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1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL DO BRASIL 05-10-1988 É COMPOSTA DE: a) – Preâmbulo b) – Artigos (250) c) – ADCT – “Atos das Disposições Constitucionais Transitórias) – 94 Artigos Observação Geral Em síntese, a atual Constituição brasileira é: formal, escrita, dogmática, promulgada, rígida, analítica (ou dirigente), e prolixa. DIREITO CONSTITUCIONAL 2 DIREITO CONSTITUCIONAL Constituição (ou Carta Magna) é o conjunto de normas (regras e princípios) supremos do ordenamento jurídico de um país. A Constituição limita o poder, organiza o Estado e prevê direitos e garantias fundamentais.Devido a sua grande importância, situa-se no topo da pirâmide normativa, recebe nomes como Lei Fundamental, Lei Suprema, Lei das Leis, Lei Maior, Carta Magna. A Constituição é elaborada pelo poder constituinte originário ou primário (cujo poder é soberano e ilimitado) e nos países democráticos é exercido por uma Assembléia Constituinte. CONTEÚDO MATERIAL Constituição material designa o conjunto de normas constitucionais escritas ou costumeiras, inseridas ou não em um texto único, que regulam a estrutura do Estado, a organização de seus órgãos e os direitos fundamentais. Refere-se apenas às matérias essencialmente constitucionais, ou seja, aquelas que dizem respeito aos elementos constitutivos do Estado, como vimos: o povo, o território, o governo e a finalidade FORMAL Constituição formal é aquela contida em um documento solene estabelecido pelo poder constituinte e somente modificável por processos e formalidades especiais previstos no próprio texto constitucional. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 3 CONTEÚDO FORMAL A) constituição escrita é aquela sistematizada num texto escrito, elaborado por um órgão constituinte ou imposta pelo governante, contendo, em regra, todas as normas tidas como fundamentais sobre a estrutura do Estado, a organização dos poderes constituídos, seu modo de exercício e limites de atuação e os direitos fundamentais.As Constituições formais serão sempre por escritas, pois apresentam normas constantes em um texto único. B) – costumeira ou não escrita baseada nos costumes e tradições de um povo, geralmente não é escrita. A Constituição não escrita é a aquela cujas normas não constam de um documento único e solene, baseando-se, principalmente, nos costumes, na jurisprudência, em convenções e em textos escritos esparsos.A doutrina enumera como sinônimo de Constituição não escrita as expressões: Constituição Costumeira e Constituição Consuetudinária. Preponderaram até o final do século XVIII, sendo que atualmente é rara, nos dias de hoje tem-se apenas a Constituição inglesa. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 4 1) - democráticas ou promulgadas – (Constituições Populares) As Constituições populares são aquelas que se originam de um órgão constituinte composto de representantes do povo, eleitos para o fim de as elaborar e estabelecer. Como exemplo temos as Constituições brasileiras de 1891, 1934, 1946 e 1988. 2 - Constituições Outorgadas - As Constituições outorgadas são as impostas pelo governante, sem a participação popular. Exemplo: Const.Bras. de 1824, 1937, 1967 e 1969 3 – Cesarista – outorgada por um ditador com referendo popular. Exemplo: Constituição Cubana ORIGEM CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 5 1 - Constituição Dogmática A Constituição dogmática é a elaborada por um órgão constituinte, em que sistematiza os princípios (dogmas) fundamentais da teoria política e do direito dominantes em uma época certa, sendo sempre escrita. 