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5º PLANEJAMENTO DE CARREIRA E SUCESSO PROFISSIONAL AULA 1 – VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA O ENSINO SUPERIOR? Ao final do Ensino Fundamental, o percentual de alunos com conhecimento considerado adequado é de apenas 17% no caso de Matemática e de 27% em Língua Portuguesa. AULA 2 – CONHEÇA SEU CURSO E SUA INSTITUIÇÃO As Instituições de Ensino Superior podem ser Universidades, Centros Universitários e Faculdades. Nelas funcionam os cursos de graduação, que se dividem em bacharelados, licenciaturas e tecnólogos. Ainda fazem parte do Ensino Superior os cursos de pós-graduação, que se subdividem em stricto sensu (mestrados e doutorados) e lato sensu (cursos de especialização e MBAs). As diretrizes do Ministério da Educação determinam os componentes curriculares obrigatórios e o tempo mínimo e máximo para integralização de cada curso de graduação. Além das disciplinas, alguns cursos têm definidas a obrigatoriedade de carga horária mínima de atividades acadêmicas complementares, de estágio curricular e trabalho de conclusão de curso, dentre outros. Como um curso superior é concebido? Cenário específico do seu curso O mundo acadêmico vai muito além de uma cadeira dentro da sala de aula, e você precisa conhecê-lo bem, aproveitando todas as oportunidades que ele oferece. Não, o Modelo de Ensino Superior Estácio não é apenas um acúmulo de conteúdo teórico, há outras atividades acadêmicas que se inserem no Projeto Pedagógico do Curso e que também são determinadas nas diretrizes curriculares do MEC. Variando de curso para curso, algumas demandas acadêmicas podem ser comuns, tais como atividades complementares, trabalho de conclusão de curso e estágio. ATIVIDADES COMPLEMENTARES: São componentes curriculares obrigatórios nos cursos de bacharelado e licenciatura e têm por objetivo enriquecer e complementar o perfil do formando. Essas atividades podem ocorrer fora do ambiente acadêmico e incluem a prática de estudos, pesquisas, atividades independentes, transversais, opcionais, de interdisciplinaridade etc. As atividades complementares privilegiam a complementação da formação social e profissional, fortalecendo as relações dos acadêmicos com o mercado do trabalho. ATIVIDADES ACADÊMICAS COMPLEMENTARES: E, para se formar, o aluno deve cursar uma carga horária mínima de horas de Atividades Acadêmicas Complementares de acordo com o exigido na sua Matriz Curricular. As Atividades que serão oferecidas pela Instituição serão divulgadas ao longo dos semestres, assim, como a carga horária que elas valerão para que o aluno acumule durante o curso inteiro e chegue ao final (na formatura) sem nenhuma pendência neste sentido. Qualquer dúvida procure o Coordenador do seu curso. TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: É um componente curricular obrigatório ao final dos bacharelados e licenciaturas, como forma de efetuar uma avaliação final dos graduandos, que contemple a diversidade dos aspectos de sua formação. O TCC pode ser uma monografia, um artigo científico, um projeto, dependendo do Projeto Pedagógico de cada curso. Alguns cursos da Graduação Tecnológica possuem a obrigatoriedade de TCC. Consulte a matriz curricular do seu curso. ESTÁGIO SUPERVISIONADO: O Estágio Curricular Supervisionado é uma atividade acadêmica obrigatória na maioria dos cursos de nível superior. Trata-se da articulação entre a teoria e a prática, essencial para a formação profissional. A carga horária mínima do estágio varia de curso para curso. Consulte as estrutura curricular do seu curso e o setor responsável por Estágio e Emprego na sua unidade. DICAS: No dia-a-dia você tem contato com os professores, em sala de aula ou no campus virtual. Eles são os responsáveis pelas disciplinas. Seu curso possui ainda um coordenador, que tem plantão regular para atendimento aos alunos. Procure interagir com eles!A unidade em que você estuda possui várias instalações, como laboratórios, biblioteca etc. Conheça tudo! AGORA, VOCÊ JÁ ESTÁ NA UNIVERSIDADE. MAS JÁ SABE COMO SERÁ AVALAIDO? Pensando sempre na excelência do modelo de ensino, a Estácio reformulou, para o segundo semestre de 2013, o processo de avaliação acadêmica, para todas as disciplinas que possuem Plano de Ensino, Planos de Aula e Materiais Didáticos. AULA 3 – MÉTODOS DE ESTUDO NO ENSINO SUPERIOR Você já parou para pensar que o tempo é igual para todos? Mas por que sempre achamos que nunca temos tempo suficiente? Será que isso vale para alguns e não para outros? Quando estamos no trânsito e o farol vermelho nos impede de prosseguir, a percepção de tempo se associa à pessoa: se está com pressa, o farol demora; se está sem pressa, nem percebe que mudou para verde... A primeira constatação é: nunca vamos ter tempo para fazer tudo o que precisamos e desejamos fazer. Durante toda nossa vida, o tempo esteve e está presente, indicando horários a cumprir e decisões a tomar, mas nem sempre sabemos lidar com isso. Saber administrar o tempo é saber o que, para você, é prioritário, dentre as várias coisas que você precisa fazer. Teoricamente é uma tarefa simples, mas não é. Estabelecer prioridade é uma necessidade e uma arte. ESTABELECIMENTOS DE METAS Administrar o tempo ajuda a organizar sua rotina, maximizando sua produtividade. Como todas as ações possuem início, meio e fim, seu curso superior não é diferente. Dessa forma, ele pode ser visto como um projeto. Quer entender isso melhor? O que é uma meta? Em termos conceituais, podemos dizer que é um ponto onde se quer chegar. Vamos destacar três possíveis metas relacionadas à sua formação superior: Usando a primeira meta como exemplo, o próximo passo é estabelecer um plano de ação. Procurando seu estilo... Como você aprende? VISUAL - Estude por intermédio de recursos visuais (vídeos, fluxos, diagramas etc.); - Faça resumos, anotações, sublinhe partes do texto, reescreva conceitos mais complexos, destaque palavras mais importantes; - Acrescente bilhetes, notas, post-it ao material de estudo. AUDITIVO - Leia textos em voz alta; - Preste atenção na fala do professor, só escreva quando ele não estiver falando; - Grave palestras, aulas etc.; - Grave resumos e os escute antes das avaliações; - Converse