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RELATÓRIO FINAL

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UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO
	CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO MECÂNICA
 CESAR
GABRIEL MORAES DE SOUZA
JOSÉ GABRIEL DOS SANTOS ASSIS
LUCAS JOAQUIM ROSA DE SOUZA
THIAGO ROBERTO FERREIRA
	
	
PROJETO INTEGRADOR
RELATÓRIO DO PROJETO INTEGRADOR
MINI GRUA GIRATÓRIA
SÃO PAULO
2015�
CESAR 
GABRIEL MORAES DE SOUZA
JOSÉ GABRIEL DOS SANTOS ASSIS
LUCAS JOAQUIM ROSA DE SOUZA
THIAGO ROBERTO FERREIRA
PROJETO INTEGRADOR
RELATÓRIO DO PROJETO INTEGRADOR
MINI GRUA GIRATÓRIA
Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia de Produção Mecânica da Universidade Nove de Julho, como parte necessária dos requisitos para a obtenção da nota da terceira avaliação.
Orientador: Luis Henrique Gazeta de Souza
SÃO PAULO
2015
CESAR
GABRIEL MORAES DE SOUZA - RA 913100987
JOSÉ GABRIEL DOS SANTOS ASSIS - RA 913119030
LUCAS JOAQUIM ROSA DE SOUZA – RA 914115772
THIAGO ROBERTO FERREIRA – RA 913102199
Projeto de Graduação apresentado ao Curso de Engenharia de Produção Mecânica da Universidade Nove de Julho, como parte necessária dos requisitos para a obtenção da nota da terceira avaliação.
São Paulo, 08 de Junho de 2015.
BANCA EXAMINADORA
______________________________________
Professor. Luis Henrique Gazeta de Souza 
Orientador – UNINOVE.
 
SUMÁRIO
21 INTRODUÇÃO	�
22 PROCESSO DE USINAGEM	�
22.1 USINAGENS COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA DEFINIDA	�
22.1.1 TORNEAMENTO	�
22.1.2 FRESAMENTO	�
22.1.3 APLAINAMENTO	�
22.1.4 FURAÇÃO	�
22.1.5 ALARGAMENTO	�
22.1.6 SERRAMENTO	�
22.1.7 BROCHAMENTO	�
22.2 USINAGENS COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA	�
22.2.1 RETIFICAÇÃO	�
22.2.2 BRUNIMENTO	�
22.2.3 POLIMENTO	�
22.2.4 TAMBOREAMENTO	�
22.2.5 JATEAMENTO	�
23 TORNINHO PARARELO	�
23.1 TIPOS DE TORNINHO PARARELO	�
24 MATERIAIS UTILIZADOS	�
24.1 AÇO 1020	�
25 MEMORIAL DE CÁLCULOS	�
26 ESTIMATIVA DE GASTOS	�
27 METODOLOGIA	�
28 CONCLUSÃO	�
29 REFERÊNCIAS	�
210 ANEXOS	�
�
1 INTRODUÇÃO
A UNINOVE semestralmente propõe um desafio aos seus alunos do curso de engenharia. A fim de verificar a integralização da teoria com a prática, com o objetivo de desenvolver os conceitos básicos e habilidades adquiridos em sala de aula e laboratório de usinagem, leitura e interpretação de desenhos técnicos mecânicos, assimilação dos cálculos aprendidos, além de desenvolver o trabalho em equipe e medir a capacidade de proatividade em cada aluno.
Neste segundo semestre de 2014 o desafio lançado foi à usinagem de um torninho paralelo, a tarefa foi norteada pela disciplina de processos de fabricação, que abriga as formas de usinagem, apresentação dos materiais e cálculos.
Foi indicado o uso do aço 1020 por seu custo relativamente baixo e pouca exigência de tratamentos no seu manuseio e usinagem. As medidas da peça foram rigorosamente respeitadas pelo operador. 
Seguindo a trilogia de um processo de fabricação, escolhemos o material e a forma de usinagem, ora no torno para facear as peças cilíndricas, ora na fresadora para dar formas às demais peças, como a rosca, mandíbula móvel, etc. 
