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Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 1 de 30 Apresentação Caros (as) concurseiros (as) Meu nome é Otávio Souza, e é com imensa alegria que anuncio meu ingresso na seleta equipe de professores do Ponto dos Concursos. Sou graduado em Ciências Contábeis, Auditor Fiscal Tributário Municipal de São Paulo (ISS-SP) atualmente ocupando o cargo de Diretor do departamento de Auditoria Geral, controle interno no Município de São Paulo, órgão semelhante à CGU, no âmbito federal. Estou no serviço público desde 2003, quando ingressei como Auditor do Ministério Público do Estado do Paraná, ficando lá até 2007, ocasião em que assumi a posição que hoje ocupo. Até aqui percorri um longo caminho, sempre estudando e aprendendo a “fazer provas”. Colecionei vitórias porque apesar das dificuldades, não me deixei abater e persisti firme no propósito de alcançar o tão sonhado cargo público, Auditor Fiscal! Por conhecer os percalços deste caminho é que resolvi ajudar outras pessoas, que tem o mesmo sonho que eu, a também “chegar lá”. Ministrei aula em cursos preparatórios para concurso em São Paulo e agora estou encarando este novo desafio de transmitir a vocês o conhecimento que acumulei nesta trajetória e participar da sua vitória! Temos juntos um objetivo a ser atingido: ”aprender a fazer prova”, isso mesmo, não precisamos ser exímios conhecedores da matéria para passar em concurso, precisamos treinar (exaustivamente) a “fazer prova” e como eu sempre digo: “a prova sorrirá para você!” Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 2 de 30 A nossa matéria a ser tratada aqui é CONTABILIDADE PÚBLICA. Será vista de forma ampla e abrangente, já que não temos como objeto nenhum edital de concurso em foco. Ressaltamos que as nossas aulas estão atualizadas pelas novas normas brasileiras aplicadas ao setor público (Resoluções do CFC e Portarias editadas pela STN) Abordaremos nesse nosso estudo as posições, tendências e questões das principais bancas, como a FCC, ESAF, CESPE, CESGRANRIO e outras. Qualquer dúvida, coloco-me a sua inteira disposição através do contato: otavio@pontodosconcursos.com.br Bom, está apresentada a nossa proposta! Espero realmente poder contribuir para a realização do seu sonho!!! O nosso curso, como já mencionei, tratará da Contabilidade Pública de forma abrangente, e teremos, além desta, mais 08 aulas, assim distribuídas: AULA 0 Contabilidade Pública: conceito, objetivo, objeto, regime e campo de aplicação. AULA 1 Orçamento Público: conceito, classificação, ciclo e princípios orçamentários. AULA 2 Receita pública: conceito, classificação e estágios. Receita orçamentária e extraorçamentária. AULA 3 Despesa pública: conceito, classificação, estágios; Despesa orçamentária e extraorçamentária. AULA 4 Plano de contas da Administração Pública: conceito, estrutura; contas do ativo, passivo, despesa, receita, resultado e compensação. Restos a pagar. Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 3 de 30 AULA 5 Suprimento de fundos (regime de adiantamento). Créditos Adicionais. AULA 6 Levantamento de balanços de acordo com a Lei nº 4.320/64 e Resolução CFC nº 1.133/08 – parte I: Balanços orçamentário e financeiro. AULA 7 Levantamento de balanços de acordo com a Lei nº 4.320/64 e Resolução CFC nº 1.133/08 – parte II: Balanço patrimonial e demonstrativo das variações patrimoniais. AULA 8 Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar nº 101/2000) Nessa nossa aula inaugural vamos estudar o conceito de Contabilidade Pública, seu objeto de estudo, o regime contábil que lhe é aplicado e seu campo de atuação. Então, Vamos começar nosso trabalho? Aula 00 – CONTABILIADADE PÚBLICA CONTABILIDADE PÚBLICA Conceito, objetivo, objeto de estudo, regime e campo de aplicação Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 4 de 30 Começaremos o nosso estudo conceituando a Contabilidade Pública. A Contabilidade Pública, sendo uma das divisões da ciência contábil, conceitua-se como “o ramo da contabilidade que estuda, registra, controla e demonstra os atos e fatos administrativos da Fazenda Pública, evidencia o patrimônio público e suas variações.” A Contabilidade Pública, também chamada de Governamental ou, conforme Resolução CFC 1.128/08, Contabilidade Aplicada ao Setor Público, deve ser considerada como um sistema de informação e avaliação destinado a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza orçamentária, econômica, financeira, física e industrial. Para estudar a contabilidade pública é necessário conhecer todos os dispositivos legais pertinentes e estudá-los com bastante atenção, pois são ricos em minúcias e detalhes. As normas legais que regem a “nossa” Contabilidade Pública são: Constituição Federal/1988 Lei nº 4.320/64, Decreto 200/67, Decreto nº 93.872/86, Lei Complementar 101/2000 - Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, Portaria