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SISTEMAS ESTRUTURAIS - 5P AULA 2 ENG BRUNA COELHO AULA REFERENTE AOS CAP 4, 5 E 6 DO LIVRO CONCRTO ARMADO EU TE AMO PARA ARQUITETOS As estruturas dos prédios • A trindade de ouro: Lajes, vigas e pilares. Analogia com a mesa do escritório. • Analisaremos um sobradinho de alvenaria no bairro de classe média, Vila Madalena, em São Paulo, e um sobrado estruturado em concreto armado com lajes, vigas e pilares (cerca de 150m2) As estruturas dos prédios • O sabradinho foi construído nos anos 30, século XX. • As paredes são de tijolos maciços. • O telhado tem estrutura de madeira e as telhas são de barro do tipo Marselha (francesa). • O piso superior é de tábuas apoiadas em grandes vigas de madeira. • A escada é de madeira. As estruturas dos prédios • Os grandes inimigos dessa estrutura: 1. Umidade, podendo atacar toda a madeira, por ação de microorganismos; 2. Cupim, atacando madeiras mais moles, por exemplo do telhado, e com isso deixando entrar águas de chuva que irão apodrecer o resto da estrutura de madeira, e consequentemente, a pintura é atacada e acontece um deterioração geral. As estruturas dos prédios • Analisemos agora a segunda edificação: 1. A estrutura é de concreto armado (lajes, vigas e pilares) e alvenaria é de tijolos maciços, tem laje, vigas e pilares. 2. O ano de construção é de 1950. 3. A escada é de concreto armado. 4. O telhado é de telhas francesas e sua estrutura é de madeira As estruturas dos prédios • Para entender a estrutura de concretoarmado da segunda residência, façamos agora uma analogia estrutural com duas mesas de madeira superpostas: As estruturas dos prédios • Duas mesas de madeira superpostas lembram uma estrutura de concreto armado; • Os tampos da mesa seriam as lajes, as travas seriam as vigas, e os pés, os pilareas. Os vasos exemplificam as pessoas. As estruturas dos prédios As estruturas dos prédios • É raro encontrar uma mesa sem traves. • A trave que dá rigidez a mesa. • Também é pouco comum encontrar estruturas de concreto armado com pilares e sem viga. • Quando existem, cuidadosdevem ser tomados. • São as lajes cogumelos. • O conjunto laje, viga e pilar é a “TRINDADE DE OURO” dos edificios de concreto armado. A laje A laje (nos casosmais comuns) se apoia nas VIGAS As vigas (nos casos maiscomuns) se apoiam nos PILARES As estruturas dos prédios • As vezes, no andar térreo de prédios para dar maior, lempeza arquetetônica e maior visibilidade, colocamos as vigas invertidas (como que puxando as lajes); • Finalmente, os pilares se apoiam e transmitem as cargaspara as fundações e estas se apoiam no terreno (solo), destino final de todas as cargas de edificação, sejam as cargasque eram apoiadas nas lajes, assim como o peso próprio da estrutura. As estruturas dos prédios • Vejamos a perspectiva da estrutura do sobrado com estrutura de concreto armado. Conjunto de parede de alvenaria, lajes maciças, vigas e pilares. As estruturas dos prédios • Analisemos com mais detalhes, uma parte interna da estrutura de concreto armado convencional. As estruturas dos prédios • Veja o que é: 1. Parede de alvenaria; 2. Laje maciça de concreto armado – espessura variando de 5 a 20cm; 3. Viga V-1 de concreto armado suportando lajes, largura variando de 5 a 20cm; 4. Viga V-2 de concreto armado suportando a carga de parede superior e a cargada própria laje. Tem maior altura que a V- 1. As estruturas dos prédios 5. Pilar P-1 de concreto armado – rece a cargade parede, lajes, vigas e as cargasde uso (denomindas acidentais), seção retangular com lados variando de 15 a 30cm (residências) 6. As dimensões das peças estruturais citadas são para dar uma ordem de grandeza a peça. Com alguma frequência, as dimensões podem variar dos valores dados. As estruturas dos prédios As paredes de alvenaria podem ser construídas de várias formas. Quando forem usados tijolos, temos usualmente estes três modos de construção: 1. Tijolo em espelho, espessura entre 5 a 10 cm. 2. Meio-tijolo, espesssura entre 10 a 20 cm. 3. Um tijolo, espessura de 20 a 30 cm. OBSERVAÇÕES - 1 Pilar: ou se apoia em fundações, ou se apoia em outros pilares, ou, em casos excepcionais, se apoia em vigas de alta responsabilidade, chamadas de vigas de transição, fato comum em garagens e em locais que precisam de alta visibilidade, como lojas ou salões. OBSERVAÇÕES - 2 Laje: Falemos de um tipo muito interessante arquitetonicamente. São as lajes-cogumelos. Lajes-cogumelo são lajes que não tem vigas e descansam diretamente em pilares. É um solução mais complexa e cara, pois se as lajes comuns têm espessura em volta de 7 a 10 cm, as lajes cogumelos tem espessura variando de 12 a 15 cm, e lajes são o componente estrutural de maior consumo de