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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DE ARAPIRACA PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO CIÊNCIA E NÃO CIÊNCIA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA Plínio Henrique Santos Silva Resumo das obras Apologia de Sócrates e do Discurso do Método de Descartes UFAL- Arapiraca 2017 Plínio Henrique Santos Silva Resumo das obras apologia de Sócrates e do discurso do método de descartes Trabalho desenvolvido para a obtenção de nota do 1º semestre da disciplina de produção do conhecimento ciência e não ciência. Professor: Israel Alexandria Costa UFAL- Arapiraca 2017 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 6 2 APOLOGIA DE SÓCRATES ................................................................................... 7 3 DISCURSO DO MÉTODO ....................................................................................... 9 3.1 PARTE 1 ........................................................................................................... 9 3.2 PARTE 2 ............................................................................................................ 9 3.3 PARTE 3 .......................................................................................................... 10 3.4 PARTE 4 .......................................................................................................... 11 3.5 PARTE 5 .......................................................................................................... 11 3.6 PARTE 6 .......................................................................................................... 12 4 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 13 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 14 RESUMO Este trabalho apresenta o resumo de duas obras de grande relevância para a nossa sociedade, a obra apologia de Sócrates que se desenvolve em forma de diálogo e diz respeito a sua defesa, pois estava sendo acusado de corromper os jovens e não acreditar nos deuses reconhecidos pelo o estado; e o Discurso do Método de René Descartes, em sua obra o filósofo discursa sobre o método em que ele afirma ter encontrado para orientar a razão. ABSTRACT This work presents the summary of two works of great relevance to our society, the apology of Socrates which develops in the form of dialogue and concerns its defence because it was being accused of corrupting young people and not believing in the gods recognized by the State; And the speech of the René Descartes method, in his work the philosopher speaks on the method in which he claims to have found to orient the reason. 6 1 INTRODUÇÃO A apologia de Sócrates é uma obra literária escrita pelo filósofo Platão que foi seu discípulo. Platão exprime sua versão de defesa pelo filósofo Sócrates no seu primeiro julgamento, em que foi acusado de corromper os jovens e não aceitar os deuses reconhecidos pelo estado. Na visão de Platão e na história que conta sobre suas palavras, Sócrates havia sido vítima do poder político que agiu contra o raciocínio filosófico, pois ele era apenas um filósofo que vivia da verdade e somente da verdade, e dessa forma acreditava que a verdade fosse o bem maior. A obra discurso do método, é desenvolvida por René Descarte, e nela o filósofo afirma ter encontrado um método eficaz de orientar a razão, que o ajudou a fazer muitas descobertas de grande importância, comprometendo-se a explicar o método pelo a auto biografia, conta a história de seu desenvolvimento intelectual e de como ele chegou ao método. 7 2 APOLOGIA DE SÓCRATES O livro da Apologia de Sócrates dar início através das palavras iniciais de Sócrates no começo de seu julgamento. Em relação a seus acusadores Sócrates admite que foram tão persuasivos que até o próprio Sócrates quase se esquece dele mesmo, ou seja, quase acredita nas mentiras de seus acusadores. Antes de Sócrates dar prosseguimento a sua defesa, os acusadores alertam os cidadãos atenienses para terem cuidados, pois Sócrates poderia enganá-los com sua habilidade de orador. Os acusadores de Sócrates foram: Melato, representava a classe dos poetas e advinhos; Líncon, representava a classe dos oradores e professores de retórica; e Ânito, representava a classe dos políticos. A acusação era de que Sócrates estaria corrompendo os jovens, abandonado a religião Grega e adoração de Deuses