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POR LIT GAB 1 08 04 1 ano

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1ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 
 
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 1 
LÍNGUA PORTUGUESA – Questões de 01 a 20 
 
 
Leia o texto abaixo para responder as questões de 01 à 08 
 
O complexo 
 
No meu distante tempo de rapaz falava-se muito em complexo de inferioridade 
e superioridade. Caiu de moda, não sei bem por quê. Talvez seja até politicamente 
incorreto dizer que alguém tem complexo, essas questões ficam cada vez mais 
complicadas. Mas, naquele tempo, não. Todo mundo tinha complexo, se bem que fosse 
uma condição de diagnóstico problemático, porque se alegava que quem ostentava ares 
de melhor que os outros estava, na verdade, mascarando um complexo de inferioridade 
e, por seu turno, quem agia com excessiva humildade e timidez era no fundo um 
descomunal arrogante, que temia exibir sua convicção de que pairava muito acima do 
semelhante. No meu caso pessoal, jamais houve consenso, embora, em retrospecto e a 
julgar pelo meu desempenho em namoros e correlatos, tendo a crer que nem complexo 
de inferioridade eu tinha realmente – era inferior mesmo, condição enfatizada com 
acabrunhante regularidade pelas moças que tentava cortejar. 
Quanto aos brasileiros em geral, contudo, o complexo de inferioridade era 
reconhecido quase com unanimidade. Segundo nossa visão, não valíamos nada, tudo 
de fora era melhor e Deus se mostrara injusto conosco, fazendo-nos nascer aqui. Em 
comportamento típico do complexado, ensaiávamos alguns esforços para nos livrarmos 
disso, desde escrever livros mostrando como éramos abençoados, a proclamar 
convicções exaltadas de que tínhamos as mulheres mais elegantes do mundo, os 
melhores pilotos de avião, os melhores arquitetos e até a melhor gente, cortês, alegre, 
hospitaleira e despida de preconceitos. Mas a verdade é que o complexo se 
manifestava o tempo todo. Nada fabricado no Brasil, por exemplo, funcionava direito, a 
ponto de ter havido casos patéticos, como brasileiros trazendo do exterior produtos de 
marca estrangeira, mas fabricados aqui mesmo e exportados. E qualquer comentário 
estrangeiro sobre o Brasil, por mais imbecilóide, ganhava manchetes na imprensa, 
tratava-se de opinião sempre relevantíssima, que nos engrandecia no concerto das 
nações ou, bem mais comumente, nos recolocava no nosso lugar apropriado, ou seja, a 
quinta ou sexta categoria. 
Agora olhamos em torno e vemos que, embora não usemos a palavra, 
continuamos complexadíssimos. Não nos expomos mais a espetáculos ridículos, tais 
como o deslocamento maciço de torcedores fanáticos para concursos de misses aos 
quais ninguém, a não ser nós, dava importância e já reconhecemos que algumas das 
coisas produzidas aqui são de boa qualidade, mas persistimos numa postura de rabo 
entre as pernas. Sou veterano em congressos, conclaves, seminários e quejandos 
internacionais e já assisti, entre deprimido e envergonhado, a brasileiros ouvindo, 
cabisbaixos e contritos, sermões de representantes de povos muito mais desenvolvidos 
(o que lá queira dizer isto) do que nós, a respeito, por exemplo, das mortes de crianças 
de rua no Brasil. Claro, o problema das crianças de rua é sério e vergonhoso, mas não 
se podem aceitar palavras santimoniais de quem, tão adiantado e desenvolvidíssimo, já 
matou crianças em escala industrial e sistematicamente. O mesmo ocorre em 
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2014 
 
