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Resenha do texto: Culturas adolescentes de José Outeiral – Psiquiatra e psicanalista

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Universidade de Caxias do Sul – Março/2018
Centro das Humanidades - Sociologia 
Disciplina: Estagio II
Coordenadora: Ramoni 
Acadêmica: Marta Giriane Dos Santos
Resenha do texto: Culturas adolescentes de José Outeiral – Psiquiatra e psicanalista
	No texto o autor descreve o indivíduo, cultura e o homem na cidade, para ele a cultura é como “criação individual ou coletiva de um grupo específico que organiza a partir de várias estruturas historicamente situadas, seus modelos de funcionamento social.” 
	Neste aspecto pegamos o recorte “cultura ocidental, urbana e contemporânea nas culturas juvenis altamente complexas.” E “o ingresso da mulher no mercado de trabalho”, em especial entre o final da primeira e início da segunda grande guerra, tendo grandes alterações nas estruturas familiares. A partir de então, parece acontecer à modificação com a proximidade das moradias das famílias, em uma pequena família, onde aproximadamente 33% “o pai não está mais em casa e é a mãe que tem que cuidar do sustento e educação dos filhos”. O filme americano, 1952, dirigido por Nick Ray, pela primeira vez “o adolescente surge como alguém que desobedece aos pais e desafia as normas sociais se expondo a perigos.” Com imensas transformações, a sociedade entra em contradições de paradigmas e valores e mesmo substituídos por novos. Antes estes eram considerados “sólidos e permanentes” se “diluem no ar”.... Pelo IBGE, entre 15 e 25 as causa de mortes são, na sequência: homicídios, acidentes e suicídio. “Em SP a primeira causa de morte entre 5 e 15 anos é o homicídio”. “Mais de 80% da nossa população habita os centros urbanos”, crescendo com “tumores”, um estado de anomia social.
	A adolescência, A OMS-Organização Mundial de Saúde, há mais de 40 anos, definiu entre 10 e 20 anos e o ECA-Estatuto da Criança e do adolescente, criado em 1990, caracterizou entre 12 e 18 anos. Segundo Outeiral, “observamos adolescentes antes dos 10 ou 12” e mais que 18 ou 20 anos. “O conceito de infância tem pouco mais de 200 anos.” “A condição contemporânea “des-inventa” o conceito de infância a encurtando, abortando.” A sexualidade, contradição a normas familiares e da sociedade foi citado pelo autor que, cada vez mais cedo ocorre. Outeiral adverte que, se não tomarmos atitudes, teremos crianças sem infância, por estes ingressarem à fase adolescente (e mesmo adulta) cada vez mais prematuramente. O autor chega a cogitar a dúvida de que “como ficarão as crianças e adolescentes se faltam modelos adultos” para se espelharem.
	As culturas adolescentes desde o nascimento (talvez na vida intrauterina) e na adolescência as tarefas afloram, com caráter mais definitivo. Identidade ou personalidade, sendo estruturantes (saudáveis) ou patológicas. Na infância estes aspectos são construídos com as figuras parentais. Já na adolescência, busca modelos em outros grupos. O adolescente procura outros jovens, ou grupos deles, para se identificar. Nesta busca, agrupam-se conforme características individuais, em “tribos”, esses grupos podem ser “democráticos”, “autocráticos”...Buscarão modelos de pensamentos, musical, de se vestir... Estético. Grupos fazem resgates históricos. Os meios virtuais, as redes sociais também desencadeiam importantes influências. O cultivo do gosto ao estilo gótico também é citado por Outeiral, em seu artigo.
Tantas “tribos”, tantos aspectos que se definem os adolescentes, desde religioso ao político, desde esportivo ao dramático. E o final do artigo tem um grande conselho, sugestão: Aos adultos (e professores) essa experiência da adolescência, nem sempre fácil, “lembrar de nossas adolescência poderá ser útil.”
	Concluindo entendo que a leitura poderia ser invertida, do final para o início, as últimas palavras do artigo sintetizam toda a estrutura e os detalhes nele contido. O desenrolar das definições, dos grupos (“tribos”) juvenis da atualidade, da estruturação da personalidade, a busca em “exemplos”. Estes parágrafos nos dá certo rumo em nossas atividades docentes, em nosso entender “um pouco melhor” muitos dos inúmeros aspectos que envolvem a adolescência e o cuidado para com a infância ou mesmo “procurar entender” a realidade de muitos estudantes juvenis que ainda tem atitudes muito infantis.
	Poder entender (e praticar) um trabalho de magistério com um leque de possibilidades em abranger atividades para mais “tribos” em nossa transmissão de conhecimentos. Procurar fazer a leitura desde os primeiros dias letivos, de forma sociológica, da realidade que os adolescentes vivem e atuam.
	Procurar transmitir o privilégio que os mesmos possuem, pois a morte com adolescentes é estrondosa, em grandes centros estar vivo por mais um dia passa a ser o maior objetivo. Sem contar que a educação na juventude pode auxiliar a definir melhor sua personalidade, o que, está inserido nas entrelinhas acima. 
	Na escola também há certas “tribos” que estarão tentando desviar os bons, esta questão deixo em aberto, não tenho uma visão formada o que deveria ocorrer para melhorar também este aspecto. Nesta última frase deixo a recomendação para continuar indicando esta leitura, contribuiu muito.
Referenciais:
Outeiral José. Culturas Adolecentes

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