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Créditos de PIS e COFINS a Descontar

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Créditos de PIS e COFINS a Descontar (Regime Não-Cumulativo)
Sumário
 
1. Tabela Prática de Constituição de Crédito de PIS e COFINS
2. Hipóteses de Constituição de Créditos de PIS e COFINS
3. Atividades Imobiliárias (Incorporação e Loteamento)
4. Estoques De Abertura - Crédito Presumido
5. Exportação – Créditos
6. Créditos – Hipóteses De Limitações
7. Créditos - Outras Informações
8. Soluções de Consultas Expedidas Pela Receita Federal
 
 
1. TABELA PRÁTICA DE CONSTITUIÇÃO DE CRÉDITO DE PIS E COFINS
 
         A tabela abaixo contém algumas situações exemplificativas que envolvem a empresa vendedora e a empresa compradora em relação à constituição do Crédito de Pis e Cofins a Descontar em cada mês.
 
	Situação Tributária no Vendedor
	Situação Tributária no Comprador
	Constituição de Crédito no Comprador
	Alíquota Zero
	Tributado na Revenda
	NÃO
	Alíquota Zero
	Alíquota Zero
	NÃO
	Tributado
	Tributado na Revenda
	SIM
	Tributado
	Alíquota Zero
	SIM
	Monofásico
	Alíquota Zero
	NÃO
	Suspensão
	Tributado na Revenda
	Crédito Presumido
	Suspensão
	Suspensão
	NÃO
	Substituição Tributária
	Alíquota Zero
	NÃO
	Isenção ou Não-Incidência
	Para Exportação
	NÃO
	SIMPLES NACIONAL
	Tributado na Revenda
	SIM
	LUCRO PRESUMIDO
	Tributado na Revenda
	SIM
 
 
2. HIPÓTESES DE CONSTITUIÇÃO DE CRÉDITOS DE PIS E COFINS
 
Dos valores dos Débitos de Contribuição para o Pis/Pasep e Cofins apurados, a pessoa jurídica submetida à incidência Não-Cumulativa poderá descontar Créditos, calculados mediante a aplicação dos percentuais de 7,6% (Cofins) e 1,65% (PIS/Pasep), sobre os valores:
 
A) das aquisições de bens para revenda efetuadas no mês;
 
Lei 10.833/2003, art. 3º
I - bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos referidos: (Redação dada pela Lei nº 10.865, de 2004)
a) nos incisos III e IV do § 3º do art. 1º desta Lei; e (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)(Vide Medida Provisória n° 413, de 3 de janeiro de 2008) (Vide art. 15 e art. 41 da Lei nº 11.727, de 23 de junho de 2008)
b) no § 1ºdo art. 2º desta Lei; (Incluído pela Lei nº 10.865, de 2004)
 
B) das aquisições, efetuadas no mês, de bens e serviços utilizados como insumos na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, inclusive combustíveis e lubrificantes;
 
Conforme a Instrução Normativa SRF 247 de 2002, é entendido como insumos:
 
Utilizados na fabricação ou produção de bens destinados à venda:
 
As matérias primas, os produtos intermediários, o material de embalagem e quaisquer outros bens que sofram alterações, tais como o desgaste, o dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, em função da ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação, desde que não estejam incluídas no ativo imobilizado;
 
Os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na produção ou fabricação do produto;
 
Utilizados na prestação de serviços:
 
Os bens aplicados ou consumidos na prestação de serviços, desde que não estejam incluídos no ativo imobilizado; e 
 
Os serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, aplicados ou consumidos na prestação do serviço.
 
C) dos bens recebidos em devolução, no mês, cuja receita de venda tenha integrado o faturamento do mês ou de mês anterior, e tenha sido tributada no regime de incidência não-cumulativa;
 
O crédito será determinado mediante a aplicação das alíquotas incidentes na venda sobre o valor ou unidade de medida, conforme o caso, dos produtos recebidos em devolução no mês.
 
D) das despesas e custos incorridos no mês, relativos:
 
- à energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
 
- à aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, utilizados nas atividades da empresa;
É vedado o crédito relativo a aluguel de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica.
 
- à contraprestação de operações de arrendamento mercantil paga a pessoa jurídica, exceto quando esta for optante pelo Simples;
É vedado o crédito relativo contraprestação de arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica.
 
- à armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos dos incisos I e II, quando o ônus for suportado pelo vendedor;
 
- vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de serviços de limpeza, conservação e manutenção. (Incluído pela Lei 11.198, de 8 de janeiro de 2009)
 
E) dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos a partir de Maio de 2004, para utilização na produção de bens destinados à venda, ou na prestação de serviços (IN SRF 457/2004);
 
Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular esse crédito, em relação a máquinas e equipamentos, no prazo de 4 (quatro) anos, mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep) sobre o valor correspondente a 1/48 (um quarenta e oito avos) do valor de aquisição do bem, de acordo com a IN SRF 457, de 2004.
 
Para os bens adquiridos depois de 1º de outubro de 2004, o contribuinte poderá calcular esse crédito, em relação a máquinas, aparelhos, instrumentos e equipamentos, novos, relacionados em ato do Poder Executivo, no prazo de 2 (dois) anos, mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas de 7,6% (Cofins) e 1,65% (Contribuição para o PIS/Pasep) sobre o valor correspondente a 1/24 (um vinte e quatro avos) do valor de aquisição do bem (art. 2º da Lei 11.051/2004, e Decreto 5.222/2004, e IN SRF 457, de 2004).
 
Opcionalmente, o contribuinte poderá calcular esse crédito, relativo à aquisição de vasilhames referidos no inciso IV do art. 51 da Lei 10.833/2003, destinados ao ativo imobilizado, no prazo de 12 meses, à razão de 1/12 (um doze avos), ou, na hipótese de opção pelo regime de tributação previsto no art. 52 da Lei, poderá creditar-se de 1/12 (um doze avos) do valor da contribuição incidente, mediante alíquota específica, na aquisição dos vasilhames, de acordo com regulamentação da Secretaria da Receita Federal.
 
O contribuinte que tenha projeto aprovado na forma do art. 1º da MP 2.199-14, de 2001 em microrregiões menos desenvolvidas definidas em regulamento localizadas nas áreas de atuação das extintas Sudene e Sudam — tem direito ao desconto desse crédito no prazo de 12 meses (Lei 11.196, de 2005, art. 31).
 
Não integram o valor das máquinas, equipamentos e outros bens fabricados para incorporação ao ativo imobilizado os custos de mão-de-obra paga a pessoa física.
O direito ao desconto de créditos não se aplica ao valor decorrente da reavaliação de bens e direitos do Imobilizado.
 
Lei 11.774, de 17.09.2008 - - DOU de 18.09.2008 -
Altera a legislação tributária federal, modificando as Leis nºs 10.865, de 30 de abril de 2004, 11.196, de 21 de novembro de 2005, 11.033, de 21 de dezembro de 2004, 11.484, de 31 de maio de 2007, 8.850, de 28 de janeiro de 1994, 8.383, de 30 de dezembro de 1991, 9.481, de 13 de agosto de 1997, 11.051, de 29 de dezembro de 2004, 9.493, de 10 de setembro de 1997, 10.925, de 23 de julho de 2004; e dá outras providências.
Art. 1º As pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, no prazo de 12 (doze) meses, dos créditos da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS de que tratam o inciso III do § 1º do art. 3º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, o inciso III do § 1º do art. 3º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e o § 4º do art. 15 da Lei nº 10.865, de 30 de abril de 2004, na hipótese de aquisição de máquinas e equipamentos destinados à produção de bens e serviços.
§ 1º Os créditos de que trata este artigo serão apurados mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas referidas no caput do art.
2º da Lei nº 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e no caput do art. 2º da Lei nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, sobre o valor correspondente a 1/12 (um doze avos) do custo de aquisição do bem.
§ 2º O disposto neste artigo aplica-se aos bens novos adquiridos ou recebidos a partir do mês de maio de 2008.
 
Medida Provisória 428, de 12 de maio de 2008 DOU de 13.5.2008 (convertida na Lei 11.774/2008)
Altera a legislação tributária federal e dá outras providências
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei:
Art. 1o As pessoas jurídicas poderão optar pelo desconto, no prazo de doze meses, dos créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS de que tratam o inciso III do § 1o do art. 3o das Leis nos 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, e o § 4o do art. 15 da Lei no 10.865, de 30 de abril de 2004, na hipótese de aquisição de máquinas e equipamentos, relacionados em regulamento e destinados à produção de bens e serviços.
§ 1o Os créditos de que trata este artigo serão apurados mediante a aplicação, a cada mês, das alíquotas referidas no caput do art. 2o das Leis nos 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, sobre o valor correspondente a um doze avos do custo de aquisição do bem.
§ 2o O disposto neste artigo aplica-se aos bens novos adquiridos ou recebidos a partir do próprio mês de publicação desta Medida Provisória.
 
