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Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 1 Introdução . ...................................................................................... 01 Eventos Subsequentes . ...................................................................... 02 Utilização do trabalho de outros profissionais: auditor interno, especialistas e outros auditores independentes . .......................................................... 13 Normas específicas de auditoria interna . .............................................. 18 Lista de questões . ............................................................................. 32 Bibliografia . ...................................................................................... 38 Introdução Caro Aluno, Vamos à nossa sexta aula do Curso Regular de Auditoria Contábil – Teoria e Exercícios. Seguindo o cronograma inicialmente proposto, veremos hoje os seguintes assuntos: • Eventos Subsequentes. • Utilização do trabalho de outros profissionais: auditor interno, especialistas e outros auditores independentes. • Normas específicas de auditoria interna. Como de costume, colocaremos as questões discutidas durante a aula no final do arquivo, caso você queira tentar resolvê-las antes de ver os comentários. Não esqueça, participe do Fórum de dúvidas, que é um dos diferenciais do Ponto. Lá você poderá tirar suas dúvidas, auxiliar outras pessoas e nos ajudar no aprimoramento dos nossos cursos. Vamos em frente! Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 2 Eventos Subsequentes A investigação dos eventos ou transações subsequentes à data do levantamento do balanço, os quais por sua relevância possam afetar substancialmente a situação patrimonial e/ou financeira da empresa, e a sua consequente revelação, é atividade típica da auditoria externa independente, demonstrando, de forma prática e objetiva, uma das finalidades maiores desta atividade profissional. A escrituração contábil chega até o encerramento do balanço e demonstra a situação patrimonial, financeira e de resultados daquela data. Mas isso já é com algum atraso, pois entre a data do encerramento do exercício e o momento em que as demonstrações contábeis são divulgadas, decorrem muitos dias, às vezes até meses. Nesse meio tempo, pela ocorrência de fatos imprevistos, a situação pode ter- se modificado sensivelmente, tendo deteriorado ou melhorado muito. A auditoria investiga essas eventuais ocorrências, procura manter-se atualizada, avalia seus efeitos e, se estes forem de natureza tal que devam ser conhecidos, pela influencia que possam ter sobre a situação da empresa auditada, revela-os e, sempre que possível, quantifica-os. Suponhamos uma empresa próspera, que tenha levantado seu balanço no fim do seu exercício social, revelando situação satisfatória, mas que, quinze dias depois de ter concluído o balanço sofre uma perda irreparável, pela inesperada falência de seu principal cliente, devedor de quantia muito significativa em relação ao Patrimônio Líquido da empresa. Além do prejuízo monetário, com influencia na situação econômica, financeira e de resultados, há o desaparecimento do cliente, consumidor de quantidade apreciável da produção, forçando a empresa, no mínimo, a mudar a sua Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 3 política de vendas, ou sujeitar-se a reduzir suas atividades, ou tomar qualquer outra atitude que pode, ou não, superar o ocorrido. Assim, enquanto as demonstrações contábeis do exercício revelam situação satisfatória, a realidade, naquele momento, já e bem outra. O auditor externo, tomando conhecimento do evento subsequente depois de avaliá-lo friamente, deve revelá-lo, dizendo dos efeitos que produzirá sobre as demonstrações contábeis já encerradas e das perspectivas futuras de resultado. Mas não são apenas os maus eventos que devem ser revelados. Também os bons. A solução feliz de um processo vultoso, que estava registrado como contingências; a aquisição de uma fábrica concorrente, com perspectivas de grande aumento das vendas; o fechamento de um negócio excepcional, garantindo a produção e os lucros por muito tempo; tudo isso pode ser revelado. Entretanto, a preocupação maior do auditor é sempre com os eventos que possam trazer consequências prejudiciais. Dentro do princípio do conservadorismo, é preferível esperar que os bons eventos aconteçam, evitando o comprometimento com possibilidades que possam não se concretizar. O assunto, eventos subsequentes, é disciplinado pelas novas normas, na NBC TA 560, que estabelece procedimentos e critérios a serem adotados pelo auditor em relação aos eventos ocorridos entre a data do balanço e a data do relatório de auditoria, bem como, a fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório que possam demandar ajustes nas Demonstrações Contábeis ou a divulgação de informações nas notas explicativas. Como vimos acima, o auditor deve considerar como parte normal da auditoria o período entre a data do término do exercício social e a data da emissão do respectivo relatório (=período subsequente). Atenção Æ A data do Relatório do Auditor Independente informa ao leitor que o auditor considerou o efeito dos eventos e transações que ocorreram até aquela data (daqueles que, com o devido cuidado, tomou conhecimento, evidentemente). O auditor deve considerar três situações de eventos subsequentes: • Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente; Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 4 • Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis; e • Eventos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a divulgação das demonstrações contábeis. Vamos entender cada um deles... Eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do relatório do auditor independente Nesse caso, o auditor deve executar procedimentos de auditoria desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do seu relatório que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis foram identificados. Esses procedimentos devem cobrir desde a data das demonstrações até a data do relatório, ou o mais próximo possível desta, a natureza e extensão dos procedimentos vão depender da avaliação do risco pelo auditor. Entre outros, devem ser realizados os seguintes procedimentos: ¾ obtenção de entendimento dos procedimentos estabelecidos pela administração para assegurar que os eventos subsequentes são identificados; ¾ indagação à administração e, quando apropriado, aos responsáveis pela governança sobre a ocorrência de eventos subsequentes que poderiam afetar as demonstrações contábeis; ¾ leitura das atas, se houver, das reuniões dos proprietários (dos acionistas em sociedade anônima), da administração e dos responsáveis pela governança da entidade, realizadas após a data das demonstrações contábeis, e indagação sobre assuntos discutidos nas reuniões para as quais as atas ainda não estão disponíveis; e ¾ leitura das últimas demonstrações contábeis intermediárias da entidade, se houver. Data encerramento doexercício social Eventos Subsequentes Relatório Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 5 Além desses procedimentos de auditoria, o auditor pode realizar procedimentos adicionais, tais como: Î ler os últimos orçamentos disponíveis, previsões de fluxos de caixa e outros relatórios da administração relacionados de períodos posteriores à data das demonstrações contábeis; Î indagar, ou estender as indagações anteriores verbais ou por escrito, aos consultores jurídicos sobre litígios e reclamações; ou Î considerar a necessidade de representações formais que cubram determinados eventos subsequentes para corroborar outra evidência de auditoria e assim obter evidência de auditoria apropriada e suficiente. Se forem identificados eventos que requerem ajuste ou divulgação nas demonstrações, o auditor deve avaliar se esses eventos estão refletidos de maneira apropriada nas demonstrações de acordo com a estrutura conceitual aplicável (=observa as NBC’s, os princípios, a legislação específica etc.). Além disso, o auditor deve solicitar à administração e, quando apropriado, aos responsáveis pela governança, representação formal (=declaração, carta da administração) de que todos os eventos que requerem ajuste ou divulgação nas demonstrações foram ajustados ou divulgados. Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis. Atenção Æ O auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis após a data do seu relatório. Entretanto, se, após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele deve: ¾ discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança; ¾ determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo; Relatório Eventos Subsequentes Divulgação das Demonstrações Contábeis Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 6 • indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. Caso seja necessário e a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor independente deve: (a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias da alteração; (b) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo relatório do auditor independente; e (c) fornecer novo relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis alteradas. O novo relatório do auditor independente não deve ter data anterior à data de aprovação das demonstrações contábeis alteradas. Pode haver casos em que a legislação não proíba a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração. Nesses casos, o auditor pode limitar os procedimentos de auditoria aos eventos subsequentes que provocaram essa alteração. Assim, deve alterar o relatório para incluir data adicional restrita a essa alteração que indique que os procedimentos do auditor independente sobre os eventos subsequentes estão restritos unicamente às alterações das demonstrações contábeis descritas na respectiva nota explicativa. Pode haver casos, ainda, que não haja exigência da legislação ou, regulamentação para que a administração reapresente demonstrações contábeis e, portanto, o auditor não precisa fornecer novo relatório de auditoria ou alterar o relatório. Entretanto, nas circunstâncias em que o auditor considerar necessário, se a administração não alterar as demonstrações contábeis: (a) se o relatório do auditor independente ainda não tiver sido fornecido à entidade, o auditor independente deve modificá-lo, e depois fornecê-lo; ou (b) se o relatório do auditor independente já tiver sido fornecido à entidade, o auditor independente deve notificar a administração e os responsáveis pela governança, para que não divulguem as demonstrações contábeis para terceiros antes de serem feitas as alterações necessárias. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 7 Se mesmo assim, as demonstrações contábeis forem divulgadas posteriormente sem as modificações necessárias, o auditor independente deve tomar medidas para procurar evitar o uso por terceiros daquele relatório de auditoria. Fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a divulgação das demonstrações contábeis. Atenção Æ Após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente não tem obrigação de executar nenhum procedimento de auditoria em relação às demonstrações contábeis. Entretanto, se, após a divulgação das demonstrações contábeis, o auditor independente tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório do auditor independente, poderia tê-lo levado a alterar seu relatório, o auditor independente deve: (a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança; (b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo; (c) indagar como a administração pretende tratar do assunto nas demonstrações contábeis. Caso a administração altere as demonstrações contábeis, o auditor independente deve: (a) aplicar os procedimentos de auditoria necessários nas circunstâncias das alterações; (b) revisar as providências tomadas pela administração para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis juntamente com o respectivo relatório do auditor independente sejam informados da situação; (c) exceto nas circunstâncias em que a legislação não proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração: Divulgação das Demonstrações Contábeis Eventos Subsequentes Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 8 (i) estender os procedimentos de auditoria até a data do novo relatório do auditor independente e datar o novo relatório com data posterior à data de aprovação das demonstrações contábeis reapresentadas; e (ii) fornecer novo relatório do auditor independente sobre as demonstrações contábeis reapresentadas; (d) no caso em que a legislação não proíbe a administração de restringir a alteração das demonstrações contábeis aos efeitos do evento ou eventos subsequentes que causaram essa alteração, alterar o relatório do auditor independente. O auditor independente deve incluir no seu relatório, novo ou reemitido, Parágrafo de Ênfase com referência à nota explicativa que esclarece mais detalhadamente a razão da alteração das demonstrações contábeis emitidas anteriormente e do relatório anterior fornecido pelo auditor independente. Caso a administração não tome as providências necessárias para garantir que todos os que receberam as demonstrações contábeis emitidas anteriormente sejam informados da situação e não altere as demonstrações contábeis nas circunstâncias em que o auditor considere necessário, ele deve notificar a administração e os responsáveis pela governança, de que procurará evitar o uso por terceiros daquele relatóriono futuro. Se, apesar dessa notificação, a administração ou os responsáveis pela governança não tomarem as referidas providências necessárias, o auditor independente deve tomar as medidas apropriadas para tentar evitar o uso por terceiros daquele relatório de auditoria. Vejamos, agora, alguns exercícios sobre eventos subsequentes. 01. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e Fiscalização Atuária – SUSEP/2006) - adaptada - O auditor ao identificar eventos subsequentes deve considerar (A) somente eventos que gerem ajustes nas demonstrações contábeis. (B) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis e no relatório de auditoria. (C) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis ou a divulgação de informações nas notas explicativas. (D) fato não objeto da auditoria por ocorrer após o fechamento dos trabalhos de auditoria. (E) exclusivamente, ajustes que modifiquem a opinião do auditor. Resolução: Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 9 Vamos analisar cada um dos itens: Item A: Errado Existem dois tipos de eventos subsequentes que importam para o auditor independente, aqueles que demandam: • ajustes nas Demonstrações Contábeis; e • divulgação de informações nas notas explicativas. Portanto, o “somente” torna a assertiva errada. Item B: Errado Os eventos subsequentes não dizem respeito ao relatório de auditoria. Item C: Certo Perfeito. Vimos que eventos subsequentes são os eventos ocorridos entre a data do balanço e a data do relatório de auditoria, bem como, a fatos que chegaram ao conhecimento do auditor independente após a data do seu relatório que possam demandar ajustes nas Demonstrações Contábeis ou a divulgação de informações nas notas explicativas. Item D: Errado O auditor deve considerar como parte normal da auditoria o período entre a data do término do exercício social e a data da emissão do respectivo relatório, portanto, assertiva errada. Item E: Errado Não são todos os eventos subsequentes que geram a modificação da opinião do auditor. 02. (ESAF/APOFP – Sefaz-SP/2009) - As seguintes opções constituem exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto: (A) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor. (B) alteração do controle societário. (C) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital. (D) variação sazonal dos custos com insumos. (E) destruição de estoques em decorrência de sinistro. Resolução: Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 10 Eventos subsequentes são acontecimentos que ocorrem entre a data de encerramento das demonstrações contábeis e a do relatório de auditoria e que afetam significativamente a posição patrimonial, financeira e o resultado das operações da empresa. Em outras palavras, são eventos inesperados, casos fortuitos que afetam as demonstrações relativas ao exercício que já se encerrou. As assertivas “a”, “b”, “c” e “e” são exemplos desses eventos. A assertiva “d”, por sua vez, não o é. Ora, a variação sazonal dos custos com insumos é algo esperado, corriqueiro, previsível pela entidade e pelo mercado. Dessa forma, não pode ser considerado um evento subsequente. 03. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - A empresa Grandes Negócios S.A. adquiriu a principal concorrente, após o encerramento do balanço e a emissão do relatório pelos auditores. No entanto, a empresa ainda não havia publicado suas demonstrações com o relatório. Nessa situação, a firma de auditoria deve: (A) manter o relatório com data anterior ao evento, dando encerramento aos trabalhos. (B) obrigatoriamente, rever o relatório considerando o fato relevante. (C) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas explicativas. (D) refazer o relatório considerando as novas informações, determinando nova data para publicação das demonstrações contábeis. (E) discutir o assunto com a administração, decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, e indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. Resolução: Se, após a data do seu relatório, mas antes da data de divulgação das demonstrações contábeis, o auditor tomar conhecimento de fato que, se fosse do seu conhecimento na data do relatório, poderia ter levado o auditor a alterar seu relatório, ele deve: (a) discutir o assunto com a administração e, quando apropriado, com os responsáveis pela governança; (b) determinar se as demonstrações contábeis precisam ser alteradas e, caso afirmativo; e, (c) indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 11 Portanto, o gabarito é a letra ‘e’. 04. (FCC –SEFIN/SP – Auditor-Fiscal Tributário Municipal – 2006) – adaptada - Considere as afirmações a seguir, relativas a transações e eventos subseqüentes ao término do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis auditadas: I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subseqüente relevante. II. Eventos subseqüentes, após a divulgação das demonstrações contábeis, não devem ser considerados pelo auditor, uma vez que ele não pode emitir um novo relatório. III. Caso os eventos subseqüentes não sejam revelados adequadamente pela companhia, e o auditor não tenha fornecido seu relatório a entidade ele deve modificar sua opinião como apropriado. IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considera- da um evento subseqüente relevante. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV. Resolução: Item I – e emissão de debêntures e ações após o término do exercício social é considerada evento subsequente relevante. Item II – Como vimos os eventos subsequentes devem ser considerados pelo auditor. Item III – Perfeito, se o relatório do auditor independente ainda não tiver sido fornecido à entidade, ele deve modificá-lo conforme exigido pela NBC TA 705. Item IV – O item se refere a um tipo de evento subsequente que pode ser relevante. Portanto, o gabarito é a letra ‘e’. 05. (UnB/CESPE - Unipampa /Auditor - 2009) - O auditor não pode ser responsabilizado por eventos ocorridos após o encerramento das demonstrações financeiras correspondentes ao período auditado, ainda que ocorram antes da divulgação do parecer de auditoria. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 12 Resolução: Como vimos, o auditor deve considerar como parte normal da auditoria o período entre a data do término do exercício social e a data da emissão do respectivo relatório. O auditor deve executar procedimentos de auditoria desenhados para obter evidência de auditoria apropriada e suficiente de que todos os eventos ocorridos entre a data das demonstrações contábeis e a data do seu relatório que precisam ser ajustados ou divulgados nas demonstrações contábeis foram identificados. Portanto, item errado. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 13 Utilização do trabalho de outros profissionais: auditor interno, especialistas e outros auditores independentes Vamos agora falar sobre a utilização do trabalho de outros profissionais (outro auditor independente, o auditor interno e o especialista) nostrabalhos de auditor independente. Utilização do trabalho de outro auditor independente Nesse caso, apesar de não tratar especificamente desse assunto, é aplicável a normatização prevista na NBC TA 600 que trata de auditorias de demonstrações contábeis de grupos, incluindo o trabalho dos auditores dos componentes. Segundo a referida norma, pode ser útil o envolvimento de outros auditores na auditoria de demonstrações contábeis, mesmo que não envolva demonstrações contábeis de grupos. Por exemplo, o auditor pode envolver outro auditor para observar a contagem de estoques ou fazer a inspeção física de ativos fixos em local remoto. Nesses casos, o envolvimento de outro auditor não altera a responsabilidade do auditor de obter evidência de auditoria apropriada e suficiente para conseguir uma base razoável para suportar sua opinião. Além disso, é responsabilidade do auditor se certificar de que os que executam o trabalho de auditoria, inclusive outros auditores, possuem coletivamente habilidade e competência apropriadas para tanto. O sócio encarregado do trabalho (auditor que chefia a equipe de auditoria) também é responsável pela direção, supervisão e desempenho do trabalho da equipe. Como resultado, o relatório de auditoria sobre as demonstrações contábeis não deve se referir ao trabalho do outro auditor. Se tal referência for requerida por lei ou regulamento, o relatório do auditor deve indicar que a referência não diminui a responsabilidade do sócio encarregado ou da firma encarregada do trabalho pela opinião de auditoria. Quando o relatório de auditoria é ressalvado, porque a equipe encarregada do trabalho não conseguiu obter evidência de auditoria apropriada e suficiente em relação às informações contábeis, o parágrafo base para opinião com ressalva deve descrever as razões para essa inabilidade sem se referir ao trabalho do outro auditor, a menos que tal referência seja necessária para uma explicação apropriada das circunstâncias. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 14 Utilização do trabalho de auditoria interna A utilização do trabalho de auditoria interna é normatizada pela NBC TA 610. A utilização do trabalho do auditor interno pode dar celeridade aos trabalhos de auditoria, pois, embora os objetivos da função de auditoria interna e os do auditor independente sejam diferentes, os meios utilizados pela auditoria interna e pelo auditor independente para alcançar seus respectivos objetivos podem ser semelhantes. Cabe ao auditor independente avaliar e executar os procedimentos de auditoria nos trabalhos realizados pela auditoria interna para determinar a sua adequação para atender aos objetivos da auditoria independente. Deve-se destacar que a responsabilidade do auditor independente pela opinião de auditoria não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos auditores internos. Utilização do trabalho de especialista A utilização do trabalho de especialistas é disciplinada pela Resolução CFC nº 1.023/05, ainda em vigor, que aprovou a NBC P 1.8. Por sua vez, as novas normas de auditoria tratam desse assunto na NBC TA 620, que trata da utilização do trabalho de especialistas quando contratados pelo auditor ou pela firma de auditoria, e na NBC TA 500 (especialista da administração). Segundo a NBC TA 620, o auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilização do trabalho de especialista contratado por ele. O auditor deve avaliar se o especialista por ele contratado possui competência, habilidades e objetividade necessárias para fins da auditoria. No caso de especialista externo (que não faça parte da empresa de auditoria), a avaliação da objetividade deve incluir a indagação sobre interesses e relações que podem criar uma ameaça à objetividade desse especialista. O especialista pode ainda ser contratado ou funcionário da empresa auditada (nesse caso chamado de especialista da administração), pois a elaboração das demonstrações contábeis pode exigir conhecimento especializado em outro campo que não a contabilidade ou a auditoria, um