2 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 
praticamente todas as áreas. Fala-se em favelas, outra vergonha, mas esquecem-se os 
guetos raciais, religiosos ou econômicos do país de quem está falando. Continuamos 
inferiores e nem a nossa língua presta, como se observa em toda parte e como é 
manifestado em comentários de que ela é inexpressiva, não serve para cinema e, 
mesmo na música, o inglês soa melhor. Nossas lideranças e nossos formadores de 
opinião (o que lá seja isso outra vez) agem de conformidade com o complexo. Basta um 
porreta americano qualquer fazer uma classificação econômica do Brasil negativa para 
esquecermos que isto é regido pelos interesses e critérios dele, as bolsas ficarem 
nervosíssimas, os comentaristas financeiros alarmados e o Governo cada vez mais 
disposto a se comportar bem, ou seja, de acordo com o que lá de fora querem que 
façamos. Do contrário, afundaremos em abismo perpétuo e talvez até acabemos como 
nação, transformados num bando de miseráveis definitivos, o buraco negro de Calcutá 
da Humanidade. Temos de nos enquadrar, ou as conseqüências serão apocalípticas. 
 Temos de nos enquadrar p. nenhuma, a verdade é completamente oposta. 
Quem precisa de nós é o grande capital internacional e não nós dele, primordialmente. 
A economia brasileira, cujo controle fazemos tudo para entregar de mão beijada ou até 
pagando, representa mais de 40% daquela da América Latina toda, inclusive o México. 
Estou chutando um pouco, mas creio que a economia da América Central inteira cabe 
no bolsinho pequeno da grande São Paulo, num bairro talvez. O Brasil não só não vai 
quebrar (pode apenas tomar sustos intencionalmente pregados, para que cedamos a 
interesses imediatistas ou episódicos, o que é normalmente o caso), como não pode 
quebrar e não deixarão jamais que quebre, é tudo careta para assustar complexado. Se 
quebrar, para começar o resto da América Latina vai para a cucuia em coisa de dez a 
quinze minutos. E vão para a cucuia investimentos internacionais de arregalar os olhos 
de qualquer brasileiro, pois todo mundo, menos brasileiro, investe cada vez mais aqui. 
Tudo besteira, essa empulhação que nos enfiam goela abaixo para obter vantagens 
descabidas, quando nós somos – surpresa – até um dos maiores mercados de 
cosméticos, eletrodomésticos e comunicações do mundo. Aliás, somos um dos 
mercados mais importantes do mundo e ponto final. Sexta ou sétima população do 
mundo também, com todo o potencial em cima. Ninguém nos pode ignorar, sob pena de 
quebrar a cara. "Eles" sabem disso, mas não lhes interessa que saibamos, e mantemos 
o péssimo hábito de prestar atenção no que eles falam, não no que fazem. Só quem 
não sabe somos nós, a começar pelo Governo. Ninguém nos faria favor nenhum em 
nos paparicar e o complexo tem que, finalmente, acabar. De minha parte, como imagino 
que da sua, quero ser paparicado bastante e, quando der, acredito também que 
prefiramos nossa parte em dinheiro. 
 
(RIBEIRO, João Ubaldo. O complexo. O Globo, 26 mar 2000, c. 1, p. 6.) 
 
1) Tendo em vista o sentido geral do texto, pode-se afirmar que o objetivo 
principal do autor é: 
 
a) criticar a tendência dos brasileiros de se considerarem inferiores em 
relação às nações desenvolvidas. 
b) explicar as estratégias usadas pelos países desenvolvidos para manterem 
seu domínio sobre os países subdesenvolvidos. 
c) descrever a mudança de mentalidade dos brasileiros, que de inferiores 
passaram a julgar-se superiores aos demais povos. 
d) incitar os brasileiros a se insurgirem contra os países desenvolvidos, 
impondo-lhes a superioridade já conquistada pelo Brasil. 
1ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 
 
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 3 
2) “Todo mundo tinha complexo” 
Para o autor, o que mais lhe marcava o sentimento de inferioridade em sua 
juventude era: 
 
a) o seu modo arrogante de agir. 
b) a sua excessiva humildade e timidez. 
c) a sua aversão às moças que namorava. 
d) o seu desempenho em namoros. 
 
 
3) “já assisti, entre deprimido e envergonhado, a brasileiros ouvindo, cabisbaixos 
e contritos, sermões de representantes de povos muito mais desenvolvidos [...] 
do que nós” 
Das alternativas abaixo, aquela que NÃO aparece no texto como assunto das 
críticas dirigidas ao Brasil por parte de países desenvolvidos é:a) a existência de favelas. 
b) a matança de meninos de rua. 
c) a transformação da população em um bando de miseráveis. 
d) a inadequação do português para certas atividades culturais. 
 
 
4) O autor considera ridículas algumas práticas típicas dos brasileiros, usadas 
para encobrir nosso complexo de inferioridade. Das práticas abaixo, aquela 
que NÃO é reveladora do complexo referido pelo autor é: 
 
a) proclamar a elegância de nossas mulheres. 
b) escrever livros exaltando nossa grandeza. 
c) reconhecer que algumas das coisas produzidas aqui são de boa 
qualidade. 
d) atribuir relevância excepcional a observações de estrangeiros sobre o 
Brasil. 
 
 
5) “Temos de nos enquadrar p. nenhuma” 
Com relação à idéia expressa no final do terceiro parágrafo, pode-se afirmar 
que a sentença do autor acima transcrita serve para: 
 
a) ratificá-la. 
b) ironizá-la. 
c) retificá-la. 
d) exemplificá-la. 
 