Lei 10.865/2004
Art. 15. As pessoas jurídicas sujeitas à apuração da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, nos termos dos arts. 2º e 3º das Leis nºs 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, poderão descontar crédito, para fins de determinação dessas contribuições, em relação às importações sujeitas ao pagamento das contribuições de que trata o art. 1º desta Lei, nas seguintes hipóteses:
I - bens adquiridos para revenda;
II - bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustível e lubrificantes;
III - energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica;
IV - aluguéis e contraprestações de arrendamento mercantil de prédios, máquinas e equipamentos, embarcações e aeronaves, utilizados na atividade da empresa;
V - máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos para locação a terceiros ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços. (Redação dada pela Lei nº 11.196, de 21/11/2005)
§ 1º O direito ao crédito de que trata este artigo e o art. 17 desta Lei aplica-se em relação às contribuições efetivamente pagas na importação de bens e serviços a partir da produção dos efeitos desta Lei.
§ 2º O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos meses subseqüentes.
§ 3º O crédito de que trata o caput deste artigo será apurado mediante a aplicação das alíquotas previstas no caput do art. 2º das Leis nºs 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e 10.833, de 29 de dezembro de 2003, sobre o valor que serviu de base de cálculo das contribuições, na forma do art. 7º desta Lei, acrescido do valor do IPI vinculado à importação, quando integrante do custo de aquisição.
§ 4º Na hipótese do inciso V do caput deste artigo, o crédito será determinado mediante a aplicação das alíquotas referidas no § 3º deste artigo sobre o valor da depreciação ou amortização contabilizada a cada mês.
 
F) dos encargos de depreciação e amortização, incorridos no mês, relativos a edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros, adquiridas ou realizadas a partir de Maio de 2004, utilizados nas atividades da empresa.
 
O direito ao desconto de créditos não se aplica ao valor decorrente da reavaliação de bens do imobilizado.
 
MINISTÉRIO DA FAZENDA 
SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL 
SOLUÇÃO DE CONSULTA 351 de 28 de Setembro de 2007
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: REVENDA DE PRODUTOS MONOFÁSICOS. CRÉDITOS POSSÍVEIS. INCIDÊNCIA PARCIAL DA NÃO-CUMULATIVIDADE. REVISÃO DO CÁLCULO. COMPENSAÇÃO E RESSARCIMENTO. Na tributação pela sistemática não-cumulativa da COFINS sobre a receita proveniente da revenda de produtos sujeitos à tributação concentrada, apesar da incidência de alíquota zero, podem ser descontados créditos referentes aos incisos IV a IX da Lei nº 10.637/2002 e III a IX da Lei nº 10.833/2003 (energia elétrica, aluguel etc.), sendo vedado o desconto de créditos relativos a bens sujeitos à tributação monofásica adquiridos para revenda, a bens e serviços usados como insumo e à depreciação de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado. A tributação da receita de venda de álcool para fins carburantes está obrigatoriamente sujeita à sistemática cumulativa, de modo que não é possível o desconto de créditos relativos a esta receita. O valor dos créditos, no caso de incidência parcial das receitas à cumulatividade e à não-cumulatividade, será determinado exclusivamente em relação aos custos, despesas e encargos vinculados à receita não-cumulativa e à parcela dos custos, despesas e encargos comuns, referentes à receita não-cumulativa, determinada alternativamente pelo método da apropriação direta ou do rateio proporcional. O cálculo da contribuição poderá ser revisto pelo contribuinte através de retificação do DACON, com a compensação ou ressarcimento de eventual saldo credor, sem a incidência de juros e de correção monetária, por meio do programa PER/DCOMP, de acordo com a IN SRF 600/2005.
 
 
3. ATIVIDADES IMOBILIÁRIAS (INCORPORAÇÃO E LOTEAMENTO)
 
A pessoa jurídica que adquirir imóvel para venda ou promover empreendimento de desmembramento ou loteamento de terrenos, incorporação imobiliária ou construção de prédio destinado a venda, utilizará o crédito referente aos custos vinculados à unidade construída ou em construção somente a partir da efetivação da venda.
 
A IN SRF 458 de 2004, disciplina a incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS e da Cofins sobre as receitas decorrentes das atividades imobiliárias.
 
 
4. ESTOQUES DE ABERTURA - CRÉDITO PRESUMIDO
 
Os estoques de abertura de bens destinados à venda e de bens e serviços utilizados como insumos na fabricação de produtos destinados à venda ou na prestação de serviços, de que tratam o art. 3º, I e II das Leis 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, inclusive estoques de produtos acabados e em elaboração, existentes na data de início da incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS e da Cofins, dão direito ao desconto de crédito presumido.
 
Aplica-se também aos estoques de produtos destinados à fabricação de produtos sujeitos à incidência concentrada, que não geraram crédito na aquisição por terem sido adquiridos na época em que a incidência monofásica não estava integrada à não-cumulatividade, exceto nos casos em que os produtos foram adquiridos com a alíquota 0 (zero), isentos ou não foram alcançados pela incidência das contribuições.
 
O montante do crédito do PIS, referente aos estoques, será igual ao resultado da aplicação do percentual de 0,65% sobre o valor dos estoques. O montante do crédito referente a Cofins será igual ao resultado da aplicação do percentual de 3%.
 
No caso dos estoques de produtos destinados à fabricação de produtos sujeitos à incidência concentrada, que não geraram crédito na aquisição, o crédito presumido será calculado mediante a aplicação dos percentuais de 1,65% (PIS) e 7,6% (Cofins).
 
Os créditos assim calculados poderão ser utilizados em 12 parcelas mensais (1/12), iguais e sucessivas, a partir do mês em que iniciar a incidência não-cumulativa.
 
Os bens recebidos em devolução, tributados antes do início da incidência não-cumulativa, serão considerados como integrantes do estoque de abertura, devendo o crédito ser utilizado em doze parcelas mensais, iguais e sucessivas a
partir da data da devolução.
 
A pessoa jurídica sujeita à incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS, em relação apenas à parte de suas receitas, deve apurar crédito apenas em relação aos estoques vinculados às receitas sujeitas à incidência não-cumulativa. No caso de estoques de bens vinculados às receitas sujeitas à incidência não-cumulativa e àquelas submetidas ao regime de incidência cumulativa, os créditos serão determinados pelo método de apropriação direta ou rateio proporcional, conforme o caso.
 
 
5. EXPORTAÇÃO - CRÉDITOS
 
A pessoa jurídica que aufira receitas decorrentes de operações de exportação de mercadorias para o exterior, prestação de serviços à pessoa física ou jurídica domiciliada no exterior, com pagamento em moeda conversível, e vendas a empresa comercial exportadora, poderá calcular os créditos em relação a custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas.
 
Somente gera direito aos créditos os custos, despesas e encargos vinculados às receitas de exportação de produtos ou de prestação de serviços, que estariam sujeitas à incidência não-cumulativa, caso as vendas fossem destinadas ao mercado interno.
 
A pessoa jurídica vendedora poderá utilizar os créditos decorrentes de exportação para fins de:
 
- dedução do valor da Contribuição para o PIS e da Cofins a recolher, decorrente das demais operações no mercado interno;
 
- compensação com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal, observada a legislação.
 
A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar os créditos por qualquer das formas previstas acima poderá solicitar o seu ressarcimento em dinheiro, observada a legislação.
 
A compensação e o ressarcimento estão limitados aos créditos decorrentes de custos, despesas e encargos vinculados à receita de exportação devendo ser feito o rateio proporcional ou apropriação direta, conforme o caso, em relação aos custos, despesas e encargos comuns a receitas de exportação e de venda no mercado interno.
 
O direito de utilizar os créditos não beneficia a empresa comercial exportadora que tenha adquirido mercadorias com o fim específico de exportação, ficando vedada, nesta hipótese, a apuração de créditos vinculados à receita de exportação.
 
 
6. CRÉDITOS – HIPÓTESES DE LIMITAÇÕES
 
O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação: aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País; aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País; aos encargos de depreciação e amortização de bens adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País.
Excetua-se a esta limitação o direito ao crédito em relação às contribuições efetivamente pagas na importação de bens e serviços, na forma da Lei 10.865, de 2004.
 
Não dará direito ao crédito a aquisição para revenda de bens submetidos a alíquotas concentradas, de mercadorias em relação às quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta tributária, e de álcool para fins carburantes.
 
Não dará direito ao crédito o valor da aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota 0 (zero), isentos ou não alcançados pela contribuição.
 
Deverá ser estornado o crédito relativo a bens adquiridos para revenda ou utilizados como insumos na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados, destruídos em sinistro ou, ainda, empregados em outros produtos que tenham tido a mesma destinação.
 