2 - Constituição Histórica A Constituição histórica é a resultante de lenta formação histórica, do lento evoluir das tradições, dos fatos sócio-políticos, que se cristalizam como normas fundamentais da organização de determinado Estado, sendo sempre costumeira (não escrita). MODO DE ELABORAÇÃO CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 6 1 - Constituição Concisa ou Breve A classificação quanto à extensão a Constituição concisa abrange apenas princípios gerais ou regras básicas de organização e funcionamento do Estado. Em regra geral, é uma Constituição material, isto porque apresenta a matéria constitucional, em sentido estrito. Como exemplo encontra-se a Constituições americanas, francesas de 1946, as chilenas de 1833 e 1925 e a dominicana de 1947. 2 - Constituição Prolixa A Constituição prolixa traz matéria alheia ao Direito Constitucional propriamente dito e, ainda, preocupa-se em regulamentar os assuntos que tratam, deixando a legislação ordinária pouco deste papel. Como exemplo encontra-se a atual Constituição Brasileira. EXTENSÃO CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 7 IDEOLOGIA 1 – Eclética - representa, portanto, um texto que será fruto das reivindicações e pressões de grupos com interesses diferentes e muitas vezes opostos, dentro do Estado, interesses antagônicos que irão manifestar-se, com mais intensidade, quanto maior for o grau de participação da sociedade civil, na elaboração constitucional.das Constituições que sofrem influências de mais de uma ideologia ou programa político, social e econômico. 2 – Ortodoxa – são as Constituições socialistas e liberais, que se alinham a uma única ideologia sócio- econômica. CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 8 1 - Constituição Imutável A Constituição imutável é aquela onde se proíbe qualquer alteração. 2 - Constituição Rígida são aquelas que necessitam de um processo formal, que dificulta a alteração de seu texto, estabelecendo mecanismos parlamentares específicos, quorum para a aprovação com maiorias especiais, competência restrita para propor a sua alteração, além de limites temporais, circunstanciais e materiais para o funcionamento do poder de reforma. As cláusulas pétreas no texto ou as cláusulas imodificáveis, são elementos importantes, no estabelecimento da rigidez do texto. Somente as Constituições escritas podem ser classificadas como rígidas. 3 - Constituição Flexível podem ser alteradas através de procedimentos simplificados, perdendo com isto o caráter de supremacia que devem ter. Pois, uma vez que, pelo mesmo processo que se elabora uma lei, pode-se, também, alterar o texto constitucional.. Entretanto, maioria da doutrina entende não ser possível a existência de uma Constituição costumeira e rígida, ou seja, todas as constituições costumeiras são flexíveis. 4 - Constituição Semi-Rígida A Constituição semi-rígida é a aquela que contém uma parte rígida e outra flexível. Como exemplo temos a Constituição de 1824 (a Constituição do Império). Pelo fato de uma parte ser rígida, só as Constituições escritas serão classificadas como semi-rígidas. MUTABILIDADE ou ESTABILIDADE ou RIGIDEZ CLASSIFICAÇÃO DAS CONSTITUIÇÕES 9 ELEMENTOS CONSTITUCIONAIS Estruturam os mínimos direitos e garantias à população I. ORGÂNICOS regulam os poderes do estado II. LIMITATIVOS normas definidoras dos direitos e garantias fundamentais. III - SOCIOLÓGICOS Perfil ideológico do estado IV - ESTABILIZADORES CONSTITUCIONAIS Garantia da paz social normalidade do Estado V - FORMA DE APLICABILIDADE regras quanto ao modo de aplicação – disposições transitórias A EMENDA CONSTITUCIONAL – EC 45/2004 é a que normatiza a alteração de texto constitucional. CONCEITOS ESPARSOS LEI é tudo o que é votado. ATO NORMATIVO é norma infraconstitucional (Decreto, portaria, normas...) ‘EX NUNC’ “vale de agora em diante, a partir do presente momento, não tem efeito retroativo” “EX TUNC” “A partir de então, de agora e TEM EFEITO RETROATIVO”. “ERGA OMNES” “atinge a todos,contra todos, a respeito de todos, em relação a todos”. 