estranhos aos da cidade. Dessa forma, o filósofo, por ocupar-se de assuntos que não era de sua alçada, investigando o que havia em baixo da terra e do céu, procurando transformar a mentira em cidade e ensinar os jovens virou réu. Sócrates afirma que ao iniciar sua defesa não se apresentaria de nenhum modo hábil de falar como disseram seus acusadores, tão pouco usaria um discurso repleto de expressões bonitas e vazia, mas que suas palavras seriam ditas de maneira simples e espontânea. Prestes a dar início a sua defesa, Sócrates profere que se defenderá de dois tipos de acusadores, os antigos e o atuais do processo cuja a primeira defesa seria mais fácil. O filósofo discorre sobre as calúnias que ao longo de anos foram se espalhando pela cidade e que defender-se desses acusadores seriam difícil pois não se poderia se confrontar com tais acusadores e dessa forma, cabia-lhe defender-se por si mesmo. Dessa forma, o que Sócrates quis passar foi que tais calúnias já teriam sido razões da qual a assembleia o acusaria. Sócrates explicou que os jovens ociosos, os filhos dos riscos o seguiam espontaneamente, gostavam de ouvi-lo e muitas vezes imitavam-no, pelo fato de que o filósofo questionava supostos sábios homens e expunha a sua falsa sabedoria como a ignorância, ou seja, Sócrates buscava a verdade, e por tais gestos era admirado e odiado por muitos. O filósofo passa a discorrer de forma lógica que um homem pobre como ele não desvirtuaria jovens de forma voluntaria, pois não haveria intenções, nem interesses em praticar tal ato. Porém se de certa forma Sócrates estivesse 8 desvirtuando os jovens sem intenção, desta forma, ele merecia ser advertido e não julgado. Sócrates refuta o argumento de Mêleto ao acusar que Sócrates era ateu, e seu ensino era demoníaco. Mas Sócrates argumentou que se ele era demoníaco, era porque ele acreditava em demônios e este fato o fazia crer em deuses, já que os demônios são filhos de deus e ninfas. O filósofo não volta atrás de seus ensinamentos como os acusadores queriam que ele fizesse para então ficar livre da acusação, porém Sócrates abordou a respeito do assunto, disse ele que muitas pessoas desistiam de suas missões pelo medo de represálias e da morte, porém Sócrates não voltaria atrás de nenhuma forma, porque o importante era ser justo e honesto, e obedecer ao princípio de obediência aos deuses e dessa forma ninguém podia se opor a sua verdade nem mesmo a morte. Sócrates afirma que enquanto respirar e estiver apto mentalmente não deixaria de filosofar e de instruir as pessoas a quem quer que o procurasse. Ainda assim, Sócrates também não cede a várias sugestões como a de pagar fiança ou viver longe de Atenas para não morrer, mas se nega a fazê-lo, apontando que os juízes estariam cometendo um erro em condenarum sábio injustamente e não iria adular os juízes para ser liberto por algo que ele não fez e termina mais uma argumentação em sequência lógica acusando não só Meletom Anito e Líncon, mas também os juízes. Sócrates ainda tinha a chance de fazer teatro, levando seus filhos, mães e familiares para apelas pelo lado emocional dos juízes, mas não o quis, e por fim Sócrates foi considerado culpado e condenado a beber um veneno chamado cicuta. Após saber do resultado, o filósofo ainda discursou a respeito do fato, mostrando sua crença aos deuses, sugere que Zeus faria vingança contra a injustiça ocorrida, matando seus acusadores. Não esquecendo as pessoas que os absolveram da culpa, afirmando sua inocência e os tranquiliza dizendo que irá para um lugar melhor: a morte, profetizando que haveria outro em seu lugar. Desta forma, o resultado deveria ser para seu bem, pois Sócrates via a morte como um sono profundo ou uma mudança de lugar, e para o filósofo qualquer estaria bom. O filósofo conclui sua defesa com a arguição de que ele não teria rancor das pessoas que o condenaram e pede-lhes para cuidar dos seus três filhos à medida que crescerem, e dessa forma termina com a frase: “É a hora de irmos: eu para a morte, vós para as vossas vidas; quem terá a melhor sorte? Só os Deuses sabem”. 