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Produção e Evolução da Matéria Orgânica

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Produção e Evolução da 
Matéria Orgânica 
Professora: Darlly Erika S. dos Reis
darllyreis@gmail.com
Geóloga pela UFPA
Mestre em Geoquímica Orgânica do Petróleo UERJ
Especialista em Sismoestratigrafia UERJ/Statoil
Doutora em Geoquímica Orgânica aplicada ao Petróleo UERJ
Instituto de Geociências
Geoquímica Orgânica
2018/1
Aula 1 (capítulo 1 do livro texto): Matéria Orgânica: Conceitos e definições
1.1. Produção da Matéria Orgânica
1.1.1. Origem e Caracterização da Matéria Orgânica sedimentar
1.1.2. Produtividade Primária
1.1.3. Avaliação do Carbono Orgânico
1.2. Evolução da matéria orgânica
1.2.1. Evolução da Biosfera
Sumário
1. PRODUÇÃO MO
2. ACUMULAÇÃO MO 
3. PRESERVAÇÃO MO
PRÉ-REQUISITOS PARA A 
EXISTÊNCIA DE ROCHAS-FONTE 
DO PETRÓLEO
MO - refere-se unicamente ao material 
constituído por moléculas orgânicas 
(monoméricas ou poliméricas) derivadas direta 
ou indiretamente da parte orgânica dos 
organismos. As partes esqueléticas inorgânicas, 
como conchas e dentes, não estão incluídas.
É importante considerar que, durante a história 
da terra, as condições de síntese, deposição e 
preservação da matéria orgânica mudaram 
consideravelmente
Produtividade
A quantidade de matéria orgânica produzida por uma entidade (espécie, população
ou ecossistema), em um determinado período:
1. Produtividade primária - taxa (velocidade) de produção de compostos
orgânicos a partir de substâncias minerais, pela fotossíntese ou quimiossíntese,
durante um determinado tempo e espaço físico.
2. Produtividade secundária - quantidade de matéria orgânica incorporada 
pelos consumidores primários ou herbívoros em um determinado período de 
tempo;
3. Produção primária vs produtividade primária - Enquanto a produção primária 
representa a quantidade total de compostos orgânicos produzidos por organismos 
fotossintetizantes e/ou quimiossintetizantes, a produtividade primária representa 
a taxa na qual esses compostos orgânicos são produzidos por esses organismos, 
em um determinado espaço de tempo.
4. Produtores primários marinhos
Em ambientes cujos produtores são exclusivamente fotoautotróficos, a produtividade primária tende a ser
equivalente à taxa de fotossíntese (dióxido de carbono e água) para formar glicose e oxigênio como produtos da
reação.
6 CO2 + 6 H2O → C6H12O6 + 6 O2
No oceano, a atividade fotossintética é realizada por vários tipos de organismos que desempenham um papel
ecológico semelhante às plantas terrestres. Dentre os principais produtores primários no ambiente marinho pode-se
destacar o fitoplâncton, as macroalgas e as plantas vasculares submersas (gramíneas marinhas).
Em alguns ambientes marinhos a produtividade primária pode ter contribuição de atividade quimioautotrófica ou
pode até mesmo estar exclusivamente associada à taxa de quimiossíntese, sem que ocorra a captação de luz e a
participação de pigmentos fotossintéticos. Nestes casos, a energia para fixação de carbono é oriunda exclusivamente
de reações químicas envolvendo compostos inorgânicos como ferro e enxofre.
6 CO2 + 6 O2 + 24 H2S → C6H12O6 + 24 S
2- + 18 H2O
A quimiossíntese é realizada pelas bactérias quimiossintetizantes (ou quimioautotróficas) na ausência de luz. Esse
processo é particularmente importante no assoalho oceânico a grandes profundidades e próximo a fontes
hidrotermais no oceano profundo.
