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resumo penal

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Resumo DIREITO PENAL
1)PRINCIPIOS RELACIONADOS A MISSÃO DO DIREITO PENAL:
*Princípio da exclusiva proteção dos bens jurídicos: Tanbém conhecido como da ofensividade ou da lesividade, ocorre quando há lesão ou ameaça ao bem jurídico protegido por lei. Esse bem jurídico poder ser a vida, integridade física, propriedade, etc.
Funções: 
a) fundamentadora
b) sistematizadora
c) interpretativa
d) processual
Todos os bens jurídicos são constitucionais? nem todos
Bens podem ser: Individuais - Vida, patrimônio, honra, etc.
Coletivos: Que pertencem a um grupo de pessoas.
Ou Transindividuais: Que pertencem a um número inimaginável. 
Bem jurídico/objetividade jurídica é diferente de objeto material.
Princípio da Intervenção Mínima
Sua principal função é orientar e limitar o poder incriminador do Estado. Considera um ato como crime, somente se constituir proteção a determinado bem jurídico. Se recorre ao Direito Penal, apenas quando os meios de controle estatal e jurídicos foram insuficientes.
 ULTIMA RATIO – último mecanismo de intervenção nos conflitos sociais. 
O Direito Penal só deveria atuar quando os outros ramos do direito fossem incapazes de resolver o problema, mas na prática acaba sendo prima ou sola ratio com a criação de novos crimes.
LUIGI FERRAJOLI: O legislador, ao estabelecer as contravenções penais e puni-las com simples multa, adotou um primeiro critério programático de penalização (abrandamento).
Fragmentariedade: pequenos fragmentos relevantes para o dir. penal. Só deve se preocupar com ofensas realmente graves aos bens jurídicos protegidos.
Subsidiariedade: Dto. Penal só deve intervir quando não for possível resolver um conflito social com outros ramos do direito. 
Princípio da Insignificância
Também conhecido como bagatela, o princípio da insignificância analisa a proporção entre a gravidade da conduta do criminoso, e a necessidade da intervenção estatal sobre isso.
Conduta realizada pelo agente produz significado ínfimo, inexpressivo para a convivência social. O critério é OBJETIVO = não observa-se as condições da vítima ou do agente. 
Requisitos do STF para a insignificância:
·	Mínima ofensividade da conduta do agente.Nenhuma periculosidade social da ação.
·	Reduzidíssimo grau de reprovabilidade do comportamento do agente.
·	Inexpressividade da lesão jurídica provocada.
MINIMALISMO PENAL: Direito penal mínimo, de pequeno conteúdo.
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GARANTISMO PENAL: Foco -> criminoso. Sistema que pensa nas garantias, nos direitos, no indivíduo que infringiu a norma. Saber quais os seus direitos, como o Estado vai agir com quem infringe a norma, as suas ferramentas, etc. (sem isso o Dto. Penal poderia ser aplicado de qualquer maneira, sem limites para o Estado punir).
Axiomas do Garantismo Penal:
1)Nula poena sine crimen
- não há pena sem crime, este é que pode dizer que espécie de sanção pode ser aplicada. Só existe castigo se houver crime.
2)Nullum crimen sine legem
- não há crime sem lei penal.
3)Nulla lex poenalis sine necessitate
- não há lei penal sem necessidade, deve haver um motivo para a existência da lei.
4)Nullum necessitate sine iniuria
- não há necessidade sem ofensa ao bem jurídico 
5)Nulla iniuria sine actio
- não há ofensa ao bem jurídico sem conduta (1º requisito do fato típico – requisito do crime)
6)Nulla actio sine culpa
- não há conduta sem dolo ou culpa
7)Nulla culpa sine juditium
- não há culpabilidade sem o devido processo legal.
8)Nullum juditium sine acusatione
- não existe processo sem acusação, e o dto. penal depende do processo para ser efetivo pois não tem autonomia para aplicar as normas.
9)Nulla acusatione sine probabilis
- não há acusação sem provas
10)Nulla probatio sine contraditione
- não há provas sem contraditório
Adequação social: Comportamento proibido pela norma que, com a evolução da sociedade, passa a ser aceito por ela e o Estado pode apenas punir as condutas que tenham relevância social. Condutas socialmente permitidas, adequadas ou até mesmo toleradas não devem ser tipificadas pela lei penal, mas somente aquelas condutas de relevância social. O princípio seleciona os comportamentos, além de determinar valores aos mesmos.
Ex.: Jogo do bicho, lesões em jogos esportivos, cortar cabelo no trote universitário, etc. -> condutas socialmente toleradas.
Teoria da tipicidade conglobante: fato típico pressupõe que a conduta esteja proibida pelo ordenamento jurídico como um todo, globalmente considerado. Assim, quando algum ramo do direito, civil, trabalhista, administrativo, processual ou qualquer outro, permitir o comportamento, o fato será considerado atípico. O direito é um só e deve ser considerado como um todo, um bloco monolítico, não importando sua esfera (a ordem é conglobante). Seria contraditório autorizar a prática de uma conduta por considerá-la lícita e, ao mesmo tempo, descrevê-la em um tipo como crime. O direito não pode dizer: pratique boxe, mas os socos que você der estão definidos como crime. Se o fato é permitido expressamente, não pode ser típico. Com isso, o exercício regular do direito deixa de ser causa de exclusão da ilicitude para transformar-se em excludente de tipicidade, pois, se o fato é um direito, não pode estar descrito como infração penal. 
Devido Processo Legal
Não há possibilidade do juiz condenar um acusado qualquer, de maneira arbitrária, sendo que quem praticou o crime tem o direito de ter um julgamento justo. Os tribunais de exceção, no caso, estão proibidos. Eles são característicos daqueles em que o acusado já tem conhecimento prévio da condenação, mesmo antes do veredicto. Logo, o julgamento passa a ser definido como farsa que justifica a pena, embora aparente um caráter justo e isento.
Princípio da Inocência
Presumidamente, todo cidadão é inocente, salvo quando se prova o contrário. Logo, quem precisa provar a culpa do acusado é o Estado, e não ele provar sua inocência. “Para o direito penal, na dúvida, é melhor que um culpado seja solto, do que um inocente punido.
Retroatividade da Lei mais Benéfica
“Quando o fato não é mais considerado crime pela nova lei, ocorre o fenômeno da abolitio criminis.” O acusado pode ser beneficiado caso a sua pena seja diminuída, ou o crime ser descriminalizado (ou seja, deixarem de ser crimes, como foi o caso do adultério e da sedução), após a condenação. Entretanto, em caso contrário, se a lei se tornar mais severa, não será aplicada ao réu.
Direito à Defesa
“Se a pessoa não tiver recurso para contratar um defensor, o Estado proporcionará a defesa.” Independentemente do crime praticado e das suas circunstâncias, qualquer acusado tem direito à defesa.
Princípio da Fragmentariedade
Estabelece que nem toda ameaça de lesão ou lesão são proibidos de acordo com a lei penal, como da mesma forma, nem tudo tem sua proteção. O Código Penal se limita aos fatos mais graves e que sugerem maior importância, tendo caráter seletivo de ilicitude.
Princípio da Culpabilidade
Habilidade de tornar alguém incapaz de praticar infração penal, possibilitando a aplicação de uma pena com limites de individualização. Ou seja, àquele autor de um fato considerado antijurídico, não pode ser responsabilizado pelo seu resultado, caso não tenha agido com culpa ou dolo.