sobre o conteúdo com seus colegas. CINESTÉSICO - Leia em voz alta, caminhando, ou converse sobre o conteúdo com um colega de forma dinâmica, com movimento (um fala uma parte, outro complementa); - Tente realizar atividades práticas que remetam ao conteúdo; - Use outros locais para leitura/estudo além dos que você normalmente usa; - Trate o conteúdo de forma dinâmica: leia, escreva, fale, gesticule, explique para você mesmo na frente do espelho. As mídias sociais no aprendizado O papel das mídias sociais no aprendizado é fundamental. A internet, principalmente, revolucionou a comunicação, trazendo uma grande diversidade de conteúdos e interatividade. Os ambientes virtuais de aprendizagem adotados na Estácio também possuem ferramentas de comunicação e interação. Os recursos online de interação em rede permitem compartilhar conteúdo (ideias, imagens, vídeos, textos, músicas etc.) e estimulam a criação coletiva, colaborativa. Mas é possível aprender na rede? Claro que sim! A aprendizagem irá ocorrer por meio da construção coletiva do conhecimento, pela colaboração, compartilhamento e troca de experiências. Criar grupos, levantar discussões, indicar links (vídeos, artigos, pesquisas) e trocar documentos são os meios mais usuais de se usar a rede para estudo. Não se esqueça da Ética na rede! Não copie e cole sem citar fonte, muito menos use textos da internet em trabalhos acadêmicos como se fossem de sua autoria. AULA4 – FINANÇAS PESSOAIS Gestão financeira pessoal Podemos afirmar que a grande maioria dos agentes econômicos (pessoas físicas e jurídicas) pratica a administração financeira, conscientes ou inconscientes da realização do processo, pois ganham ou obtém empréstimo, gastam ou investem dinheiro. A relação entre pessoas e dinheiro não pode ser conflituosa, e sim virtuosa, ou seja, agregando valor a vida das pessoas e não destruindo seus sonhos e desafios. Um passeio por conceitos... A Gestão financeira pessoal é a metodologia pelo qual o indivíduo administra recursos, buscando a otimização destes através da maximização das receitas e minimização dos gastos. Ficou difícil entender? Então vamos explorar alguns conceitos fundamentais. PESSOA RECEITA GASTOS INVESTIMENTO/ ENDIVIDAMENTO FINANCIAMENTO CONSÓRCIO EMPRÉSTIMO Planejamento Financeiro é preparar-se para o futuro, através da previsão de receitas e gastos. É manter controle sobre o seu destino financeiro. Com base no seu planejamento, você terá condições de realizar investimentos e captar recursos dentro de uma necessidade de construção de riquezas, e não um endividamento sem saúde financeira. Desenvolver conhecimento sobre a própria situação financeira é posicionar-se um passo à frente na busca pelos seus objetivos. É olhar para o futuro com um binóculo! Possíveis cenários Separamos ao lado 3 possíveis cenários simplificados, que relacionam a receita líquida aos gastos recorrentes. Será que o valor das mensalidades de seu curso é um gasto sem retorno? Aliás, como reconhecer o retorno de determinado gasto? Veja o caso a seguir para entender mais sobre a administração financeira de sua formação superior. Você acompanhará, agora, a história de Maria Amélia – uma estudante que acabou de ingressar em um curso superior da Estácio. Quando soube de sua aprovação, o primeiro dilema que Maria Amélia encontrou foi como programar seus gastos mensais para poder arcar com o investimento em educação que está prestes a realizar. O que você quer no futuro? Montando seu planejamento Através do orçamento temos como perceber qual(is) gasto(s) está(ão) consumindo a maior parte da receita, ou seja, diminuindo a sobra de recursos financeiros. Com o orçamento pronto, você estará com a transparência necessária da sua vida financeira para decidir melhor sobre o seu futuro. Por pior que esteja a situação, é melhor saber do que não ter conhecimento e ficar enganando-se. Todo planejamento deve possuir a origem de recursos financeiros, a descrição dos recursos que serão utilizados e quanto vai custar para este planejamento ser realizado. É importante utilizar o orçamento realizado também como controle, determinando o limite de gasto com base na receita. Investimentos Nela falamos de finanças pessoais, quando ficou clara a situação em que, na maioria dos casos, é possível utilizar parte do saldo financeiro para aplicação. O investidor típico é aquele cuja renda é maior que seu consumo/gastos, sobrando recursos para serem aplicados. Mas é óbvio que nem todos são assim... Podemos classificar o perfil de investidor conforme suas características predominantes: CONSERVADOR - O investidor conservador é aquele que não gosta de correr risco. Normalmente aplica seu dinheiro em fundos de renda fixa e caderneta de poupança. MODERADO - O investidor moderado é aquele que arrisca um pouco mais, mas também considera fortemente o risco e não costuma ousar. Costuma diversificar sua carteira de investimento, geralmente aplicando em fundos mistos, ações conservadoras, fundos de renda fixa e poupança. AGRESSIVO - O investidor agressivo ou arrojado não tem medo de investir em papeis de alto risco, buscando a maior rentabilidade no menor espaço de tempo. É, geralmente, investidor em mercado de ações, alavancando os investimentos com operações de derivativos (conceito que você verá mais à frente). AULA 5 – MERCADO DE TRABALHO / GESTÃO DA CARREIRA Crescimento profissional O conceito carreira normalmente esteve associado a uma trajetória de trabalho, construída a partir de um planejamento definido de possibilidades concretas de crescimento. De certa forma, a expectativa do trabalhador era de ascensão de carreira, desde que ele correspondesse, satisfatoriamente, às funções e obrigações determinadas por seu empregador. Vamos acompanhar um exemplo fictício para ver como é a expectativa tradicional em relação à carreira? Cenário evolutivo da carreira Novos caminhos para a carreira Muitos estudantes ingressam no ensino superior acreditando que estão iniciando uma estrada estável, previsível. Em outras palavras, acredita-se que há uma evolução natural da carreira, durante e após a formação, com o passar do tempo. É importante fazer um plano de carreira pessoal, para garantir a empregabilidade, afinal a competitividade no mercado