5. Fatores que afetam a produtividade 
primária nos ecossistemas marinhos
Portanto, entender os fatores que afetam a produtividade primária nesses ambientes, é
compreender os fatores que influenciam a atividade fotossintética realizada por esses
organismos. Sabe-se que a produtividade primária marinha é dependente da incidência de
radiação solar e também da disponibilidade de nutrientes.
produção primária nos
ambientes marinhos
fotossíntese realizada 
pelo fitoplâncton
Luz A radiação solar exerce um papel 
fundamental na realização da fotossíntese. 
Sua intensidade pode variar tanto ao longo 
do ano (isto é, sazonalmente) quanto 
geograficamente. Neste caso, as maiores 
taxas de incidência solar ocorrem 
nas latitudes mais baixas.
Em águas costeiras, a zona fótica não 
ultrapassa 30 m de profundidade e em 
aguas turvas não chega aos 3 m de 
profundidade.
Disponibilidade Nutrientes dissolvidos na 
água, já que os organismos autótrofos 
necessitam deles para crescimento e 
reprodução. 
Os principais nutrientes necessários ao 
fitoplâncton são o nitrogênio, 
encontrado na água do mar nas formas 
químicas de nitrato (NO3-),
nitrito (NO2-) e amônio (NH4+), 
e o fósforo, encontrado principalmente na 
forma de ortofosfato (HPO42-).
FOTOSSÍNTESE - síntese (produção) pela luz
Apenas alguns tipos de organismos vivos realizam fotossíntese:
plantas, algas e algumas bactérias que possuem clorofila, o pigmento
essencial para o desempenho do processo fotossintético.
Fotossíntese – Evento histórico 
Glicose
Polissacarídeo
☼A glicose rica em energia é 
sintetizada por plantas a 
partir da energia solar;
☼A partir da glicose, 
organismos autotróficos (que 
sintetizam a matéria orgânica 
podem metabolizar os 
polissacarídeos (celulose, 
amido) e todos os outros 
constituintes necessários para 
a própria subsistência.
A fontossíntese é a base da produção da 
MO existente na Terra
☼ Grande parte do carbono é degradado dentro de dias ou semanas (proteinas,
carbohidratos) ou meses a poucos anos (biopolimeros);
☼ O principal processo associado a degradação da MO, na presença de O2, pode ser
representada por:
Estimativa do Carbono Orgânico e o Conteúdo
Orgânico dos Sedimentos
# Oxidação (processo químico): quando o ataque de O2 a MO a torna oxidada,
# MO é combinada completamente com oxigênio (definição estrita de oxidação que envolve
perda de elétrons e o oxigênio se liga a outros elementos);
# Biodegradação Aeróbica (processo bioquímico): quando a degradação de compostos por
microorganismos ocorre na presença de oxigênio.
# Na Biodegradação Aeróbica , microorganismos convertem oxigênio em água no processo
de transformação em outro componente mais simples;
☼ Ambos os processos podem ser descritos como reações opostas a Fotossíntese:
Tyson, 1987 and 1995; Mendonça Filho et al., 2011
☼ Uma rápida degradação da MO dentro dos sedimentos diminui o conteúdo de O2
nos poros criando condições subóxicas a anóxicas.
☼Uma vez que o O2 é expulso, outro processo de degradação da MO inicia:
Biodegradação Anaeróbica;
☼ Na ausência de O2, bactérias anaeróbicas degradam metabolizando a MO usando
o NO3 (Nitrato) e SO4 (sulfato) como oxidantes. O principal processo associado a
degradação da MO, na aunsência do O2, pode ser representado por:
Tyson, 1987 and 1995; Mendonça Filho et al., 2011
Estimativa do Carbono Orgânico e o Conteúdo Orgânico
dos Sedimentos
(SeaWiFS Project, NASA/Goddard Space Flight 
Center and ORBIMAGE)
3. Pode ocorrer através da
quimiosíntese, que usa a
oxidação ou redução de
compostos como sua fonte de
energia;
4. A vida na Terra está
diretamente ou indiretamente
relacionada a produção
primária.
5. Em ecossistemas terrestres,
principalmente plantas;
6. Em ecossistemas aquáticos
as algas são primariamente
responáveis;
1. A produção primária é a síntese de
compostos orgânicos a partir da do CO2
atmosférico ou hidroférico.