Princípio da Humanidade
O poder punitivo estatal é vedado por esse princípio, que proibe a aplicação de penas crueis como a capital e a prisão perpétua, pois são sanções que atingem a dignidade da pessoa humana. Prioriza-se a ressocialização do condenado através da execução penal, e não a sua degradação.
Princípio da Dignidade da Pessoa Humana
Previsto na Constituição Federal de 1988, esse princípio defende a dignidade do homem, protegendo-o das ações indevidas e arbitrárias do Estado. A razão deve prevalecer acima da emoção, no momento de se julgar a criminalidade do pior dos deliquentes, jamais intervindo como instrumento repugnante ou vexatório.
Princípio do in dúbio pro reo
Na dúvida sobre a acusação da prática de uma infração penal, o acusado, em seu julgamento final, deverá
ser absorvido. Quando não houver provas suficientes, havendo dúvidas, acata-se a interpretação mais favorável ao réu.
Princípio da Igualdade
Princípio que rege a aplicação da lei penal de maneira igualitária a todos os cidadãos. Prioriza-se a igualdade material acima da formal, buscando a não discriminação e proibido diferenças de tratamento, como está prescrito na Constituição Federal de 1988.
Princípio da Efetividade
De acordo com esse princípio, o Direito Penal, quando na sua intervenção, deve sempre ser eficaz e agindo de maneira preventiva e, quanto necessário, repreensiva.
Princípio da Proporcionalidade
Destina-se ao legislador, quando for criar uma norma com base na previsão de um fato abstrato, que leve em consideração a constituição de uma pena proporcional a prática antijurídica. Num segundo momento, quando se tratar de fatos concretos, o Estado-juiz, aplicador da lei penal, deve ter em mente aplicar pena proporcional, dentro dos critérios objetivos e subjetivos, ao injusto praticado.
Princípio do ne bis in idem
Para a prática de uma única infração penal, deverá haver somente uma punição criminal, impossibilitando a existência de duas ou mais punições.
2)PRINCIPIOS RELACIONADOS AO FATO DO AGENTE
Princípio da materialidade do fato: o direito penal tem de ser do fato, não do agente.
a) Não punir a cogitação(por meros pensamentos)
b) Não punir pelo estilo de vida.
Princípio da ofencividade: 
Crime de dano(lesão ao bem jurídico).
Crime de perigo ---> Concreto: visível/palpável. ---> Abstrato: perigo presumido, não há perigo aparente mas a lei diz que há.
Analogia: só há analogia em bonam partem, em favor do réu.
Requisitos do resultado juridico: 
- Resultado concreto (verificar se é concreto para ser crime)
- Transcedental: O comportamento deve atingir o bem jurídico de outra pessoa, auto lesão é irrelevante para o direito penal, salvo se produzida a fim de lesar outro bem jurídico.
- Grave ou Significativo: que seja caracterizado como uma lesão importante.
- Intolerável: tudo aquilo que a sociedade não admite.
Princípio da legalidade: Não há crime nem pena sem prévia legal. Se não está na lei não é criminoso. Fontes mediatas - preenchem algumas lacunas do direito.
Para que um fato seja criminoso precisa de lei anterior que o defina e deve ser analisada a natureza da lei(espécie), se a lei vigente revogou lei anterior e se não houve nova lei tratando do mesmo assunto antes da sentença (pois se a norma mais nova for mais benéfica deve ser utilizada).
Garantias do princípio da legalidade: 
1- Lei escrita (lex escripta): que foi publicada no D.O.U.
2- Lei emana do povo (lex populi): Poder legislativo age por meio do congresso nacional, respeitando o processo legislativo.
iniciativa: ex.: Presidente da República propõe lei, será verificado o projeto e sua viabilidade jurídica.
- aprovação: analise e aprovação pelo C.N.
- sanção/veto: pelo Presidente da República.
- promulgação: vacatio legis (ou não, grande parte das leis penais não tem, simplesmente entra em vigor no dia da publicação).
3- Lei certa (lex certa): A lei é taxativa, certa. Conteúdo compreensível, não pode ter interpretações dúbias ou vagas.
4- Lei clara (lex clara): deve ser inteligível.
5- Lei determinada (lex determinata): deve ser determinada (comando). Ex.: não faça, se fizer será punido.
6- Lei razoável (lex razoabili): deve haver equilibrio. Ex.: Equiparar a vida humana a vida de um animal. Projeto tramitando para equiparar crimes ambientais aos crimes culposos no novo C.P.B. 
7- Lei restrita (lex stricta): não pode ser ampliada a abrangência da lei para casos não previstos no seu conteúdo - não há analogia.
8- Lei prévia (lex praevia): princípio da anterioridade, art. 5°, XL, CF/88. A lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.
9- Não há lei sem ofensa (injúria), deve descrever a ofensa ao bem jurídico.
10- Lei proporcional: pena.
Princípio da anterioridade: unido ao princípio da legalidade compõe os princípios da reserva legal (princípio da reserva legal: criminalizar condutas), ou seja, nenhuma pena poderá ser aplicada se não houver sanção pré-existente e correspondente ao fato.
Por exemplo, um indivíduo comete um ato que ao ver de uma pessoa ou do Estado seja de alguma forma prejudicial, todavia, esse ato não é crime se não estiver anteriormente instituído em uma lei.
O delito e a pena precisarão ser encontrados em uma lei vigente ao tempo da prática do ato, sendo instituída a lei após o ato não retroagirá para puni-lo.
Princípio da taxatividade: A lei deverá detalhar e explicar o conteúdo da conduta criminosa não devendo conter expressões vagas ou de sentido equívoco, ou seja, este princípio se encontra ligado à técnica redacional legislativa. Não basta existir uma lei que defina uma conduta como crime. A norma incriminadora legal deve ser clara, compreensível, permitindo ao cidadão a real consciência acerca da conduta punível pelo Estado.
 O princípio da taxatividade, ou da determinação, não está expresso em nenhuma norma legal. Trata-se de uma construção doutrinária, fundamentada no princípio da legalidade e nas bases do Estado Democrático de Direito.
3)PRINCÍPIOS RELACIONADOS AO AGENTE DO FATO
Princípio da responsabilidade subjetiva: A conduta do agente deve ser praticada com dolo ou culpa. Não há responsabilidade objetiva.
Princípio da responsabilidade objetiva: Decorre do comportamento praticado por um agente que atua com uma conduta dolosa ou culposa. O direito penal rechaça uma responsabilidade objetiva porque está valora a voluntariedade que gera um resultado. Obs.: a resp. obj. é encontrada na relação existente entre administração e os administrados.
·	Princípio da responsabilidade pessoal: Art. 29 CPB. Quem, de qualquer modo concorrer para o crime, incide nas penas a este cominadas, na medida da sua culpabilidade. Desde que tenha agido com dolo/culpa.
- Não existe responsabilidade familiar, a família não responde pelo crime do indivíduo.
- Não existe responsabilidade societária, o sócio não responde pelo crime de outro sócio.
- Não existe responsabilidade coletiva, se não há incitação para o ato, a coletividade não responde pelo crime do indivíduo.
* A responsabilidade no âmbito penal necessita de verificação de que a conduta foi praticada com dolo ou culpa. Portanto, somente pessoas físicas poderiam delinquir.
* Quem pode ser autor de um crime -> IMPUTÁVEL, pessoa jurídica não o é.