A versão de bens e direitos, em decorrência de fusão, incorporação e cisão de pessoa jurídica domiciliada no País considera-se aquisição, para fins do desconto do crédito previsto nos arts. 3º das Leis 10.637, de 2002, e 10.833, de 2003, somente nas hipóteses em que fosse admitido o desconto do crédito pela pessoa jurídica fusionada, incorporada ou cindida.
 
Os créditos só podem ser apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados a receitas sujeitas à incidência não-cumulativa da Contribuição para o PIS e da Cofins.
No caso de custos, despesas e encargos vinculados às receitas sujeitas à incidência não-cumulativa e àquelas submetidas ao regime de incidência cumulativa, os créditos serão determinados, a critério da pessoa jurídica, pelo método de:
 
- apropriação direta, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos, aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação percentual entre os custos vinculados à receita sujeita à incidência não-cumulativa e os custos totais incorridos no mês, apurados por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração; ou
 
- rateio proporcional, aplicando-se ao valor dos bens utilizados como insumos, aos custos, às despesas e aos encargos comuns, adquiridos no mês, a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não-cumulativa e a receita bruta total, auferidas no mês.
 
Os créditos só podem ser utilizados para desconto dos valores da Contribuição para o PIS e da Cofins apurados sobre as receitas sujeitas à incidência não-cumulativa. Assim, quando o contribuinte tem parte das receitas sujeitas à incidência não-cumulativa e parte sujeita à incidência cumulativa, não poderá utilizar o crédito para diminuir o valor da Contribuição para o PIS e da Cofins calculados sobre as receitas sujeitas à incidência cumulativa.
 
Os créditos não ensejam compensação ou restituição, salvo expressa disposição legal, como no caso dos créditos apurados em relação a custos, despesas e encargos vinculados à receita de exportação.
 
- O aproveitamento de créditos não ensejará atualização monetária ou incidência de juros sobre os respectivos valores.
 
7. CRÉDITOS - OUTRAS INFORMAÇÕES
 
O crédito não aproveitado em determinado mês pode ser utilizado nos meses subseqüentes.
 
O valor dos créditos apurados não constitui receita bruta da pessoa jurídica, servindo somente para dedução do valor devido da contribuição.
 