é cada vez maior. Na matéria abaixo, o especialista dá 10 dicas para se fazer um plano de carreira adequado. Mitos relacionados à carreira Não é só na televisão que temos de colocar mitos em prova. No meio profissional, também há mitos que cercam a ideia de carreira e emprego. Segundo João Florêncio Bastos Filho, é comum encontrar alguns mitos quando falamos de empregabilidade, como por exemplo: Trabalhe direitinho e será promovido: É um mito que, na realidade, não se comprova, tendo em vista que se espera de um profissional, ao longo dos primeiros meses de trabalho na organização, resultados muito além daqueles negociados por ocasião da contratação. Isso se justifica na medida em que a pró-atividade, por parte do profissional, passa a ser um dos principais itens na sua avaliação de desempenho. Esteja bem com o chefe e estará seguro: É outro mito que pode representar acomodação e passividade, que já não encontram espaço nas empresas. A eventual segurança está cada vez mais ligada a fatores de qualificação profissional, compreensão do negócio da organização, entendimento das necessidades do cliente e obtenção de resultados. Segundo Fontenelle (op.cit., 2005), Peter Drucker alertava para o fato de que estaríamos vivendo uma mudança sem precedentes na história da condição humana: estaríamos tendo, pela primeira vez, a possibilidade de fazer escolhas e de administrar a nós mesmos. Nesse contexto, Drucker relaciona a capacidade de aquisição de conhecimentos com o desenvolvimento da carreira. A má notícia, segundo ele, é que nós estaríamos totalmente despreparados para isso. Peter Ferdinand Drucker (1909-2005) foi um escritor, professor e consultor administrativo de origem austríaca, considerado o pai da administração moderna. DICAS: Pois por conhecimento, Drucker não se refere apenas aos conhecimentos formais, mas a capacidade de sabermos “quem somos”: qual o nosso lugar, nossas aptidões, nosso temperamento, nossas reais capacidades de realização do que queremos. Aproveite e leia um dos livros mais importantes do autor: Desafios gerenciais para o século XXI (Editora Pioneira, lançado em 2009). E você, já pensou em planejar a sua carreira? Como vimos nesta aula, o planejamento de uma carreira não começa no final da faculdade. É preciso, desde o início ter foco, visão e buscar ir além do que encontramos na graduação. Assista aos vídeos abaixo e veja como os ex-alunos da Estácio planejaram o seu futuro profissional. Momento descontração Pulando de carreira para currículo, vamos começar assistindo a um vídeo humorístico sobre uma situação de entrevista de emprego. Apesar de ser cômico, já vale uma dica antes de falarmos de currículo: não seja engraçadinho! O avaliador certamente não irá querer “brincar” comvocê! AULA 6 – HABILIDADES E COMPETÊNCIAS PARA O MERCADO DE TRABALHO Definição de currículo e características principais Você provavelmente já ouviu a expressão curriculum vitæ, não é? De sua origem latina, pode ser traduzida por “percurso da vida”. Normalmente usa-se currículo, em português. É um documento que sintetiza qualificações, competências e objetivos, entre outros. Em alguns casos, pode ser substituído ou complementado por um portfólio (para profissões como web designer, por exemplo). Quanto mais específico e detalhado, maior a oportunidade de se ter um retrato fiel do candidato em relação à vaga/função desejada. Por isso, o currículo deve ser verdadeiro e objetivo. INFORMAÇÕES PESSOAIS OBJETIVOS SÍNTESE DAS QUALIFICAÇÕES TRAJETÓRIA PROFISSIONAL TRAJETÓRIA ACADÊMICA APRIMORAMENTO SALÁRIO E DISPONIBILIDADE Que tal começar a montar seu currículo? Entrevista de Seleção Para fazer parte do mercado de trabalho, é preciso mais do que um bom currículo. Para entrar no mercado de trabalho é preciso de muito mais do que um currículo, é preciso saber se portar, se vestir, se apresentar, conhecer a empresa, enfim, é preciso ter postura profissional. Falando em competências Competência pode ser definida como uma mobilização de recursos para desempenhar uma determinada tarefa ou função. Nessa mobilização são envolvidas habilidades, conhecimentos, valores e atitudes, entre outros, os quais serão necessários para cumprir satisfatoriamente uma determinada ação. Desenvolvemos habilidades o tempo todo, mas elas isoladas não necessariamente permitem desempenhar uma determinada tarefa de maneira satisfatória. Aprender a bater a bolinha na raquete não torna uma pessoa tenista, por exemplo. Tipos de competências Competência Cognitiva: é aquela relacionada à capacidade de aprender. Essa capacidade implica: 1) criação de estratégias a partir da organização das informações disponíveis na situação; 2) reorganização de esquemas disponíveis em nosso estoque de conhecimentos (Ackerman, 1996; Ackerman & Heggestad, 1997; Ackerman, Kyllonen & Roberts, 1999). Diferente da competência didático-pedagógica, trata-se da capacidade de reconfigurar a mente para adquirir novos conhecimentos com rapidez e eficiência, mesmo não havendo um programa formal de aprendizagem. EXEMPLOS: • Explorar um local que você não conhece envolve a capacidade de ler um mapa, localizar-se por meio de GPS, saber a quem pedir informações ou solicitar um guia e ouvir suas recomendações. Além disso, envolve saberes como o da topografia e da geografia local. • Saber votar movimenta a capacidade de usar a urna eletrônica, selecionar os candidatos, reconhecer as realizações e referências das instituições políticas, conhecer o procedimento eleitoral do país etc. • Identificar sinais de uma pessoa doente envolve as competências de observar fisiologia, medir temperatura, administrar remédio, além de conhecimentos de primeiros socorros, riscos, identificação de patologias e sintomas etc. Competência Comunicativa: é definida por Brown (1994, p.227) como sendo a capacidade que o indivíduo possui e que o possibilita emitir e interpretar mensagens e negociar seus significados, interpessoalmente em contextos específicos. Ou seja, a capacidade de comunicar- se com clareza, precisão, empatia. EXEMPLOS: • Saber distinguir a realidade social, relações com pessoas e tipos de linguagem que podem ser usados para cada ocasião particular, bem como jargões profissionais e sociais. • Ser capaz de compreender