·	Teoria da ficção: As pessoas jurídicas não tem consciência nem vontade, muito menos finalidade no que se refere ao crime. Também não possuem capacidade de sofrer a imposição de penas (neste caso, privativas de liberdade).
·	Teoria da realidade: Otto Von Gurke. As pessoas jurídicas tem uma vontade decorrente de um conceito de uma ação delituosa institucional. Os comportamentos praticados dependem de decisões tomadas colegiadamente pelas pessoas que compõem a pessoa jurídica e que praticam os comportamentos. Ex.: Crime ambiental – vontade institucional.
As pessoas jurídicas ficam sujeitas a pena de outra natureza.
No Brasil, o legislador constituinte, através do art. 225, § 3º, CF/88, criou a possibilidade jurídica de responsabilizar penalmente as pessoas jurídicas, o que foi materializado através da lei 9.605/98 expressamente no art. 3º. Além disso, a lei criou novas espécies de pena compatíveis com a natureza das pessoas jurídicas.
·	Teoria da Dupla Imputação: A pessoa jurídica será penalizada pelo crime, as pessoas jurídicas que executaram o comportamento em nome da pessoa jurídica também responderão pelo crime. Ambos são imputados. Para punir a P.J. deve-se encontrar a P.F. por trás dela. Segundo os franceses a responsabilidade causada por pessoa jurídica é uma responsabilidade indireta ou por efeito ricochete. 
VÍTIMA: Sujeito passivo – é diretamente atingido pelo comportamento. 
O Estado também é um sujeito passivo, presente em toda infração, pois cria a norma e, quando alguém a viola, está lesando interesse do Estado qual seja que esse comportamento não
aconteça. SUJEITO PASSIVO CONSTANTE. E é lesado diretamente quando é praticado um crime contra o erário público. 
Improbidade administrativa não é crime! É um comportamento praticado por um agente público que viola princípios norteadores da administração pública (legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência – Art. 37, § 4º). Funcionário público (mesmo o concursado) que se aproveitou da máquina pública para si ou para familiar, amigos, terceiros. Isso pode ser tanto improbidade administrativa quanto crime, pode sofrer punições no campo administrativo e penal.
CRIME QUANTO AO AUTOR: 
Comum: Qualquer pessoa pode executá-lo, não há exigência legal quanto ao autor do comportamento. 
Próprio: O autor desse crime deve ter alguma qualidade especial, mas também pode delegar atividades a outras pessoas (e mesmo essas pessoas podem responder pelo crime, mesmo que não detenham a qualidade necessária, desde que tenham cometido o crime por aproveitamento da referida qualidade). Ex.: Peculato – se o autor for funcionário público houver um coautor que não seja, ambos responderão pelo crime (art. 212, 327 CPB). 
Mão própria: Indelegável. Somente a pessoa detentora da condição é que pode ser autora do crime. Ex.: Falso testemunho, infanticídio, deserção, etc.
*erro de tipo = falsa percepção, conhecimento. 
Princípio da culpabilidade: ninguém pode ser punido sem que tenha capacidade de entendimento, compreensão, querer e entender, que tenha capacidade de escolha.
Pecuriculosidade: tem as pessoas consideradas inimpútaveis por questões pscicológicas e que, por seu comportamento, indicam que tem capacidade de oferecer risco a sociedade. Culpabilidade tem os imputáveis. E requisitos do crime e fundamento da pena, inclusive para o juiz fazer a dosimetria (medir o tamanho da pena e a sua graduação).
Princípio da igualdade: Deve-se tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais, na medida de sua desigualdade. Num homicídio planejado e realizado coletivamente, deve ser analisado o papel de cada um e devem ser punidos de acordo com a condição pessoal de cada um.
4) PRINCÍPIOS RELACIONADOS COM A PENA.
Principio da legalidade.
Princípio da vedação da pena indigna.
Princípio da humanidade.
·	Princípio da necessidade da pena: A pena é necessária quando forem preenchidos todos os requisitos do crime: que o fato seja típico, ilícito e que o agente seja dotado de culpabilidade. 
* Perdão judicial: Instituto que afasta a necessidade de aplicação da pena desde que o fato resulte em consequências outras que sejam uma forma de castigo natural – decorrentes do crime. Ex.: Pai que acaba matando filho por acidente – não há justificativa plausível para aplicação da pena.
Princípio da individualização: 
1 – Cominação da pena: Feita pelo legislador. Definição da pena mínima e máxima de acordo com o bem jurídico protegido e o grau de violência empregada pelo autor do comportamento.
2 – Aplicação da pena: Juiz leva em consideração fatores do crime e de natureza subjetiva do autor do crime (idade, personalidade, etc.)
3 – Execução da pena: Juiz da execução criminal e funcionários do sistema prisional. Verificar o comportamento do indivíduo.
Ex.: Lei 8.072/1990 – Crimes hediondos. Categoria criada pela CF/88 e definida por legislador ordinário. Crimes mais graves que gerassem repercussão em demasia para a sociedade. Homicídio qualificado – Daniela Peres. Antes a pena deveria ser cumprida em regime fechado integralmente, mas com decisão proferida pelo STF passou a ser inconstitucional. Como isso implicaria em complicações na dosimetria da pena dos que já estavam encarcerados, o legislador alterou para “inicialmente” em regime fechado. Princípio da pessoalidade/personalidade da pena: 
Nenhuma pena passará da pessoa do condenado, é intransferível. Exceto dívida, se o patrimônio transferido a herdeiro(s) era fruto de desvio/lavagem de dinheiro. A obrigação de reparar o dano cometido pelo falecido e a decretação de perdimento dos bens, serem estendidas aos sucessores e contra eles executados. Pena de multa não é transferida. Princípio da suficiência da pena: 
A pena deve ser capaz de dar uma resposta ao autor do crime, o que pode ser obtido com penas de naturezas diversas.
Princípio da proporcionalidade: a proporcionalidade deve se dar entre delito e pena sendo que a sua aplicação tem por objetivo proibir excessos mas também uma proteção deficiente por parte do aplicador da lei e principalmente da lei.
A pena deve ser proporcional ao como como foi cometido o crime e ao dano sofrido pela sociedade. Critério razoável entre crime e pena para evitar penas severas para crimes não tão graves, e vice-versa, e entre todos os crimes do CPB conforme as agressões aos bens jurídicos. 
O STF tem entendido que punir um agente que atua com dolo eventual (deve saber, não quer o resultado, mas assume o risco) mais severamente do que aquele que age com dolo direto (sabe e quer o resultado) viola o princípio da proporcionalidade, que objetiva proibir o excesso e também a proteção deficiente da lei. Ex.: Arts. 129, 180 e 303 do CPB.
5) PRINCÍPIO DA LEGALIDADE.
Dentro desse princípio, há a exigência de uma lei anterior que defina a prática de um ato reprovável como crime. Caso o ato não seja caracterizado crime, então o praticante não será condenado. “Não existe crime, ou pena, sem lei prévia que o defina.”
Esse princípio está previsto no art. 1º do Código Penal e também no artigo 5º, XXXIX da Constituição. É uma forma de limitação do Direito Penal para atuar somente dentro da lei, dentro das normas positivadas. Decorrente desse entendimento, temos o princípio de anterioridade da lei. A lei penal só pode retroagir se for para beneficiar o réu, caso contrário, não pode ser aplicada a fatos anteriores.
No Código Penal:
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação legal.