exemplo bastante comum no Brasil é a utilização de atuário pela administração de uma seguradora ou de um fundo de pensão para estimar certas provisões. Quando as informações a serem utilizadas como evidência de auditoria foram elaboradas com o uso do trabalho do especialista da administração, o auditor deve, na medida necessária, levando em conta a importância do trabalho desse especialista para seus propósitos: Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 15 (a) avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista; (b) obter entendimento do trabalho do especialista (obter um mínimo de conhecimento na área em questão, para poder entender as conclusões do trabalho do especialista); e (c) avaliar a adequação do trabalho desse especialista como evidência de auditoria para a afirmação relevante (verificar a relevância e a razoabilidade das constatações do especialista). Cabe ressaltar que, apesar do auditor ter total responsabilidade pela sua opinião, segundo a NBC P 1.8, a responsabilidade quanto à qualidade e propriedade das premissas e métodos utilizados é do especialista (na respectiva área de atuação). A responsabilidade do auditor fica restrita à sua competência profissional. Isso ocorre porque o auditor independente não tem a mesma capacitação que o especialista e assim, nem sempre estará em posição para questioná-lo quanto ao trabalho efetuado. Entretanto, o auditor independente deve compreender as premissas e métodos utilizados para poder avaliar se, baseado no seu conhecimento da entidade auditada e nos resultados de outros procedimentos de auditoria, são adequados às circunstâncias. Segundo a NBC P 1.8, quando o especialista legalmente habilitado for contratado pela entidade auditada (especialista da administração1), sem vínculo empregatício, para executar serviços que tenham efeitos relevantes nas demonstrações contábeis, este fato deve ser divulgado nas demonstrações contábeis e o auditor, ao emitir opinião modificada (a norma fala em parecer diferente do sem ressalva), pode fazer referência ao trabalho do especialista. Lembre-se que o auditor não deve fazer referência ao trabalho do especialista em seu relatório que contenha opinião não modificada (opinião padrão). Se o auditor fizer referência ao trabalho de especialista em seu relatório porque essa referência é relevante para o entendimento de ressalva ou outra modificação na sua opinião, o auditor deve indicar no relatório que essa referência não reduz a sua responsabilidade quanto à opinião. A seguir, apresentamos um quadro-resumo para facilitar o seu aprendizado: 1 A NBC TA 620 também prevê a possibilidade de citar especialistas do auditor no relatório de auditoria, contudo, somente quando houver obrigações legais ou regulamentares que o obriguem a fazê-lo (note que essa não é a regra geral). Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 16 Vamos, agora, solidificar o conhecimento que aprendemos com algumas questões de concursos passados... 06. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e Fiscalização/SUSEP/2002) - Quando o auditor interno coopera, em tempo integral, com o trabalho do auditor independente, conforme acordo pré-estabelecido com a administração da entidade, a responsabilidade do relatório é (A) compartilhada entre o auditorinterno e o independente. (B) única e exclusiva do auditor interno. (C) única e exclusiva do auditor independente. (D) única e exclusiva da administração da empresa. (E) compartilhada entre a administração e o auditor interno. Resolução: Independente da forma de utilização do trabalho do auditor interno, a responsabilidade pela opinião (emitida por meio do relatório) é única e exclusiva do auditor independente. Gabarito, letra ‘c’. 07. (ESAF/AFRE/Sefaz-CE/2006) - Quando da utilização de serviços de especialista, não há responsabilidade do auditor (A) em confirmar se o especialista é habilitado. (B) em questionar a capacidade do especialista, desde que habilitado. (C) quando o especialista for funcionário da empresa auditada. (D) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a empresa. (E) em divulgar o fato, quando sua opinião não for modificada. Resolução: Letras A e B Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 17 Vimos que entre outras atribuições cabe ao auditor avaliar a competência, habilidades e objetividade do especialista. Letra C Há responsabilidade do auditor quando o especialista for empregado da entidade auditada. Nesses casos, existe um alto risco de objetividade na opinião do especialista, devido ao seu vínculo com a instituição. Letra D Mesmo que o especialista não possua vínculos com a empresa, isso não afasta a responsabilidade do auditor. Nesse caso, não pertence ao auditor apenas a responsabilidade pela exatidão das informações resultantes do trabalho do especialista utilizadas para ressalvar sua opinião. Letra E Quando não há ressalvas o auditor não pode fazer referência ao trabalho do especialista. Portanto, realmente, não há responsabilidade de divulgar esse fato. Portanto, essa assertiva é o gabarito da questão. 08. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) – adaptada - Num exame de uma entidade de previdência privada, o auditor pode necessitar do auxílio de um especialista de outra área. Esse profissional é um: (A) engenheiro (B) advogado (C) atuário (D) médico (E) administrador Resolução: No caso exposto pelo enunciado o auditor necessitará do auxílio de um atuário, profissional responsável pelos cálculos de risco e tarifação de seguros de vida, de previdência e de outros segmentos (como automóveis e imóveis). É do atuário a responsabilidade de garantir e elaborar os produtos oferecidos por seguradoras, entidades de previdência privada, entidades financeiras, companhias de capitalização e de resseguros. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 18 Normas específicas de auditoria interna Já falamos um pouco sobre Auditoria Interna em nossa aula demonstrativa. Agora, vamos ir um pouco adiante e entender as normas específicas que regem esse tipo de auditoria. A principal norma brasileira que trata da Auditoria Interna é a NBC T 12, segundo esta norma a Auditoria Interna compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos, com vistas a assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. A Auditoria Interna, então, é aquela executada pela própria organização, com o objetivo de garantir o atendimento de seus objetivos institucionais, por meio da avaliação contínua de seus procedimentos e controles internos. Como você já sabe, os controles internos são o conjunto integrado de métodos e procedimentos adotados pela própria organização para proteção de seu patrimônio e promoção da confiabilidade e tempestividade dos seus registros contábeis. Assim, a Auditoria Interna funciona como um órgão de assessoramento da administração e seu objetivo é auxiliar no desempenho das funções e responsabilidades da administração, fornecendo-lhe análises, apreciações, e recomendações. Uma importante função da Auditoria Interna é assessorar a administração no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho. Lembrando que: FRAUDE Ato intencional de omissão e/ou manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios, informações e demonstrações contábeis, tanto em termos físicos quanto monetários. ERRO Ato não-intencional de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros, informações e demonstrações contábeis, bem como de transações e operações da entidade, tanto em termos físicos quanto monetários Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 19 Agora, cuidado! A Auditoria Interna não é responsável pela prevenção de erros e fraudes – essa responsabilidade é da administração. Dessa forma, a atividade da Auditoria Interna está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. Os trabalhos de Auditoria Interna devem ser planejados de acordo com as diretrizes estabelecidas pela administração da entidade, compreendendo os exames preliminares das áreas, atividades, produtos e processos, para definir sua amplitude e época de realização. No planejamento de Auditoria Interna devem ser levados em consideração os fatores relevantes