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I�TRODUÇÃO À PALEO�TOLOGIA – CO�CEITOS FU�DAME�TAIS - O que é paleontologia - O que é Fóssil - O processo de fossilização - Paleoecologia - Micropaleontologia - Aplicações da paleontologia - Escala de geológica e a evolução da vida 1 - O que é paleontologia Do grego – palaios = antigo; ontos = ser; logos = estudo. Ciência que se dedica ao estudo de restos e vestígios de animais ou vegetais pré- históricos (fósseis) com o objetivo de conhecer a vida do passado geológico sob vários aspectos e obter dados de grande importância para a Geocronologia, Estratigrafia, Geologia Econômica, etc. A paleontologia relaciona-se diretamente com a biologia e geologia. PALEONTOLOGIA GEOLOGIA 2 – O que é Fóssil “Fóssil” deriva do adjetivo latino “fossilis”, que significa escavado ou extraído da terra (e abrangia todos os materiais provenientes de escavações como rochas, minerais e objetos arqueológicos). Atualmente, o termo “Fóssil” abrange todos os restos e vestígios de organismos preservados nos sistemas naturais como rochas, sedimentos, gelo e âmbar. Vão desde ossadas de enormes dinossauros até minúsculas plantas ou animais que só podem ser vistos no microscópio. Alguns fósseis nos fornecem dados importantes sobre o passado do planeta, outros chamam a atenção por sua beleza e a curiosidade que despertam na imaginação dos homens. Por convenção, autores mais clássicos consideram como fossil apenas aquelas ocorrências mais antigas que 10.000 anos (época - Holoceno ou Recente). Fósseis com menos de 10 mil anos seriam “sub-fósseis” para estes autores. Na prática esta convenção é difícil aplicação. 3 – O processo de fossilização BIOLOGIA A fossilização é o conjunto de processos que levam à formação dos fósseis e está intimamente ligada com a formação das rochas sedimentares. É um processo que pode levar milhões de anos. A fossilização de um organismo resulta da ação de um conjunto de processos físicos, químicos e biológicos que atuam no ambiente deposicional. Para que se dê a fossilização de um organismo é necessário que ele, partes dele ou apenas os seus restos ou marcas fiquem rapidamente ao abrigo de agentes da erosão e da decomposição. A possibilidade de preservação dos organismos moles ou de partes moles, mesmo alterados é pequena. Na maioria das vezes o que se preserva é a impressão (molde) que o material deixa no sedimento. 4 – Paleoecologia É o ramo da paleontologia que tem por objetivo a investigação das relações entre os organismos e seus ambientes de vida nas épocas que antecederam a época do Holoceno ou Recente. Baseia-se nos princípios gerais da Ecologia. Entretanto, na prática os conceitos e métodos são diferentes, principalmente pela amplitude de tempo abrangida pelas amostras e pela escassez relativa de dados. A paleoecologia permite reconstituir, dentro das restrições impostas, paleocomunidades e inferir os respectivos ambientes de vida – paleoambientes. A paleoecologia necessita das informações não só das ciências biológicas e geológicas, mas também da climatologia e da geografia para integrar e interpretar o paleoambiente. 5 – Micropaleontologia A micropaleontologia é uma especialização da Paleontologia Geral, que guarda estreita relação com a geologia, especialmente com a Estratigrafia e a Sedimentologia e por outro lado com a Biologia Geral. A maior parte dos microfósseis é de origem marinha, como protozoários (organismos unicelulares), oriundos de PLANTAS ou ANIMAIS. No entanto, outros são multicelulares ou partes microscópicas de seres macroscópicos. A reunião de grande variedade de organismos tornou a micropaleontologia, uma ciência fundamentalmente prática e de grande utilidade. A grande quantidade de microfósseis, seu diminuto tamanho, a abundante ocorrência em quase todas as idades, desde o Pré-Cambriano aos tempos atuais, a ampla distribuição geográfica e batimétrica e a ótima preservação, permitem que numa pequena amostra de sedimento, encontrem-se informações suficientes para as mais minuciosas análises e precisas interpretações. 6 – Aplicações da paleontologia Muitas são as aplicações que a paleontologia pode prover, destacando-se algumas. - Permite estabelecer a seqüência cronológica dos eventos que ocorreram na Terra desde cerca de 3,5 bilhões de anos e principalmente nos últimos 570 milhões de anos da história da Terra. - Torna possível determinar a idade das rochas pela identificação dos fósseis nelas contidos (lei da sucessão faunística), sendo os fósseis os instrumentos de datação e correlação. - Permite conhecer e identificar a evolução do mundo orgânico ao longo do tempo geológico. - Em geologia econômica tem expressivo papel em diversas áreas, notadamente na pesquisa de petróleo através do estudo de microfósseis. - Permite conhecer os ecossistemas passados e outros tantos como o estudo do paleoclima, da construção de mapas paleogeográficos e paleobiogeográficos, no estudo da evolução tectônica do planeta, entre outros. 7 - Escala geológica e a evolução da vida O tempo geológico pode ser medido de forma relativa através do conteúdo fossil nos estratos sedimentares ou de forma absoluta através da datação geocronológica, que se baseia, essencialmente, no estudo da radiometria (radioatividade). Então, ao longo da evolução do conhecimento geológico foi possível elaborar uma escala de tempo geológico associada com o aparecimento e a evolução da vida na Terra. BIBLIOGRAFIA BÁSICA Carvalho, I. S. (Editor). Paleontologia. Rio de janeiro: Interciência, 2000. 644p. Mendes, J. C. Paleontologia básica: Editora Universidade de São Paulo. 1998. 347p. Salgado-Labouriau, M. L. História ecológica da Terra. Ed. Edgard Bücher. São Paulo, 1994. 327p.
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