E na Constituição Federal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal;
XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
Preceito primário = define o comportamento vedado.
Preceito secundário = define a pena para o referido comportamento.
A legalidade tem uma característica criminal porque estabelece os crimes e penal porque define as respectivas penas. Mas também tem um aspecto processual porque, a partir delas, fica viabilizada a existência do processo. E, além disso, também tem um viés execucional, pois também é o ponto de partida para uma futura execução de pena.
6) TEORIA DA NORMA PENAL.
A norma cria o ilícito, já a regra (lei) cria o delito;
Dessa forma a conduta criminosa viola a norma, ao praticar o delito, criação da lei penal.
Características da Lei Penal:
a) Exclusividade: Somente a lei pode criar delitos e penas; Art. 5º, XXXIX, d a CF e Art. 1º, CP.
b) Imperatividade: É de aplicação obrigatória, pois a prática de uma infração penal deve acarretar a imposição de uma sanção penal.
c) Generalidade: A lei penal dirige-se indistintamente a todas as pessoas que estejam sob a jurisdição do Brasil, inclusive os inimputáveis.
d) Impessoalidade: A Lei Penal projeta seus efeitos abstratamente a fatos futuros, para qualquer pessoa que venha a praticá-los. 02 exceções – anistia e abolitio criminis.
e) Anterioridade: As Leis Penais Incriminadoras apenas podem ser aplicadas se estavam em vigor quando da prática da infração penal.
Classificação da Lei Penal
a) Incriminadoras: Norma penal que disciplinará quais comportamentos que serão criminosos. Toda norma penal que trata de um crime é incriminadora, seja no CP seja em outra lei. Basta a previsão de um crime no texto, com a respectiva punição/sanção. 
b) Não Incriminadoras: Crime: fato típico + ilicitude + culpabilidade
Fato típico => Conduta – resultado – nexo causal – tipicidade
Há uma presunção de que, se o fato for típico – que tem tipicidade formal, está na lei – o comportamento violou a lei e causou um resultado. Pressupõe-se que isso foi um crime, uma ilicitude. Há uma presunção legal e lógica de que sempre que há um fato típico ele também será crime. Porém, nem sempre é uma ilicitude, o legislador define certas situações que afastam o caráter ilícito do fato. 
Justificantes => Causas de justificação, justificam/permitem a prática de um fato típico, desde que atendidas as particularidades previstas na lei: legítima defesa (art. 25 do CP – utilizando meio necessário, suficiente e capaz de paralisar o ataque injusto, e de forma moderada), estado de necessidade (situação de perigo a um bem jurídico que não tenha sido causada de forma intencional pelo proprietário do bem jurídico e que não havia outra alternativa para evitar, ex.: ataque de animal, situação de perigo eminente, agressão a bem jurídico alheio de forma moderada a fim de proteger o seu próprio, exercício regular de um direito (coação para evitar suicídio), estrito cumprimento de um dever legal (CPP art. 301)
Não serão práticas incriminadoras, desde que ocorram conforme as respectivas previsões legais.
Exculpante: Normas penais que vão afastar a culpabilidade Ex.: Art. 26 CP. – Prevê inimputabilidade se, ao tempo da ação ou omissão, a pessoa não teve capacidade de discernir quanto ao comportamento. 
Nota para o art. 27, § 1º
Culpa: Comportamento descuidado =/= Culpabilidade: capacidade de compreensão
aq
Explicativa ou complementar: Normas que existem para viabilizar a aplicação de outras normas. Ex.: norma que diz o tempo do crime art. 4º, o local do crime art. 6º, a que fala do princípio da territorialidade art. 5º, sobre prescrição art. 109(???) -> todas as de caráter explicativo, das quais dependem as normas incriminadoras. art. 327 CPB.
7) NORMA PENAL EM BRANCO.
Preceito primário + preceito secundário (sancionador)
Normas que necessitam de complementação, de preenchimento de um vazio para que possam ser aplicadas. Normas penais em branco são aquelas que possuem um preceito primário indeterminado quanto ao seu conteúdo, porém, determinável com um preceito sancionador certo e determinado. O conteúdo pode ser determinado.
Homogêneas: A regra que preenche o seu vazio será produzida pela mesma fonte legislativa que produziu a lei penal = Legislador. 237 CP é complementado com o 1521 CC
(parente por afinidade: sem consanguinidade, outro vínculo que não de parentesco)
Heterogêneas: Preenchimento da norma vem de outra fonte que não a legislativa. Ex.: portaria do Min. Da Fazenda/ da Saúde, regulamento, decreto. Definição de substâncias consideradas drogas para efeito da lei anti drogas: portaria da anvisa nº 344; Art. 269 CP, complementado também com portaria da anvisa, e o 268 também (precisam da definição de doença e doença contagiosa)
Lei 1 crime(fato típico se amolda ao cont. da lei) lei 2 (revoga a 1) (descriminaliza) 
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Em regra, lei penal não retroage, mas se beneficia o réu, DEVE abranger o fato anterior, DEVE retroagir. 
Certa feita a portaria da anvisa sobre drogas sofreu modificação e foi esquecido o lança-perfume, por um período não foi crime e nesse período foram libertos os que estavam presos por esse motivo e os juízes tomaram decisões considerando a sua descriminalização. Em seguida, uma terceira portaria da anvisa incluiu novamente essa substância e, então, passou a ser crime. Mas essa terceira portaria NÃO retroage.
Norma penal em branco ao revés (Luis Flávio Gomes) = Normas penais remetidas/incompletas/imperfeitas. O preceito sancionador é o problema, não há pena expressa no dispositivo legal. A pena deve ser buscada em outros crimes da legislação penal. Ex.: art 304 CP – uso de documento falso. Genocídio lei nº 2889/56, art. 1. Art. 121 CP – pena do homicídio qualificado.
CARACTERÍSTICAS
Exclusividade: Só a norma penal pode definir o que é infrações penais (crimes e contravenções) no Brasil.
Imperatividade: Autoritária, coercitiva. Se as pessoas praticarem os comportamentos vedados por ela sofrerão consequências, é obrigatória.
Generalidade – Erga omnes: Destina-se a todos que estiverem dentro do território nacional (inclusive estrangeiros se praticar ato que se encaixe no fato típico). A sanção também, exceto aos inimputáveis. 
Abstrata: Primeiro há a norma, depois o crime. A partir do momento que há a norma, quando o fato acontecer há a adequação típica, deixa de ser abstrata para ser concreta quando o fato acontece depois que ela existe.
Impessoal: Quando é produzida não se dirige a um indivíduo ou grupo, mas a todos. 
Uma norma penal é um comando imperativo e valorativo veiculado pela lei penal. 
Todo preceito primário de uma norma possui dois aspectos muito importantes, o primeiro é valorativo, pois toda norma existe para proteger um valor, e um aspecto interpretativo, pois toda norma exige uma determinada conduta.
8) LEI PENAL NO TEMPO
Novatio legis incriminadora: principio da irretroatividade da lei penal. (mais severas)
Novatio legis in pejus: lei não retroage jamais. (não retroage pois prejudica o réu, mais severas).