2. Ocorre principalmente através
do processo de fotossíntese,
quando plantas verdes
convertem energia solar, CO2,
e H2O em glicose, e
eventualmente em tecido
vegetal.
Variação da produtividade primária nos 
oceanos
A produtividade primária marinha global apresenta tanto uma variação latitudinal
quanto uma variação entre os diferentes ecossistemasmarinhos. Levando em conta:
– a importância da luz,
– presença de nutrientes,
– transparência e turbulência da água e
considerando a interação destes fatores, é possível entender as variações geográficas e
ecossistêmicas na produtividade observada nos oceanos.
Em geral, a produtividade primária marinha decresce no sentido continente-oceano. Isso
ocorre porque quanto mais próximo da região costeira, maior é o aporte de nutrientes.
Os continentes são a principal fonte alóctone de nutrientes para os oceanos por meio
principalmente da descarga fluvial. Na zona costeira ocorre um grande aporte de
nutrientes. Mesmo em áreas marinhas tropicais, a zona costeira apresenta taxas
elevadas de produtividade.
Parte deste carbono é fixado pela matéria orgânica, e 
uma grande parte como carbonato. Schidlowski et al. 
(1974) estimaram que do total de carbono em rochas
sedimentares, aproximadamente 18% está no 
carbono orgânico e que 82% deve representar o 
carbono de carbonatos.
A produção primária é a produção química da energia em compostos
orgânicos pelos organismos vivos. A principal fonte desta energia é a 
luz solar, mas uma pequena fração da produção primária é realizada
por organismos litotróficos usando a energia química de moléculas
inorgânicas.
Estima-se que a preservação global do
Corg durante a história geológica da
Terra seja 0.1% desta produção, devido
a rápida degradação química ou
microbial sofrida pela morte de
organismos durante o cíclo bioquímico
CO2 da vida;
O C está presente na 
natureza na forma 
reduzida (fotossíntese) 
e na forma oxidada 
(CaCO3)
MOA Bacterial FitoclastosPalinomorfos Marinhos 
☼A produção da biomassa por organismos
fotossintetizadores (organismos autotróficos) como base
da cadeia de alimentação é tida como a produtividade
primária;
☼A produção de carbono fotossintético é abundante em
ambientes aquáticos, devido a elevada atuação
biológica. Esta pode ser qualificada e correlacionada
também a variáveis fisico-químicas;
☼A produtividade em ambientes aquáticos, especialmente marinhos, é de
grande importância para a formação de rochas potencialmente geradoras;
Tissot & Welte, 1984
Matéria Orgânica Primária
(Tissot & Welte, 1984)
☼ A produção MO primária expressa
é em C.org e atualmente está
equilibrada entre os ambientes terrestre
(1.4-7.8 x 1010 ton. C.Org/a.) e aquático
(1.5-7.0 x 1010 ton. C.Org/a.) 
☼No sistema aquático, a 
quantidade de carbono
orgânico produzido é quase
inteiramente restrito ao
ambiente marinho devido
ao fato de que o sistema
lacustre é 
quantitativamente
insignificante comparado ao
marinho na história
geológica do planeta Terra;
Distribuição nos diferentes ambientes
Matéria Orgânica Sedimentar
☼ A abundância da matéria orgãnica nos sedimentos é usualmente expressa
como o peso relativo seco em porcentagem de carbono orgânico (Jarvie,
1991);
☼ O querogênio também inclui quantidades significantes de outros elementos,
especialmente Hidrogênio (3-10% de peso), Oxigênio (3-20% de peso), Nitrogênio
(0-4% de peso), e enxofre (0-4% de peso);
☼ A proporção destes elementos não é constante mas depende:
☼ da fonte,
☼estado de preservação,
☼idade, e
☼maturação da matéria orgânica (Tyson, 1995);
☼ De acordo com Littke (1993), o conteúdo de matéria orgânica pode ser
derivado da seguinte equação se o conteúdo de carbono orgânico do
querogênio for conhecido:
Estimativa do Carbono Orgânico e o Conteúdo Orgânico dos Sedimentos
MO peso% = COT x 100 / peso% conteúdo de 
Carbono do Querogênio 
(MO peso% é igual ao COT multiplicado por 100 dividido pelo peso% do conteúdo de carbono do querogênio)
