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MODELO PETIÇÃO II - SIMPLES

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___VARA CIVEL DA COMARCA DE GOIÂNIA-GO.
Distribuição URGENTE, pedido de Tutela Antecipada.
PRIORIDADE, 63 anos de idade.
FULANA DE TAL, brasileira, viúva, pensionista, portadora da cédula de identidade nº XXXXX SPP/GO, inscrita no CPF/MF sob o nº XXXX, residente e domiciliada à Rua ......, Goiânia-Go, por seus procuradores (m.j.), os advogados que esta subscrevem, estabelecidos profissionalmente no endereço constante no rodapé da presente, vem a presença de Vossa Excelência, propor a presente:
AÇÃO DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA DE RELAÇÃO JURÍDICA C/C Danos Morais
Em face de BRASL TELECON S/A, pessoa jurídica de direito privado, Inscrita sob o CNPJ-MF nº 76.535.764/0328-51, localizada à BR 153, Km 6, S/N, Vila Redenção, CEP 74845-060, Goiânia-Go, em razão dos motivos de fato e de direito a seguir expostos:
I – DOS FATOS:
A requerente ao solicitar a instalação de uma linha telefônica junto a empresa requerida, foi informada que o seu nome havia sido negativado junto ao SPC e SERASA em razão de débito de uma linha telefônica nº (62) XXXX-XXXX, instalada/habilitada em seu nome desde 28/05/2007, no valor de R$ 299,24 (duzentos e noventa e nove reais e vinte e quatro centavos), referentes aos meses de março, abril, maio e junho do ano de 2007.
Ressalta que querendo entender o fato exposto, dirigiu-se até a empresa de telefonia ora requerida, e solicitou a segunda via dos boletos emitidos em seu nome.
Aduz que apensar das faturas terem sido emitidas em seu nome utilizando o seu CPF, de mais a mais, nunca residiu no endereço que consta nas faturas, bem como nunca solicitou a instalação de telefone no mesmo.
Diz a requerente que quando a Secretaria de Habitação do Município de Goiânia foi fazer o seu cadastro para o programa de moradia popular, constatou que os seus documentos pessoais: CARTEIRA DE IDENTIDADE e CPF haviam sidos extraviados, não sabendo mencionar a data, e nem a época precisa. 
Diz mais, no ano de 2007 residiu no acampamento dos “Sem Teto” no Residencial Itaipu, acha que provavelmente tenha sido neste ano que os documentos tenham sido extraviados.
Na tentativa de solucionar o impasse tentou contato junto a requerida através do Call Center sob os protocolos de números 2010XXXXX e 2010XXXXX, entretanto diante de tais tentativas, não logrou êxito, sendo apenas ofertada à reclamante proposta de acordo dos débitos.
Tomada por imensa surpresa, pois é pessoa honesta que sempre primou pelo cumprimento de suas obrigações nunca deixando atrasar, sequer um dia, qualquer pagamento devido, dirigiu-se até A Câmara de Dirigentes Logistas de Goiânia, e ao SPC e mediante o relatório que lhe foi entregue, verificou a existência de 01 (uma) inscrição contra sua pessoa. 
Em análise a tal documento, verificou que tal inscrição trata-se de pendências de contas de telefone junto a Ré na cidade de Goiânia, contrato nº XXXXXX1, inclusa em 28/05/2007, Valor de R$ 305,24 (trezentos e cinco reais e vinte e quatro centavos). 
Uma vez comprovada a ilicitude da inscrição do nome da Autora junto ao SERASA, bem como prejuízo daí advindo, é unânime em nossa jurisprudência pátria a obrigação do Réu em indenizar o Dano Moral dai decorrente, nos termos dos arestos abaixo citados:
DANO MORAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA NO CADIN E SERASA. É PRESUMIDO O DANO MORAL EM TAIS CIRCUNSTÂNCIAS, BASTANDO RESTAR DEMONSTRADA A OCORRÊNCIA DO INJUSTO CADASTRAMENTO. PRECEDENTES. 2. Valor da indenização. Improvimento do apelo da autora, que buscava majoração para 1.000 SM, valor flagrantemente exagerado. Circunstâncias do fato que autorizam redução do "quantum" estipulado em 1º grau, para o equivalente a 35 SM. Provimento parcial do apelo do demandado, também quanto a redução da verba honorária de sucumbência.
(Apelação Cível nº 598398394, 10ª Câmara Cível do TJRS, Rio Grande, Rel. Des. Luiz Lúcio Merg. j. 11.03.1999).