Tempus Regis actum
Uma lei somente deixa de existir quando lei posterior que tratar do mesmo assunto a revogar. Princípio da retroatividade da lei penal mais benigna: Os atos praticados, em tese, são regulados pela lei em vigor no tempo do ato praticado. Quando nova lei trata do mesmo assunto depende do conteúdo desta. Se esse conteúdo trouxer carga incriminadora, de agravamento da situação do réu, se aplicará apenas aos fatos futuros. Se essa nova lei passar a dar tratamento melhor, mais benéfico, ameno ao autor do fato criminoso, produz efeitos pretéritos = DEVE retroagir
Abolitio criminis => Lei nova descriminaliza determinado comportamento – Tem caráter retroativo. Figura foi abolida da legislação penal. O Estado não quer mais punir determinado comportamento. Apaga todos os efeitos penais (o processo é suspenso e arquivado, se está preso deve ser posto em liberdade, se foi condenado também, os efeitos da condenação também devem ser apagados – se o indivíduo cometer um crime ‘novamente’ não será reincidente, pois o fato deixou de existir para a legislação penal. 
EM REGRA = IRRETROATIVIDADE
Irretroatividade: Não retroage, a não ser in bonam partem => princípio da retroatividade da mais benigna
Princípio da irretroatividade da lei penal mais gravosa.
Novatio legis in mellius
Dará tratamento penal benéfico, trará benefícios para o criminoso (diminuição da pena, 
DEVE retroagir
Ex.: Lei 6368/76- lei de drogas, posse de drogas para uso próprio art. 16 previa pena de detenção de 6 meses a 2 anos. A atual lei (Lei 11343/06) de drogas prevê no art. 28 penas alternativas, não de prisão. - > retroage
Novatio legis in pejus
Lei nova que passa a dar pena mais grave (o fato passa a ser mais grave, aumenta a pena, aumenta o regime de cumprimento, etc.) do que a lei anterior, NÃO retroage
Art. 334 Contrabando e descaminho, quando foram igualados, não retroage. 
Feminicídio – homicídio qualificado -> crime hediondo. Lei pior para o réu. 
Progressão 2/5 1ºs, 3/5 reinc.
Novatio legis incriminadora
Fato que até então não era criminoso e o Estado, a partir de determinado momento, passa a entende-lo como crime. Efeitos futuros, nunca retroativos. 
Efeito ultra-ativo da norma: A norma não existe mais mas tem a possibilidade de produzir efeitos pois é a mais benéfica.
Lex tertia: combinação de partes benéficas de leis pelo poder judiciário. Compreensão jurídica dos tribunais a respeito de um assunto q poderiam construir uma normaa q n existe. Interpretação da lei q extrai partes benéficas de duas normas .
L1 + L2 = L3
Compreensão jurídica que os tribunais dão em relação a um assunto que o judiciário fica autorizado a extrair a parte mais benéfica de duas normas distintas, criando uma terceira
“norma”, que não existe normativamente, mas é fruto da interpretação judicial
Segundo o STF pode, segundo o STJ não
Leis temporárias: Prazo de duração pré-definido.
Produzidas para serem vigentes durante determinado espaço de tempo. Objetiva contemplar determinada situação.
Lei 12.663, artigo 36
Sum 501 stj
Leis excepcionais
São auto-revogáveis, duram até que a situação para a qual foram criadas e, assim que desaparecer o fato gerador, deixam de ter vigência.
·	Tais leis são disciplinadas no art. 3º do CPB, no entanto, alguns autores como Guilherme Nucci, Rogério Greco, Nilo Batista e Eugenio Raul Zafaroni alegam que o art. 3º é inconstitucional, em virtude de que o artigo não teria sido recepcionado pela CF/88, mais precisamente, contraria o art. 5ª, inciso XL, da CF/88, segundo a interpretação de que tais leis não poderiam ser ultraativas pois prejudicariam o réu.
Crime continuado: Quando um mesmo crime, com um mesmo modus operandi é praticado reiteradas vezes, por um lapso de tempo (no máximo 3 meses), em determinado local. Deve ser tudo o mesmo, local, lapso temporal, modus operandi e pessoas envolvidas.
Por ficção legal (prevista na lei) todos os furtos constituem um só, a fim de evitar penas muito exacerbadas, elevadas.
Furto 1 furto 2 furto 3 furto 4 LEI NOVA DE FURTO furto 5
Como todos são um só, a pena será aplicada conforme a lei nova, independente se a pena será mais gravosa ou não porque não constitui retroatividade, uma vez que parte do crime ocorreu após a sua entrada em vigor.
Utiliza-se a pena mais alta para o crime e acrescenta-se de 1/6 até 2/3
Crime permanente: O efeito do crime se perpetua no tempo. Ex.: Sequestro, transporte/ manter consigo produto de furto/roubo
Se parte do crime ocorrer sob a vigência de uma nova lei, e se esta for mais gravosa, esta lei será aplicada ao conjunto da obra -> súmula 711 STF
Crime habitual: Necessita-se de vários comportamentos/ações para formar, caracterizar um crime. Exercício habitual de atividade ilegal, manutenção diária do crime. Ex.: Exercício ilegal da medicina, casa de prostituição (art. 229 CP), etc.
Tempo do crime:
1ª – Teoria da Atividade: BRASIL – Isso é importante para saber se a pessoa é imputável, qual lei aplicar se houver lei nova, etc.
Leva em consideração para o tempo do crime o momento da prática (comissiva ou omissiva) da conduta. 
Ex.: Menor que fere alguém e este morre após o menor completar 18 anos, não é imputável pois no momento da prática do crime não tinha idade para sofrer a pena.
2ª – Teoria do Resultado: 
Teoria que leva em consideração o momento que se concretiza o resultado da ação
No exemplo acima, seria quando a pessoa morreu, e o agente seria imputável.
3ª – Teoria mista ou da ubiquidade
Permite escolher entre levar em consideração o tempo do fato ou o momento resultado -> aumentar a abrangência da lei.
9) LEI PENAL NO ESPAÇO.
Solo, subsolo, espaço aéreo, mar territorial (12 milhas), e águas internas
No Brasil se aplica a regra que permite a aplicação da lei penal brasileira a todos os fatos que ocorrerem onde o país é soberano, ou seja, terra, águas internas, ar acima do território e as 12 milhas marítimas. Sendo que excepcionalmente não se aplica a lei brasileira se o agente for detentor de alguma prerrogativa legal.
Navios e aeronaves brasileiras são território brasileiro por extensão.
Princípio do pavilhão da bandeira: Se o navio ou aeronave for particular, será regido por lei penal de onde está matriculado (em mar aberto). Se estiver em mar territorial de outro país será regido pela lei desse país. Se não, será regido por leis da embarcação. 
Princípio da nacionalidade (ativa/passiva): Busca-se a nacionalidade do autor do crime ou do que teve o bem jurídico lesado.
Princípio da justiça universal/mundial/cosmopolita: Países se combinam por tratados em reprimir determinados crimes. Ex.: tráfico de armas, drogas, pessoas, crianças; crimes contra o meio ambiente. Se um sujeito de qualquer nacionalidade cometer crime previsto nesses tratados internacionais, no território de país signatário do mesmo, será punido de acordo com as leis desse país. Evitar que comportamentos fiquem impunes.
10) EXTRADIÇÃO
Extradição: Quando um indivíduo detido num país, por solicitação de outro país para que ele vá para este, para ser processado ou cumprir pena a que já foi condenado criminalmente. Depende das condições legais de cada país. 
Juan Carlos Abadia: traficante colombiano que estava no Brasil, tinha cirurgião plástico particular para mudar identidade. Foi extraditado para os EUA. 
