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Aula 00 Contabilidade publica

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Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 1 de 30 
 
Apresentação 
 
Caros (as) concurseiros (as) 
Meu nome é Otávio Souza, e é com imensa alegria 
que anuncio meu ingresso na seleta equipe de professores do 
Ponto dos Concursos. Sou graduado em Ciências Contábeis, 
Auditor Fiscal Tributário Municipal de São Paulo (ISS-SP) 
atualmente ocupando o cargo de Diretor do departamento de 
Auditoria Geral, controle interno no Município de São Paulo, 
órgão semelhante à CGU, no âmbito federal. 
Estou no serviço público desde 2003, quando 
ingressei como Auditor do Ministério Público do Estado do 
Paraná, ficando lá até 2007, ocasião em que assumi a posição 
que hoje ocupo. 
Até aqui percorri um longo caminho, sempre 
estudando e aprendendo a “fazer provas”. Colecionei vitórias 
porque apesar das dificuldades, não me deixei abater e 
persisti firme no propósito de alcançar o tão sonhado cargo 
público, Auditor Fiscal! 
Por conhecer os percalços deste caminho é que 
resolvi ajudar outras pessoas, que tem o mesmo sonho que 
eu, a também “chegar lá”. 
Ministrei aula em cursos preparatórios para concurso 
em São Paulo e agora estou encarando este novo desafio de 
transmitir a vocês o conhecimento que acumulei nesta 
trajetória e participar da sua vitória! 
Temos juntos um objetivo a ser atingido: ”aprender 
a fazer prova”, isso mesmo, não precisamos ser exímios 
conhecedores da matéria para passar em concurso, 
precisamos treinar (exaustivamente) a “fazer prova” e como 
eu sempre digo: “a prova sorrirá para você!” 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 2 de 30 
 
A nossa matéria a ser tratada aqui é 
CONTABILIDADE PÚBLICA. Será vista de forma ampla e 
abrangente, já que não temos como objeto nenhum edital de 
concurso em foco. 
Ressaltamos que as nossas aulas estão atualizadas 
pelas novas normas brasileiras aplicadas ao setor público 
(Resoluções do CFC e Portarias editadas pela STN) 
Abordaremos nesse nosso estudo as posições, 
tendências e questões das principais bancas, como a FCC, 
ESAF, CESPE, CESGRANRIO e outras. 
Qualquer dúvida, coloco-me a sua inteira disposição 
através do contato: otavio@pontodosconcursos.com.br 
Bom, está apresentada a nossa proposta! 
Espero realmente poder contribuir para a realização 
do seu sonho!!! 
O nosso curso, como já mencionei, tratará da 
Contabilidade Pública de forma abrangente, e teremos, além 
desta, mais 08 aulas, assim distribuídas: 
AULA 0 Contabilidade Pública: conceito, objetivo, objeto, 
regime e campo de aplicação. 
 
AULA 1 Orçamento Público: conceito, classificação, ciclo e 
princípios orçamentários. 
 
AULA 2 Receita pública: conceito, classificação e estágios. 
Receita orçamentária e extraorçamentária. 
 
AULA 3 Despesa pública: conceito, classificação, estágios; 
Despesa orçamentária e extraorçamentária. 
 
AULA 4 Plano de contas da Administração Pública: 
conceito, estrutura; contas do ativo, passivo, 
despesa, receita, resultado e compensação. Restos 
a pagar. 
 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 3 de 30 
 
AULA 5 Suprimento de fundos (regime de adiantamento). 
Créditos Adicionais. 
 
AULA 6 Levantamento de balanços de acordo com a Lei nº 
4.320/64 e Resolução CFC nº 1.133/08 – parte I: 
Balanços orçamentário e financeiro. 
 
AULA 7 Levantamento de balanços de acordo com a Lei nº 
4.320/64 e Resolução CFC nº 1.133/08 – parte II: 
Balanço patrimonial e demonstrativo das variações 
patrimoniais. 
 
AULA 8 Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 
nº 101/2000) 
 
 
Nessa nossa aula inaugural vamos estudar o conceito 
de Contabilidade Pública, seu objeto de estudo, o regime 
contábil que lhe é aplicado e seu campo de atuação. 
Então, Vamos começar nosso trabalho? 
 
Aula 00 – CONTABILIADADE PÚBLICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTABILIDADE PÚBLICA 
Conceito, objetivo, objeto de estudo, regime e campo de 
aplicação 
 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 4 de 30 
 
 
 
 
 
Começaremos o nosso estudo conceituando a 
Contabilidade Pública. 
A Contabilidade Pública, sendo uma das divisões da 
ciência contábil, conceitua-se como “o ramo da contabilidade 
que estuda, registra, controla e demonstra os atos e fatos 
administrativos da Fazenda Pública, evidencia o patrimônio 
público e suas variações.” 
A Contabilidade Pública, também chamada de 
Governamental ou, conforme Resolução CFC 1.128/08, 
Contabilidade Aplicada ao Setor Público, deve ser 
considerada como um sistema de informação e avaliação 
destinado a prover seus usuários com demonstrações e 
análises de natureza orçamentária, econômica, financeira, 
física e industrial. 
 
Para estudar a contabilidade pública é necessário 
conhecer todos os dispositivos legais pertinentes e estudá-los 
com bastante atenção, pois são ricos em minúcias e detalhes. 
 