 
8. SOLUÇÕES DE CONSULTAS EXPEDIDAS PELA RECEITA FEDERAL
 
SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA Nº 4 de 16 de Novembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: O pagamento das “taxas de administração” para as administradoras de cartões de crédito e débito não gera direito à apuração de créditos da Cofins, por ausência da previsão legal.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 372 de 25 de Outubro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO. INSUMOS APLICADOS NA FABRICAÇÃO DE BENS DESTINADOS À VENDA. ROYALTIES. IMPOSSIBILIDADE. Consideram-se insumos, para fins de desconto de créditos na apuração da Cofins não-cumulativa, os bens e serviços adquiridos de pessoas jurídicas, aplicados ou consumidos na fabricação de bens destinados à venda ou na prestação de serviços. Não se amoldam ao conceito de insumo os valores despendidos com a contraprestação pelo arrendamento de lavra (royalties), visto que não se referem à aquisição de bens e nem à utilização de serviços.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 101 de 22 de Outubro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: As despesas com aquisição de partes e peças e com serviços de manutenção em veículos, máquinas e equipamentos empregados diretamente na produção ou fabricação de bens ou produtos, bem como as despesas com aquisição de combustíveis e lubrificantes utilizados ou consumidos no processo de produção de bens geram direito a créditos a serem descontados da Cofins, desde que as partes e peças de reposição não estejam incluídas no ativo imobilizado.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 360 de 20 de Outubro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO PRESUMIDO. AQUISIÇÕES, DE PESSOAS JURÍDICAS, DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS UTILIZADOS COMO INSUMOS PARA A FABRICAÇÃO DE PRODUTOS DESTINADOS À ALIMENTAÇÃO HUMANA OU ANIMAL. VIGÊNCIA. A suspensão da incidência da Cofins nos casos previstos no art. 9º da Lei nº 10.925, de 2004, tem caráter obrigatório e aplica-se nas vendas para a agroindústria com finalidade de industrialização. O crédito presumido de que trata o art. 8º, § 1º, incisos I a III, da Lei nº 10.925, de 2004, só pôde ser apurado quando passou a ter eficácia a suspensão instituída pelo art. 9º do mesmo diploma, nas vendas efetuadas pelas pessoas jurídicas mencionadas nos referidos incisos I a III, o que ocorreu em 24/03/2006, data da publicação da IN SRF nº 636, de 2006, que primeiro regulamentou a aplicação dessa suspensão, em cumprimento ao disposto no parágrafo 2º do art. 9º da Lei nº 10.925, de 2004. Antes dessa data, quando ainda não se aplicava o tratamento suspensivo, dada a falta de regulamentação, tais vendas encontravam-se sujeitas à incidência normal da Cofins e, sendo assim, quando o adquirente a apurasse pela sistemática não-cumulativa, ensejavam a apropriação de créditos em base no art. 3º, inciso II, da Lei nº 10.833, de 2003. Descabe por completo cogitar da apropriação, nesse período, de tais créditos “regulares” e do aludido crédito presumido de que trata o art. 8º , § 1º, da Lei nº 10.925, de 2004. O crédito presumido de que trata o caput do art. 8º da Lei nº 10.925, de 2004, ou seja, nas aquisições de insumos destinados à produção das mercadorias nele referidas feitas de produtores pessoas físicas, vigorou desde 1º agosto de 2004, podendo ser apurado a partir dessa data.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 264 de 19 de Outubro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: NÃO-CUMULATIVIDADE. VENDAS COM SUSPENSÃO. CRÉDITO PRESUMIDO DA AGROINDÚSTRIA. CEREALISTA. Para os fins de venda de soja in natura (produto do código 12.01 da NCM) com a suspensão da Cofins prevista no art. 9o, I, da Lei nº 10.925, de 2004, somente se consideram cerealistas as pessoas jurídicas que exerçam cumulativamente as atividades de limpar, padronizar, armazenar e comercializar o produto referido. Sendo a venda realizada com suspensão, o vendedor deve estornar os créditos relativos à incidência não-cumulativa da Cofins, assistindo ao adquirente, observados os demais requisitos normativos e legais, o direito de apurar crédito presumido conforme previsto no art. 8o, § 3o, II, da lei mencionada.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 265 de 19 de Outubro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: SERVIÇOS DE ADEQUAÇÃO DE PROCESSOS DE FABRICAÇÃO CONTRATADOS AO EXTERIOR. INSUMO À FABRICAÇÃO. DIREITO A CRÉDITO. Podem ser descontados créditos, na sistemática não-cumulativa, em relação aos pagamentos feitos ao exterior atinentes a contratos de fornecimento de informações técnicas, que se prestam preponderantemente à adequação dos processos de fabricação para a fabricação de determinado produto dirigido a determinado cliente e desde que tenha havido efetivo pagamento da COFINS-Importação quando da remessa dos valores.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 58 de 15 de Outubro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: A totalidade dos dispêndios com a energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica pode ser descontada como crédito no regime não cumulativo da Cofins. Em princípio, os créditos não aproveitados em determinado mês poderão sê-lo nos meses subsequentes, sem atualização monetária nem incidência de juros sobre os respectivos valores. Nada obstante, advirta-se que ao crédito não utilizado na época própria, por ter natureza jurídica de dívida passiva da União Federal, aplica-se o prazo prescricional de cinco anos, contados da data da aquisição dos bens e serviços passíveis de desconto.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 355 de 30 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO. PRESTADORA DE SERVIÇOS DE ENTREGA RÁPIDA. COMBUSTÍVEIS. No regime da não-cumulatividade, os gastos referentes a combustíveis, consumidos por veículos em operações de entrega, efetuados por pessoa jurídica prestadora do serviço de entrega rápida, dão direito à mesma aos correspondentes créditos da Cofins.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 101 de 30 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: REGIME DE APURAÇÃO NÃO CUMULATIVO - CRÉDITOS -INSUMOS O termo “insumo”, para fins de geração de direito a créditos a serem descontados da Cofins devida na sistemática de apuração não cumulativa, não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que gera despesa necessária para a atividade da empresa, mas, sim, tão somente, como aqueles, adquiridos de pessoa jurídica, que efetivamente sejam aplicados ou consumidos na produção de bens destinados à venda ou na prestação do serviço da atividade fim. No caso concreto objeto da presente consulta, apenas os bens adquiridos, desde que não ativados, que sejam parte integrante ou voltados para a garantia das condições operacionais do bem principal (embarcação), e os serviços aplicados ou consumidos diretamente na prestação do serviço de transporte de cargas poderão gerar direito a crédito da Cofins na acepção de insumo.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 98 de 29 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO DE INSUMOS. PRESTADOR DE SERVIÇOS. Consideram-se insumos, para fins de desconto de créditos na apuração da Cofins não cumulativa, os bens e serviços adquiridos de pessoas jurídicas, aplicados ou consumidos na fabricação de bens destinados à venda ou na prestação de serviços. O termo insumo não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que gera despesa necessária para a atividade da pessoa jurídica, mas, sim, tão somente, como aqueles, adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País, não incluídos no ativo imobilizado, intrínsecos à atividade e que sejam diretamente aplicados ou consumidos na produção de bens destinados à venda ou na prestação do serviço.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 344 de 28 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. VENDAS EFETUADAS COM ALÍQUOTA ZERO. MANUTENÇÃO DO CRÉDITO. COMERCIANTE ATACADISTA OU VAREJISTA.INCIDÊNCIA MONOFÁSICA. INEXISTÊNCIA DE DIREITO DE CRÉDITO. A aquisição de autopeças relacionados nos Anexos I e II da Lei 10.485, de 2002, para revenda, quando efetuada por comerciante atacadista ou varejista desses produtos, não gera para esses adquirentes direito a créditos da Cofins, dada a expressa vedação constante do art. 3º, I, ”b”, da Lei nº 10.833, de 2003. Sendo assim, é incabível cogitar-se da possibilidade de manutenção de créditos nessas operações tendo por base o disposto no art. 17 da Lei nº 11.033, de 2004, uma vez que, por força da referida vedação legal, esses créditos, de direito, sequer existem. A manutenção de créditos da contribuição, nas hipóteses autorizadas por lei, tem por pressuposto necessário a possibilidade legal do respectivo crédito. Não se verificando esse pressuposto, não há existência de crédito e, por conseguinte, não há que se falar em manutenção.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 333 de 27 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO. INSUMOS. PRODUTOS EMPREGADOS NA REALIZAÇÃO DE TESTES DE QUALIDADE EM MATÉRIAS-PRIMAS E PRODUTOS ACABADOS. Consideram-se insumos, para fins de desconto de créditos na apuração da Cofins não cumulativa, os bens e serviços adquiridos de pessoas jurídicas, aplicados ou consumidos na fabricação de bens destinados à venda ou na prestação de serviços. O termo “insumo” não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que
gera despesa necessária para a atividade da empresa, mas, sim, tão somente, como aqueles, adquiridos de pessoa jurídica, que efetivamente sejam aplicados ou consumidos na produção de bens destinados à venda ou na prestação do serviço da atividade. Não é admissível a apropriação de créditos da Cofins relativamente aos dispêndios com a aquisição de artigos de vidro (e.g.: tubos de ensaio, pipetas, provetas, copos “becker”), produtos químicos e outros materiais destinados a emprego em testes de qualidade de matérias-primas e do produto final industrializado, bens esses que não preenchem a definição legal de insumo, nem se enquadram tais dispêndios nas demais hipóteses para as quais é prevista a possibilidade de crédito nos incisos III a X do art. 3º da Lei n 10.833, de 2003.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 331 de 24 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO. INSUMOS APLICADOS NA FABRICAÇÃO DE BENS DESTINADOS À VENDA. CFEM. PREÇO PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE. Consideram-se insumos, para fins de desconto de créditos na apuração da Cofins não-cumulativa, os bens e serviços adquiridos de pessoas jurídicas, aplicados ou consumidos na fabricação de bens destinados à venda ou na prestação de serviços. Não se amoldam ao conceito de insumo os valores despendidos com a contraprestação pela exploração de bem público (CFEM - Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais), visto que não se referem à aquisição de bens e nem à utilização de serviços.