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Aula 08 Contabilidade publica

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Aula 08 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 1 de 57 
 
AULA 08 – LEI DE RESPONSABILIADAE FISCAL 
 
Olá, concurseiros (as)! 
Esta é a nossa última aula! 
Antes de começar o assunto de hoje gostaria 
de fazer uma retificação na questão 08 sem comentário, da 
aula anterior. Transcrevo a questão abaixo, para comentá-la. 
(FCC- Agente Técnico - Assembleia Legislativa SP-2010) 
No final do exercício financeiro de 2009, antes da apuração do 
resultado patrimonial, a prefeitura de WCL apresentava os 
seguintes saldos nas contas do sistema financeiro e 
patrimonial: 
 
 
Em R$ (milhões) 
Almoxarifado 40,00 
Aplicações Financeiras 170,00 
Bancos/Conta Movimento 10,00 
Bens Imóveis 450,00 
Bens Móveis 150,00 
Cauções 60,00 
Consignações 22,00 
Despesa Orçamentária 215,00 
Dívida Ativa 35,00 
Dívida Fundada Externa 80,00 
Dívida Fundada Interna 500,00 
Mutações Patrimoniais Ativas 60,00 
Mutações Patrimoniais Passivas 50,00 
Receita Orçamentária 210,00 
Restos a Pagar Processados 55,00 
Saldo Patrimonial 85,00 
Serviços da Dívida a Pagar 38,00 
Variações Ativas Independentes da Execução Orçamentária 24,00 
Variações Passivas Independentes da Execução Orçamentária 14,00 
 
Aula 08 
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O valor total dos saldos devedores, em 31/12/2009 era em 
milhares de reais 
a) 1.219,00 
b) 1.181,00 
c) 1.154,00 
d) 1.134,00 
e) 1.129,00 
 
Comentário: 
A retificação é quanto ao gabarito, a alternativa “D” teve o 
valor digitado errado, o valor correto é 1.134,00 em vez de 
1.434,00 como aparecia anteriormente. 
Contas com saldos devedores: 
Contas Valor (em reais) 
Almoxarifado 40,00 
Aplicações Financeiras 170,00 
Bancos 10,00 
Bens Imóveis 450,00 
Bens Móveis 150,00 
Despesas Orçamentárias 215,00 
Dívida Ativa 35,00 
Mutações Patrimoniais Passivas 50,00 
Variações Passivas IEO 14,00 
TOTAL 1.134,00 
 
 
 Voltando a aula de hoje, vamos estudar a Lei 
Complementar nº 101/2000, Lei de Responsabilidade Fiscal. 
 
 Prontos para começar? 
 
 Então, vamos lá!!! 
 
Aula 08 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 3 de 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 A lei de Responsabilidade Fiscal é uma Lei 
complementar que estabelece normas de finanças públicas 
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, 
regulamenta parte do art. 163 e todo o contexto do art. 169 
da Constituição Federal no capítulo relativo às finanças 
públicas e ainda estabelece normas específicas destinadas à 
Contabilidade Pública, conforme prevê o seu art. 50. 
 
 O artigo 163 da CF/88 estabelece: 
 Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das 
autarquias, fundações e demais entidades 
controladas pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades 
públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
 
Lei Complementar nº 101/2000, Lei de 
Responsabilidade Fiscal 
 
1. Introdução 
 
Aula 08 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 4 de 57 
 
V - fiscalização financeira da administração pública 
direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e 
entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições 
oficiais de crédito da União, resguardadas as 
características e condições operacionais plenas das 
voltadas ao desenvolvimento regional. 
 Mas, a quem se aplica a Lei de 
Responsabilidade Fiscal? 
 A LRF é aplicável à União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios, extensiva a todos os Poderes, 
autarquias, fundações públicas, empresas públicas, 
sociedades de economia mista, fundos, entidades estatais 
dependentes, ou seja, estão excluídas apenas as 
empresas estatais independentes, aquelas que não 
dependem (recebem) de recursos do tesouro do ente 
ao qual se vinculam. 
 Vamos estudar a Lei Complementar nº 
101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal) abordando os seus 
principais temas, aqueles que costumam ser cobrados em 
prova! 
 
 
 
 
 
 RECEITA CORRENTE LÍQUIDA – é o 
somatório das receitas tributárias, de contribuições, 
patrimoniais, industriais, agropecuárias, de serviços, 
transferências correntes e outras receitas também correntes. 
2. Receita Corrente Líquida 
 
Aula 08 
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A receita corrente líquida será apurada 
somando-se as receitas arrecadadas no mês em referência e 
nos onze anteriores, excluídas as duplicidades (art. 2º, § 3º, 
da LRF). 
O mês de referência, ou atual, é o mês 
imediatamente anterior àquele em que a receita corrente 
líquida estiver sendo apurada (art. 6º, Parágrafo único, da 
Portaria STN nº 589/01). 
Como se apura a Receita Corrente Líquida? 
Para obter a RCL deve-se considerar no 
cálculo todas as receitas correntes dos onze meses 
anteriores e as do mês de referência (atual) e deduzir: 
 No âmbito da UNIÃO: 
 
1. Valores transferidos aos Estados e 
Municípios por determinação constitucional ou 
legal; 
 
2. Contribuições do empregador e do 
trabalhador e demais segurados para a seguridade 
social (art. 195, inciso I alínea “a” e inciso II da 
CF/88) 
 
3. Contribuições para o Programa de 
Integração Social (PIS) e para o Programa de 
Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) 
(art. 239 da CF/88); 
 
4. Contribuição dos servidores para o 
custeio do seu sistema de previdência e assistência 
social; 
 
5. Receitas provenientes da compensação 
financeira entre os diversos regimes de previdência 
social (art. 201, § 9º da CF/88). 
 
 
 No âmbito dos Estados: 
 
1. Parcelas entregues aos Municípios por 
determinação constitucional; 
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2. Contribuição dos servidores para o 
custeio do seu sistema de previdência e assistência 
social; 
 
3. Receitas provenientes da compensação 
financeira entre os diversos regimes de previdência 
social (art. 201, § 9º da CF/88). 
 
 No âmbito dos Municípios: 
 
1. Contribuição dos servidores para o 
custeio do seu sistema de previdência e assistência 
social; 
 
2. Receitas provenientes da compensação 
financeira entre os diversos regimes de previdência 
social (art. 102, § 9º da CF/88). 
 
 No âmbito do Distrito Federal e dos 
Estados do Amapá e Roraima: 
 
1. Recursos transferidos pela União na 
forma dos incisos XIII e XIV, do art. 21, da 
Constituição Federal e do art. 31 da Emenda 
Constitucional nº 19, para custear despesas com 
pessoal. 
 
Ainda, DEVERÃO SER CONSIDERADOS no cálculo da 
Receita Corrente Líquida: 
 Os valores pagos e recebidos em decorrência 
da Lei Complementar nº 85/1996 (Lei Kandir), 
 Os valores pagos e recebidos relativos ao 
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magistério – FUNDEF 
(art. 60, ADCT, CF/88). 
 
 
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Deverá ser realizado um confronto entre os valores pagos e 
recebidos. Se o resultado obtido for positivo, deverá ser 
adicionado, se negativo, deduzido da Receita Corrente 
Líquida. 
 
As duplicidades devem ser excluídas da RCL da União, 
Estados, Municípios e Distrito Federal (art. 2º, § 3º, LRF). 
 
 
01. (FCC – Procurador MP Especial – TCE-SC – 2005) 
Segundo o artigo 2º da Lei Complementar 101/2000,não são 
consideradas receitas correntes líquidas: 
(a) Receitas tributárias. 
(b) Receitas patrimoniais. 
(c) Receitas de contribuições. 
(d) Receitas industriais, agropecuárias e de serviços. 
(e) Receitas provenientes de compensações financeiras da 
previdência. 
 
Comentário: 
As alternativas “a”, “b”, “c” e “d” trazem receitas correntes, 
portanto, fazem parte da Receita Corrente Líquida. 
 
As compensações financeiras ocorrem entre os entes da 
federação (União, Estados/DF e Municípios). 
 
As Receitas provenientes de compensações financeiras da 
previdência são exemplos de deduções, portanto, não estão 
entre as receitas correntes líquidas. 
 
Gabarito: E 
 
 
 
 
 Veja como cai em prova!!! 
 
Aula 08 
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 A Lei de Responsabilidade Fiscal 
procurou aperfeiçoar a sistemática traçada pela norma 
constitucional na busca do equilíbrio na elaboração e 
execução orçamentária. Trata, em seus artigos de somente 
dois dos instrumentos orçamentários estabelecidos na 
Constituição, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei 
Orçamentária Anual, é silente quanto ao Plano Plurianual. 
 
A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS 
(LDO) – é o instrumento orçamentário tratado na LRF com 
mais ênfase, para a qual, em seu artigo 4º, estabelece: 
 Equilíbrio entre receitas e despesas; 
 Critérios e formas de limitação de empenho, na 
ocorrência de arrecadação da receita inferior ao 
esperado, de modo a comprometer as metas de 
resultado primário e nominal previstas para o exercício; 
 Normas relativas ao controle de custos e avaliação dos 
resultados dos programas financiados pelo orçamento; 
 Condições e exigências para transferências de recursos a 
entidades públicas e privadas. 
 Quantificar o resultado primário a ser obtido com vistas 
à redução do montante da dívida e das despesas com 
juros 
 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias deverá ser 
integrada por dois anexos: O Anexo de Metas Fiscais e O 
Anexo de Riscos Fiscais. 
 