As normas legais que regem a “nossa” Contabilidade 
Pública são: 
 Constituição Federal/1988 
 Lei nº 4.320/64, 
 Decreto 200/67, 
 Decreto nº 93.872/86, 
 Lei Complementar 101/2000 - Lei de 
Responsabilidade Fiscal – LRF, 
 Portaria nº 163/2001 - MPOG/STN. 
 Portaria nº 003/2008 – STN/SOF. 
 Portaria nº 002/2009 – STN/SOF. 
 Portaria nº 467/2009 – STN. 
 Portaria nº 751/2009 – STN. 
 E as resoluções do CFC. 
1. Conceito 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 5 de 30 
 
Agora vamos ver alguns conceitos legais? 
“A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo 
da ciência contábil que aplica, no processo gerador de 
informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e 
as normas contábeis direcionadas ao controle patrimonial de 
entidades do setor público.” (Resolução CFC nº 1.128/08) 
“A Contabilidade Pública estuda, registra, controla e 
demonstra o orçamento aprovado e acompanha a sua 
execução” (art. 78, do Decreto-Lei nº 200/67). 
 
“A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços 
de forma a evidenciar os resultados da gestão” (art. 79, do 
Decreto-Lei nº 200/67). 
 
 “Os serviços de contabilidade serão organizados de 
forma a permitirem o acompanhamento da execução 
orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a 
determinação dos custos dos serviços industriais, o 
levantamento dos balanços gerais a análise e interpretação 
dos resultados econômicos e financeiros” (art. 85, da Lei nº 
4.320/64). 
 
“A contabilidade evidenciará perante a Fazenda 
Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, 
arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou 
guardem bens a ela pertencentes ou confiados” (art. 83, da 
Lei nº 4.320/64). 
 
Após analisarmos os conceitos acima expostos, 
concluímos que a contabilidade pública registra a previsão 
da receita e a fixação da despesa estabelecida no 
orçamento público aprovado, escritura a execução 
orçamentária, compara a previsão e a realização das receitas 
e despesas, revela as variações patrimoniais, demonstra o 
valor do patrimônio, e ainda controla as operações de crédito, 
a dívida ativa, os créditos e as obrigações. 
 
De conformidade com o artigo 85 da Lei nº 4.320/64, 
a contabilidade será organizada de modo a permitir: 
 O acompanhamento da execução orçamentária, 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 6 de 30 
 
 O conhecimento da composição patrimonial, 
 A determinação dos custos dos serviços industriais, 
 O levantamento dos balanços gerais e 
 A análise e interpretação dos resultados 
econômicos e financeiros. 
 
 
E quem são os usuários dessa contabilidade? 
 
Os USUÁRIOS DA CONTABILIDADE PÚBLICAsão: 
 Gestores do Patrimônio Público e das políticas 
econômicas e sociais do país para tomada de 
decisões; 
 A população em geral; 
 Os organismos nacionais e internacionais de 
crédito e fomento; 
 Os órgãos de controle interno e externo nas suas 
funções institucionais. 
 
 
 
 
 
(FCC–TCM-CE–2010) 
A contabilidade governamental, em regime de convênio e 
contrato de gestão, deve atender às principais leis, em ordem 
de abrangência e importância, na sequência apresentada: 
a) Lei nº 4.320/1964, Decreto-Lei nº 200/1967, Lei 
6.404/76 e Decreto nº 3.000/99 
b) Lei nº 4.320/1964, CF/88 e Lei nº 8.666/1993, Lei nº 
6.404/76 e Lei nº 11.638/2007 
c) CF/1988, Lei nº 4.320/1964, Decreto-Lei nº 200/1967, 
Decreto nº 93.872/86 e Lei nº 101/00 
d) LCO, Lei do PPA e Lei Orçamentária Anual, Lei nº 
6.404/76 e Lei nº 11.638/2007 
e) Lei do PPA, LDO e Lei Orçamentária Anual, Lei nº 
6.404/76 e Lei nº 11.638/2007 
Gabarito: C 
 
 Veja como cai em prova!!! 
 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 7 de 30 
 
 
 
 
 
 
 
Conforme Resolução CFC nº 1.128/08: 
“O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor 
Público é fornecer aos usuários informações sobre os 
resultados alcançados e os aspectos de natureza 
orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da 
entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao 
processo de tomada de decisão; a adequada prestação de 
contas; e o necessário suporte para instrumentalização do 
controle social.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O objeto de estudo da contabilidade aplicada ao setor 
público, em seu sentido amplo é o patrimônio público. 
 
Mas, o que é o patrimônio público? 
 
De acordo com a Resolução CFC n° 1.129/2008: 
Patrimônio público é “o conjunto de direitos e bens, 
tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, 
formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas 
entidades do setor público, que seja portador ou represente 
um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à 
prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por 
entidades do setor público e suas obrigações.” 
 
O Nosso Código Civil, nos seus arts. 98 e 99 
estabelece regras a respeito dos bens públicos: 
 
2. Objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
3. Objeto de estudo da Contabilidade Pública 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 8 de 30 
 
“Art. 98. São públicos os bens do domínio público 
nacionais pertencentes às pessoas de direito público interno; 
todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que 
pertencerem. 
 
Art. 99. São bens públicos: 
I- os de uso comum do povo, tais como rios, mares, 
estradas, ruas e praças; 
II – os de uso especial, tais como edifícios ou 
terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, 
inclusive os de suas autarquias; 
III – os dominicais, que constituem o patrimônio das 
pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito 
pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, 
consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas 
jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de 
direito privado.” 
 
