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Lição 02 / 1 
Coordenadoria de Ensino a Distância - CEaD
Universidade Vila Velha UVV-ES
Índice
1.Introdução
2. Teorias da Administração
2.1. Administração Cientifica
2.2. Teoria Clássica da Administração
2.3. Teoria das Relações Humanas
2.4. Teoria da Burocracia
2.5. Teoria Estruturalista
2.6. Teoria Comportamental
2.7.Teoria Contingencial
3.Novas Abordagens da Administração
4.Conclusão
5.Referências
Teoria da organização
Lição 02
Visão Histórica da Administração
Lição 02 / 2 
Coordenadoria de Ensino a Distância - CEaD
Universidade Vila Velha UVV-ES
1. Introdução
Para uma melhor compreensão das teorias administrativas que iremos estudar, vamos
relembrar alguns dos conceitos vistos no Tópico 1 e que são fundamentais para o
entendimento do Tópico 2.
Os principais conceitos são:
Administração é o processo de conjugar recursos humanos e materiais de
forma a atingir fins desejados, através de uma organização;
Organização é uma combinação de esforços individuais que tem por
finalidade realizar propósitos coletivos;
Funções Administrativas (Ciclo Administrativo): planejamento,
organização, direção e controle (PODC).
Para entender a administração no século XXI, é necessário entender o surgimento das
indústrias. Até a Revolução Industrial, o modo de produção era artesanal e o centro dos
negócios era na agricultura. A partir do século XVIII, com a Revolução Industrial, ocorre
uma grande transformação mundial, onde as oficinas artesanais foram substituídas
pelas fábricas e o centro dos negócios passa da agricultura para a indústria.
Essa transformação mundial gera mudanças na forma de produzir, na forma de conduzir
as organizações e também em como administrar os operários que eram os
trabalhadores principais da época.
Desta forma, ocorre a necessidade de um planejamento e a organização dessas
fábricas e as teorias administrativas surgem como uma resposta a essa necessidade
de entender e administrar as organizações.
Lição 02 / 3 
Coordenadoria de Ensino a Distância - CEaD
Universidade Vila Velha UVV-ES
2. Teorias da Administração
Para entender a administração no século XXI, importante conhecer as principais Teorias
da Administração que surgiram a partir da Revolução Industrial e que têm como foco
aumentar a produtividade, com a maior eficiência e eficácia, gerando maiores lucros.
Prezado aluno, para uma melhor compreensão dos estudos das
Teorias da Administração, importante ressaltar alguns pontos:
que ao estudar as teorias, você tenha em mente o período da história
em que as mesmas surgem e;
que após a Teoria da Administração Científica, todas as outras
surgem como uma resposta à teoria anterior, que já não conseguia
mais responder à necessidade de uma maior produção;
que todas as Teorias que surgem após a Administração Cientifica se
apropriam dos conceitos das teorias anteriores e agregam novas
ideias e práticas.
As principais Teorias da Administração são:
2.1. Administração Cientifica
Lição 02 / 4 
Coordenadoria de Ensino a Distância - CEaD
Universidade Vila Velha UVV-ES
Embora a administração tenha registros de
planejamento de períodos anteriores, como
por exemplo, nas igrejas e organizações
militares, foi só em 1903 que Frederick
Taylor escreveu o primeiro livro sobre
Administração.
Frederick Taylor é considerado o precursor
da administração e principal autor da teoria
da Administração Cientifica, movimento
que acontece nos Estados Unidos da América.
Taylor, após a observação e estudos dos operários nas fábricas, determina que para
uma melhor produção, é necessário que a ênfase do trabalho seja nas tarefas, ou seja,
no modo de fazer.
A partir daí, propõe a ORGANIZAÇÃO RACIONAL DO TRABALHO (ORT) que foi
resultado dos estudos de Taylor. Taylor, para colocar em prática sua pesquisa, fazia o
estudo de tempos e movimentos gastos por cada operário na execução das suas
tarefas, ou seja, cronometrava cada tempo e movimento gasto.