na execução dos trabalhos, especialmente: • o conhecimento detalhado da política e dos instrumentos de gestão de riscos da entidade; • o conhecimento detalhado das atividades operacionais e dos sistemas contábil e de controles internos e seu grau de confiabilidade da entidade; • a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de Auditoria Interna a serem aplicados, alinhados com a política de gestão de riscos da entidade; • a existência de entidades associadas, filiais e partes relacionadas que estejam no âmbito dos trabalhos da Auditoria Interna; • o uso do trabalho de especialistas; • os riscos de auditoria, quer pelo volume ou pela complexidade das transações e operações; • o conhecimento do resultado e das providências tomadas em relação a trabalhos anteriores, semelhantes ou relacionados; • as orientações e as expectativas externadas pela administração aos auditores internos; e • o conhecimento da missão e objetivos estratégicos da entidade. Assim como acontece na auditoria independente, o planejamento, bem como todo o trabalho de Auditoria Interna, deve ser documentado por meio de papéis de trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional, de forma detalhada para a correta compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade, extensão, equipe técnica e uso de especialistas. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 20 Os programas de trabalho devem ser estruturados de forma a servir como guia e meio de controle de execução do trabalho,devendo ser revisados e atualizados sempre que as circunstâncias o exigirem. Lembre-se que o trabalho de auditoria é um processo dinâmico, no decorrer dos trabalhos podem ocorrer fatos que levem o auditor a alterar seu planejamento. De forma análoga à auditoria independente, os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes de observância (=testes de controle) e testes substantivos (=procedimentos substantivos), que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. Os testes de observância (=testes de controle) visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. Grave bem: o foco dos testes de observância ou controle é os controles internos estabelecidos pela administração. Os testes substantivos (=procedimentos substantivos) visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. Grave bem: o foco dos testes substantivos ou procedimentos substantivos é os dados produzidos pela entidade. Veja que a NBC T 12 ainda adota as nomenclaturas antigas: testes de observância e substantivos. No entanto, a lógica é mesma do que vimos nas normas novas de auditoria. Vamos continuar falando de auditoria interna... Mais uma vez, de forma análoga ao que vimos para auditoria independente, a Auditoria Interna pode se valer ainda de técnicas de amostragem, estatística ou não, ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou um método de seleção de itens a serem testados. Ao utilizar essas técnicas, deve ser projetada e selecionada uma amostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente e apropriada. As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 21 Evidência é Quando Suficiente É factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno. Adequada Sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna. Relevante Dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna. Útil Auxilia a entidade a atingir suas metas. A Auditoria Interna apresenta o resultado de seus trabalhos por meio de um relatório que deve ser redigido com objetividade e imparcialidade, de forma a expressar, claramente, suas conclusões, recomendações e providências a serem tomadas pela administração da entidade. Veja que aqui existe uma importante diferença em relação à auditoria independente. Enquanto esta emite um relatório com opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis no interesse do público externo, o relatório do auditor interno busca expressar conclusões, recomendações e providências que auxiliem a administração da entidade a atingir seus objetivos. O relatório da Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo. O dever de sigilo é inerente à profissão do auditor. Guarde isso: a Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial, na hipótese de constatar impropriedades ou irregularidades ou ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade, e que não possam aguardar o final dos exames, considerando a necessidade de informar à administração sobre a ocorrência de fraudes e erros. Para você não esquecer os pontos mais importantes, fizemos um quadro resumo sobre auditoria interna: Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 22 QUADRO RESUMO A u d it o ri a In te rn a Definição Compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente, e de gerenciamento de riscos. Finalidade Assistir à administração da entidade no cumprimento de seus objetivos. Assessorar a administração no trabalho de prevenção de fraudes e erros. Agregar valor ao resultado da organização. Testes que aplica ÆTestes de observância (=testes de controle) ÆTestes substantivos (=procedimentos substantivos) Procedimentos técnicos Æinspeção – verificação de registros, documentos e ativos tangíveis. Æobservação – acompanhamento de processo ou procedimento quando de sua execução. Æinvestigação e confirmação – obtenção de informações perante pessoas físicas ou jurídicas conhecedoras das transações e das operações, dentro ou fora da entidade. Æamostragem estatística ou não. Comparação: Auditor Interno Auditor Externo ou Independente Relação com a empresa é empregado da empresa não possui vínculo empregatício Grau de independência menor maior Finalidade elaboração de um relatório que comunique os trabalhos realizados, as conclusões obtidas e as recomendações e providências a serem tomadas emissão de uma opinião sobre a adequação das demonstrações contábeis Tipos de auditoria contábil e operacional contábil Público alvo interno interno e externo (principalmente o último) Duração contínua pontual Volume de testes maior menor Quem exerce a atividade contador com registro no CRC Documento que produz Relatório Onde é realizada em pessoas jurídicas de direito público, interno ou externo, e de direito privado. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 23 Vamos fechar nossa aula com algumas questões sobre o tema... 09. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2010). Com relação à Resolução 986/03, que estabelece os procedimentos relacionados à Auditoria Interna, analise as afirmativas a seguir. I. Tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. II. Deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional. III. Deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho. Assinale: (A) se somente a afirmativa II estiver correta. (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. Resolução: Essa é uma questão bem recente do último concurso da Sefaz-RJ. Aproveitamos para alertar que a FGV, nesta prova, cobrou as novas normas de auditoria em vigor a partir de 1º/1/10, e acreditamos que essa seja a tendência das outras bancas.É lógico que com relação ao assunto que estamos tratando nada mudou, pois a NBC T 12 continua em vigor. Vamos analisar cada um dos itens: Item I: Certo A auditoria interna, diferente da auditoria independente, tem como principal objetivo agregar valor à organização, auxiliando a administração na consecução dos objetivos corporativos. Item II: Certo Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 24 Assim como na auditoria independente, os trabalhos desenvolvidos pelo auditor interno devem ser documentados em papéis de trabalho. Item III: Certo Perfeito. Não compete à auditoria interna prevenir e detectar fraudes e erros, mas auxiliar a administração nessa empreitada. 