nº 163/2001 - MPOG/STN. Portaria nº 003/2008 – STN/SOF. Portaria nº 002/2009 – STN/SOF. Portaria nº 467/2009 – STN. Portaria nº 751/2009 – STN. E as resoluções do CFC. 1. Conceito Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 5 de 30 Agora vamos ver alguns conceitos legais? “A Contabilidade Aplicada ao Setor Público é o ramo da ciência contábil que aplica, no processo gerador de informações, os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as normas contábeis direcionadas ao controle patrimonial de entidades do setor público.” (Resolução CFC nº 1.128/08) “A Contabilidade Pública estuda, registra, controla e demonstra o orçamento aprovado e acompanha a sua execução” (art. 78, do Decreto-Lei nº 200/67). “A contabilidade deverá apurar os custos dos serviços de forma a evidenciar os resultados da gestão” (art. 79, do Decreto-Lei nº 200/67). “Os serviços de contabilidade serão organizados de forma a permitirem o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais a análise e interpretação dos resultados econômicos e financeiros” (art. 85, da Lei nº 4.320/64). “A contabilidade evidenciará perante a Fazenda Pública a situação de todos quantos, de qualquer modo, arrecadem receitas, efetuem despesas, administrem ou guardem bens a ela pertencentes ou confiados” (art. 83, da Lei nº 4.320/64). Após analisarmos os conceitos acima expostos, concluímos que a contabilidade pública registra a previsão da receita e a fixação da despesa estabelecida no orçamento público aprovado, escritura a execução orçamentária, compara a previsão e a realização das receitas e despesas, revela as variações patrimoniais, demonstra o valor do patrimônio, e ainda controla as operações de crédito, a dívida ativa, os créditos e as obrigações. De conformidade com o artigo 85 da Lei nº 4.320/64, a contabilidade será organizada de modo a permitir: O acompanhamento da execução orçamentária, Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 6 de 30 O conhecimento da composição patrimonial, A determinação dos custos dos serviços industriais, O levantamento dos balanços gerais e A análise e interpretação dos resultados econômicos e financeiros. E quem são os usuários dessa contabilidade? Os USUÁRIOS DA CONTABILIDADE PÚBLICAsão: Gestores do Patrimônio Público e das políticas econômicas e sociais do país para tomada de decisões; A população em geral; Os organismos nacionais e internacionais de crédito e fomento; Os órgãos de controle interno e externo nas suas funções institucionais. (FCC–TCM-CE–2010) A contabilidade governamental, em regime de convênio e contrato de gestão, deve atender às principais leis, em ordem de abrangência e importância, na sequência apresentada: a) Lei nº 4.320/1964, Decreto-Lei nº 200/1967, Lei 6.404/76 e Decreto nº 3.000/99 b) Lei nº 4.320/1964, CF/88 e Lei nº 8.666/1993, Lei nº 6.404/76 e Lei nº 11.638/2007 c) CF/1988, Lei nº 4.320/1964, Decreto-Lei nº 200/1967, Decreto nº 93.872/86 e Lei nº 101/00 d) LCO, Lei do PPA e Lei Orçamentária Anual, Lei nº 6.404/76 e Lei nº 11.638/2007 e) Lei do PPA, LDO e Lei Orçamentária Anual, Lei nº 6.404/76 e Lei nº 11.638/2007 Gabarito: C Veja como cai em prova!!! Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 7 de 30 Conforme Resolução CFC nº 1.128/08: “O objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público é fornecer aos usuários informações sobre os resultados alcançados e os aspectos de natureza orçamentária, econômica, financeira e física do patrimônio da entidade do setor público e suas mutações, em apoio ao processo de tomada de decisão; a adequada prestação de contas; e o necessário suporte para instrumentalização do controle social.” O objeto de estudo da contabilidade aplicada ao setor público, em seu sentido amplo é o patrimônio público. Mas, o que é o patrimônio público? De acordo com a Resolução CFC n° 1.129/2008: Patrimônio público é “o conjunto de direitos e bens, tangíveis ou intangíveis, onerados ou não, adquiridos, formados, produzidos, recebidos, mantidos ou utilizados pelas entidades do setor público, que seja portador ou represente um fluxo de benefícios, presente ou futuro, inerente à prestação de serviços públicos ou à exploração econômica por entidades do setor público e suas obrigações.” O Nosso Código Civil, nos seus arts. 98 e 99 estabelece regras a respeito dos bens públicos: 2. Objetivo da Contabilidade Aplicada ao Setor Público 3. Objeto de estudo da Contabilidade Pública Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 8 de 30 “Art. 98. São públicos os bens do domínio público nacionais pertencentes às pessoas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Art. 99. São bens públicos: I- os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II – os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III – os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado.” Os bens de uso comum do povo