DANO MORAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SERASA. ABALO DE CRÉDITO- DO DE ALTERAÇÃO DO QUANTUM ARBITRADO COMO INDENIZAÇÃO. DANO MORAL.
Se o nome do autor, que teve seu crédito comprovadamente abalado, foi indevidamente cadastrado no banco de dados do SERASA, equívoco admitido pelo próprio réu, cabível se mostra a indenização por dano moral. QUANTUM. O montante da indenização deve ser aferido diante dos parâmetros balizadores e diante das circunstâncias de cada caso, em face da subjetividade de sua quantificação. Mostra-se razoável a quantificação de 70 salários mínimos, diante do abalo sofrido pelo autor e o caráter corretivo e de penalização ao réu, evitando também o locupletamento indevido de quem sofreu a ofensa.
JUROS MORATÓRIOS. O pedido de apreciação dos juros moratórios pode ser feito em sede de apelação, se a sentença se omitiu, por aplicação da Súmula 254 do STF e do art. 515, § 1º do CPC. Apelação do réu improvida e do autor parcialmente provida. (Apelação Cível nº 598583128, 9ª Câmara Cível do TJRS, Porto Alegre, Relª. Desª. Rejane Maria Dias de Castro Bins. j. 28.04.1999).
1. DANO MORAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SPC E SERASA.
O cadastramento injusto em tais entidades importa no dever de indenizar a parte prejudicada. Situação a que se agrega a circunstância de, também ter sido intentada cobrança extrajudicial de valor indevido. 2. Indenização. Valor. Precedentes na Câmara, para a espécie. Provimento parcial do apelo do requerido, a fim de reduzir o valor do ressarcimento por dano moral. 3. Sucumbência. Provimento parcial do apelo do autor, a fim de alterar a distribuição dos encargos com custas e honorários. (Apelação Cível nº 598490324, 10ª Câmara Cível do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Luiz Lúcio Merg. j. 15.04.1999).
DANO MORAL. INSCRIÇÃO NO SERASA. INDENIZAÇÃO. FIXAÇÃO DO QUANTUM. INEXISTÊNCIA DE DÉBITO.
O registro no cadastro de maus pagadores da SERASA, de forma indevida, gera o direito à indenização ao ofendido. A fixação do quantum deve, tão-somente, atender a uma satisfação pecuniária para minimizar os transtornos pelos quais passou a vítima, atendendo aos pressupostos inseridos no caráter subjetivo do dano para servir de expiação ao ofensor, sem, no entanto, gerar enriquecimento sem causa. Apelação provida.
(Apelação Cível nº 70000183723, 6ª Câmara Cível do TJRS, Passo Fundo, Rel. Des. João Pedro Freire. j. 30.08.2000).
Assim, torna-se necessário o imediato provimento judicial no sentido de anular o registro da inclusão do nome da Autora do SERASA, julgando-se, ao final, totalmente procedente a presente demanda reconhecendo-se a inexistência de negócio jurídico entre as partes, condenando-se a Ré ao pagamento de indenização pelo dano moral provocado pela indevida inscrição do nome da Autora junto ao SERASA, e ainda as custas e honorários advocatícios. 
II – DO DIREITO
Assiste à Autora, direito a declaração judicial no sentido de reconhecer a inexistência de negócio jurídico, determinando-se de imediato a exclusão do seu nome do SERASA, SPC e outros órgãos de Proteção ao Crédito, eis que inscrito por ato de arbitrariedade da Ré.
Existente a iminência de dano irreparável, eis que a autora encontra-se com seu "nome sujo", fato que a impede de desenvolver sua vida com naturalidade, eis que o comércio lhe nega crédito em virtude da inscrição indevida junto aos órgãos de Proteção ao Crédito realizada pela Ré.
Dano que a jurisprudência pátria tem assentado entendimento no sentido da existência imediata de reparação por quem deu causa, nos exatos termos dos arestos abaixo citados:
DANO MORAL. INSCRIÇÃO NO CADASTRO DO BACEN, SPC E SERASA POR EQUÍVOCO DA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA QUANTO O NÚMERO DO CPF DO APELADO. IRRELEVANTES OS MOTIVOS. DANO MORAL EVIDENTE.
Valor da condenação condizente com a posição sociocultural do apelado e condição financeira do banco apelante. Sentença confirmada. Apelo improvido. (Apelação Cível nº 595177700, 5ª Câmara Cível do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Ivan Leomar Bruxel. j. 18.04.1996).