 Anexo de Metas Fiscais – neste anexo, 
conforme § 1º do art. 4º da LFR, serão estabelecidas metas 
anuais, em valores correntes e constantes, relativas a 
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante 
da dívida pública, para o exercício a que se referirem e para 
os dois seguintes. 
 
3. Orçamento Público 
 
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O anexo de metas fiscais deverá estabelecer em 
relação às receitas e despesa: 
 Metas anuais, em valores correntes e constantes; 
 Resultado nominal e primário; 
 Montante da dívida pública, para o exercício a que se 
referirem e para os dois seguintes. 
 
 
O § 2º do art. 4º da LRF menciona que o Anexo de Metas 
Fiscais conterá, ainda: 
 
 Avaliação do cumprimento das metas relativas ao ano 
anterior; 
 
 Demonstrativo das metas anuais, instruído com 
memória e metodologia de cálculo que justifiquem os 
resultados pretendidos, comparando-as com as fixadas 
nos três exercícios anteriores, e evidenciando a 
consistência delas com as premissas e os objetivos da 
política econômica nacional; 
 
 Evolução do patrimônio líquido, também nos últimos três 
exercícios, destacando a origem e a aplicação dos 
recursos obtidos com a alienação de ativos; 
 
 Avaliação da situação financeira e atuarial: 
 Dos regimes geral de previdência social e próprio 
dos servidores públicos e do Fundo de Amparo ao 
Trabalhador - FAT; 
 Dos demais fundos públicos e programas estatais 
de natureza atuarial; 
 
 Demonstrativo da estimativa e compensação da 
renúncia de receita e da margem de expansão das 
despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
Anexo de Riscos Fiscais – neste anexo, 
conforme o § 3º do art. 4º da LRF, serão avaliados os 
passivos contingentes e outros riscos capazes de afetar as 
contas públicas, informando as providências a serem 
tomadas, caso se concretizem. 
Aula 08 
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O anexo de riscos fiscais deverá avaliar e informar: 
 Os passivos contingentes; 
 Outros riscos capazes de afetar as contas públicas; 
 Informar as providências a serem tomadas, caso se 
concretizem os riscos fiscais. 
 
 
 
02. (FCC -Procurador MP Especial – TCE-SC – 2005) 
A publicação da Lei Complementar nº 101/00, denominada 
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), contribuiu para maior 
controle, organização e transparência do orçamento. Com a 
LRF, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tornou-se o 
instrumento mais importante para a obtenção do equilíbrio 
permanente nas contas públicas. Identifique a opção incorreta 
no tocante às exigências que a LRF trouxe em relação à LDO. 
a) Estabelecer limitações à redução de despesas obrigatórias 
de caráter continuado. 
b) Dispor sobre o controle de custos e avaliação dos 
resultados dos programas financiados pelo orçamento. 
c) Disciplinar as transferências de recursos a entidades 
públicas e privadas. 
d) Estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na 
ocorrência de arrecadação da receita inferior ao esperado, de 
modo a não comprometer as metas de resultado primário e 
nominal, previstas para o exercício. 
e) Quantificar o resultado primário a ser obtido com vistas à 
redução do montante da dívida e das despesas com juros. 
 
Comentário: 
A alternativa “A” é o gabarito, pois a questão pede a 
incorreta, pois a LDO não estabelece limitações à redução de 
despesas obrigatórias de caráter continuado. 
 
As alternativas “B”, “C”, “D” e “E” trazem os dispositivos da 
lei, conforme segue: 
 
 Veja como cai em prova!!! 
 
Aula 08 
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Alternativa B: Normas relativas ao controle de custos e 
avaliação dos resultados dos programas financiados pelo 
orçamento; 
 
Alternativa C: Condições e exigências para transferências de 
recursos a entidades públicas e privadas. 
 
Alternativa D. Critérios e formas de limitação de empenho, 
na ocorrência de arrecadação da receita inferior ao esperado, 
de modo a comprometer as metas de resultado primário e 
nominal previstas para o exercício; 
 
Alternativa E: Quantificar o resultado primário a ser obtido 
com vistas à redução do montante da dívida e das despesas 
com juros 
 
OBSERVAÇÃO: O Quantificar o resultado primário a ser 
obtido com vistas à redução do montante da dívida e das 
despesas com juros não está de forma explicita na LRF. 
Entretanto, consta em diversos de seus dispositivos, o § 1º 
do art. 4º da LRF é um exemplo. 
 
Gabarito: A 
 
 A LEI DE ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) – 
deverá ser elaborada de forma compatível com o Plano 
Plurianual, com a Lei de Diretrizes Orçamentárias e com as 
normas da LRF, e deverá vir acompanhada de: 
 
 Demonstrativo de compatibilidade da programação dos 
orçamentos, com os objetivos e metas constantes do 
Anexo de Metas Fiscais (art. 5º, I da LRF). 
 
 Demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas 
e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, 
subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e 
creditícia (art. 165, § 6º da CF/88). 
 
 Medidas de compensação a renuncias de receitas e ao 
aumento de despesas obrigatórias de caráter continuado 
(art. 5º, II da LRF). 
Aula 08 
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 Reserva de contingência, cuja forma de utilização e 
montante, definido com base na receita corrente líquida, 
será estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias. 
 
Reservade Contingência é uma dotação de 
recursos de forma global, não destinada e nenhum órgão ou 
projeto. E se é dotação, tem que estar prevista na LOA. Na 
LOA é o local adequado e indicado para alocação de receitas e 
despesas. 
 
Exemplos de passivos contingentes: 
 Lides de ordem tributária e previdenciária; 
 Ações trabalhistas referentes à aplicação da Unidade 
Real de Valor (URV) no primeiro semestre de 1994; 
 Disputa sobre o percentual de reajuste dos saldos do 
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), em 
função do Plano Verão de 1989 e do Plano Collor I de 
1990, etc. 
 
A reserva de contingência será destinada, apenas ao 
atendimento de passivos contingentes e outros riscos 
e eventos fiscais imprevistos. 
 
 
 
 
03. (CESPE – Contador – DPU – 2010) 
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o projeto de 
lei de diretrizes orçamentárias (LDO) deverá conter reserva 
de contingência, cujo montante é definido com base na 
receita corrente líquida. Tal disposição está em consonância 
com o princípio do (a) 
A) orçamento bruto. 
B) discriminação. 
C) equilíbrio. 
D) universalidade. 
E) não afetação das receitas. 
 Veja como cai em prova!!! 
 
Aula 08 
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Comentário: 
Princípio do Equilíbrio – estabelece que o total da despesa 
orçamentária não pode ultrapassar o total da receita prevista 
para cada exercício financeiro. Esse princípio estabelecido 
pela LRF em seu art. 4º, I, “a”, representa uma ferramenta 
muito importante no controle dos gastos públicos. 
 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
 
 A Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) 
estabelece regras para a execução orçamentária e a 
verificação do cumprimento das metas, buscando a 
compatibilização dos créditos orçamentários coma receita 
efetivamente arrecadada, procurando evitar a realização de 
despesas sem lastro financeiro. 
 O Poder executivo estabelecerá, após trinta 
(30) dias da publicação dos orçamentos, a programação 
financeira e cronograma de execução mensal de desembolso. 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias é o instrumento próprio 
para dispor sobre essa matéria. 
Os recursos legalmente vinculados a finalidade específica 
serão utilizados exclusivamente para atender ao objeto de 
sua vinculação, ainda que em exercício diverso daquele em 
que ocorrer o ingresso (art. 8º, parágrafo único da LRF). 
 
 A LRF estabelece a limitação de empenho, 
que deverá ser adotada: 
4. Execução Orçamentária 
 
Aula 08 
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1. Quando, ao final de um bimestre, se 
verificar que a realização da receita não é compatível 
com o cumprimento das metas de resultado primário ou 
nominal, estabelecidos no Anexo de Metas Fiscais (art. 
9º da LRF) 
2. Enquanto perdurar o excesso, em relação 
aos limites da dívida consolidada de um ente da 
Federação (art. 31, § 1º, II da LRF). 
 Os critérios para a limitação de empenho 
deverão ser estabelecidos pela LDO. 
 A limitação de empenho deverá ser observada 
por todos os Poderes e Órgãos (Executivo, Legislativo, 
Judiciário, Tribunal de Contas e Ministério Público). 
 No caso de restabelecimento da receita 
prevista, ainda que parcial, a recomposição das dotações 
cujos empenhos foram limitados dar-se-á de forma 
proporcional às reduções efetivadas (art.9º, § 1º). 
 
IMPORTANTE!!! O Ente da Federação ficará dispensado 
do atingimento das metas fiscais e da limitação de 
empenho, na ocorrência de calamidade pública, 
reconhecida pelo Congresso Nacional, no caso da União, e 
pelas Assembleias Legislativas, no caso dos Estados e 
Municípios. Também ficará dispensado no caso de estado 
de sítio, decretado na forma da Constituição. 
ATENÇÃO!!! Não são objetos da limitação de empenho: 
 Despesas que constituam obrigações 
constitucionais legais do ente, inclusive as destinadas ao 
pagamento do serviço da dívida. 
 Despesas ressalvadas pela LDO. 
 