enumerados no inciso I do art. 99 são apenas exemplificativos. Esses bens não são objeto da contabilidade, ou seja, não são registrados contabilmente pelos entes que possuem o seu domínio. Todavia, são sempre contabilizadas as despesas já pagas e as obrigações assumidas com sua construção e manutenção. Na área pública, deve ser considerado como patrimônio a ser controlado (contabilizado) pelos órgãos e entidades públicas tão somente aqueles bens que atendam à característica de uso restrito, específico e não generalizado, de propriedades dessas entidades. Assim, apenas os bens, direitos a receber e obrigações a pagar de propriedade e uso exclusivo das entidades e órgãos públicos é que integram o seu patrimônio, formando o objeto da contabilidade pública. Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 9 de 30 Exemplificando: As praias do litoral brasileiro não estão registradas na contabilidade da União. Uma quadra esportiva ou um viaduto construído pela cidade de São Paulo não será registrada em sua contabilidade. 1. NÃO SÃO CONTABILIZADOS: Bens de uso geral e indiscriminado por parte da população, os chamados Bens de uso comum ou Bens de Domínio Público. Contabilizam-se apenas as despesas já pagas e os compromissos assumidos com sua construção e manutenção. 2. SÃO CONTABILIZADOS: Bens de uso especial e dominicais. (Cesgranrio-DNPM-Analista Administrativo-2006) Os bens que possuem a característica de não serem contabilizados como ativos, embora as obrigações decorrentes sejam incluídas no passivo, são os: a) Bens de consumo b) Bens numerários c) Bens dominiais d) Bens de uso comum do povo e) Créditos de funcionamento Gabarito: D Comentários: RELEMBRANDO Veja como cai em prova!!! Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 10 de 30 Observe que esta questão trata do que falamos há pouco, dos bens que não são registrados pela Contabilidade Pública, ou seja, não são incorporados e/ou ativados ao patrimônio das entidades. Porém os compromissos assumidos com sua construção e manutenção são contabilizados. Apesar de a Resolução CFC n° 1.128/2008 contemplar como objeto da Contabilidade Pública apenas o patrimônio, deve-se proceder ao registro, controle e evidenciação do orçamento público e dos atos administrativos (somente aqueles que no futuro poderão vir a alterar os elementos patrimoniais, em nível de bens, direitos e obrigações. Como por exemplo, contratos, convênios e outros). De acordo com a RESOLUÇÃO N° 1.132/2008: “O patrimônio das entidades do setor público, o orçamento, a execução orçamentária e financeira e os atos administrativos que provoquem efeitos de caráter econômico e financeiro no patrimônio da entidade devem ser mensurados ou avaliados monetariamente e registrados pela contabilidade”. Vejamos mais estes dois objetos de registro e controle da Contabilidade Pública! 1) Orçamento público Orçamento público é a peça autorizativa para arrecadação de recursos financeiros (receitas) e realização de gastos (despesas) A preocupação da Lei Orçamentária reside no montante de recursos financeiros que poderão ingressar nos órgãos públicos, sendo representado pelo título de RECEITA, Atenção Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 11 de 30 identificando (prevendo) cada uma de suas origens, bem como no montante de recursos que deverão ser despendidos pelos órgãos, representado pelo título de DESPESA, na realização de seus programas de trabalho, identificando (fixando) o montante de cada uma dessas aplicações. OBSERVAÇÃO: Receita orçamentária: ingresso de recursos financeiros Despesa orçamentária: dispêndio de recursos financeiros Portanto, como já vimos, para o orçamento, todo o ingresso de recursos financeiros autorizados é intitulado RECEITA, e todo desembolso, quer de imediato ou no futuro, de recursos financeiros autorizados é considerado DESPESA. Trataremos o Orçamento Público, mais detalhadamente, em aula específica. 2) Atos administrativos Finalmente, a contabilidade tem também como um dos seus objetosos atos administrativos tais como: contratos, convênios, avais, fianças, cauções em títulos, etc. Esse controle é realizado através de contas de compensação (art. 105, § 5º, da Lei nº 4.320/64). Deve-se observar que não são quaisquer atos administrativos que serão controlados pela contabilidade, mas apenas aqueles que poderão, no futuro, vir a alterar os elementos patrimoniais, em nível de bens, direitos e obrigações. (ESAF-SUSEP-Analista Técnico-2010) Julgue se verdadeiro (V) ou falso (F), os itens a seguir a respeito do conceito e contabilização dos bens públicos e assinale a opção que indica a sequência correta. Veja como cai em prova!!! Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 12 de 30 I. Todos os bens públicos, de qualquer natureza, são objeto de registro. II. Os bens públicos de uso especial são aqueles destinados ao desempenho das atividades das entidades públicas e constam do seu patrimônio. III. Os bens públicos, mesmo aqueles de natureza imaterial, são passíveis de registro pela contabilidade, embora não integrem o patrimônio das entidades públicas. IV. No âmbito federal, as estradas e vias públicas são consideradas bens de uso especial e são objeto de registro pela contabilidade aplicada ao setor público. a) F,V,F,F b) V,V,V,F c) V,F,F,V d) F,F,V,F e) F,V,F,V Gabarito: A Comentários: I. Falso. Os bens de uso comum, tais como praças, ruas, estradas, rios, não fazem parte do ativo da Contabilidade Pública. Dessa forma nem todos os bens públicos são objetos de registro. II. Verdadeiro. Conforme o inciso II do art. 99 co Código Civil, os bens especiais são os edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, ou municipal, inclusive os de suas autarquias. III. Falso. Os bens públicos de natureza imaterial, também conhecidos como incorpóreos, são passíveis de registro pela Contabilidade Pública. Portanto integram o patrimônio da entidade. Conforme Resolução CFC nº 1.137/08, os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da atividade pública ou exercidos com essa Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 13 de 30 finalidade são mensurados ou avaliados com base no valor de aquisição ou de produção. IV. Falso. Os exemplos dados referem-se a bens de uso comum e não especial. Existem, na Ciência Contábil, dois regimes contábeis: regime de caixa e regime de competência. Regime de caixa Por esse regime, na apuração do resultado, a receita é reconhecida no momento do seu recebimento (arrecadação) e a despesa no momento do pagamento. Regime de competência Por esse regime, na apuração do resultado, a receita e a despesa são reconhecidas no momento em que ocorrer o fato gerador, independente do recebimento da receita, ou do pagamento da despesa. Na contabilidade empresarial, o regime adotado é o de competência. Mas, qual o regime adotado pela contabilidade pública? Bem, podemos dividir a contabilidade aplicada ao setor público em dois regimes: regime orçamentário e regime patrimonial. 1. Regime Orçamentário Para reconhecer as receitas e as despesas orçamentárias, o regime adotado no Brasil, na contabilidade aplicada ao setor público, é o regime misto, ou seja, 4. Regime contábil aplicado à Contabilidade Pública Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 14 de 30 reconhecem-se a despesa segundo o regime de competência, e a receita segundo o regime de caixa. Vejamos qual a previsão legal para esse regime. A Lei 4.320/64 em seu art. 35 estabelece que pertencem ao exercício financeiro: I - as receitas nele arrecadadas; II- as despesas nele legalmente empenhadas. OBSERVAÇÃO: RECEITA = ARRECADADAS = CAIXA REGIME MISTO DESPESA = EMPENHADAS = COMPETÊNCIA Por que a adoção do regime misto? Com a adoção desse regime verificamos a prudência do legislador, ao estabelecer que os órgãos públicos apenas devem contar com recursos para financiar seus gastos após o efetivo ingresso desses nos cofres públicos. Portanto, a receita será registrada em qualquer época do ano no momento em que os recursos financeiros tornarem-se disponíveis para o Tesouro Público. Porém, ao final do exercício financeiro, deverão ser apropriados como receita, também os valores arrecadados que ainda não foram recolhidos aos cofres públicos, em cumprimento ao texto da lei. No que se refere à despesa pública, a legislação também adotou uma postura conservadora: a apropriação ocorre tendo como fato gerador o saldo de despesa empenhada, independente de seu pagamento e ainda que os serviços e os bens solicitados não tenham sido recebidos, até o final do ano de emissão do empenho. Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 15 de 30 Mas o que é tudo isso afinal? Mais adiante nós veremos os estágios da despesa e da receita orçamentárias, por hora, consideramos importante esclarecermos alguns conceitos. EMPENHO DE DESPESA = ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição (art. 58 da Lei 4.320/64). LIQUIDAÇÃO DE DESPESA = verificação do direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo crédito (art. 63 da lei 4.320/64). ARRECADAÇÃO = ato de pagamento dos tributos ou outras receitas ao agente arrecadador. (bancos, alfândegas, tesourarias, por exemplo). (art. 35 e 55 da Lei 4.320/64) RECOLHIMENTO = relaciona-se a entrega efetiva dos valores arrecadados, pelos agentes, ao Tesouro Público. Ficou mais claro agora? Então, vamos continuar! (FCC–Contador–Prefeitura do Município de São Paulo–2010) A empresa Construções e Reformas Ltda. possui um imóvel no município de Lêmure. Apesar do IPTU referente a esse imóvel ter vencido em 15/03/09, a empresa efetuou seu pagamento somente em 15/01/10. A Prefeitura contabilizou essa receita como pertencente ao exercício de 2009. O procedimento adotado pela Prefeitura (A) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime de competência tanto para a receita como para a despesa orçamentária. (B) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime de competência para a receita orçamentária e de caixa para a despesa orçamentária. Veja como cai em prova!!! Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 16 de 30 (C) não atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime de caixa para a receita orçamentária e de competência para a despesa orçamentária. (D) não atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime de competência para a receita orçamentária e de caixa para a despesa orçamentária. (E) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime de caixa para a receita orçamentária e de competência para a despesa orçamentária. Gabarito: C Comentário: Observe que esta questão cobra o conhecimento do candidato acerca do regime que é usado para reconhecimento das receitas e despesas orçamentárias. Neste caso, o regime misto, que adota o regime de competência para despesa e o regime de caixa para receita, conforme art. 35 da Lei 4.320/64. 2. Regime patrimonial A receita e a despesa contábeis decorrem de fatos modificativos aumentativose diminutivos, respectivamente. Seus efeitos no patrimônio devem ser reconhecidos quando da alteração na situação liquida patrimonial, independentemente de haver ou não autorização orçamentária. Esse é o enfoque patrimonial da receita e despesa. Portanto, com base nesse enfoque, para reconhecer as receitas e as despesas, na contabilidade aplicada ao setor público, adota-se o regime de competência. Essa é uma inovação trazida pela Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 2008 - Manual de Receita Nacional. (CESPE – Analista Administrativo- ANAC- 2009) Julgue o item Certo ou Errado sobre a contabilidade aplicada ao setor público. A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 17 de 30 princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa. Gabarito: Certo Comentário: Conforme inovação trazida pela Portaria Conjunta STN/SOF nº 3, de 2008 - Manual de Receita Nacional, sob o enfoque patrimonial, as receitas e despesas devem ser reconhecidas pelo regime de competência. Pessoal, fique atento! Na contabilidade pública ou contabilidade aplicada ao setor público: 1. Quando a questão versar sobre o reconhecimento da receita e da despesa orçamentárias, o regime adotado é o misto. Sendo, caixa para receitas orçamentárias (arrecadadas) e competência para as despesas orçamentárias (empenhadas). 2. Quando a questão versar sobre o reconhecimento da receita e da despesa sob o enfoque patrimonial (seus efeitos alteram a situação líquida do patrimônio), o regime adotado é o de competência. Atenção Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 18 de 30 Exercício Financeiro A Lei 4.320/64 em seu art. 34 estabelece que o exercício financeiro começa em 1º de janeiro e encerra-se em 31 de dezembro quando diz: “o exercício financeiro coincidirá com o ano civil”. (FCC-TRE-PB-Analista Judiciário-Contabilidade-2006) Nas entidades de Direito Público, o exercício financeiro vai de: a) 1º de janeiro a 31 de dezembro, com período adicional de 30 dias para liquidação de empenhos b) 2 de janeiro a 31 de dezembro c) 1º de janeiro a 31 de dezembro d) 1º de janeiro a 31 de dezembro, com período adicional de 60 dias para liquidação de empenho e) 1º de janeiro a 30 de novembro Gabarito: C Comentário: Essa questão está literalmente conforme o dispositivo de lei supra citado (art. 34 da Lei 4.320/64), portanto sem nenhum segredo, dá pra “tirar de letra” não dá? Agora que já conhecemos o regime contábil adotado, vejamos a quem se aplica a contabilidade pública. Veja como cai em prova!!! IMPORTANTE!!! Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 19 de 30 A contabilidade pública é regulamentada especialmente pela Lei nº 4.320/64. Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Dessa forma, o campo de aplicação da contabilidade pública é essencialmente o das pessoas jurídicas de direito público – União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Portanto, todos os entes federados devem seguir as normas gerais de direito financeiro estabelecidas na Lei nº 4.320/64. Mas e a Administração indireta, também é abrangida por essa lei? SIM. Em seu Título X, a Lei 4.320/64 trata das autarquias e outras entidades, compreendidas entre estas as com autonomia financeira e administrativa cujo capital pertença, integralmente, ao poder público. Assim, a estrutura da Administração Pública atendida pela contabilidade envolve: Administração Direta a) Governo Federal: Ministérios, Secretarias do Governo Federal, Presidência da República e Órgãos dos demais Poderes as União (tribunais, casas legislativas, etc.). b) Governo Estadual/Distrital/Municipal: Secretarias de Governo Estadual e Municipal, Prefeituras e Órgãos dos demais Poderes. 