriedades no caso da soldagem por fusão, de chapas ou peças relativamente espessas. Os eletrodos variam quanto aos seus revestimentos. Sejam celulósico, rutílico, básico ou altíssimo rendimento. Suas principais funções são isolar a alma de aço do eletrodo, proteger o metal de solda do oxigênio e do nitrogênio do ar, estabilizar e direcionar corretamente o arco elétrico e adicionar elementos de liga (como cromo, níquel, molibdênio e vanádio) ao metal de solda. A seleção da fonte de energia deve levar em conta a espessura do metal de base e os eletrodos que serão utilizados. Assim serão selecionados transformadores (CA), retificadores (CC), geradores (CC) ou inversores (CC) de acordo com a solda a ser realizada. É importante observar as questões relacionadas à segurança, principalmente por se tratar de processos que exige uma série de cuidados em função de se trabalhar com produtos gerados como fumos, gases, arco elétrico e radiação. Os cuidados na soldagem relativo à segurança dos soldadores são de extrema importância, com isso é utilizado equipamentos de proteção individual tais como: aventais raspa, máscaras de solda com lentes na tonalidade correta, blusão de soldador, mangote de raspa, botas de proteção com solado isolante, luvas de vaqueta ou de raspa, perneiras, touca de soldador, máscara para fumos de solda, óculos de proteção, protetores auriculares. 2. OBJETIVOS Esta prática tem o objetivo de mostrar o funcionamento do processo de soldagem desde a preparação do corpo de prova, corrente de soldagem, material a ser soldado, inspeção visual, liquido penetrante, partícula magnética, macrografia, e ensaios de dureza. 3. REAGENTES E MATERIAIS 3.1 Materiais Inversor de Solda Eletrodo Revestido 70/18 3,2mm Paquímetro Bisel Trena Lupa Serra de Fita Starret Secador 3.2 Reagentes Contraste Líquido Penetrante Cor Vermelho Partícula Magnética Liquida Ácido Clorídrico 3.3. Equipamentos de Segurança Aventais raspa Máscaras de solda com Lentes na tonalidade correta Blusão de soldador Luvas de vaqueta ou de raspa Perneiras Óculos de proteção Protetores auriculares 4. DESENVOLVIMENTO 4.1 Procedimentos Experimental / Metodologia Na aula prática de Soldagem ministrada pelo professor Edir no dia 13 de setembro de 2017, fez-se a prática experimental de soldagem. Para realização do teste utilizou-se um equipamento Inversora de solda Bambozzi conforme a ilustração a seguir. Figura 01 – Inversora de Solda 4.1.1 Primeiro Teste Primeiramente ajustou-se a corrente de trabalho desejada. O primeiro teste consistiu em realizar três cordões de solda com diferentes correntes para avaliar as características da solda. Os teste realizaram-se com equipamento regulado à 60A , 75A, 90A sucessivamente. Os cordões localizados a esquerda da imagem foram executados a uma velocidade dentro dos padrões de soldagem, e os à direita com velocidade mais acelerada. Na imagem a seguir, é possível visualizar a o resultado dos cordões. Figura 02 – Cordões de Solda 4.1.2 Inicio da Prática Com o equipamento devidamente regulado de acordo com as características, do material a ser soldado (corpo de prova), iniciou os procedimentos de soldagem. Para isso, foi utilizado o corpo de prova com chanfro V que já estava preparado no laboratório. Figura 03 – Corpo de Prova / Chanfro V 4.1.3 Medições das Peças Foi realizado medições do corpo de prova. A espessura das peças, foi aferido utilizando o instrumento de medição Paquímetro. A medição da primeira peça consiste em 9,6 mm e a segunda peça 9,7 mm, conforme visualizados nas figuras a seguir. Figura 04 – Medições Espessura Peça 01 Figura 05 – Medições Espessura Peça 02 As Medições do ângulo dos chanfros das duas peças. Foi utilizado um calibrador de