Para cada passo foi criada uma folha de processo, que dá ao operador a diretriz a ser seguida durante a fabricação, ela compõem detalhadamente as informações necessários para usinagem da peça, como, velocidade de corte, avanço, RPM da máquina, materiais para medição, e principalmente as medidas a serem obtidas do material inicialmente bruto, para ilustrar os procedimentos na folha de processo, consta um pequeno esboço do passo a ser dado, também lá o operador encontrará os limites que podem ser atingidos.
Anterior à confecção das folhas de processo são feitos os cálculos necessários para inicio da operação, esses envolvem ações como, velocidade de corte, avanço, taxa de remoção, tempo de usinagem e potência. Todos esses estão detalhados no memorial de cálculo no capítulo 5 deste artigo.
Sem mais delongas, convidamo-los a explorar os processos aqui anunciados, conferindo conosco os resultados obtidos da boa aplicação de conhecimento e prática.
O guindaste consta como sendo uma invenção romana, conforme os registros datados antes do séc. I a.C. O primeiro guindaste e mais simples, era um poste introduzido no chão, erguido e sustentado por cordas amarradas ao topo. Nesse local, era acoplada uma roldana onde corria a corda utilizada para a suspensão. Havia a restrição do ângulo de giro, o qual era muito curto. Guindastes maiores foram desenvolvidos utilizando engrenagens movidas por animais, a qual tracionava permitindo a elevação de cargas com pesos maiores. Os primeiros guindastes de ferro fundido e aço, só apareceram na Revolução Industrial e atualmente é constituído por uma torre equipadas por roldanas e cabos, sendo utilizada para antigamente, o levantamento de materiais gruas representavam obras de grande (RIGGER, porte, 2013) com bons orçamentos. Porém nos dias de hoje, elas são mais populares pois proporcionam um ganho com a logística, aumentando a produtividade e eficiência dentro do canteiro. Excluir as gruas do orçamento pode ser uma medida não muito econômica, e para obtermos o real valor de ganho e/ou perda é preciso estimar o cálculo corretamente sobre a utilização do equipamento. Para saber realmente a viabilidade desse equipamento é necessário elaborar um projeto de canteiro, onde sejam incluídos: a logística, transportes internos, pontos de recebimento de materiais e os acessos à obra. E assim o engenheiro consegue saber se há ou não condições de possuir uma grua no canteiro e fazer um comparativo de produtividade, perda de materiais e velocidade de execução. Outros fatores a se analisar, é a produtividade do equipamento, levando em consideração que o mesmo substitui 12 trabalhadores, e os aspectos técnicos como os componentes de execução da obra. Se houver materiais pesados a grua será obrigatória, caso contrário podemos pensar em outros sistemas.
 2 PROCESSO DE USINAGEM
Processo de usinagem não é nada mais que um ato ou atividade de usinar. Na realidade isso significa sujeitar uma peça a passar por um processo de transformação utilizando uma máquina e/ou ferramenta, para ser trabalhado. A mecânica de usinagem é contemplada por muitos maquinários. Dentre todas as maquinas existentes podemos citar os tornos, as fresadoras, as retificadoras, as furadeiras, centros de usinagem, mandriladoras.
Podemos enxergar o avanço considerável das indústrias, sem ter antes capital para investir as maquinas eram manuais, depois passaram a ser movidas a vapor onde o trabalho foi melhorando e hoje são movidas na eletricidade e são de alta precisão, e todas são controladas através de computadores. 
Portanto podemos definir usinagem como um conjunto de operações que dão forma a uma peça através do trabalho de remoção de material chamado de cavaco. Na figura abaixo podemos identificar de forma pratica o conceito de usinagem.
Como operações de usinagem entendemos aquelas que, ao conferir à peça a forma, ou as dimensões ou o acabamento, ou ainda uma combinação qualquer destes três bens, produzem cavaco. Definimos cavaco como a porção de material da peça, retirada pela ferramenta, caracterizando-se por apresentar forma geométrica irregular (DIOVANI, 2005).