Para uma Organização Racional do Trabalho:
realiza-se o estudo dos tempos e movimentos gastos na execução das
tarefas;
faz-se a seleção cientifica do trabalhador, ou seja, escolhe a pessoa
certa para o cargo (lugar) certo;
determina-se o “best way” ou seja, a melhor forma (caminho) de se fazer a
tarefa;
usa-se a Lei da Fadiga Humana: Taylor afirma que, quanto menor o esforço
do operário na execução da tarefa, menor seu cansaço, maior será sua
produção. Daí, também, a importância de se estudar o tempo e movimento
na execução de cada tarefa;
cria-se um padrão de produção único, ou seja, o modo de fazer a tarefa é
o mesmo de uma forma única e simplificada;
as fábricas oferecem um plano de incentivo salarial. Taylor afirmava que o
homem dessa época era um ser indolente, preguiçoso e que não gostava de
trabalhar e que a única forma de estimular era com o salário. Assim, o
homem desta era é chamado de homo economicus, homem preocupado
exclusivamente com objetivos materiais e salariais;
surge a supervisão funcional, ou seja, o supervisor para controlar todo o
trabalho executado;
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as condições ambientais de trabalho são consideradas adequadas.
resultando na máxima eficiência de produção das fábricas, gerando
sempre maiores lucros e salários.
Modelo simplificado da Organização Racional do Trabalho:
Interessante: na prática diária em nosso trabalho, temos contato com muitos
desses conceitos e princípios, ou seja, somos influenciados por uma Teoria de
1903.
A maior CRÍTICA à Administração Cientifica é que o homem perde o seu poder de
criação, tornando-se mecânico, ou seja, um verdadeiro robô no seu processo de
trabalho. Daí, essa Teoria também ser conhecida como mecanicista.
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RESUMO dos principais pontos da Teoria da Administração Cientifica:
Destaque: Frederick Taylor (1903)
Ênfase: Na Tarefa
Termos mais utilizados:
Organização racional;
Divisão das tarefas;
Simplificação;
Especialização;
Tempos e movimentos.
DICA: Assistir ao filme “Tempos Modernos” de Charles Chaplin.
2.2. Teoria Clássica da Administração
A Teoria Clássica surgiu, em 1916, na Europa e o destaque desta Teoria é Henri
Fayol.
Fayol, após os estudos, contribuiu com a Teoria Clássica afirmando, entre outros
pontos, que para se alcançar maior produtividade, a ênfase tem que ser na estrutura,
ou seja, na forma como as empresas são organizadas.
Assim, a partir dessa Teoria é que surgem os departamentos dentro das organizações
e ocorre a primeira classificação das atividades da empresa que são as Funções
(ou Processos) técnicas, comerciais, de segurança, contábeis, financeiras, e
administrativas.
Lição 02 / 7 
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Organograma da Teoria Clássica, com ênfase na estrutura.
Fonte: Chiavenato, 2010.
A Função (Processo) Administrativa paira sobre todas as outras, pois consiste em
prever, organizar, comandar, coordenar e controlar; é uma atividade comum a qualquer
empreendimento.
Ciclo PODC
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RESUMO dos principais pontos da Teoria Clássica da Administração:
Destaque: Henri Fayol (1916)
Ênfase: Na Estrutura
Classificação das atividades da empresa:
Funções técnicas, comerciais, de segurança, contábeis, financeiras,
e administrativas;
Função administrativa paira sobre todas as outras;
Consiste em: prever, organizar, comandar, coordenar, e controlar.
2.3. Teoria das Relações Humanas
A Teoria das Relações Humanas teve seu início após os resultados da famosa
experiência de Hawthorne, para pesquisar o efeito das condições ambientais sobre a
produtividade do pessoal, na década de 30. Assim, após essa experiência, o precursordesta Teoria, Elton Mayo, afirma a necessidade da ênfase nas pessoas para o
aumento da produtividade para gerar maiores lucros.