 
 
 
 
 
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2014 
 
4 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 
6) O autor às vezes se vale do discurso irônico, de modo que o que ele diz não é 
o que ele de fato pensa. Das passagens abaixo, aquela que, com base no 
sentido global do texto, NÃO traduz o pensamento do autor é: 
 
a) “o problema das crianças de rua é sério e vergonhoso”. 
b) “Temos de nos enquadrar, ou as conseqüências serão apocalípticas.”. 
c) “somos um dos mercados mais importantes do mundo”. 
d) “Ninguém nos pode ignorar, sob pena de quebrar a cara.”. 
 
 
7) Aparecem no texto algumas expressões típicas da linguagem coloquial. 
Assinale a alternativa em que aparece INDEVIDAMENTE explicitado o sentido 
da expressão utilizada: 
 
a) “mas persistimos numa postura de rabo entre as pernas.” / ressentida. 
b) “cujo controle fazemos tudo para entregar de mão beijada” / sem nada 
receber em troca. 
c) “E vão para a cucuia investimentos internacionais de arregalar os olhos 
de qualquer brasileiro.” / vão malograr-se, não vão adiante. 
d) “essa empulhação que nos enfiam goela abaixo” / nos impõem. 
 
 
8) O autor aponta contradições no discurso das nações desenvolvidas, ao 
criticarem o Brasil. A alternativa que apresenta uma dessas contradições 
apontadas pelo autor é: 
 
a) a desvalorização da língua portuguesa em favor do inglês. 
b) a matança de crianças já perpetuada em grande escala. 
c) o receio da transformação do Brasil em país desenvolvido. 
d) o menosprezo à música e ao cinema brasileiros. 
 
 
Leia o texto abaixo para responder as questões de 09 à 12 
 
O tabaco consome dinheiro público. 
 
Bilhões de reais saem do bolso do contribuinte para tratar a dependência do 
tabaco e as graves doenças que ela causa. A dependência do tabaco também aumenta 
as desigualdades sociais porque muitos trabalhadores fumantes, além de perderem a 
saúde, gastam com cigarros o que poderia ser usado em alimentação e educação. Em 
muitos casos, com o dinheiro de um maço de cigarros pode-se comprar, por exemplo, 
um litro de leite e sete pães. Para romper com esse perverso círculo de pobreza, países 
no mundo inteiro estão se unindo através da Convenção-Quadro de Controle do Tabaco 
para conter a expansão do tabagismo e os graves danos que causa, sobretudo nos 
países em desenvolvimento. Incluir o Brasil nesse grupo interessa a todos os 
brasileiros. 
 É um passo importante para criar uma sociedade mais justa. 
 
(Propaganda do Ministério da Saúde. Brasil um país de todos. Governo Federal, 2004.) 
 
1ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 
 
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 5 
9) A partir da leitura do texto, é INCORRETO dizer que: 
 
a) A dependência do tabaco causa prejuízos para o contribuinte. 
b) O consumidor às vezes deixa de comprar alimentos para comprar 
cigarros. 
c) O tabagismo é responsável por um círculo de pobreza, especialmente em 
países em desenvolvimento. 
d) Todos os países estão unidos na Convenção-Quadro de Controle do 
Tabaco. 
 
 
10) O gênero discursivo publicitário procura seduzir e/ou persuadir o leitor a 
comprar um determinado produto; já o gênero propaganda procura incitar o 
leitor a aceitar uma determinada idéia. Levando em conta o texto, NÃO se 
pode dizer que: 
 
a) o povo brasileiro precisa, cada vez mais, comprar tabaco para se tornar 
um país em desenvolvimento. 
b) a dependência do tabaco traz prejuízos sociais para o país. 
c) o dinheiro gasto com o tabaco poderia ser melhor utilizado se empregado 
na alimentação e educação. 
d) a expansão da indústria do tabaco causa danos à saúde física e material 
da sociedade. 
 
 
11) Segundo o texto, pode-se dizer que a atividade de dependência e consumo do 
tabaco é: 
 
a) lucrativa para o país, pois não causa doenças. 
b) higiênica, pois não faz mal à saúde dos que o manuseiam. 
c) saudável, pois não prejudica a saúde de quem o consome. 
d) negativa para o país, pois denuncia o círculo de pobreza existente. 
 