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 83 de 21 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: NÃO-CUMULATIVIDADE. MATERIAIS APLICADOS OU CONSUMIDOS NA MANUTENÇÃO DE MOLDES. CRÉDITOS. No regime não-cumulativo da Cofins, as despesas de aquisição de materiais aplicados ou consumidos na manutenção de moldes empregados na produção ou na fabricação de bens ou de produtos destinados à venda geram créditos, desde que tais materiais não acrescentem vida útil superior a um ano aos referidos moldes e que sejam atendidos os demais requisitos da legislação de regência. NÃO-CUMULATIVIDADE. SERVIÇOS APLICADOS OU CONSUMIDOS NA MANUTENÇÃO DE MOLDES. CRÉDITOS. No regime não-cumulativo da Cofins, as despesas de aquisição de serviços aplicados ou consumidos na manutenção de moldes empregados na produção ou na fabricação de bens ou de produtos destinados à venda geram créditos, desde que tais serviços não acrescentem vida útil superior a um ano aos referidos moldes e que sejam atendidos os demais requisitos da legislação de regência. NÃO-CUMULATIVIDADE. SERVIÇOS APLICADOS OU CONSUMIDOS NA FABRICAÇÃO DE BENS E PRODUTOS. CRÉDITOS. No regime não-cumulativo da Cofins, a aquisição de serviços aplicados ou consumidos na fabricação de bens ou de produtos destinados à venda geram créditos, desde que sejam atendidos os requisitos da legislação de regência. Tais serviços podem ser executados por trabalhadores temporários, desde que seus fornecedores sejam pessoas jurídicas, e não pessoa físicas.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 326 de 16 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: INSUMOS PARA FORMAÇÃO DE FLORESTAS. ESTOQUE DE ABERTURA. REFORMA A SOLUÇÃO DE CONSULTA SRRF/8ª RF/DISIT Nº 153, DE 2009. Os insumos para a formação de florestas não compõem o estoque de abertura, para fins de atribuição de crédito presumido. Esses insumos, à medida em que forem sendo despendidos, são incorporados ao valor da floresta registrada no ativo imobilizado NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. GASTOS NA FORMAÇÃO DE FLORESTAS. ENCARGOS DE EXAUSTÃO. Não há previsão legal para o aproveitamento de créditos da Cofins relativos às despesas de exaustão. Assim, não geram créditos dessa contribuição os encargos de exaustão provenientes das despesas incorridas na formação de florestas e contabilizadas no ativo imobilizado.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 115 de 16 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: REGIME NÃO-CUMULATIVO. PRODUTOS SUJEITOS À INCIDÊNCIA MONOFÁSICA. REVENDA. CRÉDITOS. É expressamente vedada a apuração de créditos da Cofins em relação a produtos adquiridos para revenda, sujeitos à incidência monofásica dessa contribuição (cervejas, águas e refrigerantes). Observada essa vedação, o comerciante atacadista ou varejista não está impedido de manter os créditos vinculados às vendas desses produtos, autorizados pela legislação para a atividade comercial.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 229 de 15 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITOS. APROPRIAÇÃO EXTEMPORÂNEA. IMPOSSIBILIDADE. RETIFICAÇÃO. DACON. DCTF. Erros quanto à apropriação de créditos da sistemática não-cumulativa de apuração da Cofins devem ser corrigidos pela entrega do Dacon e da DCTF retificadores, o que poderá ser feito enquanto não extinto o direito de o contribuinte pleitear a restituição.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 232 de 15 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: SERVIÇOS DE DESENVOLVIMENTO E ADEQUAÇÃO DE PRODUTOS CONTRATADOS AO EXTERIOR. INSUMO À FABRICAÇÃO. DIREITO A CRÉDITO. Podem ser descontados créditos, na sistemática não-cumulativa, em relação aos dispêndios com serviços técnicos de aplicação contratados com empresa domiciliada no exterior, que se prestam à modificação, adaptação e desenvolvimento de produtos e ao planejamento dos processos de fabricação, com vistas a adequar produto e processo às necessidades do cliente e desde que tenha havido efetivo pagamento da COFINS-Importação quando da remessa dos valores ao exterior.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 233 de 15 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: NÃO-CUMULATIVIDADE. ÁGUA. REGIME GERAL E REGIME ESPECIAL. ALÍQUOTAS. CRÉDITOS. Na industrialização por encomenda de água (produto do código NCM 2201.10.00), no regime geral tratado nos arts. 58-A a 58-I da Lei nº 10.833, de 2003, o encomendante é responsável solidário com o executor da encomenda em relação à Cofins devida por este. A alíquota aplicável para cálculo do valor devido ao título é de 16,65% sobre a receita de venda do produto, sendo que a PJ sujeita à sistemática de não-cumulatividade da contribuição poderá apurar créditos mediante a aplicação da alíquota de 7,6%. No regime especial previsto nos arts. 58-J a 58-Q da Lei nº 10.833, de 2003, aplicam-se para o produto antes mencionado os valores da Tabela I do Anexo III do Decreto nº 6.707, de 2008, multiplicados pela quantidade de litros comercializada, para se apurar os valores devidos a título de Cofins, sendo que ao adquirir a água da executora da encomenda, a pessoa jurídica encomendante optante pelo regime especial tem direito a descontar créditos mediante a aplicação da alíquota de 7,6%, desde que sujeita à sistemática de não-cumulatividade dessa contribuição.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 323 de 15 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITOS. INSUMOS. COMBUSTÍVEIS PARA ACIONAMENTO DE EMPILHADEIRAS. PRODUTOS QUÍMICOS EMPREGADOS NO TRATAMENTO DE ÁGUA RESIDUAL. Para efeito do inciso II do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, o termo insumo não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço necessário para a atividade da pessoa jurídica, mas, sim, restritivamente, abrangendo tão somente aqueles bens ou serviços adquiridos de pessoa jurídica, intrínsecos à atividade, aplicados ou consumidos na fabricação do produto ou no serviço prestado. Conforme disposição literal do citado artigo, geram direito ao crédito da contribuição os combustíveis e lubrificantes, quando constituírem insumos para a fabricação de produtos destinados a venda, sendo assim entendidos aqueles utilizados em máquinas e equipamentos do processo produtivo, industrial, stricto sensu. Não geram, pois, direito ao crédito,
os combustíveis e lubrificantes utilizados em empilhadeiras e outros veículos de transporte interno de matérias primas, produtos em elaboração e produtos acabados, dado não se poder, a rigor, considerar tais máquinas e veículos como equipamentos empregados na fabricação de produtos, e, por conseguinte, tampouco os combustíveis neles empregados como insumos à fabricação de produtos destinados à venda. Também não geram direito a crédito os valores relativos a gastos com materiais e produtos químicos utilizados no tratamento de água efluente do processo industrial, por não configurarem pagamento de bens ou serviços enquadrados como insumos utilizados na fabricação ou produção de bens ou produtos destinados à venda.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 14 de 15 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO. ALUGUEL. VEÍCULOS. Somente geram direito ao desconto de créditos, para fins de determinação dos valores devidos da Cofins, nos moldes da disciplina introduzida pela Lei nº 10.833, de 2003, as despesas com aluguel de prédios, máquinas e equipamentos utilizados nas atividades da empresa, pagos a pessoa jurídica, não se enquadrando no dispositivo as despesas com aluguéis de caminhões ou outros tipos de veículos automotores.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 94 de 15 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: NÃO INCIDÊNCIA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS. REPRESENTANTE DE ARMADOR ESTRANGEIRO. CRÉDITO. A existência de terceira pessoa na relação negocial entre pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior e prestadora de serviços nacional não afeta a relação exigida no art. 6º, inciso II, da Lei nº 10.833, de 2003, para fins de reconhecimento da não-incidência da Cofins, desde que a terceira pessoa atue na condição de mero mandatário, ou seja, aja em nome e por conta do mandante pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior. Os mecanismos de pagamento das despesas incorridas no País pelo transportador estrangeiro, previstos no vigente Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), representam efetivo ingresso de divisas no País e autorizam a aplicação da aludida norma exonerativa. Ainda que seja utilizada forma de pagamento válida para fins de fruição da não-incidência em questão, persistirá, sempre, a necessidade da comprovação do nexo causal entre o pagamento recebido por uma pessoa jurídica domiciliada no País e a efetiva prestação dos serviços a pessoa física ou jurídica, residente ou domiciliada no exterior. Não se considera beneficiada pela não-incidência em comento a prestação de serviços a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior cujo pagamento ocorra mediante qualquer modalidade que não obedeça às determinações previstas no RMCCI. Se inteiramente atendidos os requisitos para a não incidência dessas contribuições na prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, cabe a utilização de créditos na forma determinada pelo § 1º do art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 34 de 02 de Setembro de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO. VEDAÇÃO. É vedada a apuração de créditos da Cofins não-cumulativa, quando da aquisição de insumos sujeitos à incidência de alíquota zero.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 13 de 23 de Agosto de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITOS. SERVIÇOS CONTRATADOS. Somente geram direito ao desconto de créditos, para fins de determinação dos valores devidos da Cofins, nos moldes da disciplina introduzida pelo art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, os custos, despesas e encargos estritamente nele discriminados, não havendo previsão legal para a apuração de créditos sobre outros custos e despesas com serviços contratados por conveniência empresarial da pessoa jurídica no desenvolvimento de suas atividades.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 89 de 20 de Agosto de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. DIREITO DE CRÉDITO. Os valores referentes a partes e peças de reposição que integrarem máquinas e equipamentos empregados diretamente na produção de bens destinados à venda podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da Cofins, desde que essas partes e peças não estejam incluídas no ativo imobilizado e que sejam respeitados os demais requisitos legais e normativos pertinentes. Os valores referentes a serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País relativos à manutenção de máquinas e equipamentos, empregados diretamente na produção de bens destinados à venda, podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da Cofins, desde que esses serviços não estejam incluídos no ativo imobilizado e que sejam respeitados os demais requisitos legais e normativos pertinentes.