Os bens de uso comum do povo enumerados no 
inciso I do art. 99 são apenas exemplificativos. 
 
Esses bens não são objeto da contabilidade, ou seja, 
não são registrados contabilmente pelos entes que possuem o 
seu domínio. Todavia, são sempre contabilizadas as despesas 
já pagas e as obrigações assumidas com sua construção e 
manutenção. 
 
Na área pública, deve ser considerado como 
patrimônio a ser controlado (contabilizado) pelos órgãos e 
entidades públicas tão somente aqueles bens que atendam à 
característica de uso restrito, específico e não 
generalizado, de propriedades dessas entidades. 
 
Assim, apenas os bens, direitos a receber e 
obrigações a pagar de propriedade e uso exclusivo das 
entidades e órgãos públicos é que integram o seu patrimônio, 
formando o objeto da contabilidade pública. 
 
 
 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 9 de 30 
 
Exemplificando: 
As praias do litoral brasileiro não estão registradas na 
contabilidade da União. 
Uma quadra esportiva ou um viaduto construído pela 
cidade de São Paulo não será registrada em sua 
contabilidade. 
 
 
 
 
 
1. NÃO SÃO CONTABILIZADOS: 
Bens de uso geral e indiscriminado por parte da 
população, os chamados Bens de uso comum ou Bens de 
Domínio Público. Contabilizam-se apenas as despesas já 
pagas e os compromissos assumidos com sua construção e 
manutenção. 
 
2. SÃO CONTABILIZADOS: 
Bens de uso especial e dominicais. 
 
 
 
 
 
(Cesgranrio-DNPM-Analista Administrativo-2006) 
Os bens que possuem a característica de não serem 
contabilizados como ativos, embora as obrigações 
decorrentes sejam incluídas no passivo, são os: 
a) Bens de consumo 
b) Bens numerários 
c) Bens dominiais 
d) Bens de uso comum do povo 
e) Créditos de funcionamento 
Gabarito: D 
Comentários: 
RELEMBRANDO 
 Veja como cai em prova!!! 
 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 10 de 30 
 
Observe que esta questão trata do que falamos há 
pouco, dos bens que não são registrados pela Contabilidade 
Pública, ou seja, não são incorporados e/ou ativados ao 
patrimônio das entidades. Porém os compromissos assumidos 
com sua construção e manutenção são contabilizados. 
 
 
 
 
 
 
Apesar de a Resolução CFC n° 1.128/2008 
contemplar como objeto da Contabilidade Pública apenas o 
patrimônio, deve-se proceder ao registro, controle e 
evidenciação do orçamento público e dos atos administrativos 
(somente aqueles que no futuro poderão vir a alterar os 
elementos patrimoniais, em nível de bens, direitos e 
obrigações. Como por exemplo, contratos, convênios e 
outros). 
 
De acordo com a RESOLUÇÃO N° 1.132/2008: 
“O patrimônio das entidades do setor público, o 
orçamento, a execução orçamentária e financeira e os atos 
administrativos que provoquem efeitos de caráter econômico 
e financeiro no patrimônio da entidade devem ser 
mensurados ou avaliados monetariamente e registrados pela 
contabilidade”. 
 
Vejamos mais estes dois objetos de registro e 
controle da Contabilidade Pública! 
 
 
1) Orçamento público 
 
Orçamento público é a peça autorizativa para 
arrecadação de recursos financeiros (receitas) e realização de 
gastos (despesas) 
 
A preocupação da Lei Orçamentária reside no 
montante de recursos financeiros que poderão ingressar nos 
órgãos públicos, sendo representado pelo título de RECEITA, 
 Atenção 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 11 de 30 
 
identificando (prevendo) cada uma de suas origens, bem 
como no montante de recursos que deverão ser despendidos 
pelos órgãos, representado pelo título de DESPESA, na 
realização de seus programas de trabalho, identificando 
(fixando) o montante de cada uma dessas aplicações. 
 
OBSERVAÇÃO: 
Receita orçamentária: ingresso de recursos 
financeiros 
Despesa orçamentária: dispêndio de recursos 
financeiros 
 
Portanto, como já vimos, para o orçamento, todo o 
ingresso de recursos financeiros autorizados é intitulado 
RECEITA, e todo desembolso, quer de imediato ou no futuro, 
de recursos financeiros autorizados é considerado DESPESA. 
 
Trataremos o Orçamento Público, mais 
detalhadamente, em aula específica. 
 
 
2) Atos administrativos 
 
Finalmente, a contabilidade tem também como um 
dos seus objetosos atos administrativos tais como: 
contratos, convênios, avais, fianças, cauções em títulos, etc. 
Esse controle é realizado através de contas de 
compensação (art. 105, § 5º, da Lei nº 4.320/64). 
 
Deve-se observar que não são quaisquer atos 
administrativos que serão controlados pela contabilidade, mas 
apenas aqueles que poderão, no futuro, vir a alterar os 
elementos patrimoniais, em nível de bens, direitos e 
obrigações. 
 