 
12) “A dependência do tabaco também aumenta as desigualdades sociais porque 
muitos trabalhadores fumantes, além de perderem a saúde, gastam com 
cigarros o que poderia ser usado em alimentação e educação.” 
Os tempos verbais assumem vários valores semânticos. Na passagem acima, 
a forma verbal “poderia” exprime: 
 
a) ação relativa ao passado. 
b) ação de suposição. 
c) ação definitiva. 
d) ação de ordem ou pedido. 
 
 
 
 
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2014 
 
6 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 
Leia o texto abaixo para responder as questões de 13 à 17 
 
Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei no trem da 
Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-
me, sentou-se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me 
versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. 
Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; 
tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso. 
- Continue, disse eu acordando. 
- Já acabei, murmurou ele. 
- São muito bonitos. 
Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do 
gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou 
alcunhando-me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos 
reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei. 
Contei a anedota aos amigos da cidade, e eles, por graça, chamam-me assim, alguns 
em bilhetes: “Dom Casmurro, domingo vou jantar com você.” -- “Vou para Petrópolis, 
Dom Casmurro; a casa é a mesma da Renânia; vê se deixas essa caverna do Engenho 
Novo, e vai lá passar uns quinze dias comigo.” -- “Meu caro Dom Casmurro, não cuide 
que o dispenso do teatro amanhã; venha e dormirá aqui na cidade; dou-lhe camarote, 
dou-lhe chá, dou-lhe cama; só não lhe dou moça.”. 
Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, 
mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, 
para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor 
título para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este 
mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com 
pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que 
apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto. 
 
Machado de Assis. Dom Casmurro. São paulo: L&PM, 1997, p. 15-16 
 
13) (FGV) Vez por outra, em sua obra, Machado interrompe a narrativa para 
dirigir-se diretamente ao leitor. Esse fato ocorreu na seguinte frase do texto: 
 
a) “Nãoconsultes dicionários.” 
b) “ − São muito bonitos.” 
c) “− Vou para Petrópolis...” 
d) “...sentou-se ao pé de mim...” 
 
 
14) (FGV) Na linha 11, “entrou a dizer” significa: 
 
a) acabou por dizer. 
b) deixou de dizer. 
c) pretendeu dizer. 
d) começou a dizer. 
 
1ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 
 
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 7 
15) (FGV) Na linha 13, “deram curso à alcunha” significa que: 
 
a) contaram a história para outras pessoas. 
b) passaram a chamar o narrador pelo apelido. 
c) passaram a chamar de Dom Casmurro aos seus próprios amigos. 
d) consideraram que Casmurro era também o poeta do trem. 
 
 
16) (FGV) Na linha 20, a palavra “eles” refere-se a: 
 
a) os dicionários. 
b) os amigos de Dom Casmurro. 
c) os vizinhos de Dom Casmurro. 
d) o vulgo. 
 
 
17) (FGV) Assinale a alternativa CORRETA sobre o que se pode entender da 
leitura do trecho colocado entre as linhas 20 e 26. 
 
a) Em “não consultes dicionários” (L.20), o sujeito é o Casmurro. 
b) “Alguns” (L.26) referem-se a autores. 
c) Na linha 25, “cuidar” significa tomar conta. 
d) A forma verbal “terão” refere-se a livros (L.26). 
 
 
18) "Em 1949 reuniram-se em Perúgia, Itália, a convite da quase totalidade dos 
cineastas italianos, seus colegas de diversas partes do mundo." 
O núcleo do sujeito de reuniram-se é: 
 
a) cineastas 
b) convite 
c) colegas 
d) totalidade 
 
 
19) Assinale a alternativa em que há sujeito indeterminado: 
 
a) Amanheceu radiante o dia de hoje. 
b) No inverno anoitece muito cedo. 
c) Vive-se bem com Deus. 
d) Choveu no Sul do país. 
 
 
20) Assinale a frase cujo sujeito se classifica do mesmo modo que o da frase "Faz 
muito calor no Rio o ano inteiro". 
 
a) Havia mais interesse pela boa formação profissional. 
b) Falaram muito mal dos estimuladores de conflitos. 
c) Vive-se bem no clima de montanha. 
d) Almejamos dias melhores. 
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2014 
 
8 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 
LITERATURA – Questões de 21 a 40 
 
 
21) (UFSJ – PAS – 2013) “E eles entraram sem qualquer sinal de cortesia ou de 
desejo de dirigir-se ao Capitão ou a qualquer outra pessoa presente, em 
especial.” (A Carta, de Pero Vaz de Caminha) 
 
O trecho acima refere-se à falta de atenção dos índios para com a pessoa do 
capitão que representa 
 
a) a animosidade dos índios para com os brancos. 
b) a diferença cultural entre brancos e índios. 
c) o primeiro obstáculo intransponível para a colonização. 
d) o declínio da autoridade dos brancos. 
 