a contextualização de sentenças escritas e também daquelas faladas. • Conhecer a gramática e o vocabulário, além de regras como convidar de forma apropriada, saber pedir desculpas e agradecer. Competência didático-pedagógica: é aquela relacionada à educação e ao ensino. Piaget (1978, apud Fujimo e Vasconcelos 2011), teórico idealizador da teoria construtivista, entende o sujeito como um ser ativo na construção do seu conhecimento e, nesse sentido, um erro corrigido pelo próprio aprendiz pode ser mais relevante para a construção do conhecimento do que um acerto. Na prática, é a capacidade de aprender a aprender. EXEMPLO: “O aluno tem dificuldade de entender o que é, por exemplo, custo fixo, custo variável. Não vou generalizar, mas eles têm dificuldades de entender se algo é um custo, um gasto ou uma despesa, acho que a dificuldade está nessa essência. O custeio em si é fácil de entender depois que você conhece o conceito que está por trás.” Estes dados mostram que os saberes dos professores abrangem uma diversidade de objetos, de questões, de problemas que estão todos relacionados ao seu trabalho. Para Tardif (2002, p. 213), esta é uma das manifestações possíveis do “saber-fazer” e do “saber-ser” professor, “bastante diversificados, provenientes de fontes variadas e provavelmente também de natureza diferente”. Competência intelectual: é aquela relacionada à capacidade de raciocinar ou de aprender. Está, portanto, relacionada à aplicação de aptidões mentais (Dutra, 2011). No mundo profissional, por exemplo, é muito comum ingressar em uma empresa e ter de aprender a usar sistemas específicos daquela empresa. EXEMPLO: As empresas que conseguem manter competitividade e participação em alto grau possuem notória competência intelectual. Isso certamente ajuda a valorizar suas ações nas bolsas de valores. É comum que o valor de mercado dessas empresas esteja acima de seu patrimônio líquido, pois elas têm a capacidade de: • Transformar; • Inovar; • Superar crises e expandir seus negócios, como é o caso de empresas gigantes de T.I. Competência pragmática: tem relação com a competência comunicativa. Segundo Schmidt (1993), o conhecimento pragmático e discursivo não é sempre usado de maneira automática, irrefletidamente; alguns atos conversacionais são planejados, outros não; há espontaneidade e também há planejamento. Ou seja, não se trata apenas de troca de mensagens e entendimento do conteúdo, mas a postura, a articulação do que o outro quer ouvir, o entendimento cultural do falante, a atitude etc. EXEMPLO: A pragmática está associada essencialmente aos objetivos da comunicação. Considere, por exemplo, o fato de não ser permitido fumar em todos ambientes. Como alertar isso ao seu interlocutor? “Por favor, você pode parar de fumar?". Ou, uma alternativa, pode ser “Parece que este local está necessitando de um depurador de ar". Repare que, na segunda frase, a palavra fumar não é utilizada, mas a intenção do locutor ainda tem o mesmo significado, mas de forma indireta. Competência relacional: é a capacidade de conviver em grupo. Moscovici (1998, apud Silva, 2007) relata que pessoas que convivem e trabalham com outras pessoas apresentam reações: comunicam-se, simpatizam e sentem atrações, antipatizam e sentem aversões, aproximam-se, afastam-se, entram em conflito, competem, colaboram, desenvolvem afeto. Essas interferências ou reações, voluntárias ou involuntárias, intencionais ou não-intencionais, constituem o processo de interação humana. EXEMPLO: O que fala muito é um chato, quem não fundamenta seus argumentos não expõe as ideias com clareza. A competência relacional nada mais é do que o jogo de cintura ou a capacidade de se relacionar bem com as pessoas: saber ouvir e argumentar, e sempre olhando diretamente nos olhos do outro, sem desviar. Esse interlocutor precisa ser dotado do chamado “Quociente Emocional”. Muitas pessoas não contrabalançam esses fatores em suas vidas, sendo que a maior parte deles é indispensável para a empregabilidade. Competência técnica: é o domínio de determinados conhecimentos técnicos relacionado a uma área de conhecimento ou profissão. Alonso (2010) afirma que esta competência estárelacionada ao QI, ou seja, a quantidade de conhecimento formal e acadêmico que o indivíduo conseguiu adquirir (domínio de idiomas, formação acadêmica, domínio de metodologias de trabalho etc.). EXEMPLO: •Nível de escolaridade formal exigida para pleno desenvolvimento das atribuições do cargo; •Treinamentos, cursos específicos, habilitações profissionais, especializações etc., para obter melhores resultados no desempenho do cargo; •Escolaridade e treinamentos realizados e aprimorados pela experiência profissional. Quais, respectivamente, são as competências exigidas no anúncio de emprego ao lado? Lembre-se de que a COMPETÊNCIA RELACIONAL é a capacidade de interagir, estabelecer vínculos, união etc. Não confunde-se com a COMPETÊNCIA COMUNICACIONAL, essa relativa à habilidade de emitir e receber mensagens, bem como compreender seu conteúdo. O mesmo vale para a COMPETÊNCIA INTELECTUAL, que é a habilidade de usar o raciocínio para solucionar um problema, por exemplo. Não confunde-se com COMPETÊNCIA COGNITIVA, relacionada à capacidade de aprender. Finalmente, temos a COMPETÊNCIA TÉCNICA, que se refere ao domínio de determinados conhecimentos específicos. Competências para a empregabilidade: você é flexível? Podemos definir flexibilidade como sendo a aptidão para variadas coisas ou aplicações, e até mesmo como sendo nossa disponibilidade de espírito, nossa compreensão, complacência para entender e, porque não dizer, aceitar e adaptar-se ao contexto. Nas empresas, a flexibilidade diz respeito à postura que se espera do profissional, de se adaptar rapidamente às mudanças impostas (novas funções, novas estruturas organizacionais, mobilidade para aceitar desafios em outras regiões, novos padrões de concorrência e produtos etc.). Lógica da flexibilidade A crescente mudança no mundo dos negócios... ... exige rápida adaptação das empresas (estratégia, tática, operação)... ... o que demanda... Um caso para falar de coerência Renata completou 40 anos e, por isso, decidiu realizar um “check-up”. Ao olhar o livro do seu plano de saúde, verificou