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O conhecimento filosófico tem por origem a capacidade de reflexão do homem e por instrumento exclusivo do raciocínio. O conhecimento filosófico surge da relação do homem com seu dia-a-dia, porém preocupa-se com respostas e especulações destas relações. Não é um conhecimento estático, ao contrário sempre está em transformação. Considera seus estudos de modo reflexivo e crítico. É um estudo racional, porém não há uma preocupação de verificação.
É o conhecimento que se baseia no filosofar, na interrogação como instrumento para decifrar elementos imperceptíveis aos sentidos, é uma busca partindo do material para o universal, exige um método racional, diferente do método experimental (científico), levando em conta os diferentes objetos de estudo.
O objeto de análise da filosofia são ideias, relações conceptuais, exigências lógicas que não são redutíveis a realidades materiais e, por essa razão, não são passíveis de observação sensorial direta ou indireta (por instrumentos), como a que é exigida pelo conhecimento científico. 
Exemplo: 
Trata de questões:
Do certo e do errado, do bem e do mal (Ética)
Da preservação da verdade e de evitar raciocínios inválidos (Lógica)
Do belo (Estética)
Da realidade, do ser e do não-ser (ou nada) (Metafísica)
Do conhecimento, da crença (Epistemologia)
Quando, todavia, falamos da filosofia como sendo um mecanismo de crítica do conhecimento, faz-se necessário se impor certas limitações. Nosso ceticismo nunca poderá ser refutado, pois toda refutação deve começar em alguma fatia de conhecimento que seja compartilhada pelos que disputam; de uma dúvida vazia, nenhum argumento pode ter início. Desta feita, a crítica do conhecimento empregada pela filosofia não deve ser deste tipo destrutivo se a aquisição de algum resultado é pretendida. Contra o ceticismo absoluto, nenhum argumento lógico pode ser empregado. Não é difícil ver, nada obstante, que o ceticismo deste tipo é irracional. A ‘dúvida metódica’ cartesiana, com a qual a filosofia moderna se iniciou, não é desse tipo, mas é daquele tipo de atividade crítica que declaramos ser da essência da filosofia. Sua ‘dúvida metódica’ consistiu em se duvidar de tudo que era susceptível de dúvida, para que se pudesse, em cada fatia de conhecimento, parar-se e se perguntar se realmente se conhecia aquilo. Este é o tipo de atividade crítica que constitui a filosofia. Alguns conhecimentos, como o da existência dos dados provenientes dos nossos sentidos, parecem um tanto indubitáveis, mesmo que reflitamos calmamente e inteiramente sobre ele. Em relação a tal tipo de conhecimento, a atividade crítica filosófica não requer que nos abstenhamos da crença. Mas, há crenças — como, por exemplo, as de que os objetos físicos assemelham-se aos nossos dados provenientes dos nossos sentidos — que só nos são mantidas até que comecemos a refletir e que derretem quando submetidas a uma investigação pormenorizada. A filosofia nos obrigará a rejeitar tais crenças, a menos que alguma nova linha de argumento seja descoberta para ampará-la. Mas, rejeitar crenças que não parecem estar susceptíveis a objeções, por mais próximos que nós as examinemos, não é razoável e isto não é o que advoga a filosofia.

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