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RESUMO PROVA 2 (1) Embriologia

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RESUMO PROVA 2
Gastrulação
Processo que forma as três camadas germinativas (ecto, endo e mesoderma) e estabelece a orientação do embrião (eixo anterior, posterior, direita e esquerda).
As células do epiblastos migram e se proliferam no plano mediano do aspecto dorsal do disco embrionário, formando a linha primitiva. Tais células continuam a se proliferar, aumentando o tamanho da linha primitiva, até que surge na sua extremidade cefálica o nó primitivo. Logo, a linha surge na extremidade caudal e vai se alongando em direção a extremidade cefálica, e com ela pode-se determinar o eixo antero-posterior do embrião (antero: extremidade cefálica; posterior: extremidade caudal), e como consequência pode-se determinar direita e esquerda.
Posterior								 Anterior
Ao mesmo tempo que a linha vai se alongando, as células do epiblasto vão entrando no sulco e fosseta primitiva (depressões da linha e do nó primitivo, respectivamente) e gerando a endoderme. Então, elas continuam a entrar, “recheando” o espaço entre a ectoderme e a endoderme, formando a mesoderma. Assim, o que antes era um disco bilaminar, agora possui essas células em seu meio. Desta forma, a linha primitiva irá formar ativamente mesoderma até o inicio da quarta semana, quando a produção de mesoderma torna-se mais lenta e a linha primitiva começa a diminuir de tamanho , até desaparecer ao final da quarta semana.Linha primitiva
Ectoderme
Mesoderme
Endoderme
Ectoderma: dá origem à epiderme, sistema nervoso, olhos e orelha interna.
Endoderma: dá origem aos revestimentos epiteliais das vias respiratórias e do trato gastrointestinal, incluindo glândulas que se abrem no trato e células glandulares do fígado e pâncreas.
Mesoderma: dá origem aos músculos, células sanguíneas, revestimento dos vasos sanguíneos, dutos dos sistemas reprodutivo e excretor e tecido conjuntivo. 
Durante a gastrulação, podem ocorrer alguns tipos de movimentos celulares: Invaginação (tendendo a formar um tubo), involução (ocorre em anfíbios), ingressão (novas células surgem), delaminação (divisões celulares sucessivas) e epíbole (também ocorrendo em anfíbios). 
Em deuterostomados, a blastocele faz a invaginação e forma um blastóporo que dará origem ao ânus. Em protostomados o blastóporo dará origem à boca.
Notocorda
 Acima do nó primitivo há a placa pré-cordal. Enquanto as células do epiblasto vão caindo no sulco primitivo e gerando endoderme, outras células meristemáticas vão cair no nó primitivo e migrar em direção à placa pré cordal. Desta forma forma-se um cordão celular mediano, na mesma direção que a linha primitiva, passando por debaixo dela, chamado de processo notocordal.
							Vista lateral da linha primitiva			Processo notocordal (crescendo)	
Placa pré cordal
						
Processo notocordal: Vista transversal
O processo notocordal é um tubo, cuja luz é chamada de canal notocordal. Ele vai crescendo em direção à placa pré cordal, que é o primórdio da membrana bucofaríngea, no local da futura cavidade oral. Caudalmente à linha primitiva tem-se a membrana cloacal, que dará lugar ao ânus. O processo notocordal, junto ao mesoderma adjacente, induzem o ectoderma à originar a placa neural, primórdio do SNC. 
O assoalho do processo notocordal se fundirá ao endoderma do saco vitelínico, e as camadas fundidas sofrem degeneração, tendo ali uma abertura temporária que permite a comunicação do canal notocordal com o saco vitelínico. Este é o único momento em que há mistura do âmnio com o saco vitelínico. O remanescente do processo notocordal é chamado então de placa notocordal. Esta se fecha em um tubo, formando a notocorda, que se separa do endoderma do saco vitelínico (que se torna novamente uma camada contínua). Assim, três mesodermas se formam:
Paraxial: formará músculos e ossos;
Intermediário: formará o sistema urogenital;
Lateral: formará o sistema cardiovascular.
A notocorda serve para definir o eixo primitivo do embrião, dando-lhe certa rigidez. Além disso, fornece os sinais necessários para o desenvolvimento do esqueleto axial (ossos da cabeça e coluna vertebral) e do SNC, além de contribuir na formação dos discos intervertebrais. Ela irá se degenerar quando se formarem os corpos vertebrais.
Na membrana bucofaríngea, bem como na membrana cloacal, ectoderma e endoderma estão fundidos. desta forma, as células mesenquimais não conseguem entrar ali, ao contrário dos outros locais, onde elas chegam entre os folhetos e na metade da terceira semana o mesoderma consegue separar ecto e endoderma. 
**Alantoide: resultado de uma evaginação da parede caudal do saco vitelínico, tem função respiratória e/ou reservatório de urina durante a vida embrionária de aves e répteis. Em mamíferos é pequeno e seu mesoderma se expande e forma vasos sanguíneos que servirão à placenta. 
	Somitos
Próximo ao fim da terceira semana, o mesoderma paraxial diferencia-se e divide-se em várias partes denominadas somitos. Estes estão localizados em pares ao longo do tubo neural (um do lado direito, outro do lado esquerdo). Eles são formados periodicamente, e isso ocorre devido a alguns fatores: 
FGF é um fator de crescimento expresso em alta quantidade próximo ao eixo anterior do embrião. Logo, quanto mais próximo do eixo posterior, menos FGF há. 
Notch é uma proteína expressa por um gene em ondas, ou seja, periodicamente. 
Nos locais com menos FGF, a expressão de Notch se mantém, mesmo quando a onda de expressão passa. Com isso há a formação de um par de somitos. Desta forma, os somitos são formados no sentido antero-posterior. A concentração de FGF vai diminuindo com o tempo e ao final do processo de somitogênese um embrião humano pode chegar a ter 44 somitos (mas alguns somitos caudais desaparecem, permanecendo um total de 37 pares). 
 Onda de expressão gênica de Notch
Região do futuro somito mantém a expressão de notch
Par de somitos formado
Gradiente de [FGF]
Neurulação
Com a notocorda já formada, o ectoderma acima dela se espessa, formando a placa neural. Enquanto a notocorda se alonga, a placa neural se alarga e se estende cefalicamente até a membrana bucofaríngea. No 18º dia, a placa neural se invagina em torno de si mesma, formando um sulco neural, com pregas neurais ao seu lado e cristas neurais ao lado das pregas. Perto do 21º dia, as pregas se fundem, o que converte a placa neural em tubo neural, o primórdio do SNC. Depois, o tubo separa-se da crista neural e do ectoderma da superfície. A crista neural origina os gânglios sensitivos dos nervos cranianos e espinhais. A ectoderma da superfície se diferencia em epiderme. 
	Crista neural
Estrutura embrionária transitória que dá origem a vários derivados celulares, como ossos e cartilagens da face, alguns neurônios, dentes, melanócitos, etc. Ela se forma na diferenciação do ectoderma em tubo neural. Quando o tubo neural se fecha, a crista neural começa a delaminar. 
Vias de migração da crista:
Tronco: migram logo abaixo do ectoderma, ou ventralmente, dando origem a derivados neurais (entre o tubo neural e os somitos)
Face: ectomesenquima formado apenas pelas células da crista neural faz com que ela seja pluripotente.

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