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 80 de 20 de Agosto de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITOS. NÃO CUMULATIVIDADE. AQUISIÇÃO DE BENS PARA REVENDA. DESPESAS COM FRETE. A pessoa jurídica sujeita à sistemática da não cumulatividade da Cofins pode descontar créditos calculados em relação a bens adquiridos para revenda de pessoa jurídica domiciliada no País, nos termos do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003. O frete pago na aquisição de bens para revenda de pessoa jurídica domiciliada no País pode gerar créditos da Cofins, nos termos do art. 3º, I, da Lei nº 10.833, de 2003, por integrar o valor de aquisição das mercadorias a serem revendidas. Relativamente a bens adquiridos de pessoa jurídica não domiciliada no País sujeitos ao pagamento da Cofins-Importação, o desconto de créditos sujeita-se ao disposto nos arts. 7º e 15, § 3º, da Lei nº 10.865, de 2004, que determinam que a base de cálculo para a apuração desses créditos corresponde ao valor aduaneiro acrescido do valor do IPI vinculado à importação, quando integrante do custo de aquisição. Assim, o frete pago para transportar bens adquiridos para revenda de pessoa jurídica não domiciliada no País, do local do desembaraço até o estabelecimento do contribuinte não gera direito a crédito da Cofins, por não fazer parte da sua base de cálculo, nos termos da legislação em vigor.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 83 de 20 de Agosto de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE. CRÉDITO. INSUMO. COMBUSTÍVEL. Os combustíveis utilizados em máquinas, equipamentos e veículos empregados na formação de florestas e no transporte de matéria-prima, produzida por essa floresta, até a unidade industrial produtora de celulose, destinada à venda, não se enquadram no conceito de insumo, não gerando, conseqüentemente, direito a crédito da Cofins. As despesas com combustíveis somente geram créditos da Cofins se forem consumidos em máquinas e equipamentos utilizados diretamente na prestação de serviços ou no processo de fabricação de bens e produtos destinados à venda.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 84 de 20 de Agosto de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO. FRETE NA AQUISIÇÃO DE INSUMOS IMPORTADOS. O direito ao crédito a que se refere o art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003, aplica-se, exclusivamente, em relação aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País e aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País. O desconto de créditos, no caso de importações sujeitas ao pagamento da Cofins-Importação, sujeita-se ao disposto nos arts. 7º e 15, § 3º, da Lei nº 10.865, de 2004, que determinam que a base de cálculo para a apuração desses créditos corresponde ao valor aduaneiro acrescido do valor do IPI vinculado à importação, quando integrante do custo de aquisição. Assim, o frete pago para transportar bens importados, empregados como
insumos em processo produtivo, do local do desembaraço até o estabelecimento fabril do contribuinte não gera direito a crédito da Cofins, por não fazer parte da sua base de cálculo, nos termos da legislação em vigor.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 86 de 11 de Agosto de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: COBRANÇA NÃO-CUMULATIVA. UTILIZAÇÃO DE CRÉDITOS. A diferença de ICMS relativa às aquisições interestaduais de partes e peças de reposição e manutenção de máquinas e equipamentos empregados diretamente na produção de bens destinados à venda, pagas no Estado de destino do bem, devem ser contabilizadas como custo de aquisição, podendo compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da Cofins.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 84 de 05 de Agosto de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: IMPORTAÇÃO DE INSUMOS E BENS PARA INCORPORAÇÃO AO ATIVO IMOBILIZADO. VALOR DE AQUISIÇÃO. Para efeito de cálculo dos créditos que poderão ser descontados da base da Cofins, o valor de aquisição das máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado e dos insumos, todos importados e utilizados na fabricação de bens destinados à venda, é a base de cálculo estabelecida no inciso I do art. 1º da IN SRF nº 572, de 2005.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 268 de 30 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: NÃO-CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. INSUMOS. DESPESAS COM PASSAGENS AÉREAS E HOSPEDAGEM As despesas com passagens aéreas e hospedagem por pessoas jurídicas que prestam serviços de certificação de qualidade não se enquadram no conceito de insumos para os fins previstos no art. 3º, II, da Lei nº 10.833, de 2003.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 269 de 30 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: ALUGUEL DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. DIREITO A CRÉDITO.Na sistemática não-cumulativa, podem ser descontados créditos em relação aluguéis de máquinas e equipamentos, pagos à pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 270 de 30 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: INEXISTÊNCIA DE DIREITO DE CRÉDITO. COMERCIANTES ATACADISTAS E VAREJISTAS DE PRODUTOS DE PERFUMARIA. A aquisição para revenda de produtos de perfumaria relacionados no art. 1º, I, da Lei 10.147, de 2000, não gera direito a crédito nos termos do art. 3º, I, da Lei nº 10.833, de 2003. Portanto, é impossível a manutenção desses créditos, conforme o disposto no art. 17 da Lei nº 11.033, de 2004.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 263 de 27 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: REGIME DE APURAÇÃO NÃO-CUMULATIVO. CRÉDITOS. INSUMOS. MANUTENÇÃO. COMBUSTÍVEIS. FRETE. Os dispêndios efetuados com serviços de manutenção em máquinas e equipamentos empregados diretamente na prestação de serviços de concretagem ensejam apuração de créditos a serem descontados da Cofins, assim como as despesas efetuadas com a aquisição de partes e peças de reposição, que sofram desgaste, dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, utilizadas em máquinas e equipamentos que efetivamente componham diretamente a prestação do serviço, desde que tais partes e peças de reposição não estejam obrigadas a serem incluídas no ativo imobilizado, nos termos da legislação vigente. Geram direito a créditos da Cofins apurada em regime não-cumulativo os dispêndios com combustíveis e lubrificantes utilizados ou consumidos na prestação de serviços. O frete de compra de insumos da prestação de serviços enseja apuração de créditos de Cofins, quando por conta do próprio prestador. Descabe cogitar-se da verificação de “frete na operação de venda” na prestação de serviços, obrigação de fazer. Assim, na prestação de serviços de concretagem, diferentemente do que se observa na operação de venda e entrega de volumes de concreto industrializado, não há que se falar de apuração de créditos de Cofins em relação a frete de entrega. Verifica-se, no caso, atividade de industrialização de concreto seguida de “serviços de concretagem”. É essencial a definição dos limites dessas duas atividades para o exame das possibilidades de apuração de créditos em relação, v.g., a fretes de compra e venda, manutenção de veículos e combustíveis referentes a cada uma delas. Areia, brita, aditivos e cimento, dada a descrição apresentada das operações, caracterizam-se como insumos da atividade de industrialização do concreto, conhecidas as disposições do PN CST nº 115, de 1972 (DOU de 26/04/1972), operação até mesmo necessariamente objeto de documento fiscal próprio. Tais materiais não são insumos dos “serviços de concretagem”, cujo insumo, dentre outros, é o concreto. Portanto, os dispêndios com a aquisição desses materiais, do qual o frete de compra suportado pelo adquirente é parte integrante, não ensejam apuração de créditos em relação à atividade de “serviço de concretagem”, inobstante a ensejarem no que toca à atividade de industrialização de concreto. Em adição, ainda que se tratasse da apuração da Cofins relativa às receitas de atividade de industrialização e venda de concreto, o dispêndio com “transferência de insumos”, transporte de insumos que implique seu mero deslocamento, com intuito de facilitar sua futura utilização na industrialização, não integraria a “operação de venda” referida pelo art.3º, inciso IX, da Lei nº 10.833, de 2003, tampouco seria admitido como parte do custo de aquisição do insumo, inviabilizando igualmente apuração de créditos na forma do inciso II do art.3º das Leis nº 10.637, de 2002, e nº 0.833, de 2003.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 174 de 15 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: NÃO-CUMULATIVIDADE. ÁLCOOL. VENDA POR DISTRIBUIDOR. CRÉDITOS. Na sistemática não-cumulativa de apuração da Cofins incidente sobre as receitas de venda de álcool por produtor, importador ou distribuidor é vedado o desconto de créditos com base nos incisos II, VI e X do art. 3o da Lei nº 10.833, de 2003, podendo ser descontados créditos com base no art. 3o, I, da mesma Lei, c/c art. 5o, §§ 13 a 16, da Lei nº 9.718, de 1998, além dos previstos no art. 3o, III, IV, V, VII, VIII e IX da aludida Lei nº 10.833, de 2003, desde que atendidos todos os requisitos normativos e legais atinentes à espécie.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 248 de 13 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: DIVULGAÇÃO DE PÁGINAS ELETRÔNICAS NA INTERNET. CRÉDITO. Não é permitido o desconto de créditos da Cofins não-cumulativa, referentes aos pagamentos efetuados por empresa que ofereça pesquisas de preços na internet, por cessão de espaço para a colocação e permanência de links ou porta de entrada, que remetam à sua página ou que a reproduza, em sítios ou portais de outras empresas, pois não há previsão legal específica para o creditamento, nem como enquadrar tais despesas como insumos na prestação do serviço.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 249 de 13 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: IMPORTAÇÃO. FRETE E ARMAZENAGEM. CRÉDITO. Pessoa jurídica importadora, não tem o direito à constituição, e por conseqüência ao aproveitamento, de créditos da Cofins não-cumulativa, referentes a frete incorrido a partir do local onde devam ser cumpridas as formalidades de entrada no território aduaneiro do País, e a armazenagem de mercadorias adquiridas de pessoas domiciliadas no exterior, mesmo que a adquirente, ou seja, a importadora, arque com os correspondentes ônus.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 65 de 13 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: RECEITAS DECORRENTES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA RESIDENTE OU DOMICILIADA NO EXTERIOR. NÃO-INCIDÊNCIA DA COFINS. POSSIBILIDADE