CIVIL. RESPONSABILIDADE CIVIL. PROTESTO E INSCRIÇÃO NA SERASA. PROVA DO DANOMORAL.
1. O dano moral, porque extrapatrimonial é lesão a personalidade, se prova através do ato ilícito. No caso de protesto de título e de inscrição na SERASA, bastam tais fatos para provar tal espécie de dano, segundo precedente do STJ. Ilícito imputável, nas circunstâncias do caso, ao credor e não a empresa de banco. 3. Apelação da ré desprovida.
(Apelação Cível nº 596156539, 5ª Câmara Cível do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. Araken de Assis. j. 14.11.1996).
DANO MORAL. ABALO MORAL. REGISTRO INDEVIDO NO SERASA. A anotação injustificada do nome no SERASA, sem que a pessoa seja devedora de qualquer obrigação, é ato ilícito ensejador da reparação moral. O dano decorre da simples inscrição, satisfazendo-se a prova com a demonstração do registro irregular. Apelação, provida, em parte, e desprovida a irresignação bancária. (Apelação Cível nº 597189919, 3ª Câmara Cível do TJRS, Porto Alegre, Rel. Des. José Carlos Teixeira Giorgis. j. 04.06.1998).
DANO MORAL. INSCRIÇÃO INDEVIDA NO CADIN E SERASA. É PRESUMIDO O DANO MORAL EM TAIS CIRCUNSTÂNCIAS, BASTANDO RESTAR DEMONSTRADA A OCORRÊNCIA DO INJUSTO CADASTRAMENTO. PRECEDENTES. 2.Valor da indenização. Improvimento do apelo da autora, que buscava majoração para 1.000 SM, valor flagrantemente exagerado. Circunstâncias do fato que autorizam redução do "quantum" estipulado em 1º grau, para o equivalente a 35 SM. Provimento parcial do apelo do demandado, também quanto a redução da verba honorária de sucumbência.
(Apelação Cível nº 598398394, 10ª Câmara Cível do TJRS, Rio Grande, Rel. Des. Luiz Lúcio Merg. j. 11.03.1999).
III - DA TUTELA ANTECIPADA
 Face o disposto no art. 273, I do CPC, impõe-se o deferimento da tutela antecipada, concedendo-se a anulação da inscrição do nome da Autora junto ao SERASA, cartórios de protestos e outros Órgãos de Proteção, pelos motivos já expostos e também pelos a seguir deduzidos.
A Autora não possui mais crédito eis que, é sabido que todo o comércio, sem distinção, utiliza-se de cadastros de restrição para liberação da compra, situação que a impede de desenvolver sua vida com naturalidade e liberdade. 
Sendo assim, não se encontra mais à vontade para sequer adentrar em uma loja. Eis que não suportará nova exposição à situação vexatória de ver seu crédito negado por situação que não deu causa. 
Como já explicado e depreendido no Boletim de Ocorrência, à Autora nunca residiu nos endereços que constam nas faturas, nem sequer solicitou a Ré à instalação de telefone fato que comprova a ilicitude praticada pela ré.
Assim, restam evidentes o "fumus boni iuris" e o "periculum in mora", que por si só autorizam a antecipação de tutela pretendida. 
IV - DIANTE DO EXPOSTO, REQUER:
a) a concessão da antecipação de tutela pretendida pela Autora, com a anulação do registro feito pela Ré, junto ao Cartórios de Protestos, SERASA, SPC e outros Órgãos de Proteção.
b) a citação da Ré, no endereço constante do preâmbulo para que conteste a presente demanda, sob pena de revelia;
c) o julgamento, ao final, totalmente procedente, reconhecendo-se a inexistência de negócio jurídico celebrado entre as partes, condenando-se a Ré a indenizar de forma justa a Autora pelo dano moral provocado em virtude da anotação indevida de seu nome junto ao SERASA a ser arbitrada por V. Exª., a anulação definitiva do registro de seu nome junto a tal órgãos, e ainda, aos ônus de sucumbência;
d) provar o alegado por todos os meios de prova em direito admitidos, em especial ao depoimento testemunhal.
e) a concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, nos termos da Lei 1.060/50, tendo em vista que não está em condições de pagar as custas do processo e os honorários advocatícios, sem prejuízo próprio e de sua família.
f) Requer que seja concedida PRIORIDADE NA TRAMITAÇÃO DESTE PROCESSO, tendo em vista, que o requerente consta hoje com 63 (sessenta e três anos) de idade, conforme o disposto no art. 71 da Lei nº10.741, de 1º de outubro de 2003, reduziu para 60 (sessenta) anos, o direito à obtenção dessa garantia.
Termos em que, atribuindo à presente o valor de R$ ().
Nestes Termos,
Pede Deferimento.
Goiânia, 12 de maio de 2010.
ADVOGADO
OAB/GO XXXX

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