PC Farias: Londres. Não deu extradição pois n tinha tratado e pq 50 anos antes um fugitivo inglês q veio para o Brasil e o BR não extraditou (o maior ladrão da Inglaterra).
11) IMUNIDADE PENAL.
Impede a incidência da lei penal em relação a alguns fatos, e em relação a algumas pessoas
Convenção de Viena: Estabelece garantias às pessoas que representam pessoas jur de dir público em outros países
Diplomática; Chefe de governo estrangeiro e sua comitiva são dotados dessa imunidade, membros de organismos internacionais quando em serviço
Se a pessoa cometer um crime NÃO será punida em hipótese alguma, a menos que o Estado ao qual pertença abra mão da imunidade. A única coisa que o Estado onde foi cometido o crime pode fazer é considera-lo persona não grata. 
Embaixadas não são extensão do território nacional. Embaixador trabalha por interesses públicos.
Cônsul: representa interesses Privados. Não tem imunidade diplomática, mas propter officium, estritamente relacionada com o exercício da função, inerente à atividade que desenvolve
Diplomata: Público.
Imunidade parlamentar: deputados fed e senadores tem imunidade quando as suas manifestações decorrentes da atividade que exercem. N podem ser presos em flagrante, salvo por crimes inafiançáveis (crimes hediondos, Tb tem foro privilegiado, qdo praticam um crime devem ser julgados pelo STF (princípio da simetria: os dep. Estaduais são julgados nos TJs dos estados e os vereadores n tem foro privilegiado.
Advogados: Durante exercício da função. Código de ética OAB 8906/ 94. Art. 7º parag. 2º , art 142, inc I CP
Injúria: ofensa à auto estima do indivíduo
Difamação: falar mal do indivíduo para outras pessoas
Desacato: ofende ao poder público
Presidente/Governador: Não podem ser punidos fora do exercício da função. Ex.: Embriaguês ao volante.
Prefeitos não tem imunidade
12) TEORIA DO CRIME.
Para uma determinada conduta ser considerada crime, deverá estar prevista em lei como tal (tipicidade), deverá ser juridicamente proibida (antijuridicidade/ilicitude) e deverá ser passível de reprovação (culpabilidade).
Assim como o corpo humano é composto por cabeça, corpo e membros, o crime é feito de fato típico, ilicitude e culpabilidade. No entanto, embora seja possível um corpo humano sem membros, não há crime se ausente qualquer de suas partes componentes. Por isso, quem pratica um fato típico em legítima defesa, não comete crime, pois age amparado por causa de exclusão da ilicitude – e, se não há ilicitude, não há crime. Chamaremos os órgãos componentes do delito de substratos.
Fato típico
O primeiro substrato a ser estudado é o fato típico, composto por a) conduta; b) resultado; c) nexo causal; d) tipicidade.
Conduta: a conduta pode ser comissiva ou omissiva, dolosa ou culposa. conduta criminosa decorre de uma ação ou omissão consciente e voluntária do agente. Essa ação/omissão, por sua vez poderá ser praticada de forma dolosa ou culposa.
Na conduta considerada dolosa, de forma geral, o sujeito ativo tem a vontade de cometer o crime, ou seja, quer o resultado material.
A conduta criminosa decorre de uma ação ou omissão consciente e voluntária do agente.
​Já na conduta culposa o sujeito ativo acaba por cometer o crime não por vontade, mas pela inobservância de deveres de cuidado, sendo pois, negligente, imprudente ou imperito em determinada situação.
Resultado Material
O resultado material nada
mais é do que a consequência trazida pela conduta praticada e que leva a uma modificação no ambiente exterior. Todavia, nem todos os crimes possuem resultado.
Ao incorrer no crime de injúria, por exemplo, o agente está ofendendo a dignidade ou decoro de alguém, não ocorrendo um resultado material no mundo natural.
Nesse caso, a própria conduta já consuma o crime, não sendo necessário avaliar uma consequência superveniente.
Nexo Causal:Outro elemento de caracterização do fato típico que é possível encontrarmos no estudo da teoria do crime, é a existência de um vínculo entre a conduta praticada e o resultado material.
Ou seja, o resultado deverá decorrer logicamente da ação/omissão do agente.
A ideia do nexo causal encontra regramento no Art.13 do Código Penal Brasileiro:
CP/1940. Art.13 - Resultado, de que depende a existência do crime, somente é imputável a quem lhe deu causa.
Pode acontecer de o agente realizar uma conduta e, uma outra circunstância ocorrer, colaborando para a realização do resultado.
Essa outra circunstância, que pode ser chamada de concausa, pode independer da prática da conduta ou da vontade do agente.
Tipicidade Formal e Material: A tipicidade, como elemento do fato típico, pode ser formal ou material. A tipicidade formal tem como característica a subsunção, que consiste no enquadramento do fato concreto à uma norma hipotética e abstrata.
Assim, a tipicidade formal se fará presente quando possibilitar a aplicação de uma norma penal à situação concreta.
Alguns estudiosos da teoria do crime consideram que, para o fato ser enquadrado como típico, é necessária a presença do elemento da tipicidade material.
A subsunção é o enquadramento do fato à norma.
​A tipicidade material preceitua que o fato ocorrido deverá trazer certa relevância para o mundo do direito, ou seja, o ato praticado deverá ser capaz de violar o bem jurídico protegido pela a norma.
Nesse caso, quando um sujeito furta uma escova de dentes de um grande supermercado, pode-se dizer que o bem jurídico da empresa – patrimônio – não foi violado, uma vez que o valor do produto era insignificante.
Fato Típico Configurado Concluindo-se pela existência dos elementos do crime supracitados, o ato do agente será considerado como típico.
Entretanto, ainda não é possível afirmar que o ato é criminoso, pois a ilicitude e a culpabilidade também deverão ser analisadas ao longo do estudo da teoria do crime.
13) TIPICIDADE.
A tipicidade é o resultado da união do fato ao tipo, aonde ambos se amoldam perfeitamente.
O nexo de causalidade se caracteriza pela conduta + resultado. Se este nexo de causalidade for rompido, existe a tentativa (quando o agente não consuma o delito por circunstâncias alheias à sua vontade).
Abaixo veremos dois exemplos de tipicidade:
*Por subordinação direta: Quando o fato se amolda ao tipo (existiu o nexo de causalidade). Ex.: Alguém foi alvejado com arma de fogo e a pessoa falece (art. 121, CP - pena de 6 à 20 anos - homicídio simples consumado);
*Por subordinação indireta: Não encaixa o fato ao tipo e usará a norma de extensão. (o nexo de causalidade foi rompido). Ex.: Uma pessoa leva 5 tiros, mas não vem à falecer (utiliza-se o art. 121, CP + 14, CP - tentativa de homicídio).
Tipicidade Conglobante: Tem a tipicidade formal (a conduta se adequa ao tipo penal), mas a material é afastada. É uma teoria válida. Ex.: Alguém subtrai a tampa de uma caneta (art. 155, CP) de uma fábrica. Se amoldou perfeitamente à tipicidade formal, mas a material foi afastada pelo Princípio da Insignificância/Bagatela, pois foi tão insignificante à ponto de não ofender ao bem jurídico tutelado (se a caneta custou R$1,00, sua tampa seria ainda de menor valor, o que não afetaria de forma significante a fábrica).
14)ADEQUAÇÃO TÍPICA
Tipicidade e adequação típica não se confundem.
Tipicidade é a previsão legal de um fato definido como crime.
