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AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DA COMARCA MACEIÓ
RAGNAR, brasileiro, profissão, estado civil, inscrito no CPF sob n°..., RG n°..., endereço eletrônico e-mail..., residente na rua Rua Pio XII, n°70, bairro Jatiúca, Maceió, vem, por sua Advogada que esta subscreve conforme a procuração em anexo, endereço eletrônico e-mail..., endereço profissional rua..., n°..., bairro..., Maceió - AL , com fulcro no artigo 319 do CPC, e 35, III, do CDC, propor 
AÇÃO DE IDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
em desfavor de CASAS BAHIA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ-MF sob o n°..., endereço eletrônico e-mail ...., com endereço a rua..., bairro..., Cidade..., pelos fatos e fundamentos a seguir expostos
DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA
O autor requer, os benefícios da assistência judiciária gratuita, pois não possui condições de arcar com as despesas processuais e eventuais honorários advocatícios sem comprometer o sustento próprio e familiar. Conforme declaração de pobreza em anexo.
DOS FATOS 
Em razão do forte calor que está castigando a Cidade de Maceió, o autor comprou um aparelho de ar-condicionado no site da ré, por R$ 1.400,00 (hum mil e quatrocentos reais), tendo ainda adquirido a garantia estendida no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais), ressalte-se que o autor realizou a compra atraído pela informação que a entrega seria em 5 dias úteis.
No entanto, decorrido mais de 30 dias sem que a ré entregasse o produto, tendo o autor realizado todos os esforços para receber o produto. Diante do descaso o demandante solicitou o cancelamento da compra e a devolução do valor pago. A ré informou que o valor seria devolvido em 10 dias, entretanto, até o presente momento não houve a referida devolução.
DA APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR
A caracterização de relação de consumo entre as partes se estabelece tendo em vista que a empresa ré é fornecedora de produtos nos termos do art. 3º do CDC, e o autor como consumidor, de acordo com o conceito previsto no art. 2º do mesmo diploma.
DA COMPETÊNCIA
Trata-se de relação de consumo, com base no artigo 3º da Lei 8.078 de 1990, sendo, portanto, aplicável o artigo 101, I, do CDC, que autoriza a propositura da presente ação demanda no foro do domicilio do autor.
DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
Inegavelmente a relação entre as partes é de consumo, ensejando assim norma consumeristas ao caso em tela, não se discute a aplicabilidade do Código de Defesa do Consumidor. Então em virtude desta relação de consumo, é evidente que o Autor tem direito a facilitação da defesa de seus direito em juízo, mediante a inversão do ônus da prova, previsto no artigo 6º, inciso VIII, do Código de Defesa do Consumidor, visto que preenche os requisitos autorizadores da inversão do ônus da prova, ou seja, a verossimilhança das alegações, como dispõe:
Art. 6º. São direitos básicos do consumidor:
[...]
VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;
DA AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO
O requerente, desde já se manifesta favorável à realização da Audiência de Conciliação, visto que o mesmo prisma pela tentativa de conciliar da forma mais justa e rápida. Então manifesta sua anuência para que seja marcada a audiência de conciliação.
DO DIREITO
DO DANO MATERIAL
É notório o fato de que a ré violou os direitos do autor, ao se recusar a devolver os valores pagos,. 
Art. 6º São direitos básicos do consumidor:
VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
Portanto, claramente a empresa ré tem o dever de ressarcir a autora, já que a autora teve como única solução a compra de uma nova passagem, no valor de R$260,29 reais, na proporção do dano patrimonial sofrido, uma vez que que todas as maneiras amigáveis de solução do conflito foram tentadas pela parte autora.
É necessária a consideração do Art. 14, § 1º do CDC, que consagra a responsabilidade objetiva do fornecedor dos serviços, levados em consideração alguns fatores, ipsi literis:
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.
 Percebe-se que houve uma prestação defeituosa do serviço, com falha na segurança do seu modo de fornecimento, não sendo verificada a devida segurança que se espera. Neste caso, não há que se falar em qualquer manifestação do consumidor para que o serviço fosse prestado.
A autora teve um prejuízo totalizando R$ 100.000,00 (cem mil reais) em razão da falha na prestação do serviço. Assim, resta evidenciado que a Ré feriu o direito da autora ao agir com total descaso, desrespeito e negligencia, configurando má prestação de serviços, o que causou danos de ordem material e moral.
DO DANO MORAL
Percebe-se a afronta aos direitos fundamentais- à honra e a dignidade da autora. O dano moral é claro ante ao constrangimento, a frustração e a dor, a qual foi submetida desnecessariamente a autora, configurando verdadeiro e ostensivo ataque à sua honra
O Art. 186 do Código Civil dispõe que “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
A Constituição Federal, em seu artigo 5º, X prever, a indenização do dano moral, ao dispor que “São invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
No caso exposto, por se tratar de uma relação de consumo, a reparação se dará independentemente do agente ter agido com culpa, uma vez que nosso ordenamento jurídico adota a teoria da responsabilidade objetiva, conforme dispõe o art. 12 do CDC.
Assim, é de inteira justiça que seja reconhecido à autora o direito básico disposto no art. 6, VI do CDC de ser indenizada pelos danos sofridos, em face da conduta negligente do réu. 
 DO QUANTUM INDENIZATÓRIO:
No que concerne ao quantum indenizatório, há o entendimento jurisprudencial, no sentido de que a indenização pecuniária não tem apenas cunho de reparação de prejuízo, mas também caráter punitivo ou sancionatório, pedagógico, preventivo e repressor para evitar perdas e danos futuros. Assim sendo, deve-se verificar o grau de censurabilidade da conduta, a proporção entre o dano moral e material e a média dessa condenação, cuidando-se para não se arbitrar tão pouco, para que não se perca o caráter sancionador.
Portanto, diante do caráter disciplinar e desestimulador da indenização, do poderio econômico do réu, das circunstancias do evento e da gravidade dos danos causados a autora, mostra-se justo e razoável a condenação por danos morais no valor de R$10.000,00 (dez mil reais).
DOS PEDIDOS:
-Diante do exposto, requer:
a) A citação da requerida para comparecer à audiência conciliatória e, querendo, oferecer sua defesa na fase processual oportuna, sob pena de revelia nos termos do art. 334 do CPC;
b) A condenação da requerida a pagar ao autor a título de danos morais R$10.000,00 (dez mil reais), com fulcro no artigo 292, V do CPC;
c) a condenação da requerida a pagar ao autor a título de danos materiais o valor de R$100.000,00 (dez mil reais), com fulcro no artigo 292, V do CPC;
d) que seja DECLARADA A INEXISTÊNCIA DO DÉBITO fundado em contrato de empréstimo.
e) a inversão do ônus da prova de acordo
com o art. 6º, VIII da lei 8078/90, ante a verossimilhança das alegações e da hipossuficiência técnica da autora.
 DAS PROVAS.
Protesta por todos os meios de prova admitidas em direitos, documental, testemunhal e em especial o depoimento pessoal.
DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$110.000,00 (cento e dez mil reais)
Nestes Termos,
Pede deferimento.
 Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2017
 Advogado/OAB....

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