 
Figura 1: Processo de usinagem removendo cavaco
Para entendermos melhor o processo de usinagem, iremos dividi-lo em dois grupos, conforme a citação do professor Anselmo Eduardo Diniz. Sendo assim nos próximos capítulos iremos citar as características dos principais tipos de usinagem.
Os processos de usinagem são classificados da seguinte forma: usinagem com ferramenta de geometria definida e usinagem com ferramentas de geometria não definida.
 Classificação dos processos de usinagem com ferramenta de geometria definida: Tornear, fresar, furar, rosquear, largar, rochar, serrar eplainar.
Classificação dos processos de usinagem com ferramenta de geometria não definida: retificar, brunir, lapidar, lixar, polir, jatear e tamborear (DINIZ, A, E, 2012).
2.1 USINAGENS COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA DEFINIDA
2.1.1 TORNEAMENTO
Obtém-se de superfícies de efeito com auxílio de uma ou mais ferramentas monocortantes, a peça gira em torno do eixo principal de rotação da máquina e a ferramenta se desloca ao mesmo tempo seguindo uma trajetória no mesmo ponto que o eixo. Podemos dividir o torneamento em três partes: torneamento retilíneo (ferramenta com deslocamento em trajetória retilínea), torneamento curvilíneo (ferramenta com deslocamento em trajetória curvilínea) e torneamento aplainamento (movimento alternativo da peça e da ferramenta com deslocamento retilíneo).
Figura 2 : Torno
2.1.2 FRESAMENTO
 
Consiste numa operação de usinagem em que o metal é removido por uma ferramenta giratória de múltiplos cortantes. Cada corte de lâmina remove uma pequena quantidade de metal (chamada de cavaco) em cada parte do eixo onde a ferramenta é fixada. A operação favorece a usinagem de quaisquer superfícies, pois tanto a peça quanto a ferramenta podem se movimentar em mais de uma direção ao mesmo tempo.
Figura 3 : Fresa
2.1.3 APLAINAMENTO
Na operação de aplainamento, o corte gera superfícies planas. O movimento da ferramenta de corte é de forma reta enquanto a peça permanece estática, ou de ambos os jeitos. 
Figura 4 : Plaina
2.1.4 FURAÇÃO
Na furação uma ferramenta (chamada broca) executa uma cavidade cilíndrica na peça. O movimento da ferramenta é um combinado de rotação e deslocamento em movimentos retos ao longo do eixo do furo. Uma diretriz da furação é o aumento dos furos, onde uma ferramenta similar à broca remove material, aumentando então o seu diâmetro, ao mesmo tempo já deixando a peça com um ideal acabamento. 
Figura 5 : Furadeira
2.1.5 ALARGAMENTO
Alargadores são ferramentas de múltiplas arestas de corte, que através dos movimentos de corte e avanço servem para alargar e acabar furos. Os alargadores são divididos em alargamento de desbaste e alargamento de acabamento. Sendo que o alargamento de desbaste ocorre para aumentar o tamanho do furo, retirando material das extremidades dos furos, já o alargamento de acabamento já condiz com o próprio nome é responsável em dar acabamento ao furo.
Figura 6: Desbaste e acabamento
2.1.6 SERRAMENTO
 
Operação de usinagem com finalidade realizar cortes ou abrir rasgos em um material. Para esse processo utilizamos uma serra ou um serrote, a serra é uma ferramenta composta de um arco de aço-carbono, onde deve ser montada uma lâmina de aço dentada. As lâminas das serras ainda podem possuir dentes travados alternadamente, cuja finalidade é facilitar o movimento da serra e reduzir seu atrito dos dentes com a peça.
Figura 7: Maquina de serramento
 
2.1.7 BROCHAMENTO
No processo de brochamento a ferramenta multicortante executa movimento de corte linear, enquanto a peça permanece parada, em alguns casos pode existir movimento rotativo relativo entre as duas partes.