Aula 08 
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04. (CESPE – ACE – TCU – 2007) 
A Lei n.º 101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF), estabeleceu normas de finanças públicas 
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, 
estabelecendo, entre outras, normas para execução 
orçamentária e cumprimento de metas. Considerando que 
haja limitação de empenho, julgue o item que se segue, 
quanto ao restabelecimento da receita prevista. 
 
A recomposição das dotações cujos empenhos foram 
limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções 
efetivadas. 
 
Comentário: 
Conforme visto anteriormente, veja o que diz o art. 9º, § 1º 
da LRF: No caso de restabelecimento da receita prevista, 
ainda que parcial, a recomposição das dotações cujos 
empenhos foram limitados dar-se-á de forma proporcional às 
reduções efetivadas. 
 
Item certo. 
 
 
 
 
 
 
 A LRF estabelece como requisito essencial 
para responsabilidade na gestão fiscal, que o ente institua, 
preveja e arrecade, efetivamente, todos os tributos de 
sua competência . Trata-se de medida que busca 
incrementar as receitas próprias, com o intuito de reduzir a 
dependência das transferências fiscais, principalmente por 
parte dos Municípios. 
5. Receita Pública 
 
 Veja como cai em prova!!! 
 
Aula 08 
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IMPORTANTE!!! Caso o ente da Federação não cumpra essa 
regra no que se refere aos impostos, ficará proibido de 
receber transferências voluntárias. 
 
 Segundo o art. 12 da LRF, as previsões da 
receita deverão observar o seguinte: 
 
1. Normas técnicas e legais; 
2. Considerar os efeitos das alterações na legislação; 
3. Variação do índice de preços; 
4. Crescimento econômico; e 
5. Qualquer outro fator relevante. 
 
 Deverão estar acompanhadas de: 
1. Demonstrativo de sua evolução nos últimos três anos; 
2. Projeção para os dois anos seguintes; 
3. Metodologia de cálculo; e 
4. Premissas utilizadas. 
 
IMPORTANTE!!! Segundo o art. 12, § 1º da LRF, a 
reestimativa da receita, por parte do Poder Legislativo, só 
será admitida se comprovados erro ou omissão de ordem 
técnica ou legal. 
 
Conforme o § 3º do art. 12, o Poder Executivo 
de cada ente colocará à disposição dos demais Poderes e do 
Ministério Público, no mínimo trinta dias antes do prazo final 
para encaminhamento de suas propostas orçamentárias, os 
estudos e as estimativas das receitas para o exercício 
subseqüente, inclusive da corrente líquida, e as respectivas 
memórias de cálculo. 
Aula 08 
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05. (ESAF – AFC – STN – 2008) 
É requisito essencial da responsabilidade na gestão fiscal: 
a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os 
tributos de competência constitucional do ente da Federação. 
b) a previsão, alocação e fixação da arrecadação estimada de 
todos os tributos de competência legal do ente da Federação. 
c) a fixação, indicação e estimativa da arrecadação de todos 
os impostos de competência constitucional do ente da 
Federação. 
d) a previsão, instituição e fixação da arrecadação de todas 
as rubricas tributárias dos entes da Administração Indireta, 
inclusive. 
e) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os 
impostos de competência legal do ente da Administração 
Federal, com exceção das receitas derivadas. 
 
Comentário: 
 Alternativa “A”, correta. Conforme art. 11 da LRF: 
“Constituemrequisitos essenciais da responsabilidade na 
gestão fiscal a instituição, previsão e efetiva arrecadação de 
todos os tributos da competência constitucional do ente da 
Federação.” 
Nas demais alternativas houve troca de palavras: 
Alternativa “B”, incorreta. Alocação e fixação da 
arrecadação estimada... 
Alternativa “C”, incorreta. Indicação e estimativa da 
arrecadação de todos os impostos... Cuidado!!! Não são 
impostos, e sim tributos! 
Alternativa “D”, incorreta. Fixação da arrecadação de 
todas as rubricas tributárias... 
Alternativa “E”, incorreta. Não são impostos, mas sim 
tributos e não há exceção. 
Gabarito: A 
 
 Veja como cai em prova!!! 
 
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Observem com bastante atenção o texto 
que segue: 
 
Segundo o Artigo 167, inciso III da 
Constituição Federal de 1988: 
 
“É vedada a realização de operações de crédito que 
excedam as despesas de capital, ressalvadas as 
autorizadas mediante créditos suplementares ou 
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo 
Poder Legislativo por maioria absoluta." 
Essa norma traz a chamada "regra de ouro", 
que pretende coibir o financiamento, via operação de crédito, 
de despesas correntes. É matéria orçamentária, ou seja, o 
limite das operações de crédito é o montante das despesas de 
capital previsto na lei orçamentária anual. Ressalte-se que a 
partir da LRF, passou a ser também matéria financeira. 
A LRF no § 2º do art.12 traz a chamada “regra 
de ouro da LRF”: 
“O montante previsto para as 
receitas de operações de crédito não poderá ser 
superior ao das despesas de capital constantes do 
projeto de lei orçamentária”. 
O Supremo Tribunal Federal – STF – a partir 
do dia 9 de maio de 2002, por meio da ADIN 2.238-5, tornou 
sem efeito alguns dispositivos da LRF, inclusive esse. 
Pois, no texto da LRF não havia a ressalva 
constitucional. Certamente que, desde a publicação da LRF, 
tudo o que se refere à “regra de ouro” tem por 
referência a Constituição Federal. De uma maneira geral, 
no que colidir com a Constituição, não apenas a LRF, mas 
qualquer outro normativo legal, prevalecerá sempre a Lei 
Maior. 
 
 
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 RENÚNCIA DE RECEITA 
 
A concessão ou ampliação de incentivo ou 
benefício de natureza tributária da qual decorra renúncia de 
receita deverá estar acompanhada de estimativa do 
impacto orçamentário-financeiro no exercício em que 
deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes, atender 
ao disposto na lei de diretrizes orçamentárias e a pelo 
menos uma das seguintes condições: 
 
 Demonstrar que a renúncia foi considerada na 
estimativa da receita na LOA e de que não afetará as 
metas de resultados fiscais estabelecidos nos anexos da 
LDO; 
 
 Estar acompanhada de medidas de compensação no 
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois 
seguintes, correspondentes a aumento de receita 
proveniente de elevação de alíquotas, ampliação da base 
de cálculo, majoração ou criação de tributo ou 
contribuição. 
 
 São consideradas renúncia de receitas: 
 Concessão de anistia; 
 Concessão de remissão; 
 Concessão de subsídio; 
 Concessão de crédito presumido; 
 Concessão de isenção em caráter não geral; 
 Alteração de alíquota ou modificação de base de 
cálculo que implique redução discriminada de tributos ou 
contribuições; 
 Outros benefícios que correspondam a tratamento 
diferenciado. 
 
 Não são consideradas renuncia de receitas: 
 
 As alterações das alíquotas dos impostos de Importação 
de Produtos Estrangeiros, Exportação, para o exterior, 
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de produtos nacionais ou nacionalizados, produtos 
industrializados, operações de crédito, câmbio e seguro, 
ou relativas a títulos ou valores mobiliários; 
 
 O cancelamento de débitos cujo montante seja inferior 
aos respectivos custos de cobrança. 
 
 
 
06. (CESPE – Téc. em Contabilidade – MS – 2010) 
Acerca da Lei nº 101/2000 e de seus reflexos na 
administração pública, julgue o item subsequente. 
 
A renúncia de receita prevista na LRF compreende remissão, 
subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter 
não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de 
cálculo que implique redução discriminada de tributos ou 
contribuições, e outros benefícios que correspondam a 
tratamento diferenciado, mas não contempla as situações de 
anistia fiscal. 
 
Comentário: 
O texto acima esta correto até “tratamento diferenciado”, 
após isso está errado, pois a anistia também faz parte da 
renuncia de receita, conforme art. 14, § 1º da LRF. 
“A renúncia compreende anistia, remissão, subsídio, crédito 
presumido, concessão de isenção em caráter não geral, alteração de 
alíquota ou modificação de base de cálculo que implique redução 
discriminada de tributos ou contribuições, e outros benefícios que 
correspondam a tratamento diferenciado.” 
Pessoal, memorizem este artigo, pois ele é muito cobrado em 
provas! 
Item errado. 
 
 
 
 Veja como cai em prova!!! 
 
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07. (ESAF – AFC – STN – 2008) 
A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de 
natureza tributária da qual decorra renúncia de receita deverá 
estar acompanhada: 
a) de exposição de motivos que justifique politicamente a 
finalidade da renúncia. 
b) de decreto regulamentador que identifique exatamente o 
valor da receita objeto da renúncia. 
c) de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no 
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois 
seguintes. 
d) de estudo de impacto orçamentário-financeiro que 
comprove a necessidade da renúncia, como instrumento de 
política fiscal que atenda ao plano plurianual. 
e) de portaria regulamentadora expedida por autoridade 
competente que explicite, objetivamente, o valor da receita 
objeto da renúncia. 
 
