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portifolio 4º semestre

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Responsabilidade Social, Ambiental e Movimentos Sociais relacionados ao 
empreendimento Foz do Rio Doce 
Na tentativa de conceituar movimento social, Biruel (2016) elucida que 
“Os movimentos sociais, na pratica, são a representação da sociedade como 
organização, que os utiliza como instrumentos de ação num contexto histórico 
especifico. O conflito de classe e os acordos políticos são, consequentemente, 
canais dos movimentos para atingir seus fins”. Com isso, para defender e 
reivindicar os direitos de aproximadamente três mil famílias de habitantes de 13 
municípios, que foram obrigados a deixar suas casas, por motivo: suas terras 
foram alagadas pelas águas do Rio Doce, que subiram por causa da Foz do 
Riacho Doce, o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) entra em ação, 
alegando que a empresa responsável pela obra, beneficiou pouco mais de 2,4 
mil famílias que foram atingidas pelo empreendimento, número inferior em 
relação ao que a realidade está apresentando. 
Antes apresentar os problemas e possíveis soluções especifico da Foz 
riacho doce, vamos entender um pouco do contexto histórico do Movimento dos 
Atingidos por Barragens (MAB) e como ele surgiu no Brasil. 
Com a construção das inúmeras Usinas Hidrelétricas pelo país, que foram 
geradas a partir da década de 1970 e tem como objetivo principal gerar energia 
elétrica, para atender principalmente, as indústrias que tendem a consumir muita 
energia. As construções dessas grandes obras ocasionaram o desalojamento de 
milhares de famílias de suas habitações, terras, regiões, e também suas 
atividades trabalhistas. Sendo ainda que, milhares de pessoas saem de suas 
terras de origem para os centros urbanos, principalmente para as periferias. 
A história dos atingidos por barragens no Brasil tem sido marcada 
pela resistência na terra, luta pela natureza preservada e pela 
construção de um Projeto Popular para o Brasil que contemple uma 
nova Política Energética justa, participativa, democrática e que atenda 
aos anseios das populações atingidas, de forma que estas tenham 
participação nas decisões sobre o processo de construção de 
barragens, seu destino e o do meio ambiente. 
(MAB NACIONAL, 2011) 
Inicialmente, os atingidos buscavam a uma justa indenização, e que lhe 
fossem assegurados um reassentamento. Contudo, com o passar dos anos, e 
após a construção das primeiras barragens, foram notadas a existência de vários 
problemas sociais e graves problemas ambientais. E com isso os atingidos 
passaram a questionar a própria existência e construção das Usinas 
 
 
Hidrelétricas. “(...). Assim, os atingidos passam a entender que além da luta por 
direitos, deveriam lutar por um modelo intenso mais justo. Para isso, seria 
necessária uma organização maior que articulasse a luta em todo o Brasil”. (MAB 
NACIONAL, 2011) 
Com essa visão de força de resistência, e de movimento social que em 
1989 foi realizado o I Encontro Nacional dos Trabalhadores Atingidos por 
Barragens. “(...). Foi um momento onde se realizou um levantamento global das 
lutas e experiências dos atingidos em todo o país. Foi então decidido constituir 
uma organização mais forte a nível nacional para fazer frente aos planos de 
construção de grandes barragens. ” (MAB NACIONAL, 2011) 
A Hidrelétrica do Riacho Doce e a relação com o MAB 
A construção da Hidrelétrica do Riacho Doce vem gerando inúmeras 
discussões e, portanto, conflitos perante a sociedade impactada, pois são 
inúmeras pessoas que vivem na região de seu entorno. Esta sociedade mantém 
uma estreita relação com o rio, principalmente na sustentação de sua 
alimentação, na pesca e, sobretudo, em suas vazantes produz uma agricultura 
de subsistência necessária para a mantimento de sua família. 
Uma das principais discussões, feitas pela população que possui terras 
as margens do Rio Doce, é a diminuição do nível da água, que causou a redução 
no número de peixes e gerou problemas econômicos para os trabalhadores, pois 
o peixe que é o principal produto de comercialização dos pescadores, e se 
encontra cada vez mais escasso, segundo especialista na área, os relatos 
apontam que “antes da construção da hidrelétrica, os pescadores faturavam até 
três salários mensalmente, hoje o valor não ultrapassa um salário mínimo”. 
A partir desse problema, uma parceria entre pescadores com os demais 
atingidos pela realização da obra, juntamente com o MAB pode ser formada, não 
somente reivindicar e lutar em busca de condições estáveis de trabalho, após a 
construção do reservatório, como também por recursos financeiros que lhe 
possam oferecer condições mínimas de bem-estar econômico e também a 
preservação da área ambiental onde se encontra a fauna e flora da região. Tendo 
em vista esses efeitos negativos afim de ter uma boa relação entre empresa e 
comunidade local, a Hidrelétrica Foz do Riacho Doce está investindo mais de R$ 
9 milhões para aplicar em recuperação do meio ambiente. 
Em relação aos aspectos relacionados as questões ambientais, dirigindo-
se à preservação e conservação ambiental, isto é, aplicando a recuperação e 
 