que havia uma clínica próxima a seu trabalho, e decidiu marcar uma consulta inicial com o cardiologista da clínica, para iniciar o processo. Vamos analisar o que aconteceu com Renata para você entender melhor o conceito coerência. Durante o primeiro exame, Renata constatou algo que a deixou bastante desanimada e descrente da seriedade da clínica e do profissional médico que a atendia. Ela constatou um maço de cigarro na mesa do médico e sentiu cheiro na mão dele. Coerência, dentre outros sentidos, é a busca do equilíbrio entre as crenças, estratégias e comportamento pessoais de um indivíduo frente às crenças de uma empresa/organização, de modo que a impressão que se tem sobre um profissional seja compatível com a impressão que se tem de uma empresa. Coerência é o que se espera entre os colaboradores de uma empresa e ela própria. É a base para a existência da confiança na empresa, o que ficou comprometido, no caso da Renata. Você sabe o que é resiliência? “Nunca esquecerei a primeira corrida com chuva, um desastre, uma piada. Fui muito mal. Pilotos passando por um lado e pelo outro, todos me ultrapassavam e eu não podia fazer nada. E no seco eu era muito bom! Então nesse dia eu vi que não sabia correr na chuva. A partir desse dia passei a treinar com chuva. Sempre que chovia eu ia para a pista, treinar. E aí eu aprendi.” Depoimento gravado no DVD Ayrton Senna para Sempre. A resiliência pode ser definida como a habilidade que uma pessoa desenvolve para resistir, lidar e reagir de modo positivo em situações adversas. Trata-se de uma combinação de fatores que permitem enfrentar e superar problemas. O resiliente busca aprender com as adversidades para poder adaptar-se à nova realidade. Não é tarefa fácil, pois precisa administrar suas emoções, controlar impulsos, manter o otimismo etc. Um profissional demonstra resiliência quando é submetido a situações de alto grau de pressão e/ou adversas. Na prática, o resiliente é aquele que está sempre em evolução, daí sua importância para as empresas. Os profissionais não tinham prazo de validade... A baixa volatilidade nas opções de emprego, bem como as oportunidades de trabalho, eram diferentes: o conhecimento adquirido durava mais. O problema é que a velocidade das mudanças, a famosa globalização e o desenvolvimento tecnológico transformam incessantemente o ambiente de trabalho. Estudo e formação não são apenas uma etapa da vida, mas uma constante ao longo de toda a carreira. Você lembra como era o trabalho do caixa de banco antes de existir o caixa eletrônico? Assim, a atualização profissional deixou de ser uma opção para ser também uma condição e uma necessidade dentro do exercício da profissão, seja para aperfeiçoamento do currículo, seja por exigência natural do mercado. Foco em resultados Chiavenato (1999) relata que o que leva uma organização rumo à excelência e ao sucesso não são apenas produtos, serviços, competências e recursos. É o modo como ela arranja isso e como é administrada. A administração é, portanto, o veículo pelo qual as organizações são alinhadas e conduzidas para alcançar excelência em suas ações e operações para chegar ao êxito no alcance de resultados. Um exemplo: resultado financeiro Uma empresa precisa gerar lucro para crescer no mercado, bem como gerar valor para seus clientes/usuários. Os gestores estabelecem ações para atingir resultados (uso de tecnologia, melhoria de processos, controle, investimento etc.) Cada colaborador tem um conjunto de atividades e processos específicos com foco em criar valor e produzir os resultados. Com quem você quer trabalhar? Você é gerente de produção em uma empresa têxtil de médio porte. Surgiu uma oportunidade de vaga para o cargo de supervisor de célula de produção, e você possui duas escolhas: 1) selecionar alguém do mercado; 2) Promover um analista de célula de produção do seu setor. O perfil desejado envolve os seguintes atributos: - Conhecimento técnico e experiência na área; - Capacidade de atuar com foco gerencial, além do técnico; - Disponibilidade para viagens, reuniões fora de sede, home office; - Vontade de crescer na empresa; - E, principalmente, visão de dono do negócio. A opção natural foi selecionar alguém Interno, que já conhece a cultura da empresa, os processos, a metodologia de trabalho, o sistema de gestão etc. Aula 7 – TERCEIRO SETOR Terceiro setor e responsabilidade social empresarial Terceiro setor é um tipo de atividade que se diferencia do Estado (primeiro setor) e da iniciativa privada com fins de lucro (segundo setor), pois é, ao mesmo tempo, de origem privada, mas sem fins de lucro. No Brasil é relativamente novo, começou a aparecer com mais frequência na década de 1960. Aqui correspondem a associações, fundações e organizações religiosas. As ONGs (Organizações Não Governamentais) estão mais identificadas com as associações e fundações com caráter de desenvolvimento social, comunitário, defesa de direitos ou de princípios e afins. Nos últimos anos, tem ganhado força em virtude do apoio das empresas, cada vez mais responsáveis socialmente. A Responsabilidade social empresarial (RSE) refere-se a responsabilidade geral das empresas por uma gestão sustentável em termos econômicos, ecológicos e sociais. A Comissão Europeia define assim a RSE: “é um conceito fundamental criado para ajudar as empresas a integrar voluntariamente preocupações sociais e ecológicas nas suas atividades de negócio e relações com stakeholders” (públicos de interesse de uma empresa, como clientes, fornecedores, colaboradores, governo etc.). Vale mencionar algumas vantagens relacionadas a atuar no terceiro setor: a) essas entidades atuam em uma ampla gama de atendimentoe serviços, demandando profissionais de carreiras variadas; b) os salários costumam ser mais altos que a média do mercado; c) o trabalho voluntário é uma boa forma de contribuição social e, ao mesmo tempo, turbina o currículo de um profissional. A título de estudo de caso, vale mencionar o Instituto Ethos, cuja missão é mobilizar, sensibilizar e ajudar as empresas a gerir seus negócios de forma socialmente responsável, tornando-as parceiras na construção de uma sociedade sustentável e justa. Hoje conta com a parceria de mais de 1.200 companhias de diferentes setores