Fatores Controladores
Produção, Acumulação e Preservação 
1. Biológico;
2. Físico;
3. Químico e
4. Geológico.
1. As condições ambientais controlam a produção da MO na biosfera;
2. Processos sedimentológicos controlam tanto a distribuição e a decomposição da MO;
3. Processos geomicrobiológicos e bioquímicos influenciam a preservação da MO;
4. Processos geoquímicos e físicos determinam a modificação da MO, durante sua
incorporação na geosfera.
Os conceitos que envolvem todas as análises da MO
sedimentar são baseados principalmente na interação da
biosfera com a geosfera. Assim possui um caráter
multidisciplinar, onde diferentes especialistas estão
envolvidos, como geólogos, biólogos e ciências ambientais
(Tyson, 1987, 1995).
Importância da origem e caracterização
da MO sedimentar
Poderosa ferramenta para a caracterização do paleoambiente deposicional e avaliação
de bacias sedimentares com potencial geração de óleo
• A MO reflete o ambiente deposicional no qual o sedimento hospedeiro foi depositado (p.exe. 
salinidade, oxigenação, profundiade da água, distância do input fluvial, estado trófico, etc.);
• Determina a quantidade e o tipo de hidrocarbonetos que pode ser gerado a partir do 
sedimento durante soterramento;
• Ela indica o nível de maturação termal;
• Separação de MO marinha e não marinha, ou carbono orgânico autoctone e aloctone, o que é 
vital para a criação de um modelo do ciclo de carbono;
• Determina a reatividade bioquímica da MO (de crucial importância para processos
diagenéticos mediados bacterialmente);
• A influência, do estado redox do sedimento do fundo da água;
• Determina a qualidade do depósito de alimento para os organismos;
Objectivos da pesquisa sobre a MO 
sedimentar
1. Reconstrução do ambiente deposicional;
2. Determinação, explanação e predição da potencial fonte hidrocarbonetos;
3. Avaliação da maturidade termal dos sedimentos hospedeiros;
4. Datação relativa e correlação de sedimentos;
5. Investigação de fluxos de carbono (modernos e antigos) (especialmente em relação
a profundiade da água),
6. Produtividade primária, taxa de acumulação de sedimentos, oxigenação da coluna
d’água, e clima),
7. Ciclo global do carbono (e outros elementos relacionados e ciclo de nutrientes);
8. Modelagem da variação na composição da atmosfera através do tempo (CO2,O2);
9. Investigação de processos diagenéticos insipientes;
10. Investigação do funcionamento do ecossistema (construção da relação do carbono: 
produção pelágica e consumo bentônico, soterramento);
11. Avaliação de impactos antropogênicos no fluxo de carbono (p.exe. Poluição
Orgânica), eutrofização, lixo da mineração do carvão, fluxos de carvão a partir do 
desflorestamento e carvão fóssil, queima, mudanças no uso da terra e agricultura, 
etc.);
12. Investigação de recusrsos tróficos benticos (dinâmica de detritos alimentares).
Estimativa do Carbono Orgânico e o Conteúdo
Orgânico dos Sedimentos
Moléculas baseadas em Carbono são cruciais
para a vida na Terra, devido ser o principal
compoente de compostos biológicos.
Carbono é também é componente de muitos
minerais e também existe sob várias formas
na atmosfera.
O ciclo do carbono é o ciclo biogeoquímico
pelo qual o carbono entra na biosfera,
geosfera, hidrosfera, e atmosfera da Terra.
A estimativa do carbono global é o
balanço da troca (ganho e perda) do
carbono entre os reservatórios de
carbono ou entre uma troca especifica
(p.exe., atmosfera↔ biosfera) do ciclo
do carbono.
MO sedimentar inclui componentes
carbonaceos de sedimentos e rochas
sedimentares.