 
manutenção da qualidade ambiental da região, a Hidrelétrica Foz do Riacho 
Doce poderia aderir a um dos principais programas desenvolvido pela Itaipu, 
chamado de “Programa Cultivando Água Boa”. 
O programa em questão desenvolve várias atividades no campo do 
assunto socioambiental, atendendo as condições de sua área de atuação, 
aplicando na prática o que em tese todas as empresas deveriam estar 
desenvolvendo programas voltados a preservação e conservação do meio e 
sociedade, relacionado assim: “a empresa tem a obrigação, para com a 
sociedade com a preservação e conservação ambiental pela sua 
responsabilidade socioambiental” (Livro Responsabilidade pag 102). Portanto, 
alguns dos artifícios empregados pelo programa, em seu contexto geral, é a 
sensibilização, os comitês gestores e as oficinas do futuro. Os seus principais 
subprogramas em relação a responsabilidade socioambiental são: Educação 
Ambiental; Biodiversidade, Nosso Patrimônio; Gestão por Bacias – Cultivando 
Água Boa; Infraestrutura Eficiente e Saneamento na Região; Monitoramento e 
Avaliação Ambiental. Como fica explícito em algumas atribuições referentes ao 
Programa Cultivando Água Boa, desenvolvido pela Itaipu. 
[...] A usina hidrelétrica de Itaipu é a promotora do mais abrangente 
programa de cuidado com as águas em desenvolvimento no setor 
elétrico brasileiro. O Cultivando Água Boa é uma ampla iniciativa 
socioambiental concebida a partir da mudança na missão institucional 
da Itaipu Binacional, promovida em 2003”. [...] “Atualmente, são 
desenvolvidos 20 programas e 65 ações fundamentadas nos principais 
documentos planetários, emanados dos mais importantes fóruns de 
debates a respeito da problemática socioambiental. As ações vão 
desde a recuperação de microbacias e a proteção das matas ciliares e 
da biodiversidade, até a disseminação de valores e saberes que 
contribuem para a formação de cidadãos dentro da concepção da ética 
do cuidado e do respeito com o meio ambiente. 
(<www.cultivandoaguaboa.com.br/o-programa/sobre-o-programa>). 
A área de abrangência deste programa é a Bacia Hidrográfica do Paraná 
III, isto é, nos municípios integrantes da região na fronteira Brasil – Paraguai, 
abarca 29 municípios na região Oeste do Paraná – Brasil. Dentre eles estão os 
municípios componentes da faixa dessa fronteira. 
Segundo relatórios da própria Itaipú, resultados importantes já foram 
adquiridos com o desempenho deste programa, graças a tais ações contidas no 
âmbito regional do Lago de Itaipu. 
Outro programa que resolveria os empasses entre Hidrelétrica, 
Movimentos Sociais Locais e os atingidos pela construçãoda obra em questão, 
seria projeto “Tanques-rede”, desenvolvido pela Eletrobrás Eletronorte, que é 
pautado nos benefícios socioambientais para as comunidades próximas a seus 
 