10 NOVA CONSTITUIÇÃO E O ORDENAMENTO LEGAL “Controle da constitucionalidade” analisa a compatibilidade de leis existentes antes de 04-10-1988, para validá-las a partir de 05/10/88. A rigidez de uma constituição cria uma relação vertical de hierarquia normativa, onde a Carta Magna é o seu ápice. Objetivo economia legislativa. Tenta-se apresentar as normas já existentes e verificar se elas não colidem com a nova constituição. Aspectos da norma Formal “como?” • decreto lei • Lei delegada • Medida provisória • Lei ordinária Material O que? CONTEÚDO DA NORMA NÍVEL CONSTITUCIONAL Nível infraconstitucional Ordenamento jurídico CF Aspectos do processo legislativo de criação da norma Não podendo ser contrário ao princípio constitucional do qual deriva. Ex. Pena de Morte 11 a) RECEPÇÃO CONSTITUCIONAL ocorre quando já existe a compatibilidade entre a norma já existente com a nova CF. Se não há colisão ou confronto norma é recepcionada b) REPRISTINAÇÃO a lei revogadora de outra lei, quando revogada, traz automaticamente à VIGÊNCIA a lei primariamente revogada. Normalmente não se observa no Brasil. c) DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO a norma perde a condição de norma constitu- cional e passa a valer como lei ordinária, infraconstitucional. Não se observa também no Brasil Conceito resumido: a título de economia da produção legislativa o Direito Constitucional, criou alguns sistemas para que todo o ordenamento jurídico já existente, quando da entrada em vigência de uma nova constituição, não precisasse ser refeito integralmente todo o ordenamento, o que inviabilizaria o restante da produção normativa do país. 12 EFICÁCIA DA NORMA CONSTITUCIONAL Constituição Federal (CF) 250 artigos ADC ( Ação Declaratória de Constitucionalidade) 94 artigos Preâmbulo vale como um artigo Classificação das normas segundo a EFICÁCIA produção dos feitos Social Pouco importante JURÍDICA é mais importante • Aplicabilidade • Exigibilidade • Executoriedade Itinerário de nascimento da LEI • proposta • discussão • aprovação • publicação NASCIMENTO EFETIVO DA NORMA “Vacatio Legis” O período para a instalação de uma LEI, quando não for definido é de 45 dias Concreta observância da norma jurídica pelo meio social que pretende regulamentar. Qualidade de produzir os seus efeitos jurídicos 13 EFICÁCIA DA NORMA CONSTITUCIONAL Constituição Federal (CF) 250 artigos ADC ( Ação Declaratória de Constitucionalidade) 94 artigos Preâmbulo vale como um artigo Segundo os níveis de aplicabilidade ESPÉCIES I – PLENA II – CONTIDA III - LIMITADA Tem força quanto a sua aplicabilidade, que é sempre imediata e não pode ter redução em seu campo de abrangência. Ex: Art. 1 CF “Ela é forte quanto à eficácia Tem força como a PLENA, porém seu campo de abrangência pode ser limitado por lei ou atos da administração pública Ex:Art. 5º CF - Exercício profissional com normativas próprias de funcionamento É fraca, depende de uma outra lei, são sempre dependentes e não tem prazo de aplicabilidade Imediata a) INSTITUITIVAS - (Art. 224 CF) b) PROGRAMÁTICAS – Ex. Criação do SUS 14 ESTRUTURA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988 I – PREÂMBULO • Direitos Sociais e individuais • Liberdade • Segurança • Justiça • Bem-estar • Igualdade • Sociedade Ideal II – TEXTO Divido em títulos, capítulos e sessões 15 TÍTULOS I – Princípios Fundamentais – (1º ao 4º) II – Direitos e Garantias Fundamentais (5º ao 17º) III – Organização do Estado – 18º ao 43º) IV – Organização do Poder – (44º ao 135º) V – Defesa do Estado – (136º ao 144º) VI – Tributário e Orçamento – (145º ao 169º) VII – Ordem Econômica e Finanças – (170º ao 192º) VIII – Ordem Social - (193º ao 232º) IX – Disposições finais – (234º ao 250º) III – ADCT – Atos das Disposições Constitucionais Transitórias - Art. 1º ao 94º) CRITÉRIOS DE INTERPRETAÇÃO DA C.F. • SUPREMACIA MÁXIMA da CF na observância • UNIDADE / UNICIDADE nos termos e princípios • EFETIVIDADE MÁXIMA dos direitos fundamentais 16 CF / 1988 - PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS 1. REPÚBLICA Fundamentos • Poder e Povo 2. SEPARAÇÃO DO PODER 3. REPÚBLICA Objetivos 4. SOBERANIA Relações Internacionais • Executivo • Legislativo • Judiciário
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