 
Comentário: 
Conforme art. 14 da LRF: 
“A concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza 
tributária da qual decorra renúncia de receita deverá estar 
acompanhada de estimativa do impacto orçamentário-financeiro no 
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois seguintes...” 
 
Gabarito: C 
 
 
 
 
 
 
 A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece 
normas gerais para a realização de despesas. 
6. Despesa Pública 
 
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São consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao 
patrimônio público a geração ou assunção de obrigações em 
desacordo com as regras dispostas na LRF. 
 
 Algumas despesas receberam tratamento 
específico na LRF, quais sejam: 
 DESPESA DECORRENTE DA CRIAÇÃO, EXPANSÃO 
OU APERFEIÇOAMENTO DA AÇÃO GOVERNAMENTAL 
Essas despesas só poderão ser aumentadas, caso 
atendam-se aos seguintes requisitos: 
1. Estimativa do impacto orçamentário-financeiro, no 
exercício em que deva entra em vigor e nos dois 
subsequentes; 
2. Declaração do ordenador da despesa de que o 
aumento tem adequação orçamentária e financeira 
com a Lei Orçamentária Anual (LOA) e 
compatibilidade com o Plano Plurianual (PPA) e com a 
Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
 
O atendimento a esses requisitos são 
condições prévias para empenho e licitação de serviços, 
fornecimento de bens ou execução de obras, assim como 
para desapropriação de imóveis urbanos de que trata o 
art. 128, § 3º da CF/88As despesas consideradas irrelevantes pela LDO não se 
submetem a essa regras. 
 DESPESA OBRIGATÓRIA DE CARÁTER CONTINUADO 
Essa despesa, conforme o art. 17 da LRF, é a 
despesa corrente derivada de lei, medida provisória ou ato 
normativo que fixe para o ente a obrigação legal de sua 
execução, por um período superior a dois exercícios. 
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Para ser criada ou aumentada, a despesa 
obrigatória de caráter continuado deve obedecer às seguintes 
regras: 
1. Os atos que a criarem ou as aumentarem deverão ser 
instruídos com a estimativa do impacto orçamentário-
financeiro, no exercício em que deva entra em vigor e 
nos dois subsequentes; 
2. Demonstrar a origem dos recursos para seu custeio; 
3. Comprovação de que a criação ou aumento da despesa 
não afetará as metas de resultados fiscais previstas no 
Anexo de Metas Fiscais da LDO; 
4. Compensar seus efeitos financeiros, nos períodos 
seguintes, pelo aumento permanente de receita ou 
pela redução permanente de despesa. 
A despesa obrigatória de caráter continuado 
não será executada antes da implementação das medidas 
citadas acima, estas deverão integrar o instrumento que criar 
ou aumentar a despesa. 
Considera-se aumento permanente de receita o 
proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da base de 
cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. 
 
 DESPESAS COM PESSOAL 
A Lei de Responsabilidade Fiscal, em seu art. 
18, define despesa com pessoal como: 
“O somatório dos gastos do ente da Federação com os 
ativos, os inativos e os pensionistas, relativos a mandatos 
eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militares e de 
membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, 
tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, 
proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive 
adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de 
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qualquer natureza, bem como encargos sociais e contribuições 
recolhidas pelo ente às entidades de previdência.” 
Além dos itens acima, deverão ser 
contabilizados como “Outras Despesas de Pessoal” os 
valores de contrato de terceirização de mão de obra 
que se refiram à substituição de servidores e 
empregados públicos. 
Para apuração da despesa com pessoal, devem-se considerar 
os valores do mês em referência adicionados aos onze 
meses imediatamente anteriores e adotar-se o regime 
de competência. 
Quanto aos limites estabelecidos para 
despesas com pessoal, para cada ente da federação, 
vejamos: 
1. UNIÃO: 
 
Não poderá exceder 50% da Receita Corrente Líquida. 
Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte 
forma: 
 
 2,5% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas da 
União; 
 6% para o Poder Judiciário; 
 40,9% para o poder Executivo; 
 0,6% para o Ministério Público da União. 
 
 
2. ESTADOS/DF: 
 
Não poderá exceder 60% da Receita Corrente Líquida. 
Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte 
forma: 
 
 3% para o Legislativo, incluindo os Tribunais de Contas; 
 6% para o Poder Judiciário; 
 49% para o Poder Executivo; 
 2% para o Ministério Público dos Estados. 
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3. MUNICÍPIOS: 
 
Não poderá exceder 60% da Receita Corrente Líquida. Esse 
percentual é dividido entre os poderes da seguinte forma: 
 
 6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas, se 
houver; 
 54% para o Poder Executivo. 
 
Os percentuais acima serão repartidos no âmbito dos poderes 
entre os seus órgãos de forma proporcional à média das 
despesas com pessoal, em percentual da receita corrente 
líquida, verificadas nos três últimos exercícios financeiros 
imediatamente anteriores ao da publicação da LRF. 
 
 A LRF estabelece o que deve ser entendido 
como órgão: 
I – Ministério Público 
II – No Poder Legislativo: 
 Federal: 
 Câmara dos Deputados 
 Senado Federal 
 Tribunal de Contas da União 
 
 Estadual: 
 Assembleia Legislativa 
 Tribunal de Contas do Estado 
 Tribunal de Contas dos Municípios, quando 
houver. 
 
 Distrito Federal: 
 Câmara Legislativa 
 Tribunal de Contas do Distrito Federal 
 
 Municipal 
 Câmara dos Vereadores 
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 Tribunal de Contas do Município, se houver. 
III – No Poder Judiciário: 
 Federal: 
 Supremo Tribunal Federal 
 Superior Tribunal de Justiça 
 Tribunais Regionais Federais 
 Tribunais do Trabalho 
 Tribunais Eleitorais 
 
 Estadual: 
 Tribunal de Justiça e outros, quando houver. 
 A verificação do cumprimento dos limites 
estabelecidos deverá ser realizada ao final de cada 
quadrimestre pelo Poder Legislativo, diretamente ou com o 
auxílio dos Tribunais de Contas e o Sistema de Controle 
Interno de cada poder e do Ministério Público (art. 22 da 
LRF). 
 
Na verificação do atendimento dos limites já 
mencionados, não serão computadas as seguintes despesas 
com pessoal: 
 
 Indenização por demissão de servidores ou empregados; 
 Relativas à demissão voluntária; 
 Decorrentes da convocação extraordinária do Congresso 
Nacional em caso de urgência ou interesse público relevante; 
 Decorrentes de decisão judicial e da competência de período 
anterior ao da apuração a que se refere o § 2º do art. 18 desta 
LRF; 
 Com pessoal do Distrito Federal e dos Estados do Amapá e 
Roraima, custeadas com recursos transferidos pela União; 
 Com Inativos, quando custeadas com recursos proveniente da 
arrecadação de contribuições dos segurados e de compensação 
financeira entre os diversos regimes de previdência social; 
 Das demais receitas diretamente arrecadas por fundo vinculado 
a tal finalidade, inclusive o produto da alienação de bens, 
direitos e ativos, bem com seu superávit financeiro; 
 
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08. (ESAF – AFC – STN – 2008) 
Nos termos da lei de responsabilidade fiscal, e para os fins do 
disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total 
com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente 
da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita 
líquida, a seguir discriminados: 
a) União (40%), Estados (40%), Municípios (40%). 
b) União (50%), Estados (50%), Municípios (50%). 
c) União (60%), Estados (60%), Municípios (60%). 
d) União (50%), Estados (40%), Municípios (30%). 
e) União (50%), Estados (60%), Municípios (60%). 
Comentário: 
Conforme já visto, os limites para a despesa com pessoal de 
acordo com a LRF são: 
 
1. UNIÃO: 
 
Não poderá exceder 50% da Receita Corrente Líquida. 
Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte 
forma: 
 
 2,5% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas da 
União; 
 6% para o Poder Judiciário; 
 40,9% para o poder Executivo; 
 0,6% para o Ministério Público da União. 
 
 
2. ESTADOS/DF: 
 
Não poderá exceder 60% da Receita Corrente Líquida. 
Esse percentual é dividido entre os poderes da seguinte 
forma: 
 
 3% para o Legislativo, incluindo os Tribunais de Contas; 
 6% para o Poder Judiciário; 
 49% para o Poder Executivo; 
 2% para o Ministério Público dos Estados. 
 
 
 Veja como cai em prova!!! 
 
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3. MUNICÍPIOS: 
 
Não poderá exceder 60% da ReceitaCorrente Líquida. Esse 
percentual é dividido entre os poderes da seguinte forma: 
 
 6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas, se 
houver; 
54% para o Poder Executivo. 
 