 
 
 
(ESAF-SUSEP-Analista Técnico-2010) 
Julgue se verdadeiro (V) ou falso (F), os itens a seguir a 
respeito do conceito e contabilização dos bens públicos e 
assinale a opção que indica a sequência correta. 
 Veja como cai em prova!!! 
 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 12 de 30 
 
I. Todos os bens públicos, de qualquer natureza, são 
objeto de registro. 
II. Os bens públicos de uso especial são aqueles destinados 
ao desempenho das atividades das entidades públicas e 
constam do seu patrimônio. 
III. Os bens públicos, mesmo aqueles de natureza imaterial, 
são passíveis de registro pela contabilidade, embora não 
integrem o patrimônio das entidades públicas. 
IV. No âmbito federal, as estradas e vias públicas são 
consideradas bens de uso especial e são objeto de 
registro pela contabilidade aplicada ao setor público. 
a) F,V,F,F 
b) V,V,V,F 
c) V,F,F,V 
d) F,F,V,F 
e) F,V,F,V 
Gabarito: A 
Comentários: 
I. Falso. Os bens de uso comum, tais como praças, ruas, 
estradas, rios, não fazem parte do ativo da 
Contabilidade Pública. Dessa forma nem todos os bens 
públicos são objetos de registro. 
II. Verdadeiro. Conforme o inciso II do art. 99 co Código 
Civil, os bens especiais são os edifícios ou terrenos 
destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, ou municipal, inclusive 
os de suas autarquias. 
III. Falso. Os bens públicos de natureza imaterial, também 
conhecidos como incorpóreos, são passíveis de registro 
pela Contabilidade Pública. Portanto integram o 
patrimônio da entidade. 
Conforme Resolução CFC nº 1.137/08, os direitos que 
tenham por objeto bens incorpóreos destinados à 
manutenção da atividade pública ou exercidos com essa 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 13 de 30 
 
finalidade são mensurados ou avaliados com base no 
valor de aquisição ou de produção. 
IV. Falso. Os exemplos dados referem-se a bens de uso 
comum e não especial. 
 
 
 
 
 
 
 
Existem, na Ciência Contábil, dois regimes contábeis: 
regime de caixa e regime de competência. 
 
 Regime de caixa 
Por esse regime, na apuração do resultado, a receita 
é reconhecida no momento do seu recebimento (arrecadação) 
e a despesa no momento do pagamento. 
 
 Regime de competência 
Por esse regime, na apuração do resultado, a receita 
e a despesa são reconhecidas no momento em que ocorrer o 
fato gerador, independente do recebimento da receita, ou 
do pagamento da despesa. 
 
Na contabilidade empresarial, o regime adotado é o 
de competência. 
 
Mas, qual o regime adotado pela contabilidade 
pública? 
 
Bem, podemos dividir a contabilidade aplicada ao 
setor público em dois regimes: regime orçamentário e 
regime patrimonial. 
 
1. Regime Orçamentário 
 
Para reconhecer as receitas e as despesas 
orçamentárias, o regime adotado no Brasil, na contabilidade 
aplicada ao setor público, é o regime misto, ou seja, 
4. Regime contábil aplicado à Contabilidade Pública 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 14 de 30 
 
reconhecem-se a despesa segundo o regime de 
competência, e a receita segundo o regime de caixa. 
 
Vejamos qual a previsão legal para esse regime. 
 
A Lei 4.320/64 em seu art. 35 estabelece que 
pertencem ao exercício financeiro: 
I - as receitas nele arrecadadas; 
II- as despesas nele legalmente empenhadas. 
 
 
OBSERVAÇÃO: 
 
 RECEITA = ARRECADADAS = CAIXA 
REGIME 
MISTO DESPESA = EMPENHADAS = COMPETÊNCIA 
 
 
 
 
Por que a adoção do regime misto? 
 
Com a adoção desse regime verificamos a prudência 
do legislador, ao estabelecer que os órgãos públicos apenas 
devem contar com recursos para financiar seus gastos após o 
efetivo ingresso desses nos cofres públicos. 
Portanto, a receita será registrada em qualquer época 
do ano no momento em que os recursos financeiros 
tornarem-se disponíveis para o Tesouro Público. Porém, ao 
final do exercício financeiro, deverão ser apropriados como 
receita, também os valores arrecadados que ainda não 
foram recolhidos aos cofres públicos, em cumprimento ao 
texto da lei. 
 
No que se refere à despesa pública, a legislação 
também adotou uma postura conservadora: a apropriação 
ocorre tendo como fato gerador o saldo de despesa 
empenhada, independente de seu pagamento e ainda que os 
serviços e os bens solicitados não tenham sido recebidos, até 
o final do ano de emissão do empenho. 
 
 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 15 de 30 
 
Mas o que é tudo isso afinal? 
 
Mais adiante nós veremos os estágios da despesa e 
da receita orçamentárias, por hora, consideramos importante 
esclarecermos alguns conceitos. 
 
EMPENHO DE DESPESA = ato emanado de 
autoridade competente que cria para o Estado obrigação de 
pagamento pendente ou não de implemento de condição (art. 
58 da Lei 4.320/64). 
 
LIQUIDAÇÃO DE DESPESA = verificação do direito 
adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos 
comprobatórios do respectivo crédito (art. 63 da lei 
4.320/64). 
 
ARRECADAÇÃO = ato de pagamento dos tributos ou 
outras receitas ao agente arrecadador. (bancos, alfândegas, 
tesourarias, por exemplo). (art. 35 e 55 da Lei 4.320/64) 
 
RECOLHIMENTO = relaciona-se a entrega efetiva 
dos valores arrecadados, pelos agentes, ao Tesouro Público. 
 