A MO é usualmente um componente
do material sedimentar mesmo se este
estiver presente em baixa abundância.
☼ De acordo com Tissot & Welte (1984), em sedimentos imaturos (exceto
carvão) o conteúdo de querogênio (MO) é usualmente equivalente ao COT
multiplicado por 1.25 a 1.48, dependendo do tipo de querogênio;
☼ Para sedimentos imaturos, querogênio Tipe I (algal) tem mais de 80% de
carbono em peso, querogênio TipeII tem aproximadamente 64-70% de
carbono e querogênio Type III imaturo lenhoso tem mais de 56% em peso de
carbono (Bordenave & Espitalié, 1993);
☼ O alto conteúdo de carbono do querogênio Tipo I parecer anomalo, mas
este tipo de querogênio tem de 5 a 6 vezes menos conteúdo de oxigênio do
que o Tipo III, e assim um alto conteúdo relativo de carbono (Tyson, 1995);
Estimativa do Carbono Orgânico e o Conteúdo Orgânico dos Sedimentos
Tipo I Tipo II Tipo III Tipo IV
Aula 2 (capítulo 1 do livro texto): Matéria Orgânica: Conceitos e definições
1.1. Produção da Matéria Orgânica
1.1.1. Origem e Caracterização da Matéria Orgânica sedimentar
1.1.2. Produtividade Primária
1.1.3. Avaliação do Carbono Orgânico
1.2. Evolução da matéria orgânica
1.2.1. Evolução da Biosfera
Sumário
Estromatólitos – O que são?
"Stroma" que significa "o que cobre" ou "tapete" e 
de "Lithos" que significa pedra.
• rocha formada por biosedimentos
• registro das mais antigas formas de vida que 
conseguiram sobreviver no Planeta Terra e deixar 
evidências, que remontam ao Período Pré-
Cambriano. 
• Shark Bay, na Austrália – 3.8 bilhões de anos
• 1,5 ba até a ameba
• 85% do tempo a vida foi dominado por 
bactérias...
Neoproterozoicas
(570 a 100 M.a.)
1. Estromatólitos Colunares grandes (m)
2. Estromatólitos Colunares (cm)
Campos de Estromatólitos Registrados no Brasil
Região Nordeste:
1. mesoproterozoica 
2. (1000 a 1600 M.a.)
1. Estromatólitos Estratiformes
2. Estromatólitos Colunares
3. Estromatólitos Colunares
4. Oncólitos
Região Sudeste
Rio de Janeiro- Campos (Lagoa 
Salgada)
holocênica dias atuais até 0,01 M.a.
1. Esteiras Microbianas
2. Estromatólitos Colunares
3. Oncólitos
4. Trombólitos
Minas Gerais
Proterozoico
Médio e Superior (570 a 
1600 M.a.)
Estromatólitos colunares com 
laminações convexas e 
cônicas intercalados com 
dolomitos oncolíticos
São Paulo
Nova Campina e Itapeva
proterozoico, vida pré-cambriana do Brasil
condições paleoambientais permitiram a
formação de estruturas dômicas
que podem alcançar mais de 3 metros http://geoalmasunibh.blogspot.com.br/2013/06/campos-de-estromatolitos-registrados-no.html
Estromatólitos de Lagoa Salgada - RJ.
Evolução e Composição Química da Biomassa
1º máximo de alta produtividade
fitoplactônica Precambriano-
Paleozoico inferior – Algas Blue-
Green, acritarcas, cistos de algas
e algas verdes.
Não possuem esqueleto 
composto por carbonato, 
sílica ou outra substância, 
mas sim parede orgânica
O 2º máximo (Jurássico superior-Cretáceo) dominado por
nanoplanctons calcáreos (incluindo cocolitoforideoss,
pequenas plantas unicelulares com esqueleto calcáreo) e
dinoflagelados. No caso fitoplancton de silício, especialmente
silicoflagelados e diatomáceas, somente apareceu no Cretaceo
superior e se tornou significativamente importante no
Cenozoic.
Formas de vida mais 
complexas surgiram a 
cerca de 500 Ma. 