e portes em projetos diversos, cujos temas versam sobre esporte, direitos humanos, cidadania, meio ambiente, biodiversidade e erradicação do trabalho escravo, entre outros. Empreendedorismo Social Já ouviu falar em Empreendedorismo Social? Empreendedorismo social é um termo que indica um negócio lucrativo que ao mesmo tempo traz desenvolvimento para a sociedade. As empresas sociais, diferentes das ONGs ou de empresas comuns, utilizam mecanismos de mercado para, por meio da sua atividade principal, buscar soluções para problemas sociais. Os negócios sociais integram a lógica dos diferentes setores econômicos e oferecem produtos e serviços de qualidade à população excluída do mercado tradicional, ajudando a combater a pobreza e diminuir a desigualdade. Inclusão social, geração de renda e qualidade de vida são os objetivos principais dos negócios sociais. A utilização de presidiários em setores como a construção civil é um bom exemplo de Empreendedorismo Social. Empreendedorismo do Terceiro Setor Você sabia que as ONG´s são empreendedoras do Terceiro Setor? Muitos projetos do terceiro setor, como as ONGs, criam produtos tangíveis: camisetas, bonés, mochilas etc. Porém, o preço desses produtos é difícil de ser definido. Segundo Manzione (2006), os preços são definidos pelos custos e conforme o orçamento, sendo assim o elemento mais fácil de ser mudado pela empresa. No terceiro setor esta concepção é considerada custo previsto em forma de orçamento, que tem como base as despesas para atingir objetivos estabelecidos. O lucro deste tipo de setor está muitas vezes mais relacionado à necessidade e ao valor percebido pelo consumidor do que à promoção da marca. O Empreendedorismo pode ser trabalhado ainda na infância... As crianças do projeto Recicleta, por exemplo, aprendem noções de empreendedorismo na reutilização de peças de bicicletas inutilizáveis. Elas fazem varreduras em lojas especializadas e em residências que contatam o projeto indicando possuir uma bicicleta fora de uso ou com defeitos, captam os produtos oferecidos e os transformam em novas bicicletas que serão doadas às comunidades carentes. Essa ação, além de ajudar na preservação do meio ambiente, ajuda no desenvolvimento de crianças, através de noções de empreendedorismo. AULA 8 – SETOR PÚBLICO Carreira na Administração Pública Você sabe como funciona a Administração Pública? Administração pública é o conjunto de órgãos, serviços e agentes do Estado que procuram satisfazer as necessidades da sociedade, tais como educação, cultura, segurança, saúde, etc. Em outras palavras, administração pública é a gestão dos interesses públicos por meio da prestação de serviços públicos, sendo dividida em administração direta e indireta. A administração Pública está dividida em? ADMINISTRAÇÃO DIRETA: Faz parte da Administração Direta, os órgãos ligados diretamente ao Estado, que executam funções típicas de Estado. São os Ministérios, as Polícias, os Hospitais públicos, as Escolas públicas, os órgãos de Controle (como o TCU e a CGU) etc. Nem sempre essas funções são exclusivas. Por exemplo, temos hospitais e escolas particulares. Mas mesmo assim é obrigação do Estado oferecer esses serviços gratuitamente. Por isso, que consideramos uma função típica. ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: é formada pelas entidades que representam o braço empresarial do Estado. Essas entidades concorrem de igual para igual com o mercado privado. Não são funções típicas, são só setores em que, por questões estratégicas, o Estado resolveu investir. São exemplos no Brasil, a Petrobrás, o BNDES, o Banco do Brasil etc. A Administração Indireta, se divide em quatro formas de organização: • Autarquias; • Fundações Públicas; • Empresas Públicas; e • Sociedades de Economia Mista... Quem presta o serviço? Todo Funcionário Público é um Servidor? Não! O funcionário público pode ser um servidor público ou um empregado público, dependendo da área do Estado em que ele atue. Mais quais seriam as principais diferenças entre eles? Veja o quadro comparativo Um pouco mais sobre concursos públicos A porta de entrada do Setor Público é o Concurso. Esse tipo de processo seletivo se dá por meio de provas específicas para cada área e função disponíveis. E, como a procura é grande, é preciso estar muito bem preparado para vencer a concorrência. Algumas vantagens relacionadas aos cargos públicos concursados Regularidade de remuneração, facilidade de crédito, estabilidade no emprego e possibilidade de transferências para outras localidades ou para outros setores. DICAS GERAIS: Para passar em concurso público não é necessário comprar todos os materiais disponíveis. O que não pode faltar, além da motivação e do objetivo, é papel, caneta, lápis, códigos e provas anteriores. Como a maior parte dos concursos exige o conhecimento de “noções básicas de Direito”, a melhor maneira de obter essas noções são os textos da Lei. ROSTINA DE ESTUDO: É importante ter um quadro de horário de estudo definido, otimizar o tempo, revisar o conteúdo, estudar questões de provas anteriores, foco e motivação! É importante também deixar um dia de descanso e preparar-se emocionalmente para o dia da prova. TÉCNICA DE ESTUDO: Conheça a técnica de estudo a qual você melhor se adapta. Se for pela visualização, opte por materiais que ofereçam muitos esquemas visuais, fluxogramas, etc. Se for pela audição, experimente as aulas gravadas e audiolivros e, se tem dificuldade em fixar conteúdo pela leitura, transcreva as partes mais importantes e faça provas simuladas. EDITAL: Ler o edital é fundamental, ele faz parte da preparação para as provas. Nele podem estar os conteúdos programáticos, os pesos de cada seção da prova, as formas de avaliação além da prova em si (como pontos para títulos, experiência etc.). ACUIDADE: Essa qualidade pode ser resumida em “prestar atenção”. Isso é o que mais falta quando alguém assiste a uma aula, lê um livro ou responde a uma questão de prova. Procure fazer bem-feito tudo que envolve seus sonhos. Se você estudar, ler um livro, assistir uma aula, fazer uma prova, faça com atenção, dê o seu melhor! Assim, você toma as rédeas da sua vida e passa por aqui como ator, e não como mero espectador! AULA 9 – EMPREENDEDORISMO