Figura 8: Brochamento
2.2 USINAGENS COM FERRAMENTA DE GEOMETRIA NÃO DEFINIDA
2.2.1 RETIFICAÇÃO
No processo de retificação a ferramenta remove o material da peça por ação de grãos abrasivos. A ferramenta gira em torno de seu próprio eixo além de poder executar movimento de contorno, nesse caso a peça a usinar também pode movimentar-se. Podemos considerar um processo de alta precisão, pois nos proporciona um grau de acabamento.
Figura 9: Retificação
2.2.2 BRUNIMENTO
O brunimento é um processo de usinagem por abrasão, empregado no acabamento e polimento de peças. Durante o processo, as ferramentas entram em contato com a superfície da peça. Esta gira lentamente e o brunidor desloca-se ao longo da superfície com movimentos alternativos de pouca amplitude e frequência relativamente grande.
Figura 10: Brunimento
2.2.3 POLIMENTO
Processo de usinagem por abrasão no qual a ferramenta é constituída por um disco ou conglomerado de discos revestidos de substâncias abrasivas, tendo como finalidade de polimento do material.
Figura 11: Polimento
2.2.4 TAMBOREAMENTO
Processo de usinagem no qual as peças são colocadas no interior de um tambor rotativo, junto ou não de materiais especiais, para serem rebarbados ou receberem um acabamento.
Figura 12: Tamboreamento
 
2.2.5 JATEAMENTO
Processo de usinagem por abrasão no qual as peças são submetidas a um jato abrasivo para serem rebarbadas, asperizadas ou receberem um acabamento.
Figura 13: Jateamento
	
3 TORNINHO PARARELO
Torninho paralelo ou morsa é o nome dado ao instrumento montado e fixado sobre mesas de trabalho, ou bancadas. São fabricadas de aço ou ferro fundido, com variáveis tamanhas e tipos.
 Possuem duas partes chamadas de mandíbulas sendo uma fixa e outro móvel, com uma chave, parafuso e porca que controla a flexibilidade, fazendo as duas partes se deslocarem uma da outra, e assim, apertando e fixando a peça ou o componente que irá ser trabalhado. São as morsas que são de base giratória, facilitando assim a execução de certos trabalhos.
São feitas normalmente de ferro ou aço fundido, e com variáveis tamanhas indicadas como (2, 3, 4, 5, 6, 8, 10,12), correspondendo ao tamanho da mandíbula.
As mandíbulas são partes internas da morsa, providas de mordentes e temperadas, sendo assim, mais resistentes, passando mais segurança, pois fixam bem a peça que será trabalhada. Podem ser feitas com materiais mais macios do que o da peça que será fixada, como alumínio, latão, madeira.
O funcionamento da morsa consiste em um parafuso e uma porca, que, por meio de um manipulo na ponta do parafuso, faz a mandíbula se deslocar. Através das larguras das mandíbulas, podemos identificar o tamanho das morsas, com os mais variáveis tamanhos e larguras de mandíbulas.
Para melhor uso, a morsa deve sempre ser lubrificada, facilitando o movimento da porca e do parafuso, devendo sempre limpar a morsa depois do uso. Deve estar sempre fixada e com uma altura boa para ser manuseada.
3.1 TIPOS DE TORNINHO PARARELO
Conforme a citação abaixo irá abordar nesse capitulo os tipos de torninhos paralelos existentes, em alguns lugares são chamados de morsa.
Morsa ou torno - de – Bancada, é o nome dado ao instrumento montado e fixado sobre mesas de trabalho, ou bancadas. São fabricadas de aço ou ferro fundido, com variáveis tamanhas e tipos. Existem alguns tipos de morsas, entre elas estão: morsas de ação rápida; morsas de bancada e morsas hidráulicas; morsas para maquinas operatrizes e morsa pneumática (JORGE, 2008).
Morsa longa: Com uma alta densidade, possui duas versões, manual ou hidráulica. São fabricadas em dois modelos: HDLM4 para fabricação de peças pequenas e HDLM6 com capacidade de fabricação de peças maiores.