solda. . A medição da primeira peça consiste em 38° e a segunda peça 42°, conforme visualizados nas figuras a seguir. Figura 06 – Medições Chanfro Peça 01 Figura 07– Medições Chanfro Peça 02 4.1.4 Soldagem a Arco Elétrico Inicio da penetração da solda foi realizado o passo de raiz. Foram feitos 06 passes de solda na junta de topo, como representados na figura a seguir. Figura 08 – Raiz da Solda Foi introduzido um filamento de cobre na junta para simular uma falha na fusão da soldagem. Essas falhas poderão ser observados na análise de macrografia. Figura 09 – Aplicação de Cobre 4.1.5 Inspeção Visual Mesmo com a aplicação do cobre, a princípio o cordão de solda não apresentou grande falhas visíveis. A figura a seguir mostra o cordão de solda finalizado. Figura 10 – Cordão de Solda Finalizado Foi observado na extremidade à esquerda do cordão de solda uma penetração excessiva, e em grande parte na raiz da solda houve falta de penetração. Essa falha provavelmente ocorreu devido à má qualidade do chanfro feito no corpo de prova. O chanfro das peças devem estar com o ângulo semelhantes, com o melhor acabamento possível. Figura 11 – Face da Raiz 4.1.6 Liquido Penetrante Foi aplicado um líquido chamado penetrante, de cor vermelha, esse liquido forma um filme sobre a superfície e que por ação do fenômeno chamado capilaridade penetra na descontinuidade. Foi aguardado um tempo de 10 minutos para que a penetração se completasse Para que acontecesse a revelação foi aplicado um filme uniforme de revelador sobre a superfície. O revelador é um spray branco. Ele age absorvendo o penetrante das descontinuidades e revelando-as. Em um intervalo de tempo de 5 minutos as descontinuidades revelaram. . Figura 12 – Revelador Branco Figura 13 – Descontinuidades 4.1.7 Partículas Magnéticas Foi realizado ensaios para detectar possíveis trincas existentes na solda. Com o equipamento Yoke Magnético Magnaflux energizado foi posicionando o equipamento na diagonal sobre o cordão de solda. Foi borrifada a partícula magnética liquida sobre a peça. À análise foi refeita várias vezes, para uma melhor confirmação do resultado. No corpo de prova analisado não foi detectado fissuras ou trincas, sendo possível a conclusão de que foi realizado uma soldagem com qualidade. Figura 14 – Teste 01 de Partícula Magnética Foi analisado também outro corpo de prova que se encontravaà disposição no laboratório. Nessa análise foi possível visualizar claramente uma trica existente. Há diversos fatores agravantes que levou ocorrer a descontinuidade na peça, dentre eles a presença de hidrogênio, incompatibilidade do material de adição e material base, resfriamento acelerado, etc. Figura 15 – Teste 02 de Partícula Magnética 4.1.8 Macrografia Para realizar a análise de macrografia, foi necessário realizar alguns procedimentos fundamentais de ensaio como extração da amostra (corte), desbaste (lixamento), revelação da macroestrutura. O primeiro processo feito foi o corte transversal da região a ser analisada. Para realizar análises de macrografia, a amostra não pode sofrer aquecimento acima de 100 °C para não ocorrer deformações. Com isso foi utilizado uma serra de fita Starret, pois ela efetua o corte abrasivo oferecendo a melhor solução para este seccionamento, resultando em superfícies planas com baixa rugosidade devido realizar o trabalho baixa rotação. Figura 16 – Serra de Fita Starret Figura 17 – Serra de Fita Starret Realizando Corte O segundo processo foi a preparação da superfície da amostra: Lixamento, remoção da camada de material que teve a sua estrutura alterada pelo corte da amostra. Foi utilizado uma politriz Arotec com lixa grão 400 para realizar o polimento. A pressão exercida sobre a lixa