 
22) O gênero lírico na maioria das vezes é expresso pela: 
 
a) Poesia. 
b) Jornal. 
c) Show. 
d) Novela. 
 
 
23) (UFRS) O gênero dramático, entre outros aspectos, apresenta como 
característica essencial: 
 
a) a presença de um narrador. 
b) a estrutura dialógica. 
c) o extravasamento lírico. 
d) a musicalidade. 
 
 
24) (FUVEST) O Trovadorismo, quanto ao tempo em que se instala: 
 
a) é rígido quanto ao uso da linguagem que, geralmente, é erudita. 
b) estabeleceu-se num longo período que dura 10 séculos. 
c) tinha como concepção poética e epopéia, a louvação dos heróis. 
d) reflete as relações de vassalagem nas cantigas. 
 
 
25) (UFPA) A gênese da nossa formação literária se encontra no século XVI. Dela 
fazem parte: 
 
a) as obras produzidas pelos degredados que eram obrigados a se instalar 
no Brasil. 
b) os escritos que os donatários das capitanias hereditárias faziam ao rei 
Portugal. 
c) os relatos dos cronistas viajantes. 
d) as produções arcaicas. 
1ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 
 
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 9 
26) (UFSJ – PAS – 2012) As imagens presentes nos trechos abaixo, extraídos d’A 
Carta de Pero Vaz de Caminha, estão de acordo com a descrição da terra 
descoberta e seus habitantes, EXCETO: 
 
a) “A feição deles é parda, algo avermelhada; de bons rostos e bons narizes. 
Em geral são bem feitos. Andam sem cobertura alguma.” 
b) “Enquanto andávamos nessa mata a cortar lenha, passaram alguns 
papagaios por essas árvores, alguns deles sendo verdes, outros pardos, 
grandes e pequenos, dando-me a impressão que haverá muitos nesta 
terra.” 
c) “Esse que o agasalhara era já de idade e andava por galanteria cheio de 
penas pegadas pelo corpo, de tal maneira que parecia um São Sebastião 
cheio de flechas.” 
d) “E que não houvesse mais que ter aqui Vossa Alteza esta pousada para a 
navegação de Calicute, isso bastava. Mais ainda, disposição para nela 
cumprir-se – e fazer – o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber: 
acrescentamento da nossa Santa Fé!” 
 
 
27) Observe os textos e assinale a alternativa CORRETA: 
 
Texto I 
 
Senhora fremosa, pois me non queredes 
Creer a coita en que me tem amor, 
por meu mac é que tan bem parecedes 
e por meu mal vos tomei por senhor, 
e por meu mal tan muito bem ouvi 
dizer de vós, e por meu mal nos vi, 
pois meu mal é quanto bem vós havedes. 
 
Texto II 
 
Para Deus, coitada vivo: 
pois non vem um amigo: 
pois non vem, que farei? 
meus cabelos, com fita 
eu non vos ligarei. 
 
a) Ambos os textos são cantigas de amor. 
b) Ambos os textos são cantigas de amigos. 
c) O texto 1 é cantiga de amor; o 2, de amigo. 
d) O texto 1 é cantiga de amigo; o 2, de amor. 
 
 
 
 
 
 
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2014 
 
10 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 
28) Leia os seguintes fragmentos. 
 
Texto I 
 
Viu, um deles, umas contas de rosário, brancas, e acenou que lhas dessem; folgou 
muito com elas e lançou-as ao pescoço; depois tirou-as e enrolou-as no braço e 
acenava para a terra e então para as contas e para o colar do Capitão, como [a 
dizer] que dariam ouro por aquilo. Isso entendíamos nós, por assim desejarmos; 
mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o colar , isto não queríamos 
nós, por assim desejarmos, mas se ele queria dizer que levaria as contas e mais o 
colar isto não queríamos nós entender porque não havíamos de dar. 
 
Extraído de : Pero Vaz de Caminha, Carta ao Rei D.Manuel, século XVI. 
 
Texto II 
 
Velas baixaram. E desembarcaram. 
- Terra, como é teu nome? 
Cortaram pau. Saiu sangue. 
- Isso é Brasil! 
No outro dia 
O sol do lado de fora assistiu missa. 
Terra em que Deus anda de pé no chão! 
Outros chegaram depois. Outros. Mais outros. 
- Queremos ouro! 
A floresta não respondeu. 
Então 
Eles marcharam por uma geografia-do-sem-Ihe-achar-fim. 
Rios enigmáticos apontavam o Oeste. 
A água obediente conduziu o homem. 
Começou daí um Brasil sem-história-certa. 
A terra acordou-se com o alarido de caça 
De animais e de homens. 
Mato-grande foi cúmplice de novas plantações de sangue. 
 