Adequação típica é a perfeita incidência de uma conduta humana no tipo penal, ou seja, no fato descrito na lei penal.
Vale dizer, a adequação típica pode ser por subordinação imediata, quando o fato se enquadra perfeitamente ao descrito na lei penal. Ou por subordinação mediata, quando se faz necessário o uso de uma norma de extensão, como o artigo 14, inciso II, do Código Penal, por exemplo.
Art. 14 - Diz-se o crime:
(...) II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do agente.
De acordo com Rogério Sanches, a adequação típica pode ser por subordinação imediata, quando o fato se enquadra perfeitamente ao descrito na lei penal. Por exemplo: A mata B, logo a conduta de A perfeitamente se encaixa na descrição típica de homicídio que prevê no artigo 121 , do Código Penal : Matar alguém .
15) OMISSÃO.
Um crime omissivo é aquele em que o agente de forma voluntária e consciente deixa de realizar determinada conduta e, em razão dessa inércia, acaba praticando o crime pela referida omissão.
A doutrina, por sua vez, classifica os crimes omissivos em crime omissivo próprio e crime omissivo impróprio (impuro ou comissivo por omissão), ou seja, o crime ocorre pela incidência de uma conduta criminosa omissiva própria ou uma conduta omissiva imprópria.
Exemplo 1 - O padrasto estuprou a enteada menor de 14 anos. A mãe da menina sabia da referida situação, contudo, nada fez de modo a impedir que o ato fosse praticado. Qual crime cometeu a genitora?
Exemplo 2 - Um catador de lixo se depara com uma sacola preta continha um recém-nascido ainda com vida, entretanto, nada faz, deixando o menor morrer por inanição. Qual crime cometeu o catador de lixo?
 Desse modo, as dúvidas que surgem são: Quando uma conduta omissiva é considerada crime? Qual a diferença entre crime omissivo próprio e crime omissivo impróprio?
Crime omissivo próprio é aquele em que o tipo penal descreve que a inação do agente é um comportamento proibido. Trata-se de crime de mera conduta uma vez que não produz o resultado naturalístico, uma vez que sua consumação ocorre no momento que o agente deixa de fazer algo que poderia ter feito. É o caso do exemplo 2 do catador de lixo que se depara com um recém-nascido em uma sacola plástica.
De início, não foi ele quem deu causa àquela situação (criança dentro da sacola plástica), contudo, após ele ter identificado que se trata de uma criança abandonada, espera-se que seu comportamento seja de socorrer a criança ou, na impossibilidade, de solicitar auxílio à autoridade competente. Desse modo, a sua omissão (conduta omissiva) fará com que ele tenha praticado o crime de omissão de socorro previsto no art. 135 do Código Penal, uma vez que o referido comportamento não é tolerado pela sociedade, ou seja, é proibido, razão pela qual foi tipificado como um crime.
Sob outra ótica, não é possível definir uma conduta criminosa omissiva própria para aquela pessoa que presencia o furto de uma caixa de chocolate no supermercado e nada faz (lembrando que está agindo de forma voluntária e consciente), deixando o larápio evadir-se do local com o referido bem. Nesse exemplo, aquela pessoa não tem o dever jurídico de impedir o resultado, pelo contrário, há um dever ético e moral no sentido de comunicar o fato, por exemplo, ao segurança do estabelecimento, mas não há nada disposto em lei que determine tal conduta como proibida, por isso, não há que se falar em conduta criminosa para a pessoa que presenciou o furto mas deixou de comunicar a autoridade competente.
Oportuno anotar que crime omissivo próprio não admite tentativa, uma vez que não há que se falar em tentativa de não praticar uma conduta quando poderia praticá-la, tal como já explicado aqui no artigo infrações penais que não admitem tentativa.
Crime omissivo impróprio é aquele em que o agente tem a posição de garante, ou seja, a lei atribui um dever legal de agir para evitar a consumação do crime, mas o agente não o faz, quedando-se inerte de forma voluntária e consciente.
É o caso do exemplo 1 no qual a genitora tem o dever de proteger sua filha, tal como disposto, por exemplo,
no art. 227 da Constituição Federal, arts. 4°, ‘a’ e 5° do Estatuto da Criança e do Adolescente e art. 1583 Código Civil. Desse modo, a mãe encontra-se na posição de garante e por esse motivo sua omissão fará com que ela seja punida à luz do art. 217-A do Código Penal (estupro de vulnerável).
O mesmo ocorre no caso do segurança do supermercado que presencia uma pessoa furtando uma caixa de chocolate e nada faz, de forma voluntária e consciente, para impedi-lo. Nesse exemplo, o segurança do supermercado está na posição de garante, ou seja, ele tem a obrigação de proteger aquele estabelecimento. Desse modo, a sua inação fará com que ele responda pelo crime de furto, uma vez que foi conivente ao caso concreto.
Importante perceber que esse exemplo foi utilizado duas vezes, tanto para tratar de crime omissivo próprio como crime omissivo impróprio, mas os personagens mudaram. Nesse sentido, a conduta de ambos, cliente e segurança do supermercado, foram as mesmas, ou seja, deixaram de praticar uma conduta, de forma voluntária e consciente, diante da prática do furto. Contudo, no segundo caso, o segurança tem um dever legal de proteger o estabelecimento, ele encontra-se numa posição de garante, o que não ocorre, por óbvio, com o cliente.
Oportuno anotar que crime omissivo impróprio admite tentativa. Exemplo clássico da doutrina é aquele em que a genitora que, voluntária e conscientemente, deixa de amamentar a prole, mas outra pessoa intervém e impede a morte do menor, alimentando-o. Nessa hipótese a mãe praticou o crime de tentativa de homicídio. Por outro lado, oportuno destacar que se o resultado for culposo, não há que se falar em tentativa.
16) EXTRATERRITORIALIDADE.
Extraterritorialidade: Aplicação da lei brasileira a fatos ocorridos fora do território nacional.
1)Incondicionada : Art 7º, I, CPB
Prevê 4 hipóteses legais que levam em consid. Quem foi afetado pelo comportamento. Independente do lugar no mundo onde ocorrer, quem pratica deve ser punido, responsabilizado, no Brasil.
Possibilidade jurídica de aplicação da lei independentemente de o sujeito ter sido processado, condenado e cumprido pena em outro país (será abatido o temp que o sujeito cumpriu de pena quando vier para o BR, se já cumpriu 5 anos e no BR foi condenado a 10, cumprirá +5) -> por isso não é inconstitucional. Se as penas forem de natureza diferente, no outro país multa/prestação de serviço à comunidade e aqui no BR for prisão, o juiz fica livre para decidir, tem uma boa margem discricionária 
Contra a vida/liberdade do presidente da república -> objetiva proteger que representa o país.
Contra patrimônio brasileiro/ fé pública
Sociedade de economia mista: 50% + 1 pública, o resto é privado. BB, petrobras, 
Autarquias: organismos públicos que exercem atividades essenciais do Estado. casa da moeda, BC, INSS, 312 ao 326
Funcionário publico fora do país que pratica crime contra este Arts. 146, 147, 148, 149 Permite punir 2x
Princípio Non bis in idem: Não pode incriminar duas vezes a mesma pessoa pelo mesmo comportamento. 
Nos casos em que for possível a dupla punição, aplica-se o princípio da compensação. Se as penas são homogêneas (de mesma natureza), a compensação é direta. Mas se forem de natureza distintas, heterogêneas, o juiz deverá adotar a equidade e a discricionariedade para compensar as penas.