Explosão Cambriana
Do Precambriano até o Devoniano inferior, os principais Produtores de C. orgânico foram
as algas blue-green (Cianobactérias) e bactérias fotossintéticas;
Evolução da Matéria Orgânica
Cianobactéria
MOA Bacterial
Fósseis já haviam demonstrado uma explosão de
formas de vida pluricelulares há 600 milhões de anos
No Paleozoico inferior (Cambriano, Ordoviciano, e Siluriano), uma variedade de
organismos fitoplanctônicos marinhos, bactérias, e algas blue-green (Cianofitas)
dominaram e foram a fonte do carbono orgânico até que as plantas terrestres apareceram
nos continentes e se espalharam suficientimente no Devoniano médio (Zimmermann, 1959);
Evolução da Matéria Orgânica
Algas verdes (Prasinofitas) e Acritarcos
Alga do pré-cambriano 
Gloeocapsomorpha prisca 
Grupo de Palinomorfos
Fósseis já haviam demonstrado uma explosão de
formas de vida pluricelulares há 600 milhões de anos
Formas de vida mais complexas
Pesquisas atuais
Imagem divulgada pelos cientistas franceses mostram parte 
do fóssil encontrado no Gabão (A. Mazurier/AFP)
3,5 bilhões de anos, eram unicelulares (procariotes),
seres vivos constituídos de apenas uma célula, como
as bactérias. A origem da vida complexa multicelular
(Eucariotes) não teria começado até mais ou menos
“600 milhões de anos atrás, no entanto, essa pesquisa
diz que sim há 2,1 bilhões de anos”. O cursor “se
deslocou mais de 1,5 bilhão de anos”, declarou
Abderrazak El Albani (Universidade de Poitiers,
França),
Com sua equipe internacional, ele 
descobriu no Gabão mais de 250 fósseis de 
entre sete milímetros e 12 centímetros de 
comprimento
https://veja.abril.com.br/ciencia/formas-de-vida-complexas-teriam-surgido-ha-21-bilhoes-de-anos/
http://www.geobrasil.net/newsletter/newsletter232.pdf
“uma atmosfera de mistura tóxica (…) com 
um teor de oxigênio correspondente a 
alguns centésimos dos níveis atuais”
Evolução da MO
A evolução da plantas resultou no aumento do nível de
complexidade, a partir das algas iniciais, através das briofitas,
licopodas, gimnospermas e angiospermas até hoje.
No ORDOVICIANO, as primeiras plantas terrestres apereceram.
Estas se tornaram diversificadas no SILURIANO SUPERIOR
(Rhyniophyta, Zosterophyllophyta e trimerophytophyta).
No DEVONIANO MÉDIO, muitas feições reconhecidas nas plantas
hoje estavam presentes, incluindo troncos, folhas e lenho. No
DEVONIAN SUPERIOR até CARBONÍFERO esporos de plantas
como as samambaias, Lycophyta, Sphenophyta e prógimnosperma
alcançaram um grau de sofisticação que formaram florestas de altas
árvores.
No final do Devoniano (360 Ma.), as sementes evoluíram (Gimnospermas).
A inovação evolutiva continuou no período carbonífero e ainda está em andamento hoje.
No Triássico (127 Ma) surgiram as plantas com flores e a sua posterior diversificação no Cretáceo e
Paleógeno. DOMINAM ATUALMENTE
O último grupo importante de plantas a evoluir foram as gramíneas, que se tornaram importantes
no Paleógeno.
Desde o Devoniano há um aumento da quantidade da produção primária pela contribuição
das plantas terrestres superiores (Tissot & Welte, 1984);
Evolução da Matéria Orgânica
plantas terrestres superiores (Fitoclastos
e Palinomorfos)
☼ Vallentyne (1965) estimou que atualmente os fitoclastos marinhos e bactérias
são responsáveis por 50 a 60% da produção de carbono orgânico;
Variação na abundância de fósseis de grupos de fitoplanctons
durante o passado geológico e da produção de C. orgânico
(Tissot & Welte, 1984). 