Gabarito: E 
 
 DESPESAS COM A SEGURIDADE SOCIAL 
Nenhum benefício ou serviço relativo à 
seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido 
sem a indicação da fonte de custeio total, nos termos do 
§ 5o do art. 195 da Constituição, atendidas ainda as 
exigências do art. 17, quais sejam: 
1. Os atos que a criarem ou as aumentarem deverão ser 
instruídos com a estimativa do impacto orçamentário-
financeiro, no exercício em que deva entra em vigor e 
nos dois subsequentes; 
2. Demonstrar a origem dos recursos para seu custeio; 
3. Comprovação de que a criação ou aumento da despesa 
não afetará as metas de resultados fiscais previstas no 
Anexo de Metas Fiscais da LDO; 
4. Compensar seus efeitos financeiros, nos períodos 
seguintes, pelo aumento permanente de receita ou 
pela redução permanente de despesa. 
 A compensação prevista no item quatro (4) 
será dispensada nos casos de aumento de despesa decorrente 
de: 
 I - concessão de benefício a quem satisfaça as 
condições de habilitação prevista na legislação pertinente; 
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 II - expansão quantitativa do atendimento e dos 
serviços prestados; 
 III - reajustamento de valor do benefício ou serviço, a 
fim de preservar o seu valor real. 
Estes termos aplicam-se a benefício ou serviço de saúde, 
previdência e assistência social, inclusive os destinados aos 
servidores públicos e militares, ativos e inativos, e aos 
pensionistas. 
 
 
 
 
 
 
 
 Compreende a entrega de recursos 
provenientes da arrecadação de receitas correntes ou de 
capital a outros entes da federação, a título de cooperação, 
auxílio ou assistência financeira, que não decorra de 
determinação constitucional, legal ou os destinados ao 
Sistema Único de Saúde – SUS (art. 25 da LRF). 
 
Para a efetivação dessa transferência, a 
operação, obrigatoriamente, além da observância à LDO, 
deverá ser observado o seguinte: 
 
 Existência de dotação específica, ou seja, deverá haver 
na Lei Orçamentária Anual, uma previsão de créditos 
que dêem cobertura a referida transação; 
 Proibição de transferências voluntárias de recursos para 
pagamento de pessoal ativo, inativo ou pensionista dos 
entes da federação; 
 
7. Das Transferências Voluntárias 
 
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 Comprovação por parte do beneficiário da transferência 
de: 
1. Que se acha em dia com o pagamento de tributos, 
empréstimos e financiamentos devidos ao ente 
transferidor, e também com a prestação de contas 
de recursos anteriormente dele recebidos; 
 
2. Cumprimento dos limites constitucionais relativos 
à educação e à saúde; 
 
3. Observância dos limites das dívidas consolidada e 
mobiliária, de operações de crédito, inscrição de 
restos a pagar e despesa com pessoal; 
 
4. Previsão orçamentária de contrapartida, ou seja, 
deverá haver no ente beneficiário da transferência 
qual a sua cota. 
 
É vedada a utilização de recursos transferidos 
em finalidade diversa da pactuada. 
 Para fins da aplicação das sanções de 
suspensão de transferências voluntárias constantes desta Lei 
Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de 
educação, saúde e assistência social. 
 
 
 
(CESPE–Consultor–Ciências Contábeis–SEFAZ-ES-2010) 
Com relação ao disposto na LRF acerca das transferências 
voluntárias, julgue os itens seguintes. 
 
09. Desde que devidamente justificada, é permitida a 
utilização de recursos recebidos a título de transferências 
voluntárias em finalidade diversa da pactuada. 
 
Comentário: 
Conforme já visto nesta aula, É vedada a utilização de 
recursos transferidos em finalidade diversa da pactuada (art. 
25, § 2º). 
 
 Veja como cai em prova!!! 
 
Aula 08 
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Item errado. 
 
 
10. Para fins de aplicação das sanções de suspensão de 
transferências voluntárias constantes na LRF, excetuam-se 
aquelas relativas a ações de educação, saúde e assistência 
social. 
 
Comentário: 
Para fins da aplicação das sanções de suspensão de 
transferências voluntárias constantes desta Lei 
Complementar, excetuam-se aquelas relativas a ações de 
educação, saúde e assistência social (art. 25, § 3º). 
 
Item certo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A destinação de recursos para, direta ou 
indiretamente, cobrir necessidades de pessoas físicas ou 
déficits de pessoas jurídicas deverá ser autorizada por lei 
específica , atender às condições estabelecidas na LDO e estar 
prevista na LOA ou em seus créditos adicionais, conforme 
dispõe o art. 26 da LRF. 
 
Equiparam-se às transferências voluntárias e 
estão sujeitas às mesmas normas referentes à concessão de 
empréstimos, financiamentos e refinanciamentos, 
prorrogação e composição de dívidas, concessão de 
subvenções e a participação em constituição ou aumento de 
capital. 
 
08. Destinação de recursos públicos para o setor 
privado 
 
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Dispõe a LRF em seu art. 27 que na concessão 
de crédito por ente da Federação a pessoa física, ou jurídica 
que não esteja sob seu controle direto ou indireto, os 
encargos financeiros, comissões e despesas congêneres não 
serão inferiores aos definidos em lei ou ao custo de captação. 
 
A LRF, em seu art. 28, proíbe a utilização de 
recursos públicos para socorrer as instituições do Sistema 
Financeiro Nacional – SFN. 
 
Entretanto, o parágrafo primeiro do mesmo 
dispositivo já aponta a solução para eventuais situações de 
insolvência: a criação de fundos e outras formas legais 
que dêem cobertura a essas instituições. 
 
 
 
 
 
 
11. (CESPE–Consultor–Ciências Contábeis–SEFAZ-ES-2010) 
De acordo com o disposto na Lei de Responsabilidade Fiscal 
(LRF), julgue o próximo item, relativo à destinação de 
recursos públicos para o setor privado. 
 
Salvo mediante lei específica, não podem ser utilizados 
recursos públicos, inclusive de operações de crédito, para 
socorrer instituições do Sistema Financeiro Nacional, ainda 
que mediante concessão de empréstimos de recuperação ou 
financiamentos para mudanças de controle acionário. 
 
 
Comentário: 
A LRF, em seu art. 28, proíbe a utilização de recursos 
públicos para socorrer as instituições do Sistema Financeiro 
Nacional – SFN. 
 
Item certo. 
 
 
 
 Veja como cai em prova!!! 
 
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Conceitos: 
Dívida pública consolidada ou fundada: 
montante total, apurado sem duplicidade, das obrigações 
financeiras do ente da Federação, assumidas em virtude de 
leis, contratos, convênios ou tratados e da realização de 
operações de crédito, para amortização em prazo superior a 
doze meses. 
 Essa dívida será apurada excluído-se as duplicidades. 
 Para que sejam caracterizadas como dívida pública 
consolidada, as obrigações financeiras deverão ser 
honradas em prazo superior a doze meses. 
 Inclui, para a União, a emissão de títulos de 
responsabilidade do Banco Central do Brasil. 
 Integram a dívida pública consolidada as operações de 
crédito de prazo inferior a doze meses, cujas receitas 
tenham constado do orçamento. 
Dívida públicamobiliária: dívida pública 
representada por títulos emitidos pela União, inclusive os do 
Banco Central do Brasil, Estados e Municípios. 
Operação de crédito: compromisso 
financeiro assumido em razão de mútuo, abertura de crédito, 
emissão e aceite de título, aquisição financiada de bens, 
recebimento antecipado de valores provenientes da venda a 
termo de bens e serviços, arrendamento mercantil e outras 
operações assemelhadas, inclusive com o uso de derivativos 
financeiros. 
Corresponde ao compromisso financeiro 
assumido em razão de: 
 Contrato de mútuo 
09. Dívida e Endividamento 
 
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 Abertura de crédito 
 Emissão e aceite de título 
 Aquisição financiada de bens 
 Recebimento antecipado de valores provenientes da 
venda a termo de bens e serviços 
 Arrendamento mercantil 
 Outras operações assemelhadas, inclusive com o uso de 
derivativos financeiros 
 Assunção, reconhecimento ou confissão de dívidas 
Concessão de garantia: compromisso de 
adimplência de obrigação financeira ou contratual assumida 
por ente da Federação ou entidade a ele vinculada; 
Refinanciamento da dívida mobiliária: 
emissão de títulos para pagamento do principal acrescido da 
atualização monetária. 
Mesmo que o ente esteja acima dos limites da 
despesa com pessoal, poderá realizar operações de crédito 
para refinanciamento da dívida mobiliária (art. 23,§ 3º da 
LRF). 
 
A Lei de Responsabilidade Fiscal não fixa limites de 
endividamento, visto que as competências para fazê-lo já 
estão estabelecidas na CF/88, ela somente determina que 
esses limites de endividamento sejam estabelecidos com base 
na Receita Corrente Líquida. 
 
 
 
Dos Limites da Dívida Pública 
 
Os limites para a dívida consolidada dos 
Estados e dos Municípios foram definidos a partir 20 de 
dezembro de 2001, pela Resolução n° 40 do Senado Federal, 
a quem compete, nos termos da Constituição Federal, definir 
limites de endividamento e condições para contratação de 
operações de crédito. 
 
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Pelo disposto na LRF, o Presidente da 
República teria um prazo de noventa dias para submeter ao 
Senado Federal proposta de limites globais para o montante 
da dívida consolidada, tanto da União como dos Estados e 
Municípios, em cumprimento ao que dispõe o art. 52 da CF. 
 
O parágrafo 2º do art. 30 da LRF permite que 
a proposta de limites globais seja apresentada em termos de 
dívida líquida, o que equivale a abater, do total da dívida de 
cada ente, os respectivos créditos financeiros (depósitos, 
aplicações, etc.). 
 