. 
Figura 14: Morsa longa
Morsa Manual: Este tipo de morsa é equipado com um tipo de sistema, o sistema de travamento angular. Esse sistema impede o levantamento do mordente móvel, apresentando mordentes com abertura de 228,6 mm e força de fechamento de 37.800 N. Ela também possui trilhos laterais usinados e leito e placas de mordentes temperados.
Figura 15: Morsa Manual
Morsa de dupla fixação: Ela é fabricada com aço temperado, retificado e com acabamento preto. Esse tipo de morsa também conta com uma boa fixação, e com isso, acaba não levantando a peça na hora da usinagem. Possui também mordentes externos são removíveis e os internos fixos. Também existe com ou sem uma base giratória.
Figura 16: Morsa de dupla fixação
Morsa Mecânica de Precisão: Ela serve mais para operações de retífica e usinagem, pois acaba garantindo a fixação da peça a ser trabalhada na mesa das máquinas. Com mordentes cimentamos e retificados, podem ser usados dos dois lados sendo também utilizada para a fabricaçãode peças com mais pericia nas medidas.
Figura 17: Morsa Mecânica de Precisão
Morsa Hidráulica: Com uma grande abertura e fixação, não expõe muito esforço do operador da máquina, obtendo também mordentes lisos e lâminas flexíveis, obtenho maior rapidez no manuseio e usinagem da peça, pois fixa tanto para cima quanto para baixo.
Figura 18: Morsa Hidráulica
Morsa hidráulica de bancada: Foi desenvolvida para operar junto com a primeira, trabalhando com objetos grandes e delicados, possuindo um acionamento pneumático, com grande força, sendo operada no pedal, utilizada tanto na vertical como na horizontal. 
Figura 19: Morsa hidráulica de bancada
Morsa para furadeira: É fabricada de ferro fundido com sistema de fixação por meio de ranhuras e furos alongados, contendo um sistema chamado castanha, existindo dois tipos: móveis que são guiadas no sentido lateral, e fixas, com três primas verticais e uma horizontal e superfície de apoio para a fixação de peças planas. 
Figura 20: Morsa para furadeira
Morsa universal: Própria para operações de furos, rosqueamento e afiamento de peças, pois possuem ajuste lateral de 90 graus com base que gira a 360 graus. 
Figura 21: Morsa universal
Morsa auto centrante: É usada para usinagem de peças horizontais e verticais com quatro ou mais eixos, com um desenho especial, evitando assim ,que a peça entorte quando for usinada. 
Figura 22: Morsa universal
4 MATERIAIS UTILIZADOS
4.1 AÇO 1020
A escolha do material e do processo aos quais ele será submetido é de suma importância para fechar prazos e custear um projeto.
Uma vez escolhido o material é fundamental que se conheça sua estrutura, suas propriedades e aplicabilidades, diminuindo assim as chances de insucesso.
Escolhemos para confeccionar o torninho paralelo, o aço 1020, a escolha baseou-se em custo e manuseio.
De acordo com a tabela 2 da SAE-AISI e ABNT, identificamos que o 1020 apresenta apenas 20% de carbono. Ora, a porcentagem de carbono define a dureza do material, quanto mais carbono mais forte é o aço e por consequência mais difícil sua usinagem, os aços de alta dureza devem passar por tratamento térmico para diminuir sua ductilidade.
No livro Composição química dos aços, o autor elencou os fatores que determinam a escolha de um aço para determinado trabalho:
Resistência mecânica necessária durante sua utilização
Resistência ao meio ambiente necessária durante sua 
utilização
Tamanho da peça
Método de fabricação da peça
Tratamento térmico ao qual a peça será submetida
Tratamento superficial ao qual a peça será submetida
(SOUZA, 1989, pg. 53)
O aço 1020 é mais barato devido a simplicidade que o compõem. Contém apenas cinco elementos químicos, além do ferro e pouco carbono (C) característica que confere a ele ser um aço mais maleável.