DE MERA INTERMEDIAÇÃO ENTRE A PRESTADORA DOS SERVIÇOS E A PESSOA RESIDENTE OU DOMICILIADA NO EXTERIOR. VÍNCULO NEGOCIAL NÃO AFETADO PELA MERA INTERMEDIAÇÃO DE TERCEIRA PESSOA. EFETIVIDADE DE INGRESSO DE DIVISAS. A existência de terceira pessoa, desde que agindo na condição de mero mandatário, entre a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior e a prestadora dos serviços não afeta a relação jurídica negocial exigível entre estas últimas. Os mecanismos de pagamento das despesas incorridas no País pelo transportador estrangeiro, previstos no vigente Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), divulgado pela Circular Bacen nº 3.493, de 2010, representam efetivo ingresso de divisas no País e autorizam a aplicação das aludidas normas exonerativas. Mesmo que sejam utilizadas quaisquer das formas de pagamento válidas para fins de fruição da não-incidência em questão, persistirá, sempre, a necessidade da comprovação do nexo causal entre o pagamento recebido por uma pessoa jurídica domiciliada no País e a efetiva prestação dos serviços a pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior. Não se considera beneficiada pela não-incidência das contribuições, a prestação de serviços à pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior cujo pagamento se der mediante qualquer outra forma de pagamento que não se enquadre entre as hipóteses estabelecidas no vigente RMCCI. Se inteiramente atendidos os requisitos para não-incidência da Cofins na prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, é possível a utilização de créditos na forma prevista no § 1º do art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 247 de 12 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITOS SOBRE ENCARGOS DE EXAUSTÃO DE JAZIDAS. Na ausência de previsão legal expressa, não há direito a crédito da Cofins apurada pela sistemática não-cumulativa relativamente aos encargos de exaustão de jazidas minerais exploradas para a produção de minérios e substâncias minerais.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 241 de 07 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITOS. FRETE DE COMPRA DE BENS IMPORTADOS PARA REVENDA. Inexiste na Lei nº10.833, de 2003, fundamento para a apuração de créditos de Cofins a partir do custo de aquisição de mercadorias importadas para revenda. O direito a crédito estabelecido pelo art.3º da Lei nº 10.833, de 2003, aplica-se, exclusivamente, em relação aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País, como estabelecem de forma expressa os mandamentos do §3º daquele artigo. Portanto, tratando-se de mercadoria adquirida de pessoa jurídica não domiciliada no País, não há como apurar créditos em relação ao seu custo de aquisição, ou seja, não há como se cogitar da apuração de créditos de transporte do bem importado até o estabelecimento do contribuinte. Note-se que a inexistência de possibilidade legal de apuração de créditos, na forma do art.3º da Lei nº10.833, de 2003, em relação a bens adquiridos de pessoa jurídica não domiciliada no País, em nada obsta a apuração de créditos de Cofins-Importação, na forma do art.15 da Lei nº 10.865, de 2004.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 244 de 07 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITOS. REVENDA DE PRODUTOS SUJEITOS AO REGIME DE APURAÇÃO MONOFÁSICA. A pessoa jurídica revendedora dos produtos sujeitos à incidência monofásico não pode, por expressa vedação legal, apurar créditos sobre o custo de aquisição daqueles produtos adquiridos para revenda, nem tampouco sobre o custo de aquisição de bens e serviços supostamente por ela utilizados como “insumos” de sua atividade comercial e sobre os encargos de depreciação de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao ativo imobilizado. Por outro lado, a pessoa jurídica revendedora dos referidos produtos, submetida ao regime de apuração não cumulativa da contribuição, pode descontar créditos sobre os custos, despesas e encargos previstos nos incisos III, IV, V, VII, VIII e IX do “caput” do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003. Nos períodos de 1º de maio de 2008 a 23 de junho de 2008, e de 1º de abril de 2009 a 04 de junho de 2009, por força do art. 15 da Medida Provisória nº 413, de 2008 e do art. 9º da Medida Provisória nº 451, de 2008, os distribuidores e os comerciantes atacadistas e varejistas das mercadorias e produtos sujeitos ao regime de apuração monofásica estavam expressamente impedidos de descontar todos os créditos listados nos incisos do caput do referido art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 57 de 05 de Julho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: NÃO-CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota 0% (zero por cento) ou não incidência da COFINS não impedem a manutenção, pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações. Não dará direito a crédito o valor das aquisições de bens para revenda que não estiverem sujeitos ao pagamento da COFINS, o que é o caso dos cereais que tiveram as alíquotas dessa contribuição reduzidas a zero, como o arroz e o trigo.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 231 de 30 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO PRESUMIDO. MUDANÇA DE REGIME APURAÇÃO DA CONTRIBUIÇÃO EM FUNÇÃO DA PASSAGEM PARA O LUCRO REAL. ALÍQUOTA APLICÁVEL. A pessoa jurídica, ao passar a ser tributada pelo regime de lucro real, na hipótese de sujeitar-se à incidência não-cumulativa da Cofins, terá direito a desconto de créditos calculados sobre o estoque de abertura, devidamente comprovado. O percentual a ser utilizado no referido cálculo é de 3% (três por cento), mesmo que tal mudança tenha ocorrido quando já se encontrava em vigor o regime não-cumulativo de incidência da contribuição.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 232 de 30 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: NÃO-CUMULATIVIDADE. CRÉDITOS. ARRENDAMENTO MERCANTIL. É possível, para as empresas sujeitas à tributação não-cumulativa da Cofins, descontar créditos calculados em relação ao valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo Simples, na forma da legislação pertinente. Tal possibilidade se dá a partir 1º de fevereiro de 2004. É vedado, a partir de 31 de julho de 2004, o crédito relativo a aluguel e contraprestação de arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 57 de 30 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS. CRÉDITOS. INSUMOS. Para efeito de cálculo de créditos relativos à Cofins não-cumulativa incidente sobre a venda de produtos agrícolas beneficiados pela pessoa jurídica, são considerados insumos tanto o material para embalagem, como os produtos químicos e o combustível usados, respectivamente, na desumidificação de grãos e na geração de calor em fornalha para a sua secagem, desde que observados os demais requisitos legais.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 58 de 30 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. BENEFICIAMENTO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS. CRÉDITOS. INSUMOS. Para efeito de cálculo de créditos relativos à Cofins não-cumulativa incidente sobre a venda de produtos agrícolas beneficiados pela pessoa jurídica, são considerados insumos tanto as partes e peças adquiridas de pessoas jurídicas domiciliadas no país para a manutenção de máquinas e equipamentos utilizados na produção e colheita de grãos, como os serviços prestados por pessoas jurídicas domiciliadas no país para a manutenção destas máquinas e equipamentos,
desde que não devam ser incluídos no ativo imobilizado. Não são considerados insumos para efeito de cálculo de créditos relativos à Cofins não-cumulativa decorrente da venda desses produtos os gastos com a manutenção e com o combustível de veículos utilizados no transporte de grãos entre as unidades da empresa.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 59 de 30 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. ATIVIDADE AGRÍCOLA. PRODUÇÃO E BENEFICIAMENTO. CRÉDITOS. INSUMOS. Para efeito de cálculo de créditos relativos à Cofins não-cumulativa incidente sobre a venda de produtos agrícolas beneficiados pela pessoa jurídica, são considerados insumos tanto as partes e peças adquiridas de pessoas jurídicas domiciliadas no país para a manutenção de máquinas e equipamentos utilizados na classificação e armazenagem de grãos, como os serviços prestados por pessoas jurídicas domiciliadas no país para a manutenção destas máquinas e equipamentos, desde que não devam ser incluídos no ativo imobilizado.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 68 de 30 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: TRIBUTAÇÃO CONCENTRADA - CRÉDITOS - PRODUTOS ADQUIRIDOS PARA REVENDA Os comerciantes varejistas representados pelo interessado não podem descontar créditos da Cofins calculados sobre o valor de aquisição de produtos para revenda sujeitos à tributação monofásica, sendo, neste caso, irrelevante o fato de ser a receita de venda desses produtos sujeita à alíquota zero das contribuições. Tal vedação subsiste desde a entrada em vigor, em 1º de maio de 2004, da sistemática de apuração não cumulativa dessa contribuição relativamente aos produtos submetidos à tributação monofásica, por força do disposto no inciso I, letra “b” do artigo 3º da Lei nº 10.833, de 2003, não se aplicando à hipótese o artigo 17 da Lei nº 11.033, de 2004. À exceção do período de vigência da vedação estabelecida pelas MP nº 413, de 2008 e MP nº 451, de 2008, no caso da venda de produtos monofásicos por comerciantes varejistas, são passíveis de apuração e aproveitamento, desde que atendidas as condições estabelecidas na legislação de regência, apenas os créditos decorrentes das hipóteses previstas nos incisos II a X do artigo 3º da Lei nº 10.833, de 2003.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 69 de 30 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO. EMPRESA COMERCIAL EXPORTADORA. É vedado às empresas comerciais exportadoras a apuração de créditos da Cofins quando da aquisição de mercadorias com o fim específico de exportação. A aquisição de produtos terá o fim específico de exportação quando remetidos diretamente do estabelecimento industrial para embarque ou para recintos alfandegados, por conta e ordem da empresa comercial exportadora. As empresas comerciais exportadoras podem apurar créditos, vinculados a receitas de exportação, de mercadorias adquiridas sem o fim específico de exportação, nos termos do art. 3º da Lei nº 10.833, de 2003.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 70 de 30 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. INEXISTÊNCIA DO DIREITO DE CRÉDITO. FROTA PRÓPRIA. É permitido o desconto de créditos calculados em relação ao frete na operação de venda quando o ônus é suportado pelo vendedor, sendo o frete entendido como serviço de transporte pago a terceiros, não havendo permissivo para que despesas operacionais havidas com o transporte próprio na entrega de mercadorias aos adquirentes possam servir de base para apuração de créditos de PIS/Pasep ou Cofins, por falta de expressa previsão legal.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 74 de 30 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: NÃO CUMULATIVIDADE - CRÉDITOS -FORMAÇÃO DE FLORESTAS-EXAUSTÃO A pessoa jurídica cujo processo produtivo consista em, sucessivamente, formar florestas, utilizá-las na produção de carvão vegetal e empregá-lo na fabricação de produtos siderúrgicos não faz jus a créditos da Cofins referentes aos gastos incorridos na formação e manutenção das florestas, por falta de expressa previsão legal