Os limites globais para a dívida consolidada 
dos três níveis de governo serão verificados a partir de 
percentual da Receita Corrente Líquida - RCL, representando 
o nível máximo admitido para cada um deles, sendo a 
verificação do seu atendimento realizada ao final de cada 
quadrimestre (art. 30, § 3º e 4º), ou semestre, no caso dos 
Municípios com menos de 50 mil habitantes. 
 
O parágrafo 6º do artigo 30 da LRF prevê a 
alteração dos limites, em caso de instabilidade econômica ou 
alterações nas políticas monetária ou cambial, de forma a 
mantê-los adequados às novas condições. 
 
De acordo com a Resolução do Senado 
Federal n° 40/01, até quinze anos após a sanção dessa 
Resolução os entes públicos estarão sujeitos às seguintes 
normas: 
 
 O limite máximo de endividamento para os Estados 
corresponderá a duas vezes a sua RCL anual; 
 Para os Municípios, este limite máximo corresponderá a 
1,2 vezes a RCL anual; 
 
Toda e qualquer operação de crédito 
pleiteada, por ente da Federação, inclusive empresas 
controladas, estará sujeita à verificação do cumprimento dos 
respectivos limites de endividamento, pelo Ministério da 
Fazenda (art. 32 da LRF). 
 
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Além disso, as operações de crédito realizadas 
por ente da Federação serão registradas pelo Ministério da 
Fazenda, que garantirá acesso público a essas informações. 
 
O ente interessado em contratar operações de 
crédito, segundo o art. 32 da LRF, formalizará seu pleito 
fundamentando-o em parecer de seus órgãos técnicos e 
jurídicos, demonstrando a relação custo benefício, o interesse 
econômico e social da operação e o atendimento das 
seguintes condições: 
 
 Existência de prévia e expressa autorização para a 
contratação, no texto da lei orçamentária, em créditos 
adicionais ou lei específica; 
 Inclusão no orçamento ou em créditos adicionais dos 
recursos provenientes da operação, exceto no caso de 
operações por antecipação de receita; 
 Observância dos limites e condições fixados pelo Senado 
Federal; 
 Autorização específica do Senado Federal, quando se 
tratar de operação de crédito externo; 
 Atendimento do disposto no inciso III do art. 167 da 
Constituição (“Regra de Ouro”); 
 Observância das demais restrições estabelecidas nesta 
Lei Complementar. 
 
 
Operações de Crédito por Antecipação de 
Receita Orçamentária (ARO) 
 
A operação de crédito por antecipação de 
receita destina-se a atender insuficiência de caixa durante o 
exercício financeiro e cumprirá as exigências 
mencionadas no art. 32 para as operações de crédito e 
mais as seguintes: 
 Realizar-se-á somente a partir do décimo dia do início do 
exercício; 
 Deverá ser liquidada, com juros e outros encargos 
incidentes, até o dia dez de dezembro de cada ano; 
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 Não será autorizada se forem cobrados outros encargos 
que não a taxa de juros da operação, obrigatoriamente 
prefixada ou indexada à taxa básica financeira, ou à que 
vier a esta substituir; 
 A Operação de Crédito ARO estará proibida: 
 Enquanto existir operação anterior da mesma natureza 
não integralmente resgatada; 
 No último ano de mandato do Presidente, Governador ou 
Prefeito Municipal. 
 
 
Operações de Crédito vedadas 
O art. 35 da LRF proíbe a realização de 
empréstimos (operações de crédito) entre um ente da 
Federação, diretamente ou por intermédio de fundo, 
autarquia, fundação ou empresa estatal dependente, e outro, 
inclusive suas entidades da administração indireta, ainda que 
sob a forma de novação, refinanciamento ou postergação de 
dívida contraída anteriormente. 
 
Verificação dos limites 
 
A verificação do atendimento dos limites, 
como ocorre com a verificação dos limites de despesas com 
pessoal (art. 22), a apuração do montante da dívida 
consolidada será efetuada a quadrimestralmente, exceto no 
caso dos Municípios com menos de 50.000 habitantes, que 
possuem a faculdade de apurá-la semestralmente. 
 
Recondução da Dívida 
Se a dívida consolidada de um ente da 
Federação ultrapassar o respectivo limite ao final de um 
quadrimestre, deverá: 
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 Ser a ele reconduzida, até o término dos três 
quadrimestres subsequentes; 
 Reduzir o excedente em pelo menos 25% no 
primeiro quadrimestre. 
Enquanto perdurar o excesso, o ente que nele 
houver incorrido: 
 Estará proibido de realizar operação de crédito interna 
ou externa, inclusive por antecipação de receita, exceto 
o refinanciamento do principal atualizado da dívida 
mobiliária; 
 Obterá resultado primário necessário à recondução da 
dívida ao limite, promovendo, entre outras medidas, 
limitação de empenho, conforme estabelecido na LDO. 
Vencido o prazo para retorno da dívida ao 
limite, e enquanto perdurar o excesso, o enteficará também 
impedido de receber transferências voluntárias da União 
ou do Estado. 
 
 
 
(CESPE – Analista – Contabilidade – TST – 2008) 
Segundo a Lei de Responsabilidade Fiscal, a operação de 
crédito por antecipação de receita destina-se a atender 
insuficiência de caixa durante o exercício financeiro. Acerca 
das exigências para a realização da operação de crédito, 
julgue os itens que se seguem. 
 
12. O ente interessado na operação de crédito formalizará seu 
pleito observando os limites e condições fixados pelo Senado 
Federal. 
 
Comentário: 
Conforme inciso III do art. 32 da LRF, as operações de crédito 
deverão observar os limites e condições fixados pelo Senado 
Federal. 
 
 Veja como cai em prova!!! 
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Item certo. 
 
13. Devem ser incluídos no orçamento ou em créditos 
adicionais os recursos provenientes da operação, inclusive no 
caso de operações por antecipação da receita. 
 
Comentário: 
De acordo com o inciso II do art. 32 as operações por 
Antecipação de Receita Orçamentária são uma exceção, ou 
seja, não há necessidade de sua inclusão no orçamento. 
 
Item errado. 
 
 
 
 
 
 A LRF impõe restrições ao último ano de 
gestão: 
 Não pode haver aumento da despesa com 
pessoal nos últimos 180 dias anteriores ao final do 
mandato do titular do respectivo Poder ou órgão; 
 
 Não poderá ser realizada operação de crédito 
por antecipação de receita no último ano de mandato do 
Presidente, Governador ou Prefeito municipal; 
 
 Não pode ser contraída obrigação de despesa, 
nos últimos dois quadrimestres do mandato de titular de 
Poder ou órgão, que não possa ser cumprida 
integralmente dentro do próprio mandato, ou que tenha 
parcelas a serem pagas no exercício seguinte, sem que 
haja suficiente disponibilidade de caixa. 
 
10. Restrições de final de mandato 
 
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Todos os encargos e despesas compromissadas a pagar até o 
final do exercício deverão ser considerados para determinação 
da disponibilidade de caixa. 
 
 
 
 
 
 
 
São instrumentos de transparência da gestão 
fiscal, aos quais será dada ampla divulgação, inclusive em 
meios eletrônicos de acesso público: 
 Os planos; 
 Os orçamentos; 
 As leis de diretrizes orçamentárias (LDOs); 
 As prestações de contas e o respectivo 
parecer prévio; 
 Relatório Resumido da Execução 
Orçamentária (RREO); 
 Relatório de Gestão Fiscal (RGF); e 
 As versões simplificadas desses 
documentos. 
Conforme o parágrafo único do art. 48 da LRF, 
a transparência será assegurada também mediante: 
 I – incentivo à participação popular e realização de 
audiências públicas, durante os processos de elaboração e 
discussão dos planos, lei de diretrizes orçamentárias e 
orçamentos; 
 II – liberação ao pleno conhecimento e 
acompanhamento da sociedade, em tempo real, de 
11. Transparência e controle 
 
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informações pormenorizadas sobre a execução orçamentária 
e financeira, em meios eletrônicos de acesso público 
 III – adoção de sistema integrado de administração 
financeira e controle, que atenda a padrão mínimo de 
qualidade estabelecido pelo Poder Executivo da União. 
 A Administração Pública manterá sistema de custos que 
permita a avaliação e o acompanhamento da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial (Art. 50, § 3º) 
 
 
14. (CESPE – Analista – Contabilidade – STF – 2008) 
Julgue os itens a seguir, quanto às normas que as contas 
públicas devem observar com relação à Lei de 
Responsabilidade Fiscal. 
A administração pública manterá sistema de custos que 
permita a avaliação e o acompanhamento da gestão 
orçamentária, financeira e patrimonial. 
 
Comentário: 
Este item cobra a literalidade do Art. 50, § 3º da LRF: 
 
“A Administração Pública manterá sistema de custos que permita a 
avaliação e o acompanhamento da gestão orçamentária, financeira e 
patrimonial.” 
 
 
Gabarito: Certo 
 
 
Vamos estudar o Relatório Resumido da 
Execução Orçamentária (RREO) e Relatório de Gestão Fiscal 
(RGF). 
 
