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7a aula de D. CIVIL

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CONTINUAÇÃO BENS 
são bens acessórios:
as benfeitorias – melhoramentos executados em um bem qualquer;
necessárias - as que têm por fim conservar ou evitar que o bem se deteriore. Ex.: restauração de telhado, de assoalhos, de alicerces.
úteis - são as que aumentam ou melhoram o uso da coisa. Ex.: garagem
voluptuárias – são as de mero embelezamento. Ex.: uma pintura artística, uma piscina, etc.
os frutos - podem ser:
naturais – da natureza: Exs.: fruto de uma árvore, nascimento de um animal;
industriais – intervenção direta do homem, produto manufaturado;
civis - rendimentos produzidos pela coisa principal. Ex.: juros, aluguel.
os produtos – são utilidades que se extraem da coisa. Ex.: pedras de uma pedreira, minerais de uma jazida, etc. 
Bens Públicos -	são os que pertencem a uma entidade de direito público. Exs.: bens pertencentes à União, ao Estado, aos Municípios;
de uso comum do povo - os rios, os mares, ruas, praças, estradas, etc.
de uso especial - são os bens públicos (edifícios, terrenos) destinados ao serviço público. Exs: prédio da Secretaria da Fazenda.
Dominicais – são os que constituem o patrimônio da União, Estado e Municípios, sem uma destinação especial. Exs.: terras devolutas, terrenos da marinha, etc.
Observações:
os bens públicos são inalienáveis, com exceção dos dominicais (necessitam de autorização legislativa);
todos os bens públicos são IMPENHORÁVEIS e não podem ser HIPOTECADOS; nem podem ser objeto de USUCAPIÃO;
O uso dos bens públicos de uso comum do povo pode ser gratuito ou oneroso.
Bens Particulares - são os bens que pertencem às pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado. Exs.: um imóvel particular, um automóvel, etc.
Ex.: O manuscrito de uma obra literária rara, exposto à venda em uma livraria, é classificado como bem: móvel, infungível e juridicamente consumível. 
Res Nullius 	são as coisas de ninguém, são as coisas sem dono. Exs.: pérolas no fundo do mar, coisas abandonadas, animais selvagens, peixes do mar, etc.
Coisas Fora do Comércio coisas que não podem ser objeto de alienação e oneração. 
As insuscetíveis de apropriação - Exs.: o ar, a luz solar, as águas do alto mar, etc.
As legalmente inalienáveis - o bem de família; os bens gravados com cláusula de inalienabilidade; os bens das fundações; os bens públicos de uso comum e uso especial.
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
Os bens móveis se adquirem pela tradição; os bens imóveis se adquirem pela transcrição da escritura pública no Cartório de Registro de Imóveis;
Outorga uxória - os bens imóveis para serem alienados, por pessoa casada, necessitam do consentimento do cônjuge; os móveis não.
São passíveis de indenização 
Possuidor de Boa Fé - é a pessoa que não tem consciência da posse de um bem do qual não é legítimo proprietário. 
Possuidor de Má Fé - é a pessoa que tem consciência da posse de um bem do qual não é legítimo proprietário. 
As benfeitorias indenizáveis são somente as necessárias.
As benfeitorias indenizáveis são as necessárias e as úteis.
Em nenhuma hipótese as benfeitorias voluptuárias serão objeto de indenização.
Fato Jurídico
CONCEITO
Fato: é qualquer ocorrência.
Fato + direito= Fato Jurídico (fato jurídico é o fato qualificado pelo direito).
Fato jurídico em sentido amplo é todo acontecimento natural ou humano capaz de criar, modificar, conservar ou extinguir relações jurídicas. Observa-se que nem todo fato é qualificado pelo direito. Há fatos materiais que não possuem qualquer interesse para o direito, como por exemplo, a chuva em alto-mar.
Obs: parte da doutrina, a exemplo de Sílvio Venosa, considera que o ato ilícito enquadra-se na noção de ato jurídico. Entretanto, diversos outros autores discordam (Flávio Tartuce, José Simão, Vicente Ráo, Zeno Veloso) argumentando que “ato jurídico” é toda ação humana lícita, de maneira que ao “ato ilícito” seria reservada categoria própria e que o direito positivo dá uma autonomia ao ato ilícito (possui um título próprio no Código Civil), por isso ele não pode ser enquadrado como ato jurídico (o ato jurídico não pode ser confundido com o ato ilícito).
 
FATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO: é todo acontecimento natural, que independe da vontade do homem, subdividindo-se em:
a)    Ordinário – é aquele comum, freqüente. Ex: o nascimento, a morte natural, o decurso do tempo.
b)   Extraordinário – são aqueles inesperados. Ex: um furacão no litoral de Salvador, um tsunami.
ATO-FATO JURÍDICO: é uma categoria intermediária que fica entre “o ato da natureza” e o “fato do homem”. O CC/2002 não trouxe norma específica a respeito desta categoria, desenvolvida por Pontes de Miranda e mais recentemente por Marcos Bernardes de Mello. O ato-fato jurídico consiste num fato jurídico qualificado pela atuação humana, produtor de efeitos jurídicos, onde a atuação humana é desprovida de voluntariedade e consciência. É a manifestação de vontade em que se despreza a capacidade do agente, preocupando-se o direito apenas com a legitimidade dos efeitos produzidos.
Assim, para o ato-fato jurídico, a manifestação humana é da substância do fato, independendo para a norma se houve ou não a intenção de praticá-lo. 
Exemplos: criança comprar um doce no boteco, não tem vontade direcionada a celebração de um contrato de consumo; criança achar um tesouro enterrado no quintal (invenção); louco pintar um quadro e se tornar uma obra de arte.
Caso fortuito ou força maior são fatos capazes de modificar os efeitos de relações jurídicas já existentes, como também de criar novas relações de direito. São eventualidades que, quando ocorrem, pode escusar o sujeito passivo de uma relação jurídica pelo não cumprimento da obrigação estipulada. E o caso, por ex., de uma tempestade que provoque o desabamento de uma ponte por onde deveria passar um carregamento confiado a urna transportadora. Diante de tal situação e da impossibilidade da continuação do itinerário, a transportadora livra-se da responsabilidade pela entrega atrasada do material. Porém, para que determinado caso fortuito ou força maior possa excluir a obrigação estipulada em um contrato, é necessária a observação de certas circunstâncias, tais como a inevitabilidade do acontecimento e a ausência de culpa das partes envolvidas na relação afetada. Caso não haja a presença de qualquer destes requisitos, não pode haver caso fortuito ou força maior que justifiquem o descumprimento contratual. 
“Factum principis” é aquele fato também capaz de alterar relações jurídicas já constituídas, porém, através da presença da intervenção do Estado e não da ação da natureza ou de qualquer eventualidade. Tal situação se configura quando o Estado, por motivos diversos e de interesse público, interfere numa relação jurídica privada, alterando seus efeitos e, por vezes, até assumindo obrigações que antes competiam a um ou mais particulares. Por ex. o Estado pretende construir uma estrada que cortará o espaço físico de determinada indústria, provocando sua desapropriação e a conseqüente extinção do estabelecimento industrial, mediante, obviamente, indenização. Porém, não só a indústria será extinta como também os demais contratos de trabalho dos empregados do local. Diante de tal situação, a autoridade pública obriga-se a assumir as devidas indenizações trabalhistas, conforme disposto no art. 486 da CLT.
 Atos Jurídicos no Sentido Amplo 
O Ato jurídico “lato sensu”, necessariamente, é decorrente da vontade do homem devidamente manifestada, ou seja, não há ato jurídico sem a devida participação volitiva humana. 
Para que se constitua um ato jurídico, o direito brasileiro adotou a necessidade da declaração da vontade, que pode ser expressa ou tácita. 
Convém ressaltar que os efeitos jurídicos decorrentes da volição humana são instituídos pela norma jurídica, assim como os provenientes da ação da natureza também o são. Porém, no âmbito dos atos jurídicos, o caminho para a realização dosobjetivos visados pelo declarante da vontade depende da natureza ou do tipo do ato realizado. Tal caminho terá que ser seguido na conformidade da lei ou poderá ser traçado autonomamente pela parte interessada. 
Atos Jurídicos “Stricto Sensu” 
Conforme a doutrina PANDECTISTA alemã, os atos jurídicos no sentido estrito são aqueles decorrentes de uma vontade moldada perfeitamente pelos parâmetros legais, ou seja, uma manifestação volitiva submissa à lei.
 São atos que se caracterizam pela ausência de autonomia do interessado para auto regular sua vontade, determinando o caminho a ser percorrido para a realização dos objetivos perseguidos.

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