2) Condicionada (Art. 7º, parágrafo 2º)
Situações que precisam coexistir p/ que seja possível aplicar a lei penal bras a fatos ocorridos fora do território nacional
1 Crimes que, por tratado ou convenção o Brasil se obrigou a reprimir: tráfico de pessoas, drogas, armas, mulheres, pirataria, moeda falsa, de natureza ambiental
2 Volta para o território nacional – voluntária ou não (por processo de extradição)
3 o crime tem de ter Dupla tipicidade – crime nos dois países
4 Crime deve estar dentre aqueles que a lei brasileira autoriza extradição (crime político – que atenta contra o governo, que atenta contra o estado democrático de direito - e de opinião – que o sujeito é punido em decorrência da livre manifestação de pensamento - , não é autorizada a extradição)
5 O indivíduo não pode ter sido absolvido no estrangeiro/ condenado e cumprido pena
6 Não pode ter sido perdoado no estrangeiro
7 Não ser extinta a punibilidade (??)
3) Hipercondicionada( art. 7º, parágrafo 3º)
Leva em consideração crimes praticados contra brasileiros -> nacionalidade da vítima
Ex.: crime de ameaça -> a vítima deve autorizar se o estado pode agir ou não
Detração: abatimento do tempo que alguém ficou preso provisoriamente de uma pena efetivamente determinada pelo juíz.
17) PRINCIPIO DA CONSUNÇÃO E ALTERNATIVIDADE
Consunção(ou absorção): quando o fato previsto por lei está, igualmente, contido em outra de maior amplitude, aplica-se somente esta última. Em outras palavras, quando a inflação prevista na primeira norma contituir simples fase de realização da segunda infração, prevista em dispositivo diverso, deve-se aplicar apenas a última. Conforme esclarece Nicás, ocorre a consunção quando determinado tipo penal absorve o desvalor de outro, excluindo-se este da sua função punitiva. A consunção provoca o esvaziamento de uma das normas, que desaparece subsumida pela outra.
Trata-se da hipotese do crime-meio e do crime-fim. É o que se dá, por exemplo, no tocante à violação de domicilio com a finalidade de praticar furto a uma residencia. A violação é a mera fase de execução do delito patrimonial. O crime de homicidio, por sua vez, absorve o porte ilegal de armas, pois está infração penal constitui-se simples meio para a eliminação da vitima. 
Alternatividade: Significa que a aplicabilidade de uma norma a um fato exclui a aplicabilidade de outra, que também o prevê, de algum modo, como delito. Ex.: o fato conjunção carnal perminte o enquadramento nos delitos de estupro(art.213), violação sexual mediante fraude(art.215) e até mesmo assédio sexual(art.216-A). Assim, eleito o estupro, estão, automaticamente, afastados os delitos de posse sexual mediante fraude e assédio sexual.
18) PRINCÍPIO DA SUBSIDIARIEDADE E ESPECIALIDADE
Subsidiariedade: uma norma é considerada subsidiaria em relação a outra, quando a conduta nela prevista integra o tipo da principal, significando que a lei principal afasta a aplicação de lei secundária . A justificativa é que a figura subsidiaria está inclusa na principal. Na lição de Nicás, a norma subsidiaria somente se aplica em caso de defeito da norma principal, preferindo-se esta em detrimento daquela, devendo ter, por questão de lógica, pena mais grave a do delito subsidiario, que é residual.
Há duas formas de ocorrência: a) subsidiariedade explicita: quando a propria lei indica ser a norma subsidiária da outra("se o fato não constitui crime mais grave", "se o fato não constitui elemento de crime mais grave", "se o fato não constitui elemento de outro crime"). Ex.: exposição a perigo(art.132), subtração de incapazes(art. 249), falsa identidade(art.307), simulação de autoridade para celebrar casamentos(art. 238).
b) subsidiariedade implícita(tácita): quando o fato incriminado em uma norma entre como elemento componente ou agravante especial de outra norma. Ex.: estupro contendo o constrangimento ilegal, dano no furto qualificado pelo arrombamento.
Especialidade: Lei especial afasta a aplicação de lei geral, como, aliás, encontra-se previsto no art. 12 do C.P. Para identificar a lei especial, leva-se em consideração a existência de uma particular condição, que lhe imprima severidade menor ou maior em relação à outra. Deve haver entre os delitos geral e especial relação de absoluta contemporaneidade. Ex.: furto qualificado exclui o simples; crime militar exclui o comum; infanticidio exclui o homicidio. Nota-se que, muitas vezes, na impossibilidade de provar determinada ocorrência, que caracteriza o delito especial, pode-se classificar a infração penal para a modalidade genética. É o que ocorre quando a mão mata o filho e não se consegue evidenciar o "estado puerperal", caracterizador do infanticidio.
Lembramos que, como regra, a lei especial não é afetada pela adição de lei nova de caráter geral. Dessa forma, se, em determinada lei, há um critério específico para o cáculo da pena de multa, advindo modificação no C.P, mo capítulo genérico que cuida da multa, preserva-se o disposto na legislação especial. Entretanto, há exceções. Quando uma lei geral é benéfica ao réu, contendo nova sistemática para determinado instituto, é natural que possa afetar a legislação especial, pois não teria sentido a existência de dois mecanismos paralelos voltados a um mesmo cenário, cada qual imprimindo uma feição diferenciada à lei penal.
19) RESPONSABILIDADE PENAL DAS PESSOAS(jurídicas/fisicas)
 Pessoa júridica: No Dir. Penal a pessoa juridica nunca é resposalizada, salvo em casos de crimes ambientais.
Pessoa fisica: principio da individualização e culpa, depende da culpabilidade individual.
A respeito do princípio da Individualização da Penal, a nossa Constituição Federal em seu artigo 5º, inciso XLVI, diz:
Art. 5º...:
XLVI – a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre outras, as seguintes:
a) privação ou restrição da liberdade;
b) perda de bens;
c) multa;
d) prestação social alternativa;
e) suspensão ou interdição de direitos.
A individualização da pena ocorrerá em três fases: a) cominação; b) aplicação; e c) execução.
Cominação: é a fase onde o legislador seleciona os tipos penais no plano abstrato, valorando os bens que serão objetos de proteção pelo Direito Penal, individualizando as penas de cada infração penal de acordo com a sua importância e gravidade.
Aplicação: é o momento em que o julgador aplica a lei. Uma vez que a lei penal entra em vigor e o agente infringe essa lei, o mesmo deverá responder por sua conduta. Se o fato praticado é típico, ilícito e culpável, o julgador individualizará a pena correspondente, fixando a pena-base (art. 68 Código Penal – Critério trifásico); depois analisará as circunstâncias atenuantes e agravantes; e por fim, as causas de diminuição e aumento de pena.
Execução: é o momento em que o condenado será classificado, segundo os seus antecedentes e personalidade, para orientar a individualização da execução penal.
20) FONTES DO DIREITO PENAL
Material – Produção: CF/88 art. 22. Somente o C.N. pode legislar sobre o D.P., nenhum outro órgão pode.
Formal: Lei produzida pela C.N. – não há crime se não há lei anterior que o defina.
Imediata = Doutrina, jurisprudência, costumes – fontes do direito para afastar a incidência da lei JAMAIS PARA PUNIR OU CRIAR NOVOS CRIME.

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