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Portocath

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FARMÁCIA HOSPITALAR: Sondas e dispositivos de acesso venoso
Portocath
O portocath é conhecido como cateter totalmente implantado. É um dispositivo utilizado para infusão de sangue (transfusões), coleta de sangue, antibióticos, analgésicos, nutrição parenteral e principalmente para infusão de quimioterapia, em pacientes oncológicos. É formado por um reservatório e um cateter. Esse reservatório tem formato cilíndrico ou cônico, e podem ser feitos de silicone, plástico ou titânio. O portocath é um dispositivo que fica acoplado abaixo da pele e consiste em um reservatório com membrana perfurável e um cateter de silicone. A colocação do port compete ao médico especialista e deve ser realizada no centro cirúrgico, através de um procedimento simples, instalado após anestesia local e um sedativo ou anestesia geral. O tempo do procedimento varia de 30 minutos a 1 hora. É implantado no tecido subcutâneo e introduzido numa veia de amplo calibre, em geral na veia cava superior, próximo à entrada do coração. A cicatrização da inserção do cateter varia de 7 a 10 dias e após isso, não há necessidade de curativo. O acesso ao dispositivo é feito por meio de punção na pele sobre o port com agulha específica que penetra o septo sem cortá-lo, esse procedimento deve ser realizado por um enfermeiro treinado e capacitado, com domínio da técnica e obedecendo aos rigores absolutos de assepsia, avaliação do sítio de punção, bem como as condições clínicas do paciente. Ele apresenta algumas vantagens em relação aos outros tipos de cateter como diminuição de risco de infecções, minimização do risco de trombose, fácil punção, permite tratamento ambulatorial, não interfere nas atividades diárias do paciente, tem melhor aspecto estético e preserva a rede venosa periférica. 
Intracath
O intracath é um dispositivo estéril indicado na terapia intravenosa central, em infusões de média e longa duração em pacientes críticos. É introduzido no sistema circulatório através de uma punção que permite a passagem do catéter. As punções mais comumente realizadas são jugular interna, subclávia e femoral. É indicado em casos de impossibilidade de punção de veias periféricas, monitorização hemodinâmica, introdução de cateter de marcapasso cardíaco ou Swan Ganz, administração de soluções hipertônicas ou irritantes (Nutrição Parenteral Total - NPT), suporte para infusão rápida de fluidos durante ressuscitação, hemodiálise. Na colocação o cateter é introduzido através de agulha, após punção, o cateter é passado por dentro da agulha, que em seguida é retirada ficando fora do paciente, entretanto a agulha fica permanentemente junto ao cateter. Visando evitar guilhotinamento do cateter pela agulha procede-se adaptação de protetor que mantem alinhamento entre ambos.
Sonda Uretral 
A sonda uretral é um artigo médico estéril e de uso único, indicado para realizar a drenagem urinária em pacientes com distúrbio urológico. Apresenta-se como um tubo de PVC flexível com uma das extremidades fechada, a qual serve para ser introduzida no orifício da uretra, e com dois orifícios nas laterais para a aspiração. A outra extremidade (distal) apresenta um conector com tampa. A sonda uretral é uma sonda de alívio (permanência curta). A ponta da sonda deve estar isenta de rebarba. O tubo apresenta variações de diâmetro conforme o calibre da sonda 4 a 24 fr. A sonda uretral tem finalidade de preparar o paciente para determinadas cirurgias, evitar a urina de forma espontânea, aliviar distensão vesical pela retenção da urina e até mesmo, em casos excepcionais, obter uma amostra estéril de urina.
Sonda Nasogástrica 
A sonda nasogástrica serve de via de acesso ao estômago do paciente. Está indicada para pacientes impossibilitados de ingerir alimentos ou medicamentos, esvaziamento e lavagem gástrica no caso de intoxicações,  coleta e amostra para diagnósticos. O procedimento consiste na inserção de um cateter estéril, pelo nariz até o estômago, onde serão administradas a dieta líquida (líquidos e nutrição liquefeita prescrita pelo nutricionista da equipe médica), a terapia medicamentosa prescrita ou para algum outro fim terapêutico, como a interrupção da passagem de alimentos por ferida operatória a fim de minimizar o risco de infecções. Quando utilizada para alimentação, a sonda nasogástrica deve ser montada em equipo próprio, com gotejo controlado, e deve ser limpa com aplicação de água (20 ml) no final de cada utilização. Esse procedimento deve ser repetido a cada troca do frasco de alimentação para evitar que a comida liquefeita endureça no cateter provocando a obstrução e forçando a substituição da sonda. Pacientes com sonda nasogástrica devem seguir rigorosamente a dieta prescrita pela equipe médica.
Sonda Retal 
A sonda retal é indicada para aliviar a tensão provocada por gases e líquidos no intestino grosso e também para retirada de conteúdo fecal através do reto. A mais importante utilização da sonda retal é para a lavagem intestinal, que elimina ou evita a distensão abdominal e flatulência, facilita a eliminação de fezes, remove sangue nos casos de melena e prepara o paciente para cirurgia, exames e tratamento do trato intestinal.