9 3 DISCURSO DO MÉTODO 3.1 PARTE 1 Descartes deixa claro que seu propósito não é de ensinar o método que cada um deve seguir para bem conduzir a sua própria razão, mas de mostrar como ele conduziu a sua razão. As Ciências humanas já não lhe agradavam mais, e por estar interessado em conhecer outro paradigma, a Matemática lhe parecia adequada, pois para ele a Matemática parecia-lhe ter um maior grau de certeza e exatidão que as filosofias tradicionais não possuíam. Descartes recusa as coisas que aprendera nas escolas tradicionais, ou seja, estudo das línguas, leituras de livros antigos sobre as civilizações passadas da Grécia, Egito, Roma, Alexandria, para o filósofo, sua intuição lhe dizia que o método o método cuja queria encontrar teria que ser diferente dos ensinamentos clássicos. Para Descartes o bom senso é a coisa mais compartilhada entre as pessoas. Porém, os desacordos entre opiniões e a forma como julgamos são porque pensamos de modos diferentes. Dessa forma, o que nos diferencia dos animais é a nossa capacidade de pensar e usar a razão. Para René é de suma importância estudar novas línguas, viajar e conhecer novas culturas para que dessa forma possamos a avaliar a nossa própria cultura. Por isso que depois que concluiu seus estudos, decidiu viajar e aprender com as pessoas e as experiências da vida, invés de usar somente livros, pois dessa forma descobriu que muito podia ser aprendido, mesmo com aqueles que cometiam erros e depois corrigiam, deste modo, como o filósofo fala, decidiu estudar a si mesmo e de empregar todas as forças de seu espírito, escolhendo que deveria seguir. 3.2 PARTE 2 René apresenta o raciocínio de que as coisas só ficam perto da perfeição quando são produzidas por uma única pessoa que detém conhecimento e bom senso, invés de vários homens trabalhando na mesma coisa. Para complementar sua linha de pensamento, utiliza como exemplo a construção de cidades, uma vez que a cidade não é perfeita, nem toda bela, nem os prédios são regulares, iguais e nem do mesmo tamanho, mas não seria por esta razão que a cidade deveria ser demolida. O filósofo 10 fez essa comparação para explicar que da mesma forma acontece com o conhecimento e a aprendizagem, na opinião de Descartes o conhecimento poderia ser absorvido e depois modificado em relação a bases de acordo com a razão. Continuando a linha de pensamento de Descartes, o filósofo declara que nem sempre aqueles que pensam diferentes da gente são bárbaros, e nem a opinião de várias pessoas mesmo que a mesma, possam ser tidas como verdadeira, do mesmo modo que um homem pode conhecer uma verdade e que mais ninguém conhece. Partindo de seus pressupostos, René decide utilizar quatro preceitos lógicos que seriam: Não aceitar nada como verdadeiro ou concreto que não fosse previamente analisado e estudado; Dividir o assunto ou a questão a ser analisada em várias partes; Partir das coisas mais simples para o mais complicado; e por último, é preciso fazer a enumeração cronológica de todo o processo. A partir desses preceitos, René afirma que é possível deduzir todo por mais obscuro e difícil que seja, podendo ser utilizada essa linha de raciocínio pode ser aplicado nas outras ciências, mas que os princípios do método são baseados na filosofia. 3.3 PARTE 3 Descartes inicia a parte 3 fazendo uma analogia entre o conhecimento e a demolição e construção de uma casa, para ele, não era suficiente derrubar a casa onde se mora, para construir outra, pois para isso, seria preciso ter um lugar onde morar enquanto a casa estaria sendo reconstruída para então viver. Assim, a fim de não permanecer irresoluto em suas ações, Descartes criou a moral provisória que para ele consistia em apenas três ou quatro máximas. A primeira máxima seria seguir os costumes e leis do seu país; a segunda era de manter firme e decisivo nas coisas que faz, pois até uma decisão errada é melhor que indecisão, porque indecisão não leva a lugar nenhum; a terceira é vencer a si mesmo, conquistando seus próprios desafios; e a quarta é tentar achar a melhor ocupação possível na vida. Depois de ter concluído as máximas, Descartes viajou mundo à fora durante nove anos conversando com as pessoas que encontravam pelo caminho e aperfeiçoando seu estudo em Matemática. Depois de toda a sua viaja e busca de conhecimentos, ele volta para a Holanda, e se afasta de todas as pessoas para aproveitar sua solidão ao qual ele julgava necessária para estudar. 