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Esta Teoria aponta que:
o Homo Economicus da Administração Cientifica é substituído pelo Homem
Social, já que o incentivo econômico não é a única forma motivadora;
o trabalhador não se comporta como um ser isolado e sente a necessidade
de pertencer e ser aceito pelo grupo do qual faz parte;
a especialização funcional não cria, necessariamente, a organização mais
eficiente já que, além da organização formal oficialmente estabelecida,
existe a organização informal que surge dos grupos informais e que
permeia toda a organização.
Abaixo, a representação do que são os aspectos formais e abertos que compõem a
Organização Formal e os aspectos informais e ocultos que compõem a
Organização Informal. Importante observar que os aspectos informais só passaram a
ser considerados relevantes a partir da Teoria das Relações Humanas.
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Fonte: (CHIAVENATO, 2010)
Questões como: Integração social; Comportamento social; Recompensas e punições;
Grupos informais; Relações intergrupais; Motivação; Liderança; Comunicação;
Organização Informal; Dinâmica de Grupo e Processo Decisório, que hoje no Século
XXI fazem parte da vida organizacional, têm origem na Teoria das Relações Humanas
justamente por causa da necessidade da ênfase nas pessoas para um melhor
desempenho dentro das organizações.
A partir dessa Teoria é que se percebe a necessidade de um bom relacionamento
interpessoal entre as equipes de trabalho e que surgem dentro das empresas reuniões,
palestras, dinâmicas de grupo, entre outras atividades visando melhoria do
relacionamento e desenvolvimento das pessoas.
Teoria das Necessidades Humanas de Maslow:
A primeira Teoria sobre Motivação Humana é a Teoria das Necessidades
Humanas de Maslow, que inicialmente identifica que todo ser humano
possui três necessidades humanas básicas que são as Fisiológicas;
Psicológicas e Auto-Realização e que essas necessidades têm que estar
supridas para que a pessoa consiga produzir .
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Teoria das relações humanas
As maiores críticas à Teoria das Relações Humanas são:
confronto das Ideias Clássicas, ou seja, as ideias da Teoria das Relações
Humanas entram em confronto direto com as ideias das Teorias da
Administração Cientifica e Teoria Clássica;
crença na possibilidade de superação do conflito gerado pela necessidade
de pertencer e ser aceito pelo grupo que faz parte no ambiente do trabalho;
ingenuidade: justamente pela importância dada ao fato de pertencer ao
grupo social e acreditar que isso diminuiria ou eliminaria os conflitos das
empresas, o que não é possível de acontecer;
enfoque manipulador: colocar a organização informal a serviço da
organização formal, ou seja, os dirigentes perceberam a importância dos
grupos informais e passaram a manipular esses grupos a favor da
organização.
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RESUMO dos principais pontos da Teoria das Relações Humanas:
Década de 30
Ênfase: Nas Pessoas
Pressupostos:
Incentivo econômico não é a única forma motivadora;
O trabalhador não se comporta como um ser isolado;
A especialização funcional não cria necessariamente a organização
mais eficiente.
2.4. Teoria da Burocracia
Prezado aluno, o que vem à sua mente quando você ouve ou pensa sobre a
palavra Burocracia?
Geralmente, a palavra burocracia vem
associada ao pensamento de negativismo,
excesso de papel e demora nos processos
de trabalho, principalmente no setor público,
mas a origem da palavra burocracia indica
uma forma de organização baseada na
racionalidade. Esse pensamento distorcido
da burocracia em sua essência é resultado
do que chamamos de disfunção da
burocracia.
O cientista Max Weber fez os primeiros estudos sobre a Teoria da Burocracia,
retornando a ênfase na estrutura, ou seja, a forma como a empresa é organizada é que
vai definir o seu grau de eficiência e eficácia.
Desta forma, Max Weber propõe a Teoria da Burocracia para organizar e colocar em
ordem o “caos” gerado pela Ingenuidade da Teoria das Relações Humanas.