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 148 de 25 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: DESPESAS COM FRETE INTERNACIONAL VINCULADO À EXPORTAÇÃO. DIREITO A CRÉDITO COM POSSIBILIDADE DE COMPENSAÇÃO OU RESSARCIMENTO SE TRANSPORTADOR DOMICILIADO NO PAÍS. Revisa a Solução de Consulta SRRF/9ª RF/Disit nº 282, de 16 de julho de 2009. Podem ser descontados créditos da COFINS não-cumulativa em relação às despesas com frete internacional vinculado às operações de vendas para o exterior (exportação), se o transportador for pessoa jurídica domiciliada no país. Tais créditos, se não forem utilizados na dedução de débitos da COFINS no próprio mês ou em meses subsequentes, podem ser compensados com outros tributos a qualquer tempo ou ressarcidos no final do trimestre-calendário.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 54 de 25 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. DIREITO DE CRÉDITO. Os valores referentes a serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País relativos à operação e manutenção de máquinas e equipamentos, empregados diretamente na produção de bens destinados à venda, podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da Cofins, desde que esses serviços não estejam incluídos no ativo imobilizado e que sejam respeitados os demais requisitos legais e normativos pertinentes.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 52 de 24 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: INCIDÊNCIA NÃO-CUMULATIVA. DIREITO DE CRÉDITO. Os valores referentes a partes e peças de reposição para máquinas empregadas diretamente na produção de bens destinados à venda podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da Cofins, desde que essas partes e peças não estejam incluídas no ativo imobilizado e que sejam respeitados os demais requisitos legais e normativos pertinentes, dentre esses que tais partes e peças sofram alterações (desgaste, dano, perda de propriedades físicas ou químicas) decorrentes de ação diretamente exercida sobre o produto em fabricação. Os valores referentes a serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País relativos à manutenção de máquinas e equipamentos, empregados diretamente na produção de bens destinados à venda, podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da Cofins, desde que esses serviços não estejam incluídos no ativo imobilizado e que sejam respeitados os demais requisitos legais e normativos pertinentes.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 51 de 23 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: RECEITAS DECORRENTES DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS A PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA RESIDENTE OU DOMICILIADA NO EXTERIOR. NÃO-INCIDÊNCIA DA COFINS. POSSIBILIDADE DE MERA INTERMEDIAÇÃO ENTRE A PRESTADORA DOS SERVIÇOS E A PESSOA RESIDENTE OU DOMICILIADA NO EXTERIOR. VÍNCULO NEGOCIAL NÃO AFETADO PELA MERA INTERMEDIAÇÃO DE TERCEIRA PESSOA. EFETIVIDADE DE INGRESSO DE DIVISAS. A existência de terceira pessoa, desde que agindo na condição de mero mandatário, entre a pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior e a prestadora dos serviços não afeta a relação jurídica negocial exigível entre estas últimas. Os mecanismos de pagamento das despesas incorridas no País pelo transportador estrangeiro, previstos no vigente Regulamento do Mercado de Câmbio e Capitais Internacionais (RMCCI), divulgado pela Circular Bacen nº 3.493, de 2010, representam efetivo ingresso de divisas no País e autorizam a aplicação das aludidas normas exonerativas. Mesmo que sejam utilizadas quaisquer das formas de pagamento válidas para fins de fruição da não-incidência em questão,
persistirá, sempre, a necessidade da comprovação do nexo causal entre o pagamento recebido por uma pessoa jurídica domiciliada no País e a efetiva prestação dos serviços a pessoas físicas ou jurídicas, residentes ou domiciliadas no exterior. Não se considera beneficiada pela não-incidência das contribuições, a prestação de serviços à pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior cujo pagamento se der mediante qualquer outra forma de pagamento que não se enquadre entre as hipóteses estabelecidas no vigente RMCCI. Se inteiramente atendidos os requisitos para não-incidência da Cofins na prestação de serviços para pessoa física ou jurídica residente ou domiciliada no exterior, é possível a utilização de créditos na forma prevista no § 1º do art. 6º da Lei nº 10.833, de 2003.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 131 de 07 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
MENTA: NÃO-CUMULATIVIDADE. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL (EPI). INSUMOS. CRÉDITOS. As despesas efetuadas com o fornecimento de equipamentos de proteção individual (EPI) aos empregados, por pessoa jurídica industrial, não se subsumem no conceito de insumos para os fins previstos no art. 3º, II, da Lei nº 10.833, de 2003, haja vista não serem matéria-prima, produto intermediário ou material de embalagem, nem sofrerem alterações em função da ação diretamente exercida sobre sobre o produto em fabricação.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 211 de 04 de Junho de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: REVENDA DE COMBUSTÍVEIS SUJEITOS AO SISTEMA MONOFÁSICO. INEXISTÊNCIA DE DIREITO A CRÉDITO. Não é permitido o desconto de créditos da Cofins não-cumulativa, referentes às aquisições para revenda de combustíveis derivados de petróleo sujeitos à tributação monofásica.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 59 de 31 de Maio de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: DISTRIBUIDOR DE GASOLINA - AQUISIÇÃO DE ÁLCOOL ANIDRO - CRÉDITOS Até 30/09/2008, as aquisições, por distribuidor, de álcool anidro para fins carburantes para ser adicionado à gasolina não geravam direito a crédito, por força de vedação expressa contida na letra “a”, do inciso I do artigo 3º da Lei nº 10.833, de 2003; A partir de 01/10/2008, com a produção dos efeitos do artigo 7º da Lei nº 11.727, de 2008 e do Decreto nº 6.573, de 19/09/2008, pode o distribuidor que adquire álcool anidro para mistura à gasolina de produtor, importador ou outro distribuidor, creditar-se em relação ao produto adquirido, sendo o valor do crédito determinado por unidade de medida, conforme estabelecido na norma regulamentadora.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 204 de 28 de Maio de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO. INSUMOS. Os valores referentes a serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, para manutenção das máquinas e equipamentos empregados na produção de bens destinados à venda, podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da Cofins não-cumulativa, desde que respeitados todos os demais requisitos normativos e legais atinentes à espécie. As despesas efetuadas com a aquisição de partes e peças de reposição que sofram desgaste, dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, utilizadas em máquinas e equipamentos que efetivamente respondam diretamente por todo o processo de fabricação dos bens ou produtos destinados à venda, pagas à pessoa jurídica domiciliada no País, geram direito à apuração de créditos a serem descontados da Cofins, desde que as partes e peças de reposição não estejam obrigadas a serem incluídas no ativo imobilizado, nos termos da legislação vigente e desde que respeitados todos os demais requisitos normativos e legais atinentes à espécie. Também geram direito a créditos da Cofins, desde que respeitados todos os demais requisitos normativos e legais atinentes à espécie, os dispêndios com a aquisição de material de embalagem utilizado no produto destinada a venda. Por outro lado, não geram direito a crédito os valores relativos a gastos com produtos de limpeza e produtos químicos utilizados no tratamento de água, por não configurarem pagamento de bens ou serviços enquadrados como insumos utilizados na fabricação ou produção de bens ou produtos destinados à venda ou na prestação de serviços.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 198 de 27 de Maio de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITO. INSUMOS APLICADOS NA FABRICAÇÃO DE BENS DESTINADOS À VENDA. Consideram-se insumos, para fins de desconto de créditos na apuração da Cofins não-cumulativa, os bens e serviços adquiridos de pessoas jurídicas, aplicados ou consumidos na fabricação de bens destinados à venda ou na prestação de serviços. O termo “insumo” não pode ser interpretado como todo e qualquer bem ou serviço que gera despesa necessária para a atividade da empresa, mas, sim, tão somente, como aqueles, adquiridos de pessoa jurídica, que efetivamente sejam aplicados ou consumidos na produção de bens destinados à venda ou na prestação do serviço da atividade-fim. SERVIÇOS DE MANUTENÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. DESPESAS COM AQUISIÇÃO DE PARTES E PEÇAS. Os valores referentes a serviços prestados por pessoa jurídica domiciliada no País, para manutenção das máquinas e equipamentos, empregados na produção de bens destinados à venda, podem compor a base de cálculo dos créditos a serem descontados da Cofins não-cumulativa, desde que respeitados todos os demais requisitos normativos e legais atinentes à espécie. As despesas efetuadas com a aquisição de partes e peças de reposição que sofram desgaste, dano ou a perda de propriedades físicas ou químicas, utilizadas em máquinas e equipamentos que efetivamente respondam diretamente por todo o processo de fabricação dos bens ou produtos destinados à venda, pagas à pessoa jurídica domiciliada no País, geram direito à apuração de créditos a serem descontados da Cofins, desde que as partes e peças de reposição não estejam obrigadas a serem incluídas no ativo imobilizado, nos termos da legislação vigente e desde que respeitados todos os demais requisitos normativos e legais atinentes à espécie.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 26 de 20 de Maio de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: Na apuração da Cofins não-cumulativa, podem ser descontados créditos relativos ao álcool hidratado para revenda quando adquiridos de produtor, importador ou distribuidor por outro produtor, importador ou distribuidor, sendo o crédito correspondente ao valor da Cofins devida pelo vendedor. Pode o distribuidor que adquire álcool anidro para mistura à gasolina creditar-se em relação ao álcool adquirido para essa mistura, sendo o valor do crédito determinado por unidade de medida e estabelecido por meio de ato do Poder Executivo. Este ato, em vigor, é o Decreto nº 6.573, de 19 de setembro de 2008. O crédito não aproveitado em determinado mês poderá sê-lo nos meses subseqüentes e não ensejará atualização monetária ou incidência de juros sobre os respectivos valores.
 
SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 192 de 18 de Maio de 2010
ASSUNTO: Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - Cofins 
EMENTA: CRÉDITOS. DEPRECIAÇÃO DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS. APURAÇÃO COM BASE EM 1/24 (UM VINTE E QUATRO AVOS) DO VALOR DE AQUISIÇÃO DO BEM. O benefício estabelecido no art. 2º da Lei nº 11.051, de 2004, é restrito às máquinas e equipamentos relacionados nos Decretos nº 4.955, de 15 de janeiro de 2004, e nº 5.173, de 6 de agosto de 2004, conforme disposição constante do Decreto nº 5.222, de 30 de setembro de 2004, adquiridos a partir de 1o de outubro de 2004, destinados ao ativo imobilizado e empregados em processo industrial do adquirente, sendo exercido de forma irretratável, mediante opção, a qual é efetuada automaticamente ao se recolher a primeira parcela da contribuição com o desconto de créditos na forma nele prevista,

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