Sonda de Gastrostomia 
Gastrostomia é um procedimento cirúrgico para a fixação de uma sonda alimentar. Um orifício é criado artificialmente na altura do estômago objetivando uma comunicação entre a cavidade deste e a parede do abdome. Este orifício cria uma ligação direta do meio interno com o meio externo do paciente. A sonda de gastrostomia é um tubo que se introduz no estômago através do abdome. Esse tratamento é administrado em pessoas com dificuldade para se alimentarem sozinhas, que pode resultar de uma deformidade na boca ou no esôfago ou dificuldade para tragar ou manter o alimento no estômago. Também se destina a pessoas que podem ingerir alimentos e líquidos pela boca, mas não em quantidade suficiente para sua necessidade nutricional. A sonda gástrica também pode ser utilizada para administrar medicamentos.
Sonda de Jejunostomia 
A jejunostomia é uma operação que consiste em abrir orifício no jejuno, através da parede abdominal, nesta abertura posiciona-se uma sonda através da qual se introduz alimentos ou medicamentos ou se faz uma saída artificial de fezes. Este procedimento é realizado em pacientes que perderam, temporária ou definitivamente, a capacidade de deglutir os alimentos e que não podem ou não conseguem se alimentar pela boca, pacientes que sofreram lesões cerebrais graves ou transtornos do trato gastrointestinal superior. Recomenda-se quando há necessidade de alimentação por longo prazo.
Sonda Neonatal
Em recém nascidos deve-se tomar cuidado ao definir quais sondas serão utilizadas, levando-se em consideração o tamanho do paciente e a finalidade. Habitualmente as sondas utilizadas são número 4, 6, 8 ou 10. Na sondagem gástrica é realizada a passagem de uma sonda da narina ou cavidade oral até o estômago, seguindo o trajeto do sistema digestivo. É indicada para esvaziamento gástrico, alimentação, medicação, lavagem gástrica em casos de intoxicação e exames diagnósticos. Na sondagem orogástrica, é feita a inserção de uma sonda na cavidade oral com finalidade de descompressão do estômago ou para alimentação. A via oral é utilizada em pacientes com desvio do septo nasal e lesões, é a via de preferência dos neonatos devido a sua respiração ser essencialmente pela narina. A sonda nasogástrica é inserida na cavidade nasal para alimentação ou descompressão do estômago e a sonda enteral é utilizada para oferecer suporte nutricional a pacientes com trato gastrintestinal funcionante, mas que não mantem ingestão oral adequada. 
Equipo 
Os equipos comuns devem apresentar, na porção proximal, um adaptador na forma pontiaguda para conexão nos frascos e bolsas de solução, uma câmara gotejadora flexível e transparente. O tubo extensor confeccionado em PVC ou polietileno com comprimento adequado para a necessidade da terapia deve ser transparente e flexível. Para administração de fármacos fotossensíveis, o
equipo deverá apresentar coloração âmbar. O equipo graduado deve apresentar um tubo extensor proximal, transparente e flexível, com adaptador perfurante para conexão em frasco ou bolsa de solução. A câmara graduada deve apresentar corpo rígido, ser transparente, graduada em mililitro, com filtro e injetor autosselável, livre de látex. A troca do equipo varia de acordo com a finalidade a que ele se destina, se for infusão contínua deve-se realizar a troca a cada 72 - 96h, para infusões intermitentes, nutrição parenteral e emulsões lipídicas troca-se a cada 24h e para administração de sangue e hemocomponentes deve-se proceder a troca a cada bolsa. 
Bomba de Infusão 
A manutenção preventiva deste equipamento deve ser realizada de acordo com o cronograma estabelecido pelo fabricante ou pela instituição. É necessário manter-se os registros das manutenções e a limpeza/desinfecção da superfície e do painel das bombas de infusão devem ser realizadas a cada 24h ou na troca de paciente, seguindo-se as recomendações do fabricante. 
Referências 
Acesso Venoso Central. Disponível em: < https://sites.google.com/site/monitoriadetraumaufrn/home/acesso-venoso-central> Acesso em 18 de outubro de 2017. 
ANVISA. BD Intracath Cateter Intravenoso Central. Disponível em: < http://www4.anvisa.gov.br/base/visadoc/REL/REL[33332-1-1].PDF>. Acesso em 18 de outubro de 2017.
Informações ao Paciente sobre Porth-A-Cath (Cateter Totalmente Implantado). Disponível em: <http://www.oncoguia.org.br/conteudo/informacoes-ao-paciente-sobre-portacath-cateter-totalmente-implantado/246/107/>. Acesso em 18 de outubro de 2017.
Conheça o Porth-A-Cath ou Cateter Totalmente Implantado. Disponível em: < http://drfelipeades.com/2016/05/24/com-quimioterapia/>. Acesso em 18 de outubro de 2017. 
Sondagem Retal e Lavagem Intestinal. Disponível em: < http://jcenfermeiro.blogspot.com.br/p/sondagem-retal-e-lavagem-intestinal.html>. Acesso em 18 de outubro de 2017.
ARAGÃO, H. Sondagem Gástrica Pediátrica. Disponível em: <http://enfermagembio.blogspot.com.br/2015/02/sondagem-gastrica-pediatrica.html>. Acesso em 18 de outubro de 2017.
OLIVEIRA, C. R. Nutrição do recém nascido. Disponível em: <http://www.ebserh.gov.br/documents/-285685a4e3ae>. Acesso em 18 de outubro de 2017.
Cuidados da Enfermagem na admissão UTI Neonatal. Disponível em: < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao>. Acesso em 18 de outubro de 2017.
Gastrostomia e Cuidados. Disponível em: <http://enfermagem-acao.blogspot.com.br/2010/07/gastrostomia-e-cuidados.html>. Acesso em 18 de outubro de 2017.

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