Extraído de: Raul Bopp, História, parte de Poemas brasileiros, 
 
Assinale com V (verdadeiro) ou F (falso) ou as seguintes afirmações sobre 
esses fragmentos. 
 
( ) O eu-lírico do poema de Bopp denuncia a forma violenta como se deu a 
colonização no Brasil, o que pode ser evidenciado nas duas ocorrências 
da palavra”sangue”. 
( ) o fragmento da carta de Caminha expõe a intenção dos portugueses de 
trocar colares por metais preciosos existentes na nova terra. 
( ) O texto de Bopp, ao referir que começou “um Brasil sem-história-certa”, 
exemplifica a perspectiva modernista de releitura crítica do passado 
nacional. 
( ) Ambos os fragmentos, embora pertencentes a épocas distintas, 
reafirmam a supremacia do interesse religioso da conquista ao referirem, 
respectivamente, “contas do rosário” e “missa”. 
 
1ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 
 
SISTEMA EQUIPE DE ENSINOGABARITO 1 11 
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é 
 
a) V - V - V – F 
b) F - F - V – V 
c) V - F - V - F. 
d) F - V - F - V. 
 
 
29) (UNICAMP) Em carta ao rei D. Manuel, Pero Vaz de Caminha narrou os 
primeiros contatos entre os indígenas e os portugueses no Brasil: "Quando 
eles vieram, o capitão estava com um colar de ouro muito grande ao pescoço. 
Um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em 
direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia 
ouro na terra. Outro viu umas contas de rosário, brancas, e acenava para a 
terra e novamente para as contas e para o colar do Capitão, como se dissesse 
que dariam ouro por aquilo. Isto nós tomávamos nesse sentido, por assim o 
desejarmos! Mas se ele queria dizer que levaria as contas e o colar, isto nós 
não queríamos entender, porque não havíamos de dar-lhe!" 
 
(Adaptado de Leonardo Arroyo, A carta de Pero Vaz de Caminha. São Paulo: 
 Melhoramentos; Rio de Janeiro: INL, 1971, p. 72-74.) 
 
Esse trecho da carta de Caminha nos permite concluir que o contato entre as 
culturas indígena e europeia foi 
 
a) favorecido pelo interesse que ambas as partes demonstravam em realizar 
transações comerciais: os indígenas se integrariam ao sistema de 
colonização, abastecendo as feitorias, voltadas ao comércio do pau-brasil, 
e se miscigenando com os colonizadores. 
b) guiado pelo interesse dos descobridores em explorar a nova terra, 
principalmente por meio da extração de riquezas, interesse que se 
colocava acima da compreensão da cultura dos indígenas, que seria 
quase dizimada junto com essa população. 
c) facilitado pela docilidade dos indígenas, que se associaram aos 
descobridores na exploração da nova terra, viabilizando um sistema 
colonial cuja base era a escravização dos povos nativos, o que levaria à 
destruição da sua cultura. 
d) marcado pela necessidade dos colonizadores de obterem matéria-prima 
para suas indústrias e ampliarem o mercado consumidor para sua 
produção industrial, o que levou à busca por colônias e à integração 
cultural das populações nativas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2014 
 
12 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 
30) (VUNESP) Leia o texto e responda: 
 
Tanto de meu estado me acho incerto, 
que em vivo ardor tremendo estou 
de frio; sem causa, juntamente choro e rio, 
o mundo todo abarco e nada aperto. 
 
É tudo quanto sinto, um desconcerto; 
da alma um fogo me sai, da vista 
um rio; agora espero, agora desconfio, 
agora desvario, agora acerto. 
 
Estando em terra chego ao céu 
voando, num’hora acho mil anos, e é de jeito 
que em mil, anos não posso achar um’hora. 
 
Se me pergunta alguém por que assim ando, 
respondo que não sei; porém o 
suspeito que só porque vos vi, minha Senhora. 
 
O soneto acima transcrito é de Luís Camões. Nele se acha uma característica 
da poesia clássica renascentista. Assinale essa característica, em uma das 
alternativas: 
 
a) o jogo de contradições e perplexidades que atormentam o poeta. 
b) o fato de todos perguntarem ao poeta por que assim anda. 
c) o fato de o poeta não saber responder a quem o interroga. 
d) a utilização de um soneto para relato das suas amarguras. 
 