Ficou mais claro agora? Então, vamos continuar! 
 
 
 
 
(FCC–Contador–Prefeitura do Município de São Paulo–2010) 
A empresa Construções e Reformas Ltda. possui um imóvel 
no município de Lêmure. Apesar do IPTU referente a esse 
imóvel ter vencido em 15/03/09, a empresa efetuou seu 
pagamento somente em 15/01/10. A Prefeitura contabilizou 
essa receita como pertencente ao exercício de 2009. O 
procedimento adotado pela Prefeitura 
(A) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é 
adotado o regime de competência tanto para a receita como 
para a despesa orçamentária. 
(B) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é 
adotado o regime de competência para a receita orçamentária 
e de caixa para a despesa orçamentária. 
 Veja como cai em prova!!! 
 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 16 de 30 
 
(C) não atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é 
adotado o regime de caixa para a receita orçamentária e de 
competência para a despesa orçamentária. 
(D) não atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é 
adotado o regime de competência para a receita orçamentária 
e de caixa para a despesa orçamentária. 
(E) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é 
adotado o regime de caixa para a receita orçamentária e de 
competência para a despesa orçamentária. 
 
Gabarito: C 
 
Comentário: 
Observe que esta questão cobra o conhecimento do 
candidato acerca do regime que é usado para reconhecimento 
das receitas e despesas orçamentárias. Neste caso, o 
regime misto, que adota o regime de competência para 
despesa e o regime de caixa para receita, conforme art. 35 da 
Lei 4.320/64. 
 
2. Regime patrimonial 
 
A receita e a despesa contábeis decorrem de fatos 
modificativos aumentativose diminutivos, respectivamente. 
Seus efeitos no patrimônio devem ser reconhecidos quando 
da alteração na situação liquida patrimonial, 
independentemente de haver ou não autorização 
orçamentária. Esse é o enfoque patrimonial da receita e 
despesa. 
 
Portanto, com base nesse enfoque, para reconhecer 
as receitas e as despesas, na contabilidade aplicada ao setor 
público, adota-se o regime de competência. Essa é uma 
inovação trazida pela Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 
2008 - Manual de Receita Nacional. 
 
(CESPE – Analista Administrativo- ANAC- 2009) 
Julgue o item Certo ou Errado sobre a contabilidade aplicada 
ao setor público. 
A contabilidade aplicada ao setor público, assim como 
qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos 
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princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, 
aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, 
tanto para o reconhecimento da receita quanto para a 
despesa. 
 
Gabarito: Certo 
 
Comentário: 
Conforme inovação trazida pela Portaria Conjunta STN/SOF 
nº 3, de 2008 - Manual de Receita Nacional, sob o enfoque 
patrimonial, as receitas e despesas devem ser reconhecidas 
pelo regime de competência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pessoal, fique atento! 
 
Na contabilidade pública ou contabilidade aplicada ao 
setor público: 
 
1. Quando a questão versar sobre o reconhecimento 
da receita e da despesa orçamentárias, o regime 
adotado é o misto. Sendo, caixa para receitas 
orçamentárias (arrecadadas) e competência para 
as despesas orçamentárias (empenhadas). 
 
2. Quando a questão versar sobre o reconhecimento 
da receita e da despesa sob o enfoque patrimonial 
(seus efeitos alteram a situação líquida do 
patrimônio), o regime adotado é o de competência. 
 
 
 
 
 Atenção 
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Exercício Financeiro 
 
A Lei 4.320/64 em seu art. 34 estabelece que o 
exercício financeiro começa em 1º de janeiro e encerra-se em 
31 de dezembro quando diz: “o exercício financeiro 
coincidirá com o ano civil”. 
 
 
 
 
(FCC-TRE-PB-Analista Judiciário-Contabilidade-2006) 
Nas entidades de Direito Público, o exercício financeiro vai de: 
a) 1º de janeiro a 31 de dezembro, com período adicional 
de 30 dias para liquidação de empenhos 
b) 2 de janeiro a 31 de dezembro 
c) 1º de janeiro a 31 de dezembro 
d) 1º de janeiro a 31 de dezembro, com período adicional 
de 60 dias para liquidação de empenho 
e) 1º de janeiro a 30 de novembro 
Gabarito: C 
Comentário: 
Essa questão está literalmente conforme o dispositivo 
de lei supra citado (art. 34 da Lei 4.320/64), portanto sem 
nenhum segredo, dá pra “tirar de letra” não dá? 
Agora que já conhecemos o regime contábil adotado, 
vejamos a quem se aplica a contabilidade pública. 
 
 
 
 
 Veja como cai em prova!!! 
 
 IMPORTANTE!!! 
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A contabilidade pública é regulamentada 
especialmente pela Lei nº 4.320/64. Esta lei estatui normas 
gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos 
orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios 
e do Distrito Federal. 
 
Dessa forma, o campo de aplicação da contabilidade 
pública é essencialmente o das pessoas jurídicas de direito 
público – União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
Portanto, todos os entes federados devem seguir as 
normas gerais de direito financeiro estabelecidas na Lei nº 
4.320/64. 
 
Mas e a Administração indireta, também é 
abrangida por essa lei? 
 