Observando esses fatores optamos pelo aço 1020, conhecido como aço doce, extradoce, o aço simples, que apresenta entre 0,15% a 0,30% de carbono (C), sua estrutura permite que ele seja usinado com ou sem tratamento térmico.
O aço extradoce é geralmente efervescente. Esses aços são usados devido a formação de bolhas de óxido de carbono líquido, que deixam uma camada de aço com teor de carbono muitíssimo baixo na superfície e estas bolhas aprisionadas impedem a contração (chupagem) do aço. (SOUZA, 1989, pg. 15)
Essa chupagem representa um vazio interno, por isso ele é mais maleável e menos resistente ao corte. Esse fator também barateou a escolha do material da ferramenta que também não precisou ser tão duro, já que o material utilizado na peça não o era.
Em resumo os aços carbonos são mais usados quando é não exigido resistência a mecânica, e a corrosão severa. Se nossa peça, o torninho paralelo fosse submetido a uso na mesa da fresadora seria reprovado, pois em pouco tempo deformaria.
5 MEMORIAL DE CÁLCULOS
Velocidade de corte - Vc [m/min]
A velocidade de corte depende do material a ser usinado e do material da ferramenta. Este valor é obtido pela seguinte relação:
Velocidade de avanço – f [mm/min]
Depende da: área de material removido (A), resistência específica do material da peça (re), potência de usinagem (Pu), capacidade de remoção de material de cada aresta cortante (az), o número de arestas de corte (Z) e também da rotação da ferramenta (n).
Tendo como referência a potência disponível para a usinagem pode-se calcular a velocidade de avanço máxima suportada pela máquina. Este valor é obtido pela seguinte relação:
 
Tempo de corte – Tc [min]
O tempo de corte é um dos principais parâmetros analisados quando o objetivo é a otimização do processo. De forma geral tem-se a seguinte relação:
6 ESTIMATIVA DE GASTOS
Para realização deste projeto foi necessário um gasto de R$ 45,00. Confira detalhadamente os materiais comprados na Tabela 1. 
Tabela 1 - Materiais comprados
	PRODUTO
	DIMENSÕES (mm)
	Parafuso escareado M4 x 12 m
	M4x12
	Mandíbula móvel Aço ABNT 1020
	40x40x26
	Corrediça de Aço ABNT 1020
	18x28x4
	Pino cilíndrico Aço prata
	4x40
	Chapa de guia Aço ABNT 1020
	40x40x130
	Parafuso Aço ABNT 1020
	18x132
	Manípulo Aço ABNT 1020
	8x100
E mais R$200,00 (duzentos reais) pagos pela mão de obra do operador que usinou as peças.
Investimento total de R$245,00
7 METODOLOGIA
Todas as etapas a seguir estão detalhadas na folha de processo em anexo.
Procedimento de usinagem 
1º Passo
Peça 02
- Fixar a peça na morsa
- Fresar nas dimensões 40x10x26
- Fresa rebaixo nas medidas 14x14x20
- Furar e fazer rosca M4x13
- Fazer furo Ø 4m (R2)
- Fazer furo Ø 13x17
- Fazer rasgo 7x120
- Fazer rasgo 7m
 2º Passo
Peça 03
- Tornear arruela Ø 28x4
- Furar Ø 7
-Chanfrar 3x90
- Fazer raio de 9
3º Passo
Peça 06
- Fresar chapa nas dimensões 10x130x4
- Furar Ø 4 (08 furos)
- Furar Ø 2x90 (08 furos)
- Fresar rasgo 102x18
4º Passo
Peça 07
- Fresar bloco nas dimensões 40x130x40
- Fresar rebaixo 90x40x26
- Fresar rasgo 14
- Fresar chanfro 11x21
- Furar e fazer rosca M4 (08 furos)
- Furar e fazer rosca M18x2
5º Passo
Peça 08
- Tornear Ø 18x140
- Fazer furo de centro de 3x18 no lado oposto
- Tornear raio Ø 4x9
- Tornear canal para saída de rosca Ø 3x15
- Facear no comprimento Ø 13x18
- Fazer furo (fresa) Ø 8 (R4)
6º Passo
Peça 09
- Facear Ø 8x100
- Fazer abaulado nas duas extremidades (R8)
Ferramentas Utilizadas 
8 CONCLUSÃO
O desafio proposto e as demandas que surgiram nos proporcionaram a chance de fazer analogias entre as ciências estudas que norteiam o meio que escolhemos para atuar, a engenharia.