deve ser uniforme para que não houvesse desnivelamento da amostra. Figura 18 – Procedimento de Polimento Após a amostra ser polida, foi limpa e seca por um secador de ar frio. Foi aplicado o ácido clorídrico e após alguns observou a revelação da macroestrutura. Na figura 18 e 19 representa Figura 19 – Zona Termicamente Afetada (ZTA) Figura 20 – Zona Termicamente Afetada (ZTA) 4.1.9 Ensaio de Dureza Para realizar o ensaio de dureza foi utilizado o equipamento Rockwell constituído por um sistema de aplicação de força, por um penetrador cônico de diamante com 120°. Alguns cuidados foram observados para preparação do ensaio Rockwell a fim de garantir resultados satisfatórios. Deve-se verificar se a peça e a mesa de apoio estão limpas e bem assentadas uma sobre a outra; certificar-se que o penetrador, quando montado está perpendicular em relação à peça. O método é realizado em três etapas. Na primeira, o corpo de prova é submetido a uma pré-carga, garantindo um contato firme do penetrador com a superfície a ser ensaiada. Na segunda, aplica-se a carga maior que, somada à pré- carga, resulta a carga total ou carga nominal do ensaio. Na terceira, retira-se a carga; neste momento, a profundidade da impressão é dada diretamente no mostrador sob forma de um número de dureza, lido em uma escala apropriada ao penetrador e à carga utilizada. O método de dureza Rockwell, representado pelo símbolo HR (Hardness Rockwell), leva em consideração a profundidade que o penetrador atingiu, descontando-se a recuperação elástica, devido à retirada da carga maior, e a profundidade atingida que é devida à carga menor. Nesse método, o resultado é lido diretamente na máquina de ensaio. Figura 20 – Maquina De Ensaio De Dureza Figura 21 – Ensaio de Tração Rockwell 4.2 Resultados e Discussões 4.2.1 Resultado Prático As tabelas a seguir mostram os dados coletados no ensaio de dureza da amostra. Tabela 01 – Ensaio Metal Base METAL BASE 1° 76,0 HRB 2° 77,5 HRB 3° 73,5 HRB 4° 74,5 HRB 5° 75,5 HRB Tabela 02 – Ensaio Metal de Adição METAL DE ADIÇÃO 1° 88,0 HRB 2° 90,0 HRB 3° 89,5 HRB 4° 89,0 HRB 5° 89,0 HRB Tabela 03 – Ensaio Zona Termicamente Afetada ZTA 1° 81,0 HRB 2° 80,0 HRB 3° 83,5 HRB 4° 83,5 HRB 5° 79,0 HRB 4.2.2 Discussões Com o experimento notou-se que o metal de adição possui maior dureza que a zona termicamente afetada e do metal base. A solda possui características próprias, que resultam em diferenças significativas em termos de estrutura de solidificação e de propriedades mecânicas. São formadas distorção da estrutura cristalina, o que torna mais difícil o deslocamento dos planos cristalinos, implicando diretamente no aumento da resistência do material. A dureza do material implica diretamente em sua fragilidade. Quanto mais duro o material menor sua deformação elástica, permitindo sofrer maior deformação plástica, ou seja maior possibilidade de quebras. A região mais crítica da ZTA, devido à baixa tenacidade e local preferencial para a formação de trincas. 5 CONCLUSÃO Conclui-se que com esse trabalho podemos compreender como é feito os processos de soldagem, seus equipamentos, funções e utilizações. Trata-se de um processo muito empregado devido à sua grande versatilidade, O processo de soldagem é simples de ser realizado, porém a qualidade da solda depende muito da prática, habilidade, coordenação e atenção do operador, além de apresentar baixa produtividade e grande volume de gases e fumos gerados. Mas mesmo assim é bastante utilizada em reparos, manutenção, na fabricação e montagem de equipamentos e na soldagem em campo. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MARQUES, P.V. Soldagem Fundamentos e Tecnologia. 1.ed. Minas Gerais: UFMG, 2005.
Compartilhar