SIM. Em seu Título X, a Lei 4.320/64 trata das 
autarquias e outras entidades, compreendidas entre estas as 
com autonomia financeira e administrativa cujo capital 
pertença, integralmente, ao poder público. 
 
Assim, a estrutura da Administração Pública atendida 
pela contabilidade envolve: 
 
 Administração Direta 
a) Governo Federal: 
Ministérios, Secretarias do Governo Federal, 
Presidência da República e Órgãos dos demais 
Poderes as União (tribunais, casas legislativas, 
etc.). 
b) Governo Estadual/Distrital/Municipal: 
Secretarias de Governo Estadual e Municipal, 
Prefeituras e Órgãos dos demais Poderes. 
 
 
 
5. Campo de aplicação da Contabilidade Pública 
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 Administração Indireta 
Autarquias, fundações públicas e empresas vinculadas 
aos três níveis de governo (enquanto fazem uso de 
recursos à conta do orçamento público nas esferas fiscal 
e seguridade social). 
As empresas, enquanto dependentes, estão no campo 
de aplicação da Contabilidade Pública, é o que se 
entende da leitura do inciso III do art. 50 da LRF em 
confronto com o inciso III do seu art. 2º. Dessa forma 
deve-se incluir no seu campo de atuação as sociedades 
de economia mista dependentes. 
 
Acreditamos que seja interessante relembrarmos, 
aqui, os conceitos das entidades citadas acima. 
 
Então vamos lá! 
 
Autarquia: é o serviço autônomo, com personalidade 
jurídica de direito público, patrimônio e receita próprios, 
criado por lei para executar atividades típicas da 
administração pública, que requeriam, para seu melhor 
funcionamento, gestão administrativa e financeira 
descentralizada. 
 
Fundação Pública: é a entidade dotada de 
personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, 
criada em virtude de autorização legislativa, com autonomia 
administrativa, patrimônio próprio e funcionamento custeado 
por recursos públicos. 
 
Empresa Pública: é a entidade dotada de 
personalidade 
jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e 
capital públicos, criada por lei para a exploração de 
atividade econômica que o governo seja levado a exercer por 
força de contingência ou de conveniência administrativa, 
podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em 
direito (Decreto-lei nº 900/69). 
 
Sociedade de Economia Mista: é a entidade 
dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada 
por lei para a exploração de atividades econômicas, sob a 
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forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a 
voto pertençam, em sua maioria, direta ou indiretamente, ao 
poder público ou à entidade da administração indireta 
(Decreto-lei nº 900/69). 
 
 
 
 
 
 
 As Autarquias e Fundações Públicas seguem as 
normas da contabilidade pública, portanto, estão dentro 
do campo de aplicação dessa disciplina. 
 
 A Empresa Pública SOMENTE estará abrangida no 
campo de aplicação da contabilidade pública quando 
receber recursos do orçamento fiscal para custeio de 
suas despesas com pessoal, material de consumo, etc. 
 
 A Sociedade de Economia Mista NÃO está abrangida 
no campo de aplicação da contabilidade pública, 
entretanto, quando receber recursos públicos para 
aplicação em determinados projetos, ela aplica e presta 
contas conforme as normas da contabilidade pública. 
 
 
 
(FCC-TRE-PB-Analista Judiciáro-Contabilidade-2006) A Lei 
4.320, de 1964 alcança, necessariamente: 
a) Prefeituras, Administração direta dos Estados, 
sociedades de economia mista 
b) Fundações de direito privado, empresas públicas, 
Prefeituras 
c) Prefeituras, fundações de direito público, empresas 
públicas 
d) Administração direta dos Estados, Prefeituras, 
autarquias 
 Veja como cai em prova!!! 
 
 IMPORTANTE!!! 
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e) Empresas públicas, sociedades de economia mista, 
fundações 
Gabarito: D 
Comentário: 
A) Sociedade de Economia Mista não está abrangida 
B) Fundação de Direito Privado NÃO está abrangida, 
Empresa Pública, SOMENTE quando receber recurso do 
orçamento fiscal para custeio de suas despesas com 
pessoal e material 
C) Empresas públicas SOMENTE quando receber recurso do 
orçamento fiscal para custeio de suas despesas com 
pessoal e material 
D) Está correta 
E) Fundações SOMENTE as de Direito Público. 
 
Bem, chegamos ao fim da nossa primeira aula, 
esperamos ter atingido o nosso objetivo! Estamos a sua 
inteira disposição para dúvidas e esclarecimentos no fórum ou 
pra sugestões e críticas no e-mail: 
otavio@pontodosconcursos.com.br 
Agora pra treinar um pouco o que estudamos, que tal 
resolver algumas questões de provas anteriores? 
 
 
 
 
 
 
 
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Questões: 
01. (CESPE-Contador-DPU-ADM-2010) 
De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de 
Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, assinale a opção 
correta acerca do conceito, objeto, objetivo e campo de 
aplicação da contabilidade pública. 
(A) Independentemente do escopo, todas as entidades 
abrangidas pelo campo de aplicação devem observar 
integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade 
do setor público. 
(B) A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da 
ciência contábil que adota no processo gerador de 
informações, as normas fiscais direcionadas ao controle da 
receita e da despesa das entidades do setor público. 
(C) As pessoas físicas não se equiparam, para efeito contábil, 
a entidades do setor público, ainda que recebam subvenção, 
benefício, ou incentivo (fiscal ou creditício) de órgão público. 
(D) O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o 
planejamento feito pela administração pública para atender, 
durante determinado período, aos planos e programas de 
trabalho por ela desenvolvidos. 
(E) Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor 
público é o de fornecer o necessário suporte para a 
instrumentalização do controle social. 
 