As características mais presentes e marcantes, entre outras, na Teoria da Burocracia
são:
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Caráter legal e normativo: todos os procedimentos e normas dos
processos de trabalho têm legislação própria e são escritos;
Formalidade das comunicações: as regras, decisões e ações são
formuladas e registradas por escrito. Como forma de comprovação e
adequação, as comunicações se tornam repetitivas e constantes,
possibilitadas pela rotina de trabalho;
Racionalismo e divisão do trabalho: ocorre a definição dos objetivos a
serem alcançados (razão) e é definida a atribuição de cada pessoa na tarefa
a executar, gerando a divisão do trabalho;
Impessoalidade e hierarquia: na Teoria da Burocracia é considerado o
cargo e não a pessoa ocupante do cargo, gerando assim, a impessoalidade
e a pessoa é respeitada pelo cargo que ocupa na hierarquia da
organização.
Rotinas e procedimentos padronizados e previsíveis: as atividades de
cada cargo são desempenhadas de acordo com padrões definidos
relacionados com os objetivos propostos, ou seja, o funcionário executa
exatamente o que está determinado e padronizado, gerando assim, uma
rotina em seu processo de trabalho. Assim, se tudo é padronizado e
rotineiro, os resultados esperados são previsíveis.
Os dilemas e as disfunções não previstas ou indesejadas por Max Weber na Teoria da
Burocracia são:
dificuldade de cumprimento irrestrito de regras;
apego exagerado a regulamentos;
formalismo e excesso de papel;
resistência a mudanças;
impessoalidade e categorização;
abusos de autoridade e
conflitos com o público.
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RESUMO dos principais pontos da Teoria da Burocracia:
Destaque: Max Weber
Ênfase: Na Estrutura
Origens da Burocracia:
Racionalidade;
Ética Protestante;
Características:
Caráter legal e normativo;
Formalidade das comunicações;
Racionalismo e divisão do trabalho;
Impessoalidade e hierarquia;
Rotinas e procedimentos padronizados;
Meritocracia;
Profissionalização;
Especialização da administração;
Previsibilidade.
2.5. Teoria Estruturalista
A TEORIA ESTRUTURALISTA tem origem na Teoria Clássica e na Teoria de Relações
Humanas, ou seja, os autores destaques Levi-Strauss, Karl Marx e Max Weber
conciliaram os principais conceitos dessas duas Teorias e elaboraram a Teoria
Estruturalista, com ênfase na estrutura organizacional para a busca da Eficiência e
Eficácia das organizações.
Assim, a partir da conciliação dos conceitos da Teoria Clássica e da Teoria de
Relações Humanas, a Abordagem Estruturalista inclui:
a Organização Formal e a Informal, e suas inter-relações: ocorre a
integração entre a organização formal (padrão de organização determinada
pela administração) e a organização informal (relação social que se
estabelece entre as pessoas dentro da organização formal);
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os Níveis mais Altos e os Níveis mais Baixos: as organizações são
estruturadas em três níveis: institucional; gerencial e técnico, que possuem
características próprias com diferentes participações, mas todos os níveis
com fundamental desempenho e importância no trabalho organizacional;
as Recompensas Materiais e as Não Materiais (Recompensas
Sociais): para o homem organizacional, tantoas recompensas materiais
como as recompensas sociais são consideradas importantes.
a Interação da Organização com o seu Ambiente: a organização
funciona como um sistema aberto e como tal ela influencia e é influenciada
pelo ambiente interno (microambiente) que é composto pelos fornecedores,
clientes, concorrentes e agências reguladoras e pelo ambiente externo
(macroambiente) que é composto pelas condições econômicas, sociais,
tecnológicas, entre outras;
as Organizações de Trabalho e as de Natureza Diferenciada: com a
Teoria Estruturalista, todos os tipos de organização devem ser considerados
(igrejas, hospitais, universidades, industrias, comércios, entre outras).
Nesta Teoria, o Homo Economicus da Administração Cientifica e o Homem Social da
Teoria das Relações Humanas são substituídos pelo Homem Organizacional que
desempenha diferentes papéis em diferentes organizações.