concreto num prédio convencional. OBSERVAÇÕES - 2 • O uso de lajes cogumelo ou laje lisa evita o uso de vigas e deixa visualmente o espaço mais livre. • Há uma nomenclatura que a norma de concreto atual adota: 1. Laje-cogumelo – laje que se apoiaem pilares sem vigas mas usa capitel (para distribuir as tensões); 1. Laje lisa – um tipo derivado de laje cogumelo e que não tem capitel OBSERVAÇÕES -3 • Como todo o peso da laje se concentra nos pilares, sem a distribuição de cargas pelas vigas, a norma é taxativa na espessura mínima das lajes-cogumelos e lajes lisas comparada com uma laje comum (apoiada em vigas): 1. Laje comum - espessura mínima: 5cm 2. Laje-cogumelo – espessura mínima: 14 cm 3. Laje lisa – espessura mínima: 16 cm NOTA: Normalmente, os livro de concreto armado mostram sempre os pilares em posição vertical. Um grande arquiteto brasileiro usa, com maestria. Pilares duplos em formato de V. Relação Estrutural • As cargas dos prédios tem que ser transmitidas ao terreno. • Ou seja, as cargas correspendentes à: 1. Peso próprio da estrutura (que nas estruturas de concreto armado é significante, se comporta com a soluçãoalternativa em aço); Relação Estrutural 1. Carga acidental prevista pela norma de cargas acidentais (NBR 6120); 2. Carga de Vento 3. Eventual carga de um muro de arrimo que se apoia na estrutura do prédio, etc. Relação Estrutural • Essas cargas tem que ser levadas ao terreno, e lá se dissipar com pouco problemas. • Se o solo for muito resistente (rocha, argila dura), simples sapatas resolvem o problema. • Prédios como o ‘’Sobre as Ondas”, no Guarujá- SP, o Hotel Sesc, Ilha do Boi em Vitória-ES, ou ainda a estrutura do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro-RJ, descarregam o peso diretamente em rocha. SOBRE AS ONDAS – GUARUJÁ SP SESC ILHA DO BOI - ES Relação Estrutural • Nesses casos, o problema de dissipação de tensões não existe, pois as cargas do prédio são insignificantes em relação à resistência dsa rochas-suportes. Relação Estrutural • Quando o solo é algo resistênte, mas não rochoso, podemos ter que usar: 1. Sapatas; 2. Radier, que é uma laje de grande extensão (largura), fruto da junção de muitas sapatas. Relação Estrutural • Quando o solo é algo resistênte, mas não rochoso, podemos ter que usar: 1. Sapatas; 2. Radier, que é uma laje de grande extensão (largura), fruto da junção de muitas sapatas. Relação Estrutural • Se o solo resistente estiver mais fundo, podemos usar pequenas estacas, chamadas de brocas, ou estacas de concreto armado ou de aço, ou de madeira. • Se as cargas forem grandes (prédios muito altos), usaremos a solução tubulão, descarregando a carga total num solo mais resistente e de uma forma mais distribuída; Relação Estrutural • Por vezes usamos o atrito do solo para apoiar um prédio são as estacas “cravadas”: 1. Aço;2. Estacas pré-moldadas de concreto armado; 3. Estacas moldadas in loco; 4. Pequenas estacas (moldadas no local) de concreto armado, denominadas de brocas; 5. Estacas de madeira Escolha das Fundações • Fatores que governam a escolha da fundações são: 1. Cargas; 2. Tipo de solo, cujas caracteristicas são estimadas pelas sondagens geotécnicas; 3. Aceitação ou nãoda estrutura quanto a recalques (afundamentos); 4. Custo, prazo de execução, possibilidade de danos a obras próximas etc. Escolha das Fundações • As obras de edificios sempre produzem ercalques, ou seja, a obra afunda depois de pronta. • Afunda de milimetros a decímetros. • As vezes, leva anos afundando (caso de solos argilosos). • Solos arenosos têm recalques quase que imediatos. Escolha das Fundações • Do ponto de vista estrutural, chamam atenção: 1. Recalques homogêneos ( tudo afunda por igual), que não trazem consequência de esforços adicionais à estrutura; 2. Recalques diferenciais, quando uma parte afundamais que a outra. Esse tipo de recalque introduz esforços não previstos nas estruturas, inclusive com trincas nas alvenarias, problema de funcionamento nos elevadores etc. SONDAGEM • SPT - STANDARD PENETRATION TEST – Teste padão de penetração • Informação do local quanto à dificuldade (numero de golpes) para o amostrador penetrar no solo; • Amostras do solo em várias profundidades que vão para o laboratório da empresa de sondagens para fazer uma classificação granulométrica do material da amostra APOIOS • Como aprendido na Resistência dos Materiais, o tipo de apoio das estruturas tem enorme importância no funcionamento dessas estrturas. 1. Apoio simples, que representa o descansar de uma peça em dois ou mais apoios; 2. O engastamento (encaixe), quando existe uma maior solidariedade (encaixe, colagem, amarração etc.) entre a peça a ser suportada e o seu apoio. APOIOS
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