E INOVAÇÃO Você sabe o que é Empreendedorismo? “Empreendedorismo é o estudo voltado para o desenvolvimento de competências e habilidades relacionadas à criação de um projeto (técnico, científico, empresarial). Tem origem no termo empreender que significa realizar, fazer ou executar”. Todo grande projeto depende da figura do empreendedor: indivíduo que apresenta determinadas habilidades e competência para criar, abrir e gerir um negócio, obtendo resultados positivos. São características do empreendedor: - Criatividade; - Capacidade de organização e planejamento; - Responsabilidade; - Capacidade de liderança; - Habilidade para trabalhar em equipe; - Gosto pela área em que atua; - Visão de futuro e coragem para assumir riscos; - Interesse em buscar novas informações, soluções e inovações para o seu negócio; - Persistência (não desistir nas primeiras dificuldades encontradas); - Saber ouvir as pessoas; - Facilidadede comunicação e expressão. Empreendedorismo é Atitude... Por isso, para ser empreendedor é preciso sair da zona de conforto e ir à luta. E você? É capaz disso? Para saber se você tem o perfil empreendedor, questione-se: • Eu realmente me desafio? • Não fico satisfeito com o que me é facilmente oferecido? • Busco novas alternativas e procuro informações precisas, estudando o problema, analisando os riscos, testando e aprendendo com as situações? • Respondo pelos resultados (bons ou ruins), me reposicionando, focando no objetivo e buscando novas soluções? E aí? É capaz de tudo isso? Quem empreende é sempre inquieto e tem consigo o desejo de fazer diferente, de aproveitar a oportunidade e melhorar o que já existe. Para se sentir ainda mais empreendedor, assista agora ao vídeo do Waldez Ludwig sobre “Atitude Empreendedora e Talento”. Competitividade e Inovação As empresas, para ganharem espaço ou sobreviverem no mercado, estão constantemente se reinventando. A inovação é essencial: com ela uma empresa se torna capaz de gerar riqueza contínua, aumentar a produtividade e ser competitiva. Inovação na produção Henry Ford, no início do século XX, inaugura a linha de montagem para produção em massa do automóvel Ford T, diminuindo os custos para popularizar a venda de veículos. Inovação no produto Com o aumento da velocidade dos carros, a segurança passou a ser um diferencial. Em 1958 foi fabricado o primeiro automóvel americano com cintos de segurança: o Chevrolet Corvette. Inovação na marca Por volta de 1920, a Ferrari viu-se obrigada a pintar seus carros de corrida na cor vermelha. Criou um vermelho específico, o rosso corsa (“vermelho de corrida”). A cor ficou tão associada à marca que passou a designar um tipo de vermelho: vermelho Ferrari. Inovação no negócio As concessionárias de carro passaram a oferecer serviços mecânicos, seguro, customização etc., em vez de somente atuarem como pontos de venda. Voltando a falar de carreira... Como você viu na aula anterior, o conceito de carreira passou a ser visto como uma responsabilidade do indivíduo, e não só da empresa que o emprega. Ainda, viu que a carreira evolui, que diversos espaços e funções diferentes são ocupados por um profissional ao longo de sua carreira profissional. Para se adequar às demandas e exigências do mercado, o profissional assume a maior parcela de responsabilidade sobre o desenvolvimento de sua carreira. Da criatividade à inovação como diferenciais do profissional Criatividade é a capacidade de criar, de pensar diferente diante de uma realidade qualquer. A inovação é consequência da criatividade, aliada a outros fatores. Vamos ver a dinâmica da inovação no meio empresarial? Que tal um desafio de criatividade? Você foi selecionado como finalista para concorrer a uma vaga de emprego de gerente administrativo em uma empresa de grande porte. Na última etapa da seleção, o recrutador propôs um desafio para todos os candidatos. Cada candidato recebeu uma folha de papel A4. O recrutador pediu que você e os outros ficassem a uma distância de 8 metros de uma caixa pequena, aberta, localizada no meio da sala de recrutamento. Cada um tem como objetivo fazer com que a folha chegue dentro da caixa, podendo dobrar quantas vezes julgar necessário e fazendo “qualquer tipo de modelo”. O primeiro a conseguir seria contratado pela empresa. Qual seria sua opção? TRADIÇÃO, SOFISTICADO, BOLA DE PAPEL Momento inspiração Muitas pessoas confundem criatividade com inteligência. Na verdade, um dos principais vetores da criatividade é a inspiração; mas, também, o trabalho duro para colocar em prática uma ideia original. No vídeo ao lado você assiste a um relato sobre o processo criativo. Repare que tudo parte de um roteiro: 1) A necessidade, problema ou oportunidade (no caso, o desejo dos clientes); 2) A realidade, o cenário, o ambiente (no caso, a localização, a posição do sol, a direção do vento etc.); 3) As possibilidades, as condições de realização (no caso, a forma de integrar os principais ambientes ao cenário e integrar as pessoas dentro da casa); 4) O experimento, o esboço (no caso, o diagrama que ele usa para colocar suas ideias no papel); 5) A implementação, a execução (no caso, passar a ideia para a equipe, montar o projeto com ela). Como funciona uma mente criativa? É óbvio que existem pessoas mais criativas que outras. Mas, no meio profissional, a criatividade precisa estar inserida coletivamente para gerar inovação ou solução. Inclusive, uma das técnicas mais eficazes para solucionar problemas ou gerar inovação é o brainstorming. Brainstorming consiste na reunião de pessoas, preferencialmente de setores distintos, para explorarem diferentes pensamentos e ideias em busca da solução de um problema ou para alcançar um determinado objetivo. Todas as ideias são aceitas, depois a maioria é descartada, até chegar a uma boa ideia. Diante de um problema ou oportunidade... É CURISOSA (quer saber mais...) É INVESTIGATIVA (quer entender o porquê...) É INOVADORA (quer fugir do óbvio...) É EXPERIMENTAL (quer testar, confirmar...) É INQUIETA (quer resolver a qualquer custo...) É FOCADA (100% de atenção e dedicação...) AULA 10 – ÉTICA “A ética é algo essencialmente humano. Os outros animais não possuem um código de ética, nem uma base moral. Agem guiados por instintos, buscam a sobrevivência