 
empreendimentos. O Projeto em destaque, é desenvolvido em Candeias do 
Jamari, no entorno da Usina Hidrelétrica Samuel, em Rondônia, que estimula a 
criação de tambaquis em cativeiro de forma comunitária. 
Esse projeto - Tanques-rede - seria uma possível solução para os 
pescadores que foram afetados com a construção da Usina Riacho Doce, onde 
o referido programa “objetiva a redução da pressão sobre os estoques 
pesqueiros naturais, a geração de emprego e renda, a inclusão social, a 
segurança alimentar e a profissionalização dos pescadores. Sua 
sustentabilidade é garantida com o reinvestimento de 30% do lucro obtido com 
a comercialização. Os outros 70% são distribuídos entre os pescadores”. 
(eletronorte). 
Além disso, esse projeto seria o resultado “perfeito” da parceria da Foz do 
Riacho Doce Energia com a Fundação Universitária do Desenvolvimento do 
Oeste (FUNDESTE), o Instituto Goio-En e o Ministério da Pesca agricultura, o 
que que atenderia aos requisitos do acordo em questão, que seria a construção 
de uma Estação de Piscicultura. 
As Novas tecnologias relacionadas ao meio ambiente e a Usina Hidrelétrica 
Foz do Riacho Doce 
Em relação à produção, podemos dizer que os avanços tecnológicos são 
no mínimo tardios e longos, pois se passaram tantos anos para perceber que o 
espaço ambiental é atingido diretamente com as fabricações em massa de 
produtos consumido pelo homem, e mais tempo ainda para que atitudes fossem 
tomadas afim de reverter os prejuízos já caudados ao meio ambiente. Dito isso, 
nas últimas décadas, “as empresas têm se preocupados com o meio ambiente 
de modo muito sensível e, por essa razão, as novas tecnologias vêm com essa 
preocupação vêm com essa preocupação também” (livro 136) 
Com essa preocupação relacionado ao meio ambiente “as empresas têm 
desenvolvido inúmero produtos que não emitem – ou então menos – gases 
poluentes, que utilizam energias renováveis e muito mais” (tecmundo), um bom 
exemplo disso são os carregadores telefônicos solar, que utilizam a luz do sol 
para carregar os aparelhos. Embora muitos dessas tecnologias ainda não 
estejam presentes no Brasil, é uma ótima maneira de saber que no futuro a 
relação entre homem-tecnologia-ambiente “andarão” de mãos dadas. Essa 
 
 
tecnologia que garante menor consumo de energia, frisando que já é um grande 
avanço para o meio ambiente, é denominada de Tecnologia Verde. 
O uso dessas novas tecnologia – Tecnologia Verde – encontra-se 
presente pelo menos em boa parte da Hidrelétrica do Riacho Doce, onde a 
mesma foi a primeira do Brasil a utilizar a técnica do núcleo asfáltico, comum em 
países da Europa e nos Estados Unidos, com o intuito de propiciar rapidez às 
obras mesmo em períodos chuvosos, já que é menos vulnerável à umidade. A 
técnica do núcleo asfáltico é reconhecida pelo excelente desempenho como 
impermeabilizante, garantindo total segurança no bloqueio da água, e pode 
evitar um desastre ambiental como o que aconteceu na zona rural da cidade de 
Mariana, no estado de Minas Gerais no ano 2015, onde a barragem se rompeu 
e provocou o assoreamento de certas partes do rio, fazendo com que diversas 
espécies de peixes morressem. Como consequência, a atividade pesqueira, 
fonte de renda de várias famílias ribeirinhas, foi afetada. 
Antes de mais nada, no entanto, é preciso também modernizar a usina e 
equipamentos antigos utilizados na geração de energia, como por exemplo, usar 
energia solar dentro de sua produção, isso seria uma forma de gerar impactos 
mínimos ao meio ambiente.

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