10. (ESAF/AFRFB/2009) - Com relação aos relatórios de Auditoria Interna, pode-se afirmar que: (A) podem considerar posições de interesse da administração e dos gestores, sendo conduzidos aos interesses desses. (B) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa, sem restrição. (C) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a serem levantados pela auditoria externa. (D) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, quando houver irregularidades que requeiram ações imediatas. (E) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, por não possuírem informações completas. Resolução: Segundo a NBC T 12, o relatório de Auditoria Interna deve ser apresentado a quem tenha solicitado o trabalho ou a quem este autorizar, devendo ser preservada a confidencialidade do seu conteúdo. A Auditoria Interna deve avaliar a necessidade de emissão de relatório parcial na hipótese de constatar impropriedades/ irregularidades/ilegalidades que necessitem providências imediatas da administração da entidade que não possam aguardar o final dos exames. Portanto, o relatório de Auditoria Interna deve ser emitido de forma parcial, antes do fim dos exames, quando forem detectados problemas que necessitem de providências imediatas. Gabarito da questão: Letra D. 11. (ESAF/Analista: Administração/ANA/2009) - Entre as Normas Brasileiras de Contabilidade, a NBC-T-12 trata da atividade e dos procedimentos da Auditoria Interna. Nesse contexto, é correto afirmar: (A) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e imparcialidade. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 25 (B) o termo ‘erro’ aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e demonstrações contábeis. (C) para dar suporte aos resultados de seu trabalho, o auditor interno deve se valer, unicamente, da análise e interpretação das informações contábeis. (D) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. (E) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na Auditoria Interna. Resolução: Vamos analisar essa questão assertiva a assertiva: a) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e imparcialidade. Não precisamos recorrer a nenhuma norma para perceber que essa assertiva está correta, o relatório do auditor deve ser dirigido sempre com clareza, objetividade, imparcialidade, concisão etc., esses são pressupostos do trabalho de auditoria. Portanto, essa assertiva é o gabarito da questão. b) o termo ‘erro’ aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e demonstrações contábeis. Já vimos diversas vezes que o que diferencia o erro da fraude é a intenção: a fraude ocorre quando o ato ou a omissão é intencional; o erro, quando o ato ou a omissão é não-intencional. A assertiva inverteu os conceitos, a definição trazida é de fraude e não de erro, portanto, assertiva incorreta. c) para dar suporte aos resultados de seu trabalho, o auditor interno deve se valer, unicamente, da análise e interpretação das informações contábeis. O trabalho de Auditoria Interna compreende o exame de todas as áreas, atividades, produtos e processos da entidade e não somente a análise e interpretação das informações contábeis. Assertiva, incorreta. d) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. A definição dada pela assertiva é a de erro e não de fraude. Portanto, assertiva incorreta. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 26 e) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na Auditoria Interna. A Auditoria Interna pode utilizar em seus trabalhos tanto a amostragem estatística, quanto a não estatística. Assertiva incorreta. 12. (FGV/Auditor da Receita Estadual do Amapá/2010) - A norma brasileira de contabilidade relativa à Auditoria Interna (NBC T 12) estabelece que a atividade da Auditoria Interna deve estar estruturada em procedimentos técnicos, objetivos, sistemáticos e disciplinados, com a finalidade de: (A) avaliar a fidelidade funcional de todos quantos tenham sob sua responsabilidade a guarda e gerenciamento de bens, créditos e valores da empresa, seguindo as orientações dos órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização de operações financeiras. (B) agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. (C) verificar a conformidade das operações da empresa em relação aos manuais de procedimentos externos das agências públicas reguladoras das atividades empresariais. (D) avaliar a gestão administrativa sob os aspectos da qualidade das ações da empresa em relação ao mercado para confirmar a efetividade das praticas adotadas. (E) resguardar a administração quanto às práticas lesivas adotadas pelas empresas concorrentes e denunciar os abusos verificados nos processos da gestão. Resolução: Vamos ver cada assertiva: Assertiva A: A Auditoria Interna avalia os processos e os controles internos da organização e não a fidelidade funcional. Assertiva B: Veja que essa é a exata definição da finalidade da Auditoria Interna trazida pela NBC T 12. A expressão chave que define a finalidade da Auditoria Interna é “agregar valor”. Portanto, essa assertiva é o gabarito. Assertiva C: Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 27 Esse é o papel de uma auditoria de conformidade (compliance), não da Auditoria Interna. Assertiva D: A Auditoria Interna avalia a gestão administrativa, mas com vistas ao aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos. Assertiva E: A ação da Auditoria Interna restringe-se ao âmbito interno da organização, ela faz o papel de controle do controle. 13. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) - De acordo com a Resolução CFC n.º 986/03, com relação à Auditoria Interna, assinale a afirmativa incorreta. (A) Compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos. (B)Está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização. (C) Compreende, para fins de planejamento, os exames preliminares das áreas, atividades, produtos e processos que definem a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. (D) Realiza exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem obter subsídios suficientes para fundamentar as conclusões e recomendações à administração da entidade. (E) É fundamentada por informações denominadas de “referências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. Resolução: Mais uma vez, vamos analisar assertiva a assertiva: Assertiva A: Correta, de acordo com a definição trazida pela NBC T 12 a Auditoria Interna compreende procedimentos com vistas a avaliar os processos, os sistemas de informações e os controles internos. Assertiva B: Correta, a finalidade da Auditoria Interna é agregar valor à organização. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 28 Assertiva C: Correta, o planejamento da Auditoria Interna deve compreender os exames das áreas, atividades, produtos e processos, enfim, de toda a organização, para definir a extensão e a época dos testes a serem realizados. Assertiva D: Correta, a Auditoria Interna é investigativa, para isso se utiliza dos testes de observância (controle) e substantivos em busca de evidências para fundamentar suas conclusões. Assertiva E: Errada, é o gabarito da questão. As conclusões da Auditoria Interna são fundamentadas em “evidências” não em “referências”. 14. (FGV/Senado Federal – Analista Legislativo: Contabilidade/2008) - Avalie as assertivas a seguir sobre Auditoria Interna: I. Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. II. Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. III. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. IV. O processo de obtenção e avaliação das informações compreende a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna. V. As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências, que devem ser suficientes, fidedignos, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade”. Assinale: (A) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas II, III e V estiverem corretas. (C) se apenas as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. (D) se apenas as afirmativas I, IV e V estiverem corretas. (E) se apenas as afirmativas II, IV e V estiverem corretas. Resolução: Vamos analisar cada item: Item I: Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 29 Perfeito, a Auditoria Interna aplica testes de observância (controle) e substantivos em busca de evidências para fundamentar suas conclusões e recomendações. Item II: O conceito trazido é de teste de observância e não substantivo. Lembre-se que o foco dos testes de observância (ou testes de controle) são os controles internos, e o foco dos testes substantivos são os registros contábeis. Item III: Da mesma forma que no item II, os conceitos foram trocados. Item IV: Correto, a Auditoria Interna deve obter e avaliar as informações de acordo com a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de Auditoria Interna a serem aplicados. Item V: Correto, a Auditoria Interna baseia suas conclusões em evidências, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis. Gabarito, letra ‘d’. 15. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) - Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade, acerca dos procedimentos da Auditoria Interna, assinale a afirmação incorreta. (A) Os procedimentos de Auditoria Interna são os exames, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações. (B) Os testes de observância visam a obtenção de uma razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da Entidade. (C) Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da Entidade. (D) As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de ‘evidências’, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecerem base sólida para as conclusões e recomendações. (E) O termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 30 demonstrações contábeis, bem como de transações e operações da Entidade, tanto em termos físicos quanto monetários. Resolução: Ok, pessoal, vejam como essas questões aparecem em todas as provas e se repetem. Assertiva A: Correta, a Auditoria Interna procede por meio de exames, entre eles, testes de observância (=testes de controle) e testes substantivos (=procedimentos substantivos), com o objetivo de conseguir evidências, ou seja, provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações. Assertiva B: Na assertiva anterior vimos que a Auditoria Interna faz testes de observância, ou seja, testa os controles internos, para a obtenção de uma razoável segurança de que eles estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da Entidade. Portanto, assertiva correta. Assertiva C: Já, os testes substantivos, aplicados pela Auditoria Interna, visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da Entidade. Item correto. Assertiva D: Vimos que a Auditoria Interna deve basear suas recomendações e conclusões em informações que são denominadas de ‘evidências’. As informações para serem consideradas evidências devem ter alguns atributos, ou seja, devem ser: Suficientes É factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno. Adequadas Sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna. Relevantes Dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna. Úteis Auxilia a entidade a atingir suas metas. Portanto, a assertiva está correta. Assertiva E: Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 31 Mais uma vez a Banca troca os conceitos de erro e fraude, desta vez aplica o conceitode erro ‘ato involuntário’ ao termo fraude, portanto, essa assertiva é o gabarito da questão. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 32 Lista de Questões 01. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e Fiscalização Atuária – SUSEP/2006) - adaptada - O auditor ao identificar eventos subseqüentes deve considerar (A) somente eventos que gerem ajustes nas demonstrações contábeis. (B) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis e no relatório de auditoria. (C) eventos que demandem de ajustes nas demonstrações contábeis ou a divulgação de informações nas notas explicativas. (D) fato não objeto da auditoria por ocorrer após o fechamento dos trabalhos de auditoria. (E) exclusivamente, ajustes que modifiquem a opinião do auditor. 02. (ESAF/APOFP – Sefaz-SP/2009) - As seguintes opções constituem exemplos de transações e eventos subsequentes, exceto: (A) perda em contas a receber decorrente de falência do devedor. (B) alteração do controle societário. (C) aporte de recursos, inclusive como aumento de capital. (D) variação sazonal dos custos com insumos. 03. (ESAF/AFRFB/2009) - adaptada - A empresa Grandes Negócios S.A. adquiriu a principal concorrente, após o encerramento do balanço e a emissão do relatório pelos auditores. No entanto, a empresa ainda não havia publicado suas demonstrações com o relatório. Nessa situação, a firma de auditoria deve: (A) manter o relatório com data anterior ao evento, dando encerramento aos trabalhos. (B) obrigatoriamente, rever o relatório considerando o fato relevante. (C) estabelecer que a empresa inclua o evento relevante nas notas explicativas. (D) refazer o relatório considerando as novas informações, determinando nova data para publicação das demonstrações contábeis. (E) discutir o assunto com a administração, decidir se as demonstrações devem ser ajustadas, e indagar como a administração pretende tratar o assunto nas demonstrações contábeis. 04. (FCC –SEFIN/SP – Auditor-Fiscal Tributário Municipal – 2006) – adaptada - Considere as afirmações a seguir, relativas a transações e eventos Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 33 subseqüentes ao término do exercício social a que se referem as demonstrações contábeis auditadas: I. A emissão de debêntures e ações não é considerada evento subseqüente relevante. II. Eventos subseqüentes, após a divulgação das demonstrações contábeis, não devem ser considerados pelo auditor, uma vez que ele não pode emitir um novo relatório. III. Caso os eventos subseqüentes não sejam revelados adequadamente pela companhia, e o auditor não tenha fornecido seu relatório a entidade ele deve modificar sua opinião como apropriado. IV. A desapropriação de bens da companhia pelo Poder Público é considera- da um evento subseqüente relevante. Está correto o que se afirma APENAS em (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) II e IV. (E) III e IV. 05. (UnB/CESPE - Unipampa /Auditor - 2009) - O auditor não pode ser responsabilizado por eventos ocorridos após o encerramento das demonstrações financeiras correspondentes ao período auditado, ainda que ocorram antes da divulgação do parecer de auditoria. 06. (ESAF/Analista Técnico Área: Controle e Fiscalização/SUSEP/2002) - Quando o auditor interno coopera, em tempo integral, com o trabalho do auditor independente, conforme acordo pré-estabelecido com a administração da entidade, a responsabilidade do relatório é (A) compartilhada entre o auditor interno e o independente. (B) única e exclusiva do auditor interno. (C) única e exclusiva do auditor independente. (D) única e exclusiva da administração da empresa. (E) compartilhada entre a administração e o auditor interno. 07. (ESAF/AFRE/Sefaz-CE/2006) - Quando da utilização de serviços de especialista, não há responsabilidade do auditor (A) em confirmar se o especialista é habilitado. (B) em questionar a capacidade do especialista, desde que habilitado. (C) quando o especialista for funcionário da empresa auditada. (D) se o especialista for independente e não possuir vínculo com a empresa. (E) em divulgar o fato, quando sua opinião não for modificada. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 34 08. (ESAF – Auditor-Fiscal da Previdência Social - AFPS - 2002) – adaptada - Num exame de uma entidade de previdência privada, o auditor pode necessitar do auxílio de um especialista de outra área. Esse profissional é um: (A) engenheiro (B) advogado (C) atuário (D) médico (E) administrador 09. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2010). Com relação à Resolução 986/03, que estabelece os procedimentos relacionados à Auditoria Interna, analise as afirmativas a seguir. I. Tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. II. Deve ser documentada por meio de papéis de trabalho, elaborados em meio físico ou eletrônico, que devem ser organizados e arquivados de forma sistemática e racional. III. Deve assessorar a administração da entidade no trabalho de prevenção de fraudes e erros, obrigando-se a informá-la, sempre por escrito, de maneira reservada, sobre quaisquer indícios ou confirmações de irregularidades detectadas no decorrer de seu trabalho. Assinale: (A) se somente a afirmativa II estiver correta. (B) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. (C) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. (D) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. (E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 10. (ESAF/AFRFB/2009) - Com relação aos relatórios de Auditoria Interna, pode-se afirmar que: (A) podem considerar posições de interesse da administração e dos gestores, sendo conduzidos aos interesses desses. (B) devem estar disponíveis a qualquer administrador da empresa, sem restrição. (C) podem relatar parcialmente os riscos associados aos possíveis pontos a serem levantados pela auditoria externa. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 35 (D) somente devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, quando houver irregularidades que requeiram ações imediatas. (E) não devem ser emitidos antes do final dos trabalhos, por não possuírem informações completas. 11. (ESAF/Analista: Administração/ANA/2009) - Entre as Normas Brasileiras de Contabilidade, a NBC-T-12 trata da atividade e dos procedimentos da Auditoria Interna. Nesse contexto, é correto afirmar: (A) o relatório do auditor interno deve ser redigido com objetividade e imparcialidade. (B) o termo ‘erro’ aplica-se a atos voluntários de omissão e manipulação de transações e operações, adulteração de documentos, registros, relatórios e demonstrações contábeis. (C) para dar suporte aos resultados de seu trabalho, o auditor interno deve se valer, unicamente, da análise e interpretação das informações contábeis. (D) o termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis. (E) o uso de técnicas de amostragem estatística é vedado na Auditoria Interna. 12. (FGV/Auditor da Receita Estadual do Amapá/2010) - A norma brasileira de contabilidade relativa à Auditoria Interna (NBC T 12) estabelece quea atividade da Auditoria Interna deve estar estruturada em procedimentos técnicos, objetivos, sistemáticos e disciplinados, com a finalidade de: (A) avaliar a fidelidade funcional de todos quantos tenham sob sua responsabilidade a guarda e gerenciamento de bens, créditos e valores da empresa, seguindo as orientações dos órgãos governamentais responsáveis pela fiscalização de operações financeiras. (B) agregar valor ao resultado da organização, apresentando subsídios para o aperfeiçoamento dos processos, da gestão e dos controles internos, por meio da recomendação de soluções para as não-conformidades apontadas nos relatórios. (C) verificar a conformidade das operações da empresa em relação aos manuais de procedimentos externos das agências públicas reguladoras das atividades empresariais. (D) avaliar a gestão administrativa sob os aspectos da qualidade das ações da empresa em relação ao mercado para confirmar a efetividade das praticas adotadas. (E) resguardar a administração quanto às práticas lesivas adotadas pelas empresas concorrentes e denunciar os abusos verificados nos processos da gestão. 13. (FGV/SEFAZ RJ - Fiscal de Rendas/2009) - De acordo com a Resolução CFC n.º 986/03, com relação à Auditoria Interna, assinale a afirmativa incorreta. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 36 (A) Compreende os exames, análises, avaliações, levantamentos e comprovações, metodologicamente estruturados para a avaliação da integridade, adequação, eficácia, eficiência e economicidade dos processos, dos sistemas de informações e de controles internos integrados ao ambiente e de gerenciamento de riscos. (B) Está estruturada em procedimentos, com enfoque técnico, objetivo, sistemático e disciplinado, e tem por finalidade agregar valor ao resultado da organização. (C) Compreende, para fins de planejamento, os exames preliminares das áreas, atividades, produtos e processos que definem a amplitude e a época do trabalho a ser realizado. (D) Realiza exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem obter subsídios suficientes para fundamentar as conclusões e recomendações à administração da entidade. (E) É fundamentada por informações denominadas de “referências”, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade. 14. (FGV/Senado Federal – Analista Legislativo: Contabilidade/2008) - Avalie as assertivas a seguir sobre Auditoria Interna: I. Os procedimentos da Auditoria Interna constituem exames e investigações, incluindo testes de observância e testes substantivos que permitem ao auditor interno obter subsídios suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações à administração da entidade. II. Os testes substantivos visam à obtenção de razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários e administradores da entidade. III. Os testes de observância visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informação da entidade. IV. O processo de obtenção e avaliação das informações compreende a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna. V. As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de “evidências, que devem ser suficientes, fidedignos, relevantes e úteis, de modo a fornecer base sólida para as conclusões e recomendações à administração da entidade”. Assinale: (A) se apenas as afirmativas I, II e III estiverem corretas. (B) se apenas as afirmativas II, III e V estiverem corretas. (C) se apenas as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. (D) se apenas as afirmativas I, IV e V estiverem corretas. (E) se apenas as afirmativas II, IV e V estiverem corretas. Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 37 15. (ESAF/AFC/Área: Auditoria e Fiscalização/CGU/2006) - Segundo as Normas Brasileiras de Contabilidade, acerca dos procedimentos da Auditoria Interna, assinale a afirmação incorreta. (A) Os procedimentos de Auditoria Interna são os exames, incluindo testes de observância e testes substantivos, que permitem ao auditor interno obter provas suficientes para fundamentar suas conclusões e recomendações. (B) Os testes de observância visam a obtenção de uma razoável segurança de que os controles internos estabelecidos pela administração estão em efetivo funcionamento, inclusive quanto ao seu cumprimento pelos funcionários da Entidade. (C) Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à suficiência, exatidão e validade dos dados produzidos pelos sistemas de informações da Entidade. (D) As informações que fundamentam os resultados da Auditoria Interna são denominadas de ‘evidências’, que devem ser suficientes, fidedignas, relevantes e úteis, de modo a fornecerem base sólida para as conclusões e recomendações. (E) O termo ‘fraude’ aplica-se a atos involuntários de omissão, desatenção, desconhecimento ou má interpretação de fatos na elaboração de registros e demonstrações contábeis, bem como de transações e operações da Entidade, tanto em termos físicos quanto monetários. 01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 C D E E Errado C E C E D 11 12 13 14 15 A D E D E Auditoria Regular – Teoria e Exercícios Professores: Barreto e Fernando Graeff Aula 06 Barreto e Fernando Graeff www.pontodosconcursos.com.br 38 Bibliografia BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1.203/09 - NBC TA 200 (Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria). BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1225/09 - NBC TA 560 - Eventos Subsequentes BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1228/09- NBC TA 600 - Considerações Especiais - Auditorias de Demonstrações Contábeis de Grupos, Incluindo o Trabalho dos Auditores dos Componentes BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1229/09 - NBC TA 610 - Utilização do Trabalho de Auditoria Interna BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1230/09 - NBC TA 620 - Utilização do Trabalho de Especialistas BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 1023/05 - NBC P 1.8 - Utilização de Trabalho de Especialistas BRASIL. Conselho Federal de Contabilidade. Resolução CFC 986/03 - NBC T 12 (Normas de Auditoria Interna). ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti. Auditoria: um curso moderno e completo. São Paulo: Ed. Atlas, 2007. ATTIE, Wiliam. Auditoria – Conceitos e Aplicações. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. BOYNTON, Marcelo Willian C. Auditoria. São Paulo: Ed. Atlas, 2002. BRAGA, Hugo Rocha & Almeida, Marcelo Cavalcanti. Mudanças Contábeis na Lei Societária. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. Ricardo J. 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