e a satisfação das suas necessidades, mas, acredita-se, não pensam, não refletem sobre os meios de alcançá-los. Ao assumirmos que a ética é uma coisa humana e está fora do campo dos instintos, da natureza, do fisiológico, afirmamos também que ela é social e culturalmente construída.” “Dito de outra forma, a nossa ética nos é informada pela sociedade na qual vivemos e não por nós mesmos. Ninguém nasce ético. Podemos concordar ou discordar de determinados padrões morais, mas sempre refletimos e agimos em relação a eles. Mas, o que vem a ser ética?” Definindo Ética... Em termos gerais, ética é o código de princípios e valores morais que regem o comportamento de uma pessoa ou grupo, com relação ao que é certo ou errado, influenciando na conduta e na tomada de decisões. Portanto, a ética está relacionada à opção ou desejo de se manter com os outros relações e/ou condutas justas e aceitáveis que consiste em uma reflexão crítica que permita a escolha da melhor forma de agir. Exemplo: Um bom exemplo para analisarmos a questão da Ética são os maus políticos. Eles passam às pessoas mais desinformadas a impressão de que são corretos. Infelizmente, pessoas com suas necessidades fundamentais e básicas não providas, mesmo pagando altos impostos, são suscetíveis a acreditar. Será que o poder público esqueceu completamente a ética cidadã, cobrada nas ruas? Já os bons exemplos de ética vêm das demonstrações de honestidade governamental que passam pela transparência nas contas públicas de grandes obras (como estádios de futebol, por exemplo). O campo ético também é constituído pelo agente livre, que é o sujeito moral ou pessoa moral, e pelos valores e obrigações que formam o conteúdo das condutas morais, ou seja, as virtudes ou as condutas e ações conformes ao bem. Condições para existir o agente moral O agente moral só pode existir se preencher as seguintes condições: Ser consciente de si e dos outros, capaz de refletir e de reconhecer a existência dos outros como sujeitos éticos iguais a si; Ser dotado de vontade, isto é: Capaz de controlar e orientar desejos, impulsos, tendências, paixões, sentimentos para conformá-los com as normas e valores ou virtudes reconhecidas pela consciência moral; Dotado de capacidade para deliberar e decidir entre as alternativas possíveis; Ser responsável, ou seja, reconhecer-se como o autor da ação, ter a capacidadede avaliar os efeitos e as consequências sobre si e sobre os outros, assumir a ação e as consequências, respondendo por elas; Ser livre, não estar submetido a nenhum a poderes externos que o forcem a sentir, querer e fazer alguma coisa. Os meios e os fins Afirmamos anteriormente que o campo ético é constituído pela pessoa moral e pelos valores morais, mas há ainda um elemento importante: os meios para que os sujeitos realizem os fins. No caso da ética, aquela famosa frase atribuída a Nicolau Maquiavel, de que os fins justificam os meios, não é válida. Dito de outra forma, artifícios não éticos, mesmo que utilizados com boa intenção, não levarão a objetivos éticos. No caso da ética, nem todos os meios são justificáveis. Isso quer dizer que fins éticos exigem meios éticos. Esta relação entre meios e fins leva em consideração a ideia de discernimento, ou seja, é preciso que se saiba distinguir entre meios morais e imorais, a partir da orientação da nossa cultura, da nossa sociedade. A responsabilidade O que é responsabilidade? O Dicionário Abagnano ou Japiasssu e Marcondes a define como “a obrigação de responder pelas ações próprias ou dos outros; caráter ou estado do que é responsável”. Responsabilidade x Moral Qual seria, então, a relação entre responsabilidade e moral? Pode-se afirmar que, para considerarmos um ato como moral é preciso que o agente possa responder pelo que fez e também pelos resultados ou consequências de sua ação ou inação. Posso ficar com o troco que recebi a mais e não devolver? Se eu não devolver o troco que recebi a mais alguém, de alguma forma, vai pagar por isso. Posso avançar o sinal, por ser de madrugada e em lugar perigoso? Se eu avançar o sinal e, no cruzamento, alguém estiver pensando exatamente como eu, alguém vai pagar por isso. Posso pisar na grama? Se eu pisar na grama, outros não terão uma grama bonita para apreciar. Posso colocar o som alto no meu carro ou na minha casa? Se eu colocar o som alto no meu carro ou na minha casa, alguém vai enlouquecer. Posso colar na prova? Se eu colar na prova não estarei sendo honesto comigo mesmo nem com o professor, pois estarei trapaceando. Posso desrespeitar o professor, com gritos e ameaças, por não concordar com alguma nota ou falta lançadas? Se eu tiver uma atitude de desrespeito para com o professor (ou outro funcionário ou colega) sofrerei com as consequências deste ato, previsto no Código de Ética da Instituição. Posso dizer que mulher não sabe dirigir? Se eu estabelecer distinção de atividades entre o sexo masculino e o feminino não estarei admitindo a igualdade de direitos entre homens e mulheres. E isto define que você é um machista, ou seja, alguém que crê que homens são melhores que mulheres”. Posso questionar a autoridade do professor em virtude do aluno “pagar para estudar”? Se eu questionar a autoridade do professor estarei desrespeitando-o, assim descumprindo o Código de Ética e Postura da Instituição”. Posso tratar de forma discriminatória uma pessoa com características diferentes de mim, como cor da pele, peso, ou algum tipo de deficiência? Se eu for preconceituoso e discriminar outra pessoa não estarei admitindo a igualdade entre todos, premissa básica para se viver em harmonia em uma sociedade. Além disso, poderei arcar com as consequências deste ato, já que racismo é crime, por exemplo. Termo de compromisso pessoal Agora é o momento de refletir a sua postura na Universidade e no mercado de trabalho tendo como referência o Termo abaixo. Fizemos uma proposta com os itens que julgamos importantes para se ter um comportamento ético e, se você concordar a se comprometer a agir assim, assine embaixo! É apenas fictício, sendo uma orientação para você, já que não é um documento! Mas, você estará reforçando a identidade do aluno Estácio, que tanto prezamos!!
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