 
31) Assinale a alternativa CORRETA a respeito do Trovadorismo: 
 
a) As formas poéticas do Trovadorismo lusitano derivam todas das matrizes 
provençais, tanto no gênero lírico, quanto no satírico. 
b) A poesia trovadoresca, em Portugal, foi composta em galego-português, 
que era a língua erudita da Península Ibérica da época, mas não 
apresentou originalidade em relação ao Trovadorismo provençal. 
c) Em Portugal, o Trovadorismo expressou-se em composições poéticas 
derivadas da Provença (sul da França), tanto no gênero lírico, quanto no 
satírico. Porém isso não impediu a manifestação da originalidade lusitana, 
que se verificou sobretudo nas cantigas de amigo, originárias do folclore 
ibérico medieval. 
d) O Trovadorismo galego-português não soube aproveitar o farto material 
temático folclórico, limitando-se a imitar a poesia provençal: no gênero 
lírico, com as cantigas de amor e de amigo; no satírico, com as cantigas 
de escárnio e maldizer. 
 
 
 
 
1ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 
 
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 13 
32) (IFSC) A carta de Pero Vaz de Caminha é reconhecida como o primeiro 
documento escrito em língua portuguesa no território onde hoje é o Brasil. Ela 
apresentava ao Rei de Portugal as primeiras impressões da terra recém-
conquistada. 
 
Sobre a chegada dos portugueses ao Brasil e o contexto da expansão 
marítima europeia, é CORRETO afirmar que: 
 
a) A chegada dos portugueses ao Brasil aconteceu exclusivamente em 
função do comércio de especiarias na Europa. 
b) A carta de Pero Vaz de Caminha apresenta ao Rei de Portugal o grande 
número de jazidas de ouro encontradas pelos navegadores portugueses, 
já no primeiro contato com o solo americano. 
c) A carta de Pero Vaz de Caminha apresenta uma visão natural e comum 
dos indígenas aos europeus, fazendo com que os portugueses em nada 
estranhassem seus hábitos. 
d) O contato pacífico entre europeus e indígenas descrito na carta de Pero 
Vaz de Caminha reflete toda a história da convivência entre brancos e 
indígenas que nunca teve pontos de atrito. 
 
 
33) (UFRJ) “Até agora não pudemos saber se há ouro ou prata nela, ou outra coisa de 
metal ou ferro; nem lha vimos. Contudo a terra em si é de muito bons ares frescos 
e temperados como os de Entre-Douro e Minho, porque neste tempo dagora assim 
os achávamos como os de lá. (As) águas são muitas; infinitas. Em tal maneira é 
graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por causa das águas que 
tem! Contudo, o melhor fruto que dela se pode tirar parece-me que será salvar esta 
gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela deve lançar. E 
que não houvesse mais do que ter Vossa Alteza aqui esta pousada para essa 
navegação de Calicute (isso) bastava. Quanto mais, disposição para se nela 
cumprir e fazer o que Vossa Alteza tanto deseja, a saber, acrescentamento da 
nossa fé!” 
 
“Carta de Pero Vaz Caminha ao Rei de Portugal” em 1°/5/1500.) 
 
Seguindo a evidente preocupação de descrever ao Rei de Portugal tudo o que 
fora observado durante a curta estadia na terra denominada de Vera Cruz, o 
escrivão da frota cabralina menciona, na citada carta, possibilidades 
oferecidas pela terra recém-conhecida aos portugueses. 
 
Dentre essas possibilidades estão 
 
a) a extração de metais e pedras preciosas no interior do território, área não 
explorada então pelos portugueses. 
b) a pesca e a caça pela qualidade das águas e terras onde aportaram os 
navios portugueses. 
c) a extração de pau-brasil e a pecuária, de grande valor econômico naquela 
virada de século. 
d) a conversão dos indígenas ao catolicismo e a utilização da nova terra 
como escala nas viagens ao Oriente. 
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2014 
 
14 GABARITO 1 SISTEMA EQUIPE DE ENSINO 
34) Leia as afirmativas a seguir: 
 
I. Dos principais jesuítas que escreveram obras durante o século XVI, 
destaca-se José de Anchieta, autor de poemas religiosos e autos. 
II. Os textos relativos à literatura informativa sobre o Brasil são informações 
que viajantes e missionários europeus colheram sobre a natureza e o 
homem brasileiro. 
III. A produção literária no Brasil de 1500 a 1601 possuía um caráter 
essencialmente literário. 
IV. A Carta de Caminha revela os interesses materiais de Portugal sobre a 
terra descoberta. 
 