Apesar das criticas negativas a essa teoria, não há como negar que a Teoria
Estruturalista é considerada a Teoria da Crise e da Mudança, pois ela proporcionou
mudança e inovação às organizações.
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RESUMO dos principais pontos da Teoria Estruturalista:
Destaques:
Levi-Strauss
Karl Marx
Max Weber
Ênfase: Na Estrutura
Origens:
Teoria Clássica + Relações Humanas
Abordagem Estruturalista inclui:
A organização formal e a informal, e suas inter-relações;
O objetivo e o alcance dos grupos informais e as relações de tais
grupos dentro e fora da organização;
Os níveis mais altos e os níveis mais baixos;
As recompensas materiais e as não materiais;
A interação da organização com o seu ambiente;
A organização de trabalho e as de natureza diferenciada.
2.6. Teoria Comportamental
A Teoria Comportamental é a teoria influenciada pela ciência do comportamento: a
Psicologia, na década de 50. Ela retoma a ênfase nas pessoas para o aumento da
eficiência e eficácia gerando, assim, maiores lucros para as organizações.
A dimensão motivacional torna-se a referência para o administrador que deve conhecer
todos os mecanismos motivacionais para poder administrar de forma correta a
organização.
A Teoria Comportamental redesenha a Teoria das Relações Humanas, abandonando
sua concepção ingênua e romântica, redefinindo os conceitos administrativos vistos até
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então.
Para explicar e entender as pessoas aprofunda-se o estudo sobre motivação e ocorre
resgate da Teoria da Hierarquia das Necessidades de Maslow (Abraham Maslow, 1908-
1970), onde Maslow afirma que toda pessoa possui 5 (cinco) necessidades, que podem
ser visualizadas numa pirâmide: Necessidades Fisiológicas (nível mais baixo da
pirâmide); Necessidades de Segurança (segundo nível); Necessidades Sociais;
Necessidades de Estima e Necessidades de Realização (topo da pirâmide).
Para Maslow, somente quando o nível inferior da necessidade está suprido, é que a
necessidade que está no nível mais elevado surge e assim sucessivamente. Então,
quando uma necessidade é suprida, ela deixa de ser motivadora e surge outra
necessidade.
A Teoria das Necessidades Humanas de Maslow, apesar das críticas, é bem
estruturada e oferece suporte para os gestores preocupados com a motivação dos
funcionários.
Outra teoria motivacional é a Teoria dos Dois Fatores de Herzberg (Frederick Herzberg
– 1923), que explica o comportamento das pessoas a partir de dois fatores:
Fatores Higiênicos: são fatores que evitam a insatisfação, mas não são
motivacionais;
Fatores Motivacionais: são fatores que, quando ótimos, provocam motivação
mas, quando precários, evitam a satisfação.
Teoria dos dois fatores de Herzberg
As organizações se caracterizam por conflitos entre os objetivos individuais e os
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objetivos organizacionais e o papel do administrador passa a ser conciliar estes
objetivos, ou seja, fazer com que os objetivos organizacionais (lucro, sobrevivência,
imagem de mercado, entre outros) sejam alcançados e que os objetivos individuais
(melhores salários, reconhecimento, qualidade de vida no trabalho, entre outros) sejam
supridos.
Assim, surgem outras abordagens sobre o comportamento humano para eliminar ou
reduzir os aspectos negativos destes conflitos.
RESUMO dos principais pontos da Teoria Comportamentalista:
Década de 50
Ênfase: Nas Pessoas
Indivíduos
Dimensão motivacional
Homem administrativo
Resgate da pirâmide de necessidade (Maslow)
2.7.Teoria Contingencial
A Teoria da Contingência é a teoria mais atual e tem ênfase no ambiente e na
tecnologia que a organização está inserida. Esta teoria parte para modelos
organizacionais mais novos, dinâmicos, flexíveis e orgânicos.