Utilizamos o conhecimento obtido em sala de aula junto com os aprofundamentos nas literaturas aqui citadas para resolver as problemáticas que o trabalho propôs.
 Assistir a fabricação das peças e todas as atividades envolvidas nesse processo possibilitou um melhor entendimento dos conhecimentos teóricos adquiridos em laboratório de processos e fabricação, como por exemplo, calcular a velocidade de corte, profundidade de corte, avanço e a influência de diversos fatores na formação do cavaco. 
A peça usinada não fugiu em nada do estabelecido nos desenhos técnicos proposto como procedimentos a serem considerados na concepção do torninho paralelo. Sua confecção nos propiciou uma maior aprendizagem e familiarização com os diversos processos de usinagem, além de nos chamar a luz às atenções e todos os cuidados que devemos ter no processo, cuidados com a escolha do material, na forma da usinagem, com a exatidão dos cálculos e não menos importante com a integridade física do operador.
O trabalho realizado foi satisfatório, visto que as peças usinadas separadamenteforam montadas com sucesso, possibilitando ao conjunto realizar sua função.
Amparados pelo objetivo conceber um perfeito torninho paralelo, certamente deixamos subsídios aos futuros pesquisadores sobre a aplicabilidade das ciências exatas, ou seja, os cálculos necessários para se obter as referências perfeitas em um processo de usinagem. Enfatizando a importância de se conhecer e dominar cada uma das fórmulas existentes. A exatidão no cálculo evita erros, perdas de material, tempo e sobre tudo, dinheiro.
 
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9 REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFIA:
SOUZA, S. A. 1989, composição química dos aços. Editora EdgarBlucher.
DIOVANI, 2005, Processos mecânicos de usinagem. Editora McGraw-Hill.
SITES:
CORTEZ, M. G. 2014. Usinagem. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA1mEAJ/torno-copiador-rosca?part=2. Acesso em 30/11/2014.
DINIZ, A. E. 2012. Conceito usinagem. Disponível em: http://pt.slideshare.net/silveiralbs/conceito-usinagem-2 Acesso em 30/11/2014
JORGE, 2008. Fabricação de Usinagem. Disponível em: http://pt.slideshare.net/sergiomaeda3/fabricao-por-usinagem. Acesso em 20/10/2014.
MONFRINATO, I. 2002. Torno e rosca. Disponível em: http://www.ebah.com.br/content/ABAAAA1mEAJ/torno-copiador-rosca?part=2. Acesso em 21/11/2014.
SILVA, M. A. 2013. Técnicas de Memorização. Disponível em: http://www.brasilescola.com/fisica/energia-potencial.htm
Acesso 11.10.2014 
SOUSA, A. 2010. Ensaios e Caracterização de Materiais 1020. Disponível em: http://pt.scribd.com/doc/98826257/Ensaios-e-Caracterizacao-de-Materiais-1020. Acesso em 28/11/2014.
SOUZA, J. A. 2011. Processo de fabricação por usinagem. Disponível em: http://www.chasqueweb.ufrgs.br/~ajsouza/ApostilaUsinagem_Parte1.pdf. Acesso em 29/11/2014.
STOETARAU, L. R. 2008. Processos de usinagem. Disponível em: https://pt.scribd.com/doc/36093264/18/Materiais-para-Usinagem-com-Ferramenta-de-Geometria-Definida. Acesso em 14/11/2014.
TUDELA, B. 2008. Processos mecânicos de usinagem. Disponível em: https://lcsimei.files.wordpress.com/2013/01/apostila-senai-processos-mecc3a2nicos-de-usinagem.pdf. Acesso em 22/11/2014.

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