 
 
 
 Veja como cai em prova!!! 
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 RELATÓRIO RESUMIDO DA EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA 
(RREO) 
 
 Este relatório está previsto no § 3º do art. 
165 da CF/88 e abrange todos os Poderes e órgãos. Logo, 
trata-se de um relatório único para cada ente da 
Federação. 
 Deverá ser publicada Bimestralmente, 
trinta dias após o encerramento de cada bimestre e será 
composto de: 
 I - balanço orçamentário, que especificará, por 
categoria econômica, as: 
 a) receitas por fonte, informando as realizadas e a 
realizar, bem como a previsão atualizada; 
 b) despesas por grupo de natureza, discriminando a 
dotação para o exercício, a despesa liquidada e o saldo; 
 
 II - demonstrativos da execução das: 
 a) receitas, por categoria econômica e fonte, 
especificando a previsão inicial, a previsão atualizada para 
o exercício, a receita realizada no bimestre, a realizada no 
exercício e a previsão a realizar; 
 b) despesas, por categoria econômica e grupo de 
natureza da despesa, discriminando dotação inicial, 
dotação para o exercício, despesas empenhada e 
liquidada, no bimestre e no exercício; 
 c) despesas, por função e subfunção. 
 
 
 O RREO deverá, ainda, ser acompanhado de 
demonstrativos relativos a: 
 
 Apuração da receita corrente líquida, na forma definida 
no inciso IV do art. 2o, sua evolução, assim como a 
previsão de seu desempenho até o final do exercício; 
 
 Receitas e despesas previdenciárias a que se refere o 
inciso IV do art. 50; 
 
 Resultados nominal e primário; 
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 Despesas com juros, na forma do inciso II do art. 4o; 
 
 Restos a Pagar, detalhando, por Poder e órgão referido 
no art. 20, os valores inscritos, os pagamentos 
realizados e o montante a pagar. 
 
Os valores referentes ao refinanciamento da 
dívida mobiliária constarão destacadamente nas receitas de 
operações de crédito e nas despesas com amortização da 
dívida. 
 
 
 
 
15. (CESPE – Contador – SAD-PE – 2010) 
Com relação ao Relatório Resumido de Execução 
Orçamentária (RREO), assinale a opção correta. 
A) Integrará o RREO o anexo de metas fiscais, em que serão 
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e 
constantes, relativos a receitas e despesas do exercício 
anterior, bem como para os dois exercícios seguintes. 
B) O RREO referente ao último quadrimestre do exercício será 
acompanhado do demonstrativo das projeções atuariais dos 
regimes de previdência social dos servidores públicos. 
C) Quando for o caso, serão apresentadas no RREO 
justificativas do excedente de despesas, especificando a 
modalidade dos valores empenhados. 
D) Os valores referentes ao refinanciamento da dívida 
mobiliária constarão destacadamente nas receitas de 
operações de crédito e nas despesas com amortização da 
dívida. 
E) O RREO conterá indicação das medidas corretivas adotadas 
e a adotar, mesmo que os limites não sejam ultrapassados. 
 
Comentário: 
A alternativa D traz o previsto no § 1º do art. 52 da LRF: 
“Os valores referentes ao refinanciamento da dívida mobiliária 
constarão destacadamente nas receitas de operações de 
crédito e nas despesascom amortização da dívida.” 
 Veja como cai em prova!!! 
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Gabarito: D 
 
 
 
 RELATÓRIO DE GESTÃO FISCAL (RGF) 
 
Este relatório deverá ser emitido pelos 
titulares de cada Poder e órgão, ao final de cada 
quadrimestre. Deverá ser publicada até trinta dias após o 
encerramento de cada quadrimestre e será assinado 
pelo: 
 I - Chefe do Poder Executivo; 
 II - Presidente e demais membros da Mesa Diretora ou 
órgão decisório equivalente, conforme regimentos internos 
dos órgãos do Poder Legislativo; 
 III - Presidente de Tribunal e demais membros de 
Conselho de Administração ou órgão decisório equivalente, 
conforme regimentos internos dos órgãos do Poder Judiciário; 
 IV - Chefe do Ministério Público, da União e dos 
Estados. 
 
O relatório (RGF) também será assinado pelas autoridades 
responsáveis pela administração financeira e pelo controle 
interno, bem como por outras definidas por ato próprio de 
cada Poder ou órgão. 
É facultado aos Municípios com população inferior a cinqüenta 
mil habitantes optar por divulgar semestralmente o 
Relatório de Gestão Fiscal. 
 
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O relatório conterá: 
 Comparativo com os limites de que trata esta Lei 
Complementar, dos seguintes montantes: 
a) despesa total com pessoal, distinguindo a com 
inativos e pensionistas; 
b) dívidas consolidada e mobiliária; 
c) concessão de garantias; 
d) operações de crédito, inclusive por antecipação de 
receita; 
e) despesas de que trata o inciso II do art. 4o; 
 Indicação das medidas corretivas adotadas ou a adotar, 
se ultrapassado qualquer dos limites; 
 
 Demonstrativos, no último quadrimestre: 
a) do montante das disponibilidades de caixa em 
trinta e um de dezembro; 
 
 b) da inscrição em Restos a Pagar, das despesas: 
 liquidadas; 
 empenhadas e não liquidadas, inscritas por 
atenderem a uma das condições do inciso II do 
art. 41; 
 empenhadas e não liquidadas, inscritas até o 
limite do saldo da disponibilidade de caixa; 
 não inscritas por falta de disponibilidade de caixa 
e cujos empenhos foram cancelados; 
 
c) do cumprimento do disposto no inciso II e na 
alínea b do inciso IV do art. 38. 
 
IMPORTANTE!!! 
 
 A elaboração e a publicação do RREO são bimestral e 
do RGF, quadrimestral; 
 O RREO é obrigação do Poder Executivo e o RGF é de 
todos os Poderes e órgãos; 
 O RREO abrange todos os Poderes e o Ministério 
Público e será elaborado pelo Executivo. 
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Os relatórios (RREO e RGF) deverão ser elaborados de 
forma padronizada, segundo modelos que poderão ser 
atualizados pelo Conselho de Gestão Fiscal. 
 
O descumprimento dos prazos de publicação do Relatório 
Resumido da Execução Orçamentária (RREO) e do Relatório 
de Gestão Fiscal (RGF) sujeitará o ente à vedação de 
receber transferências voluntárias e contratar operações de 
crédito, exceto as destinadas ao refinanciamento do 
principal atualizado da dívida mobiliária. 
 
 
 
 
16. (CESPE – Contador – SAD-PE – 2010) 
A respeito das características do Relatório de Gestão Fiscal 
(RGF), assinale a opção correta. 
A) O RGF será emitido a cada bimestre pelos titulares dos 
Poderes e pelos tribunais de contas. 
B) O RGF será assinado pelas autoridades responsáveis pela 
administração financeira e pelo controle interno. 
C) O RGF será publicado até 30 dias após o encerramento do 
período a que corresponder, com acesso público restrito aos 
gestores e órgãos fiscalizadores. 
D) O RGF deverá ser elaborado de forma padronizada, 
segundo modelos que poderão ser atualizados pelos tribunais 
de contas. 
E) O descumprimento do prazo para publicação do RGF 
sujeitará o ente a sanções como a autorização para 
contratação de operações de crédito, inclusive as destinadas 
ao refinanciamento da dívida mobiliária. 
 
Comentário: 
Alternativa “A”. Errada. O RGF será emitido a cada 
quadrimestre. 
 
 Veja como cai em prova!!! 
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Alternativa “B”. Certa. Conforme Art. 54, parágrafo único 
da LRF. 
 
Alternativa “C”. Errada. O RGF será publicado até 30 dias 
após o encerramento do período a que corresponder com 
amplo acesso ao público, inclusive por meio eletrônico (art. 
55, § 2º). 
 
Alternativa “D”. Errada. O RGF será elaborado de forma 
padronizada segundo modelo que poderá ser atualizado pelo 
Conselho de Gestão Fiscal (art. 55, § 4º e art. 67 da LRF). 
 
Alternativa “E”. Errada. O descumprimento dos prazos de 
publicação do Relatório de Gestão Fiscal (RGF) sujeitará o 
ente à vedação de receber transferências voluntárias e 
contratar operações de crédito, exceto as destinadas ao 
refinanciamento do principal atualizado da dívida mobiliária 
(art.55, § 3º da LRF). 
 
Gabarito: B 
 
 
17. (FUNIVERSA – Ciências Contábeis – SEJUS – 2010) 
A Lei complementar n.º 101/2000, conhecida por Lei de 
Responsabilidade Fiscal, trouxe controles mais rigorosos a 
serem observadas pelo gestor público, além da 
obrigatoriedade de promover mais transparência das contas 
públicas. Nesse sentido, julgue os itens a seguir. 
 
I) O limite total com despesa de pessoal na União 
corresponde a 50% da Receita Corrente Líquida do Ente, 
dividido da seguinte forma: 2,5% para o Poder Legislativo 
(incluindo o Tribunal de Contas da União), 6% para o Poder 
Judiciário, 40,9% para o Poder Executivo e 0,6% para o 
Ministério Público da União. 
II) Os estados, Distrito Federal e municípios não poderão 
ultrapassar o limite de 60% de sua Receita Corrente Líquida. 
III) O Relatório Resumido de Execução Orçamentária tem 
como um de seus objetivos demonstrar a arrecadação de 
receitas e a execução de despesas, devendo ser elaborado 
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bimestralmente e publicado em até quinze dias após o 
término do bimestre. 
IV) O Relatório de Gestão Fiscal (RGF) é que evidenciará a 
apuração dos gastos com pessoal, relativos ao período de um 
quadrimestre, sendo facultativo para os municípios com 
menos de 50 mil habitantes divulgarem o RGF 
semestralmente. 
 