5. Campo de aplicação da Contabilidade Pública Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 20 de 30 Administração Indireta Autarquias, fundações públicas e empresas vinculadas aos três níveis de governo (enquanto fazem uso de recursos à conta do orçamento público nas esferas fiscal e seguridade social). As empresas, enquanto dependentes, estão no campo de aplicação da Contabilidade Pública, é o que se entende da leitura do inciso III do art. 50 da LRF em confronto com o inciso III do seu art. 2º. Dessa forma deve-se incluir no seu campo de atuação as sociedades de economia mista dependentes. Acreditamos que seja interessante relembrarmos, aqui, os conceitos das entidades citadas acima. Então vamos lá! Autarquia: é o serviço autônomo, com personalidade jurídica de direito público, patrimônio e receita próprios, criado por lei para executar atividades típicas da administração pública, que requeriam, para seu melhor funcionamento, gestão administrativa e financeira descentralizada. Fundação Pública: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito público, sem fins lucrativos, criada em virtude de autorização legislativa, com autonomia administrativa, patrimônio próprio e funcionamento custeado por recursos públicos. Empresa Pública: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, com patrimônio próprio e capital públicos, criada por lei para a exploração de atividade econômica que o governo seja levado a exercer por força de contingência ou de conveniência administrativa, podendo revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito (Decreto-lei nº 900/69). Sociedade de Economia Mista: é a entidade dotada de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei para a exploração de atividades econômicas, sob a Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 21 de 30 forma de sociedade anônima, cujas ações com direito a voto pertençam, em sua maioria, direta ou indiretamente, ao poder público ou à entidade da administração indireta (Decreto-lei nº 900/69). As Autarquias e Fundações Públicas seguem as normas da contabilidade pública, portanto, estão dentro do campo de aplicação dessa disciplina. A Empresa Pública SOMENTE estará abrangida no campo de aplicação da contabilidade pública quando receber recursos do orçamento fiscal para custeio de suas despesas com pessoal, material de consumo, etc. A Sociedade de Economia Mista NÃO está abrangida no campo de aplicação da contabilidade pública, entretanto, quando receber recursos públicos para aplicação em determinados projetos, ela aplica e presta contas conforme as normas da contabilidade pública. (FCC-TRE-PB-Analista Judiciáro-Contabilidade-2006) A Lei 4.320, de 1964 alcança, necessariamente: a) Prefeituras, Administração direta dos Estados, sociedades de economia mista b) Fundações de direito privado, empresas públicas, Prefeituras c) Prefeituras, fundações de direito público, empresas públicas d) Administração direta dos Estados, Prefeituras, autarquias Veja como cai em prova!!! IMPORTANTE!!! Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página22 de 30 e) Empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações Gabarito: D Comentário: A) Sociedade de Economia Mista não está abrangida B) Fundação de Direito Privado NÃO está abrangida, Empresa Pública, SOMENTE quando receber recurso do orçamento fiscal para custeio de suas despesas com pessoal e material C) Empresas públicas SOMENTE quando receber recurso do orçamento fiscal para custeio de suas despesas com pessoal e material D) Está correta E) Fundações SOMENTE as de Direito Público. Bem, chegamos ao fim da nossa primeira aula, esperamos ter atingido o nosso objetivo! Estamos a sua inteira disposição para dúvidas e esclarecimentos no fórum ou pra sugestões e críticas no e-mail: otavio@pontodosconcursos.com.br Agora pra treinar um pouco o que estudamos, que tal resolver algumas questões de provas anteriores? Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 23 de 30 Questões: 01. (CESPE-Contador-DPU-ADM-2010) De acordo com o disposto nas Normas Brasileiras de Contabilidade Aplicadas ao Setor Público, assinale a opção correta acerca do conceito, objeto, objetivo e campo de aplicação da contabilidade pública. (A) Independentemente do escopo, todas as entidades abrangidas pelo campo de aplicação devem observar integralmente as normas e técnicas próprias da contabilidade do setor público. (B) A contabilidade aplicada ao setor público é o ramo da ciência contábil que adota no processo gerador de informações, as normas fiscais direcionadas ao controle da receita e da despesa das entidades do setor público. (C) As pessoas físicas não se equiparam, para efeito contábil, a entidades do setor público, ainda que recebam subvenção, benefício, ou incentivo (fiscal ou creditício) de órgão público. (D) O objeto da contabilidade aplicada ao setor público é o planejamento feito pela administração pública para atender, durante determinado período, aos planos e programas de trabalho por ela desenvolvidos. (E) Um dos objetivos da contabilidade aplicada ao setor público é o de fornecer o necessário suporte para a instrumentalização do controle social. 