A Teoria da Contingência afirma que a organização é um sistema orgânico, com
complexo inter-relacionamento entre as variáveis organizacionais internas e, destas,
com o AMBIENTE. Este ambiente é formado pela tarefa, estrutura, pessoas e
tecnologia.
Desta forma, o administrador, para ter sucesso na sua administração, deverá levar em
conta a situação e o momento da tomada de decisão.
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RESUMO dos principais pontos da Teoria da Contingência:
Década de 70
Ênfase: Ambiente e Tecnologia
Contingência:
Tarefa, Estrutura, Pessoas, Tecnologia = f (Ambiente)
Organização como um sistema orgânico
Complexo inter-relacionamento entre as variáveis organizacionais
internas e destas com o AMBIENTE
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3.Novas Abordagens da
Administração
Importante ressaltar que vários conceitos que surgem não são excludentes, e sim,
complementares. Surgem novas abordagens da Administração, como:
Qualidade Total: “Agir, de forma planeada e sistêmica, para implantar e implementar
um ambiente no qual o aprimoramento seja contínuo e em que todas as relações
fornecedores/clientes da organização, sejam elas internas ou externas, exista satisfação
mútua” (ISO 9000).
Reengenharia: “A Reengenharia é o repensar fundamental e a reestruturação radical
dos processos empresariais que visam alcançar drásticas melhorias em indicadores
críticos e contemporâneos de desempenho, tais como custos, qualidade, atendimento e
velocidade. Esta definição encerra quatro palavras-chave: fundamental, radical, drástica
e processos” (Hammer e Champy, 1994).
Readministração: forma de gerir as organizações contemporâneas, de tal sorte que
consigamos organizações:
Eficientes: produtivas;
Eficazes: que atinjam os resultados;
Efetivas: responsabilidade pública e ética em seu desempenho;
Relevantes: indivíduos satisfeitos e recompensados com e pelo que fazem
(Caravantes e Bjur, 1995).
Importante entender, a partir dos conceitos estudados, que a organização está inserida
no ambiente e que, para o alcance da eficiência e eficácia, novos modelos de gestão
são adotados e que dependem das variáveis abaixo para o seu sucesso:
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4.Conclusão
Para entender a administração no século XXI, é importante conhecer as principais
Teorias da Administração que surgiram com a Revolução Industrial.
As Teorias da Administração Cientifica; Teoria Clássica; Teoria das Relações Humanas;
Teoria da Burocracia; Teoria Estruturalista; Teoria Comportamental e a Teoria
Contingencial apresentaram conceitos, técnicas e modelos de gestão, definindo
modelos de eficiência e eficácia, que são utilizadas para administrar uma organização
bem sucedida. Importante reforçar a importância e ainfluência dessas teorias no
contexto de desenvolvimento organizacional, visando sempre maior eficiência e eficácia.
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5.Referências
BERNARDES, C; MARCONDES, R. C. Teoria geral da administração: gerenciando
organizações. São Paulo: Saraiva, 2003.
CHIAVENATO, I. Administração nos Novos Tempos. 2. ed. rev. e atual. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2010 e edições anteriores.
CHIAVENATO, I. Introdução à teoria geral da administração. 7. ed. rev. e atual. Rio
de Janeiro: Elsevier: Campus, 2004 e edições anteriores.
LACOMBE, F.; HEILBORN, G. Administração: princípios e tendências. São Paulo:
Saraiva, 2003.
MAXIMIANO, A. C. A. Introdução à Administração. São Paulo: Atlas, 2007.
MAXIMIANO, A. C. A. Teoria geral da administração: da revolução urbana a
revolução digital. 4 ed. rev. e atual. São Paulo: Atlas, 2004.
ROBBINS, S. P. Administração: mudanças e perspectivas. Tradução de Cid Knipel
Moreira. São Paulo: Saraiva, 2003.
VIEIRA, A; GOULART, I. B. (Coord). Identidade e Subjetividade na Gestão de
Pessoas. São Paulo: Juruá, 2007.

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