Assinale a alternativa correta. 
(A) Nenhum item está certo. 
(B) Apenas um item está certo. 
(C) Apenas dois itens estão certos. 
(D) Apenas três itens estão certos. 
(E) Todos os itens estão certos. 
 
Comentário: 
I) O limite total com despesa de pessoal na União não poderá 
exceder 50% da Receita Corrente Líquida. Esse percentual 
é dividido entre os poderes da seguinte forma: 
 2,5% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas da 
União; 
 6% para o Poder Judiciário; 
 40,9% para o poder Executivo; 
 0,6% para o Ministério Público da União. 
 
Item certo. 
 
II) O limite total com despesa de pessoal nos Estados e 
Distrito Federal não poderá exceder 60% da Receita 
Corrente Líquida. Esse percentual é dividido entre os 
poderes da seguinte forma: 
 3% para o Legislativo, incluindo os Tribunais de Contas; 
 6% para o Poder Judiciário; 
 49% para o Poder Executivo; 
 2% para o Ministério Público dos Estados. 
 
O limite total com despesa de pessoal, também nos 
Municípios, não poderá exceder 60% da Receita Corrente 
Líquida. Esse percentual é dividido entre os poderes da 
seguinte forma: 
 6% para o Legislativo, incluindo o Tribunal de Contas, se 
houver; 
 54% para o Poder ExecutivoAula 08 
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Item certo. 
 
III) O Relatório Resumido de Execução Orçamentária tem 
como um de seus objetivos demonstrar a arrecadação de 
receitas e a execução de despesas, devendo ser elaborado 
bimestralmente e publicado em até trinta dias após o 
término do bimestre. 
 
Item errado. 
 
IV) É facultado aos Municípios com população inferior a 
cinqüenta mil habitantes optar por divulgar semestralmente o 
Relatório de Gestão Fiscal (art. 63, II, “b”). 
 
Gabarito : D 
 
 
 
 O Conselho de Gestão Fiscal 
 A Lei de responsabilidade Fiscal, em seu art. 
67, determina que o acompanhamento e a avaliação, de 
forma permanente, da política e da operacionalidade da 
gestão serão realizados por um colegiado: O CONSELHO DE 
GESTÃO FISCAL (CGF) constituído por representantes de 
todos os Poderes e esferas de Governo, do Ministério Público 
e de entidades técnicas representativas da sociedade, visando 
a: 
 I - harmonização e coordenação entre os entes da 
Federação; 
 II - disseminação de práticas que resultem em 
maior eficiência na alocação e execução do gasto 
público, na arrecadação de receitas, no controle 
do endividamento e na transparência da gestão 
fiscal; 
 III - adoção de normas de consolidação das contas 
públicas, padronização das prestações de contas e 
dos relatórios e demonstrativos de gestão fiscal de 
que trata esta Lei Complementar, normas e 
padrões mais simples para os pequenos 
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Municípios, bem como outros, necessários ao 
controle social; 
 IV - divulgação de análises, estudos e 
diagnósticos. 
 
 
 
 
 
 
Vejamos as regras que a LRF estabelece 
acerca da prestação de contas em seus artigos 56 a 58. 
As contas prestadas pelos Chefes do Poder 
Executivo incluirão, além das suas próprias, as dos 
Presidentes dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e 
do Chefe do Ministério Público, as quais receberão parecer 
prévio, separadamente, do respectivo Tribunal de Contas. 
 
As contas do Poder Judiciário serão 
apresentadas no âmbito: 
 I - da União, pelos Presidentes do Supremo Tribunal 
Federal e dos Tribunais Superiores, consolidando as dos 
respectivos tribunais; 
 II - dos Estados, pelos Presidentes dos Tribunais de 
Justiça, consolidando as dos demais tribunais. 
 
Os Tribunais de Contas emitirão parecer 
prévio conclusivo sobre as contas no prazo de sessenta dias 
do recebimento, se outro não estiver estabelecido nas 
constituições estaduais ou nas leis orgânicas municipais. 
12. Prestação de Contas 
 
 
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 No caso de Municípios que não sejam capitais 
e que tenham menos de duzentos mil habitantes o prazo será 
de cento e oitenta dias. 
 
 A prestação de contas evidenciará: 
 O desempenho da arrecadação em relação à previsão, 
destacando as providências adotadas no âmbito da 
fiscalização das receitas e combate à sonegação; 
 As ações de recuperação de créditos nas instâncias 
administrativa e judicial; 
 Demais medidas para incremento das receitas tributárias 
e de contribuições. 
 
Bem, pessoal, este foi nosso último encontro. 
Chegamos ao fim desse trabalho, esperando 
que vocês tenham avançado bastante nos conhecimentos da 
contabilidade pública e que nossas aulas tenham sido uma 
contribuição de grande valia para isso! 
Sucesso e boa sorte!!! 
Um forte abraço! 
Profº Otávio Souza. 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 08 
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Lista das questões comentadas em aula: 
01. (FCC – Procurador MP Especial – TCE-SC – 2005) 
Segundo o artigo 2º da Lei Complementar 101/2000, não são 
consideradas receitas correntes líquidas: 
(a) Receitas tributárias. 
(b) Receitas patrimoniais. 
(c) Receitas de contribuições. 
(d) Receitas industriais, agropecuárias e de serviços. 
(e) Receitas provenientes de compensações financeiras da 
previdência. 
 
02. (FCC -Procurador MP Especial – TCE-SC – 2005) 
A publicação da Lei Complementar nº 101/00, denominada 
Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), contribuiu para maior 
controle, organização e transparência do orçamento. Com a 
LRF, a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) tornou-se o 
instrumento mais importante para a obtenção do equilíbrio 
permanente nas contas públicas. Identifique a opção incorreta 
no tocante às exigências que a LRF trouxe em relação à LDO. 
a) Estabelecer limitações à redução de despesas obrigatórias 
de caráter continuado. 
b) Dispor sobre o controle de custos e avaliação dos 
resultados dos programas financiados pelo orçamento. 
c) Disciplinar as transferências de recursos a entidades 
públicas e privadas. 
d) Estabelecer critérios e formas de limitação de empenho, na 
ocorrência de arrecadação da receita inferior ao esperado, de 
modo a não comprometer as metas de resultado primário e 
nominal, previstas para o exercício. 
e) Quantificar o resultado primário a ser obtido com vistas à 
redução do montante da dívida e das despesas com juros. 
 
03. (CESPE – Contador – DPU – 2010) 
A Lei de Responsabilidade Fiscal estabelece que o projeto de 
lei de diretrizes orçamentárias (LDO) deverá conter reserva 
de contingência, cujo montante é definido com base na 
receita corrente líquida. Tal disposição está em consonância 
com o princípio do (a) 
A) orçamento bruto. 
B) discriminação. 
C) equilíbrio. 
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D) universalidade. 
E) não afetação das receitas. 
 
04. (CESPE – ACE – TCU – 2007) 
A Lei n.º 101/2000, conhecida como Lei de Responsabilidade 
Fiscal (LRF), estabeleceu normas de finanças públicas 
voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, 
estabelecendo, entre outras, normas para execução 
orçamentária e cumprimento de metas. Considerando que 
haja limitação de empenho, julgue o item que se segue, 
quanto ao restabelecimento da receita prevista. 
 
A recomposição das dotações cujos empenhos foram 
limitados dar-se-á de forma proporcional às reduções 
efetivadas. 
 
05. (ESAF – AFC – STN – 2008) 
É requisito essencial da responsabilidade na gestão fiscal: 
a) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os 
tributos de competência constitucional do ente da Federação. 
b) a previsão, alocação e fixação da arrecadação estimada de 
todos os tributos de competência legal do ente da Federação. 
c) a fixação, indicação e estimativa da arrecadação de todos 
os impostos de competência constitucional do ente da 
Federação. 
d) a previsão, instituição e fixação da arrecadação de todas 
as rubricas tributárias dos entes da Administração Indireta, 
inclusive. 
e) a instituição, previsão e efetiva arrecadação de todos os 
impostos de competência legal do ente da Administração 
Federal, com exceção das receitas derivadas. 
 
06. (CESPE – Téc. em Contabilidade – MS – 2010) 
Acerca da Lei nº 101/2000 e de seus reflexos na 
administração pública, julgue o item subsequente. 
 
A renúncia de receita prevista na LRF compreende remissão, 
subsídio, crédito presumido, concessão de isenção em caráter 
não geral, alteração de alíquota ou modificação de base de 
cálculo que implique redução discriminada de tributos ou 
contribuições, e outros benefícios que correspondam a 
Aula 08 
Profº Otávio Souza www.pontodosconcursos.com.br página 54 de 57 
 
tratamento diferenciado, mas não contempla as situações de 
anistia fiscal. 
 
07. (ESAF –

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