☼ isso pode ser observado na fig. que a
produção de fitoplancton iniciou no
Precambriano e foi dominada pelas algas
blue-green, acritarcas (cistos de algas), e
algas verdes;
☼ este aumento no Paleozoico inferior e,
depois deste período de tempo, diminuiu no
Devoniano superior;
☼ Durante Permo-Carbonifero e Triássico,
o C. orgânico teve em geral baixa de
produção;
Evolução da Matéria Orgânica
☼ no caso de fitoplanctons silicosos,
especialmente silicoflagelados e
diatomaceas, somente apareceram no
Cretáceo superior e tornrama-se importantes
significativamente no Cenozoico;
☼ No fim do Cretáceo a produtividade diminuiu
abruptamente;
☼ No Início do Paleoceno, a produção de C.
orgânico era muito baixa, ocorrendo uma
rápida aumento no Paleoceno superior e
Eoceno, e novamente uma diminuição no
Oligoceno;
☼ Finalmente, um máximo no Mioceno foi
seguido por um declínio até o presente nível
de produção orgânica;
* O registro fóssil é inadequado para a quantificação da 
productividade de bactérias ao longo do tempo geológico. 
Devido o tamanho microscópico, e a falta de partes duras , 
as bactérias são raramente fossilizadas (Tissot & Welte, 
1984). 
☼ No Jurassico superior-Cretaceo ocurreu outro máximo e ele foi dominado por nanoplanctoncalcáreo (incluindo cocolitoforideos, que são pequenas plantas unicelulares com um esqueleto
calcareo) e dinoflagelados*;
Evolução da Matéria Orgânica
Variação na abundância de fósseis de grupos de fitoplanctons
durante o passado geológico e da produção de C. orgânico
(Tissot & Welte, 1984). 
☼ Seguido Fitoplancton e bactéria, as plantas superiores são a 3º mais importante
contribuinte para a MO nos sedimentos;
☼ A evolução da plantas terrestres superiores começou no Siluriano sendo assim ocorrem
remanescentes de plantas superiores em sedimentos deste periodo já desde o Devoniano;
☼ Registros de esporos sugerem um pequeno número de tipos de plantas superiores no
Siluriano, com a diversidade aumentando continuamente ao longo do Devoniano;
Principal grupos de microfósseis não marinhos ( Moore, 1969 in Tissot
& Welte, 1984).
☼ No Siluriano pode ter occurrido o surgimento de Psilopsida
primitiva uma divisão das Pteridófitas, povoando os continentes;
☼No Devoniano Inferior outros grupos de Pteridofitas evoluiram.
☼No Devoniano médio, devido provelmente a uma explosão na
evolução, muitas classes de plantas vascularizadas apareceram
com representates primitivas;
☼ No Devoniano superior, Psilopsida tornaram-se poucas, e
outras Pteridofitas (Lycopsida, Sphenopsida, and Pteropsida)
dominaram a flora terrestre;
Evolução da Matéria Orgânica
☼ No Carbonifero superior, este tipo de flora terrestre atingiu o ápice na
quantidade e variedade de formas;
☼ Arbustos e largas árvores ocorriam mais e com maior frequência durante
Devoniano superior e Carbonifero, eventualmente formando densas florestas
e consequentemente grandes massas de madeira, agora parcialmente fixadas
nas extensas áreas de carvão;
Ilustração do periodo do Carbonifero
CHRISTIAN JBGOU PUBLIPHOTO DIFFUSION (Science Photo Library) LUDEK RESEK (Science Photo Library)
Evolução da Matéria Orgânica
☼ No Permiano, o desenvolvimento de gimnospermas (Coniferas, Ginkgoales,
Cicadales, etc.) dominou a flora até o Cretáceo. O intervalo de tempo entre o
Permian superior e o Cretáceo inferior é chamado de a "era da giminosperma",
devido o domínio destas e o fato de as Pteridofitas tenham possuído um papel
importante neste tempo;
Ilustração de ambiente terrestre no Permiano (Sigillaria, Cordaites, and Noeggerathiales genera, 