 
02. (FCC-Contador-DPE-SP-2010) 
Segundo a Lei no 4.320/1964, pertencem ao exercício 
financeiro 
(A) somente as despesas legalmente liquidadas. 
(B) somente as despesas pagas. 
(C) as receitas de tributos cujo fato gerador já tenha ocorrido, 
mesmo que não arrecadadas. 
(D) os valores não inscritos em dívida ativa do ente público, 
em virtude de sua cobrança estar suspensa em função de 
recurso o Poder Judiciário. 
(E) as despesas legalmente empenhadas. 
 
 
 
 
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03. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 16ª Região – 2009) 
Segundo disposto na Lei Federal no 4.320/64, pertencem ao 
exercício financeiro: 
(A) a receita independente do seu recebimento e as despesas 
nele legalmente empenhadas. 
(B) apenas as receita nele arrecadada. 
(C) as receitas nele arrecadadas e as despesas nele 
legalmente pagas. 
(D) a receita nele arrecadada e as despesas nele legalmente 
empenhadas. 
(E) apenas as despesas nele legalmente empenhadas. 
 
04. (FCC-Analista Judiciário-Contabilidade-TER-PB-2006) 
Contador de autarquia contabiliza receita somente quando o 
dinheiro adentra as contas bancárias e registra despesa 
apenas quando o pagamento é efetivado. Nesse cenário, tal 
profissional 
a) Erra, porque a despesa deve ser registrada quando 
efetivamente empenhada 
b) Acerta, porque a receita deve ser contabilizada sob o 
regime de competência 
c) Erra, porque receita e despesa são escrituradas sob 
regime de competência 
d) Acerta, porque a despesa deve ser registrada sob 
regime de caixa 
e) Não se pode dizer que erra ou acerta, uma vez que cada 
entidade pública adota seu próprio regime de 
contabilização 
 
05. (FCC-Analista Contador-Agência Reguladora-CE-2006) 
A teor da Lei no 4.320, de 1964, 
(A) a receita é contabilizada sob o regime de competência. 
(B) a despesa é orçamentariamente contabilizada quando 
empenhada. 
(C) a despesa submete-se ao regime de caixa. 
(D) o exercício financeiro nem sempre coincide com o ano 
civil. 
(E) em face do princípio da anualidade, não pode haver 
despesas de exercícios anteriores. 
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06. (FCC-Analista Contador-Agência Reguladora-CE-2006) 
A contabilidade pública é obrigatória 
(A) na Administração direta e em empresas públicas. 
(B) em autarquias, fundações e em sociedades de economia 
mista. 
(C) na Administração direta e em autarquias. 
(D) em fundos especiais e em fundações regidas pelo direito 
privado. 
(E) em empresas públicas e em sociedades de economia 
mista. 
 
07. (ESAF–Auditor–TCE–GO–2007-Adaptada) 
Considerando o regime contábil, o campo de aplicação, o 
objeto e outros aspectos gerais da Contabilidade Pública no 
Brasil, marque certo ou errado para a afirmativa abaixo: 
 
A contabilidade será organizada de modo a permitir o 
acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento 
da composição patrimonial, a determinação dos custos dos 
serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a 
análise e a interpretação dos resultados econômicos e 
financeiros. 
 
08. (CESPE-Analista-SEGER-ES-2007-Adaptada) Com base na 
legislação aplicável à contabilidade pública e à administração 
orçamentária e financeira, julgue: 
 
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que a despesa e a 
assunção de compromisso devem ser registradas segundo o 
regime de competência, o que é compatível com a disposição 
da Lei n.º 4.320/1964, segundo a qual pertencem ao 
exercício financeiro as despesas nele legalmente 
empenhadas. 
 
 
 
 
 
 
 
09. (CESPE – Analista-Contabilidade – INPI – 2006-Adaptada) 
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Contabilidade pública é o ramo da ciência contábil voltado 
para o registro, o controle e a demonstração dos fatos 
mensuráveis em moeda que afetam o patrimônio da União, 
dos estados e dos municípios e suas respectivas autarquias e 
fundações. Acerca da Contabilidade Pública, julgue os itens a 
seguir. 
I) Entre outras características, os serviços de Contabilidade 
Pública devem ser organizados de maneira que se possa 
determinar os custos dos serviços industriais e a análise e a 
interpretação dos resultados econômicos e financeiros de suas 
entidades. 
II) A contabilidade pública deve estar organizada para 
registrar os valores dos bens públicos de uso geral e 
indiscriminado por parte da população, tais como rodovias, 
praças, viadutos. 
III) A organização da contabilidade pública deve permitir o 
registro de bens, valores e obrigações que, indiretamente, 
possam vir a afetar o patrimônio de suas entidades. 
Estão certos apenas os itens 
A) I e II. 
B) I e III. 
C) II e III. 
D) Nenhum dos itens. 
E) Todos os itens. 
 