Qual é a afirmativa ERRADA? 
 
a) I 
b) II 
c) III 
d) IV 
 
 
35) (UFMG) Com base na leiturada “Carta”, de Pero Vaz de Caminha, é 
INCORRETO afirmar que esse texto 
 
a) se filia ao gênero da literatura de viagem. 
b) aborda seu próprio contexto de produção. 
c) usa registro coloquial em estilo cerimonioso. 
d) se compõe de narração, descrição e dissertação. 
 
 
36) Em relação à Carta de Pero Vaz de Caminha, é INCORRETO afirmar que: 
 
a) É destinada ao soberano português, Dom Manuel, anunciando a 
descoberta do Brasil; 
b) Em nenhum momento, no texto, a palavra “Brasil” é mencionada pelo 
escrivão; 
c) São transcritos, com precisão, os diálogos travados entre portugueses e 
nativos; 
d) Certidão de nascimento do país, o texto traz muitas informações 
históricas. 
 
 
37) O gênero dramático geralmente é composto de textos que foram escritos para 
serem encenados em forma de: 
 
a) Peça de teatro. 
b) Poesia. 
c) Novela. 
d) Cinema. 
1ª Série – 2014 LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 
 
SISTEMA EQUIPE DE ENSINO GABARITO 1 15 
38) O poema abaixo é um exemplo de: 
 
Tenho notícias 
de que hoje chega o meu namorado e irei, mãe, a vigo 
 
Tenho notícias 
de que hoje chega o meu amado 
e irei, mãe, a vigo 
 
Hoje chega o meu namorado 
e está são e vivo 
e irei, mãe, a vigo 
 
Está são e vivo 
e amigo do rei 
e irei, mãe, a vigo 
 
Está vivo e são 
e é da confiança do rei 
e irei, mãe, a vigo 
 
(Martim Codax) 
 
a) Cantiga de amor. 
b) Cantiga de escárnio. 
c) Cantiga de maldizer. 
d) Cantiga de amigo. 
 
 
39) O culto a natureza, característica da literatura brasileira, tem sua origem nos 
textos da literatura de informação. Assinale o fragmento da carta de Caminha 
que já revela a mencionada característica. 
 
a) “Viu um deles umas contas rosário, brancas; acenou que lhes dessem, 
folgou muito com elas, e lanço-as ao pescoço.” 
b) “Assim, quando o batel chegou a foz do rio, estavam ali dezoito ou vinte 
homens pardos todos nus sem nenhuma roupa que lhes cobrisse suas 
vergonhas.” 
c) “Mas a terra em si é muito boa de ares, tão frios e temperados como os de 
Entre-Douro e Minho, porque, neste tempo de agora, assim os achávamos 
como os de lá. Águas são muitas e indefinidas. De tal maneira é graciosa 
e querendo aproveitá-las, dar-se-à nela tudo por bem das águas que tem.” 
d) “Porém o melhor fruto, que dela se pode tirar, me parece que será salvar 
esta gente. E esta deve ser a principal semente que Vossa Alteza em ela 
deve lançar.” 
 
 
 
 
 
 
LINGUA PORTUGUESA – LITERATURA 1ª Série – 2014 
 
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40) Dali avistamos homens que andavam pela praia, obra de sete ou oito. Eram 
pardos, todos nus. Nas mãos traziam arcos com suas setas. Não fazem o 
menor caso de encobrir ou de mostrar suas vergonhas; e nisso têm tanta 
inocência como em mostrar o rosto. Ambos traziam os beiços de baixo furados 
e metidos neles seus ossos brancos e verdadeiros. Os cabelos seus são 
corredios. 
 
CAMINHA, P. V. Carta. RIBEIRO, D. et al. 
Viagem pela história do Brasil: documentos. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1997 (adaptado). 
 
O texto é parte da famosa Carta de Pero Vaz de Caminha, documento 
fundamental para a formação da identidade brasileira. Tratando da relação 
que, desde esse primeiro contato, se estabeleceu entre portugueses e 
indígenas, esse trecho da carta revela a 
 
a) postura etnocêntrica do europeu diante das características físicas e 
práticas culturais do indígena. 
b) orientação da política da Coroa Portuguesa quanto à utilização dos 
nativos como mão de obra para colonizar a nova terra. 
c) oposição de interesses entre portugueses e índios, que dificultava o 
trabalho catequético e exigia amplos recursos para a defesa recursos para 
a defesa da posse da nova terra. 
d) abundância da terra descoberta, o que possibilitou a sua incorporação aos 
interesses mercantis portugueses, por meio da exploração econômica dos 
índios.

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