Wuda, China)
Proceedings of National Academy of Sciences (University of Pennsylvania) 
Evolução da Matéria Orgânica
Bonito coal seams (Mendonça Filho et al., 2010)
☼ Análises Palinológicas demonstraram abundancia e palinomorfos-bem preservados
palinomorfos mostrando uma dominancia de grãos de pólens bissacados relativo a
plantas gimnospermicas;
☼ fragmentos lenhosos e folhas preservadas através da carbonificação mostrando a
presença de licófita;
Figura: registro fóssil de Licófitas no Permiano Brasileiro em camadas de carvão
☼ Um último ponto crucial decisivo na evolução das plantas foi alcançado durante o
Cretáceo inferior. O caráter da vegetação da terra foi severamente alterado pela
aparição repentina de angiospermas, que rapidamente dominaram a flora (Tissot &
Welte, 1984);
Illustrative of the terrestrial environment of the Cretaceous 
(http://www.crynosaurs.com/Dawn Redwood Forest))
Evolução da Matéria Orgânica
☼ Quantitativamente, os quatro mais importantes contribuintes para MO em
sedimentos são:
☼ Animais organizados mais complexos (por exemplo, peixes) contribuem, na média, tão
pouco para MO nos sedimentos que eles podem ser praticamente negligenciados;
Fitoplancton Zooplancton Plantas superiores Bactérias
Evolução da Matéria Orgânica
Questão 1
• O 1º máximo de vida ?
– Cambriano ao Devoniano
– Pré-cambriano-Paleozoico inferior
– Siluriano - Devoniano
• O 2º máximo de vida ?
– Paleógeno-Neógeno
– Cretáceo - Paleógeno
– Jurássico Superior – Cretáceo
Questão 1
• O 1º máximo de vida 
– Cambriano ao Devoniano
– Pré-cambriano-Paleozoico inferior
– Jurássico Superior – Cretáceo
• O 2º máximo de vida ?
– Paleógeno-Neógeno
– Cretáceo - Paleógeno
– Jurássico Superior – Cretáceo
QUESTÃO 2
A fotossíntese é uma reação química de fundamental importância 
para a vida porque:
a) Tem como produto final as moléculas de glicose e de gás 
carbônico.
b) Tem como produto final as moléculas de oxigênio e gás carbônico.
c) Transforma a energia luminosa em energia química a partir do gás 
carbônico e da água.
d) Transforma a energia química em energia aproveitável a partir do 
oxigênio e da água.
e) Transforma moléculas orgânicas em compostos inorgânicos.
http://www.questoesdosvestibulares.com.br/2016/04/fotossintese-e-quimiossintese.html
QUESTÃO 2
Resposta: c.
Resolução:
Afirmativa a: está errada, o produto final da fotossíntese é glicose, oxigênio e água.
Afirmativa b: está errada, o produto final da fotossíntese é glicose, oxigênio e água.
Afirmativa c: está correta.
Afirmativa d: está errada, na verdade ela transforma energia luminosa em química.
Afirmativa e: está errada, pois ela transforma compostos inorgânicos em moléculas 
orgânicas.
QUESTÃO 3
Qual a diferença entre produção primária e 
produtividade primária?
QUESTÃO 3
Resposta:
Primária representa a quantidade total de
compostos orgânicos produzidos por organismos
fotossintetizantes e/ou quimiossintetizantes,
enquanto que a produtividade primária
representa a taxa na qual esses compostos
orgânicos são produzidos por esses organismos.
QUESTÃO 4
Fatores que afetam a produtividade primária nos 
ecossistemas marinhos
QUESTÃO 4
Resposta:
Luz
Profundidade da Lâmina d’água
Disponibilidade de nutrientes
QUESTÃO 5
• Em que período da era paleozoica surgiram as 
formas de vida mais complexas?
QUESTÃO 5
Resposta:
Surgiram a cerca de 600 Ma. 
Explosão Cambriana
TEREFA PARA CASA
• ASSISTIR AO VÍDEO: COMO A VIDA COMEÇOU 
- Documentário (2008)
Resumo sobre as teorias apresentadas

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