02. (FCC-Contador-DPE-SP-2010) Segundo a Lei no 4.320/1964, pertencem ao exercício financeiro (A) somente as despesas legalmente liquidadas. (B) somente as despesas pagas. (C) as receitas de tributos cujo fato gerador já tenha ocorrido, mesmo que não arrecadadas. (D) os valores não inscritos em dívida ativa do ente público, em virtude de sua cobrança estar suspensa em função de recurso o Poder Judiciário. (E) as despesas legalmente empenhadas. Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 24 de 30 03. (FCC – Analista Judiciário – TRT – 16ª Região – 2009) Segundo disposto na Lei Federal no 4.320/64, pertencem ao exercício financeiro: (A) a receita independente do seu recebimento e as despesas nele legalmente empenhadas. (B) apenas as receita nele arrecadada. (C) as receitas nele arrecadadas e as despesas nele legalmente pagas. (D) a receita nele arrecadada e as despesas nele legalmente empenhadas. (E) apenas as despesas nele legalmente empenhadas. 04. (FCC-Analista Judiciário-Contabilidade-TER-PB-2006) Contador de autarquia contabiliza receita somente quando o dinheiro adentra as contas bancárias e registra despesa apenas quando o pagamento é efetivado. Nesse cenário, tal profissional a) Erra, porque a despesa deve ser registrada quando efetivamente empenhada b) Acerta, porque a receita deve ser contabilizada sob o regime de competência c) Erra, porque receita e despesa são escrituradas sob regime de competência d) Acerta, porque a despesa deve ser registrada sob regime de caixa e) Não se pode dizer que erra ou acerta, uma vez que cada entidade pública adota seu próprio regime de contabilização 05. (FCC-Analista Contador-Agência Reguladora-CE-2006) A teor da Lei no 4.320, de 1964, (A) a receita é contabilizada sob o regime de competência. (B) a despesa é orçamentariamente contabilizada quando empenhada. (C) a despesa submete-se ao regime de caixa. (D) o exercício financeiro nem sempre coincide com o ano civil. (E) em face do princípio da anualidade, não pode haver despesas de exercícios anteriores. Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 25 de 30 06. (FCC-Analista Contador-Agência Reguladora-CE-2006) A contabilidade pública é obrigatória (A) na Administração direta e em empresas públicas. (B) em autarquias, fundações e em sociedades de economia mista. (C) na Administração direta e em autarquias. (D) em fundos especiais e em fundações regidas pelo direito privado. (E) em empresas públicas e em sociedades de economia mista. 07. (ESAF–Auditor–TCE–GO–2007-Adaptada) Considerando o regime contábil, o campo de aplicação, o objeto e outros aspectos gerais da Contabilidade Pública no Brasil, marque certo ou errado para a afirmativa abaixo: A contabilidade será organizada de modo a permitir o acompanhamento da execução orçamentária, o conhecimento da composição patrimonial, a determinação dos custos dos serviços industriais, o levantamento dos balanços gerais, a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros. 08. (CESPE-Analista-SEGER-ES-2007-Adaptada) Com base na legislação aplicável à contabilidade pública e à administração orçamentária e financeira, julgue: A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que a despesa e a assunção de compromisso devem ser registradas segundo o regime de competência, o que é compatível com a disposição da Lei n.º 4.320/1964, segundo a qual pertencem ao exercício financeiro as despesas nele legalmente empenhadas. 09. (CESPE – Analista-Contabilidade – INPI – 2006-Adaptada) Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 26 de 30 Contabilidade pública é o ramo da ciência contábil voltado para o registro, o controle e a demonstração dos fatos mensuráveis em moeda que afetam o patrimônio da União, dos estados e dos municípios e suas respectivas autarquias e fundações. Acerca da Contabilidade Pública, julgue os itens a seguir. I) Entre outras características, os serviços de Contabilidade Pública devem ser organizados de maneira que se possa determinar os custos dos serviços industriais e a análise e a interpretação dos resultados econômicos e financeiros de suas entidades. II) A contabilidade pública deve estar organizada para registrar os valores dos bens públicos de uso geral e indiscriminado por parte da população, tais como rodovias, praças, viadutos. III) A organização da contabilidade pública deve permitir o registro de bens, valores e obrigações que, indiretamente, possam vir a afetar o patrimônio de suas entidades. Estão certos apenas os itens A) I e II. B) I e III. C) II e III. D) Nenhum dos itens. E) Todos os itens. 