11 3.4 PARTE 4 Nesta quarta parte do discurso, Descarte analisa e descreve os resultados de seus pensamentos e estudos a princípio da razão, seguindo o método que ele previamente tinha planejado, logo, passa a considerar falso tudo aquilo que é duvidável. Nesta linha de raciocínio o filósofo nota que ele precisa ser algo para que possa duvidar, pois a dúvida requer pensamento, e isso confirmava sua existência, portanto adotou a célebre frase “penso, logo existo”, dessa forma, o filósofo concluiu ser um ser pensante e que o corpo e a alma são completamente distintos. Ainda sobre seu raciocínio, o filósofo via Deus como um ser perfeito e sendo Deus uma criação da nossa mente, seria impossível que nós seres imperfeitos pudéssemos criar um ser perfeito, dessa forma, Descartes concluiu que Deus é perfeito, e que todas as imperfeições existentes são devidas a perfeição de Deus. René prova a existência de Deus através da geometria, onde os estudiosos provaram que a somo dos ângulos internos de um triângulo é 180 graus, e com isso Descartes afirma que não existe provas que existissem triângulos no mundo, e que esta soma de ângulos é apenas uma teoria e da mesma forma é a existência de Deus é uma propriedade de Deus. 3.5 PARTE 5 Mesmo temendo que algo acontecesse a ele, como aconteceu com Galileu que foi condenado pela Inquisição, por conta de sua teoria heliocentrista, mesmo assim, Descartes continua e nesta parte ele aponto que seus métodos não ajudaram apenas nas questões metafísicas já discutidas, mas também ajudou nas questões físicas. Se comparado com um pintor que não pode expor toda a sua natureza em telas, René também não pode fazer o mesmo com suas teorias as quais ele chama de tratados. Seu tratado inicia com sol e estrelas como a fonte de luz, océu como transmissor de luz, corpos como objetos que refletem a luz, objetos na terra que possuem cores ou são transparentes, e os seres humanos que percebem a luz. E para não ter problemas, Descartes faz referência a um mundo imaginário e não ao que habitamos. Seu primeiro tratado demonstra a matéria como algo fácil de se compreender, mostrando que as leias da natureza são consequências da perfeição de Deus. O tratado também demonstra como o corpo humano pode realiza todas as suas 12 funções inconscientes. 3.6 PARTE 6 No último capítulo de seu livro, Descartes expõe sua preocupação da publicação do livro, já que a teoria de Galileu foi censurada, passando a questionar as opiniões aceitas e tudo o que ele escreveu, e também pelo fato do autor poder prejudicar alguém intencionalmente. Sobretudo, René decide publicar o livro, alegando possuir razões para passar para os leitores. Com as descobertas na física, Descartes achava que estaria fazendo um bem a humanidade compartilhando-o, pois seriam possíveis serem aplicadas na vida cotidiana, mas também incentiva a todos compartilharem o seu trabalho. Partindo da premissa que o homem tem que proporcionar o bem aos outros, argumentou que temos o dever de nos preocupar com o futuro e com as futuras gerações. 13 4 CONCLUSÃO Foi apresentado neste trabalho, o resumo da apologia de Sócrates e o Discurso do Método de Descartes. O Discurso do Método foi uma obra em que o filósofo demostrou a base de seu pensamento que modificou a história da filosofia alguns anos depois de seu lançamento. A filosofia da época da escrita de sua obra, não se diferenciava de outras ciências e o livro foi uma introdução para três escritos diferentes voltados para a metereologia, a gemometria e o estudo do corpo humano. Na busca de uma base nova para a filosofia, René rompeu com a tradição aristotélica e com o pensamento escolástico, que predominou na filosofia do período medieval. A apologia de Sócrates escrita por Platão foi uma obra em que foi mostradao todos os passos em que o filósofo Sócrates percorreu tentando se defender de acusações que segundo ele eram calúnias. Sócrates foi um filósofo racionalista e que buscava apenas a verdade e nada mais que a verdade, e devido influências políticas, foi condenado à morte por crimes que não cometeu. Mesmo podendo desfazer o que teria dito, Sócrates se recusou, pois para ele o bem maior era a verdade e ele não queria viver indigno, desta forma restando-lhe a morte. 14 REFERÊNCIAS DESCARTES, René. Discurso do método para bem conduzir a própria razão e Procurar a verdade nas ciências. Tradução J. Guinsburg PLATÃO. Apologia de Sócrates. Tradução Jaime Bruna et ali. 5. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991. Tópicos de iniciação à metodologia científica: modelo de Trabalho Acadêmico ABNT / UFAL: Salvador: IACEditor, 2016. 54 p
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