10. (FCC – Analista de Controle Externo-TCM-CE-2010) 
O ramo da ciência contábil que aplica as teorias e técnicas de 
registro dos atos e fatos administrativos com a apuração de 
resultados e a demonstração de estados patrimoniais de 
entidades da administração direta e indireta, sob os princípios 
e normas do direito financeiro e princípios fundamentais a 
que pertence, é denominado de contabilidade 
(A) industrial. 
(B) bancária. 
(C) comercial. 
(D) gerencial. 
(E) governamental. 
 
 
 
 
Gabarito: 
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01. E 
02. E 
03. D 
04. A 
05. B 
06. C 
07. Certo08. Certo 
09. B 
10. E 
 
 
 
Lista das questões comentadas na aula 
 
01. (FCC–TCM-CE–2010) 
A contabilidade governamental, em regime de convênio e 
contrato de gestão, deve atender às principais leis, em ordem 
de abrangência e importância, na sequência apresentada: 
(a)Lei nº 4.320/1964, Decreto-Lei nº 200/1967, Lei 6.404/76 
e Decreto nº 3.000/99 
(b)Lei nº 4.320/1964, CF/88 e Lei nº 8.666/1993, Lei nº 
6.404/76 e Lei nº 11.638/2007 
(c)CF/1988, Lei nº 4.320/1964, Decreto-Lei nº 200/1967, 
Decreto nº 93.872/86 e Lei nº 101/00 
(d)LCO, Lei do PPA e Lei Orçamentária Anual, Lei nº 6.404/76 
e Lei nº 11.638/2007 
(e)Lei do PPA, LDO e Lei Orçamentária Anual, Lei nº 6.404/76 
e Lei nº 11.638/2007 
 
Gabarito: C 
02. (Cesgranrio-DNPM-Analista Administrativo-2006) 
Os bens que possuem a característica de não serem 
contabilizados como ativos, embora as obrigações 
decorrentes sejam incluídas no passivo, são os: 
(a)Bens de consumo 
(b)Bens numerários 
(c)Bens dominiais 
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(d)Bens de uso comum do povo 
(e)Créditos de funcionamento 
 
Gabarito: D 
03. (ESAF-SUSEP-Analista Técnico-2010) 
Julgue se verdadeiro (V) ou falso (F), os itens a seguir a 
respeito do conceito e contabilização dos bens públicos e 
assinale a opção que indica a sequência correta. 
V. Todos os bens públicos, de qualquer natureza, são 
objeto de registro. 
VI. Os bens públicos de uso especial são aqueles 
destinados ao desempenho das atividades das 
entidades públicas e constam do seu patrimônio. 
VII. Os bens públicos, mesmo aqueles de natureza 
imaterial, são passíveis de registro pela contabilidade, 
embora não integrem o patrimônio das entidades 
públicas. 
VIII. No âmbito federal, as estradas e vias públicas são 
consideradas bens de uso especial e são objeto de 
registro pela contabilidade aplicada ao setor público. 
(a)F,V,F,F 
(b)V,V,V,F 
(c)V,F,F,V 
(d)F,F,V,F 
(e)F,V,F,V 
 
Gabarito: A 
04. (FCC–Contador–Prefeitura de São Paulo–2010) 
A empresa Construções e Reformas Ltda. possui um imóvel 
no município de Lêmure. Apesar do IPTU referente a esse 
imóvel ter vencido em 15/03/09, a empresa efetuou seu 
pagamento somente em 15/01/10. A Prefeitura contabilizou 
essa receita como pertencente ao exercício de 2009. O 
procedimento adotado pela Prefeitura 
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(A) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é 
adotado o regime de competência tanto para a receita como 
para a despesa orçamentária. 
(B) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é 
adotado o regime de competência para a receita orçamentária 
e de caixa para a despesa orçamentária. 
(C) não atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é 
adotado o regime de caixa para a receita orçamentária e de 
competência para a despesa orçamentária. 
(D) não atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é 
adotado o regime de competência para a receita orçamentária 
e de caixa para a despesa orçamentária. 
(E) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é 
adotado o regime de caixa para a receita orçamentária e de 
competência para a despesa orçamentária. 
 
Gabarito: C 
 
05.(CESPE – Analista Administrativo- ANAC- 2009) 
Julgue o item Certo ou Errado sobre a contabilidade aplicada 
ao setor público. 
A contabilidade aplicada ao setor público, assim como 
qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos 
princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, 
aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, 
tanto para o reconhecimento da receita quanto para a 
despesa. 
 
Gabarito: Certo 
 
06. (FCC-TRE-PB-Analista Judiciário-Contabilidade-2006) 
A Lei 4.320, de 1964 alcança, necessariamente: 
(a) Prefeituras, Administração direta dos Estados, sociedades 
de economia mista 
(b) Fundações de direito privado, empresas públicas, 
Prefeituras 
(c) Prefeituras, fundações de direito público, empresas 
públicas 
(d) Administração direta dos Estados, Prefeituras, autarquias 
(e)Empresas públicas, sociedades de economia mista, 
fundações 
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Gabarito: D 
07. (FCC-TRE-PB-Analista Judiciário-Contabilidade-2006) 
Nas entidades de Direito Público, o exercício financeiro vai de: 
(a)1º de janeiro a 31 de dezembro, com período adicional de 
30 dias para liquidação de empenhos 
(b)2 de janeiro a 31 de dezembro 
(c)1º de janeiro a 31 de dezembro 
(d)1º de janeiro a 31 de dezembro, com período adicional de 
60 dias para liquidação de empenho 
(e)1º de janeiro a 30 de novembro 
 
Gabarito: C

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