10. (FCC – Analista de Controle Externo-TCM-CE-2010) O ramo da ciência contábil que aplica as teorias e técnicas de registro dos atos e fatos administrativos com a apuração de resultados e a demonstração de estados patrimoniais de entidades da administração direta e indireta, sob os princípios e normas do direito financeiro e princípios fundamentais a que pertence, é denominado de contabilidade (A) industrial. (B) bancária. (C) comercial. (D) gerencial. (E) governamental. Gabarito: Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 27 de 30 01. E 02. E 03. D 04. A 05. B 06. C 07. Certo08. Certo 09. B 10. E Lista das questões comentadas na aula 01. (FCC–TCM-CE–2010) A contabilidade governamental, em regime de convênio e contrato de gestão, deve atender às principais leis, em ordem de abrangência e importância, na sequência apresentada: (a)Lei nº 4.320/1964, Decreto-Lei nº 200/1967, Lei 6.404/76 e Decreto nº 3.000/99 (b)Lei nº 4.320/1964, CF/88 e Lei nº 8.666/1993, Lei nº 6.404/76 e Lei nº 11.638/2007 (c)CF/1988, Lei nº 4.320/1964, Decreto-Lei nº 200/1967, Decreto nº 93.872/86 e Lei nº 101/00 (d)LCO, Lei do PPA e Lei Orçamentária Anual, Lei nº 6.404/76 e Lei nº 11.638/2007 (e)Lei do PPA, LDO e Lei Orçamentária Anual, Lei nº 6.404/76 e Lei nº 11.638/2007 Gabarito: C 02. (Cesgranrio-DNPM-Analista Administrativo-2006) Os bens que possuem a característica de não serem contabilizados como ativos, embora as obrigações decorrentes sejam incluídas no passivo, são os: (a)Bens de consumo (b)Bens numerários (c)Bens dominiais Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 28 de 30 (d)Bens de uso comum do povo (e)Créditos de funcionamento Gabarito: D 03. (ESAF-SUSEP-Analista Técnico-2010) Julgue se verdadeiro (V) ou falso (F), os itens a seguir a respeito do conceito e contabilização dos bens públicos e assinale a opção que indica a sequência correta. V. Todos os bens públicos, de qualquer natureza, são objeto de registro. VI. Os bens públicos de uso especial são aqueles destinados ao desempenho das atividades das entidades públicas e constam do seu patrimônio. VII. Os bens públicos, mesmo aqueles de natureza imaterial, são passíveis de registro pela contabilidade, embora não integrem o patrimônio das entidades públicas. VIII. No âmbito federal, as estradas e vias públicas são consideradas bens de uso especial e são objeto de registro pela contabilidade aplicada ao setor público. (a)F,V,F,F (b)V,V,V,F (c)V,F,F,V (d)F,F,V,F (e)F,V,F,V Gabarito: A 04. (FCC–Contador–Prefeitura de São Paulo–2010) A empresa Construções e Reformas Ltda. possui um imóvel no município de Lêmure. Apesar do IPTU referente a esse imóvel ter vencido em 15/03/09, a empresa efetuou seu pagamento somente em 15/01/10. A Prefeitura contabilizou essa receita como pertencente ao exercício de 2009. O procedimento adotado pela Prefeitura Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 29 de 30 (A) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime de competência tanto para a receita como para a despesa orçamentária. (B) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime de competência para a receita orçamentária e de caixa para a despesa orçamentária. (C) não atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime de caixa para a receita orçamentária e de competência para a despesa orçamentária. (D) não atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime de competência para a receita orçamentária e de caixa para a despesa orçamentária. (E) atendeu a Lei no 4.320/64, uma vez que no Brasil é adotado o regime de caixa para a receita orçamentária e de competência para a despesa orçamentária. Gabarito: C 05.(CESPE – Analista Administrativo- ANAC- 2009) Julgue o item Certo ou Errado sobre a contabilidade aplicada ao setor público. A contabilidade aplicada ao setor público, assim como qualquer outro ramo da ciência contábil, obedece aos princípios fundamentais de contabilidade. Dessa forma, aplica-se, em sua integralidade, o princípio da competência, tanto para o reconhecimento da receita quanto para a despesa. Gabarito: Certo 06. (FCC-TRE-PB-Analista Judiciário-Contabilidade-2006) A Lei 4.320, de 1964 alcança, necessariamente: (a) Prefeituras, Administração direta dos Estados, sociedades de economia mista (b) Fundações de direito privado, empresas públicas, Prefeituras (c) Prefeituras, fundações de direito público, empresas públicas (d) Administração direta dos Estados, Prefeituras, autarquias (e)Empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br Página 30 de 30 Gabarito: D 07. (FCC-TRE-PB-Analista Judiciário-Contabilidade-2006) Nas entidades de Direito Público, o exercício financeiro vai de: (a)1º de janeiro a 31 de dezembro, com período adicional de 30 dias para liquidação de empenhos (b)2 de janeiro a 31 de dezembro (c)1º de janeiro a 31 de dezembro (d)1º de janeiro a 31 de dezembro, com período adicional de 60 dias para liquidação de empenho (e)1º de janeiro a 30 de novembro Gabarito: C
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