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MEDIDAS DE FREQÜÊNCIA UTILIZADAS EM EPIDEMIOLOGIA Profº. Drº. Jorge Gustavo Velásquez Meléndez Medidas de Ocorrência de DoenMedidas de Ocorrência de Doenççaa Incidência acumulada (risco) Taxa de incidência (velocidade) Prevalência (estabilidade) As três são erroneamente chamadas de “taxas” (Mas somente a segunda é uma taxa verdadeira) Numeradores & DenominadoresNumeradores & Denominadores “Taxas” são compostas e numeradores e denominadores Numeradores contagem de casos Incidência novos casos Prevalência velhos e novos casos Denominadores dimensão do tamanho da população DenominadoresDenominadores Denominadores: reflete o tamanho da população • Incidência (I): Nº de casos novos de uma doença que surgiram em um determinado período de tempo. • Prevelência (P): Nº de casos existentes de uma doença em um determinado ponto no tempo ou em um determinado período no tempo. Incidência (I. Acumulada)Incidência (I. Acumulada) Sinônimos: risco, incidência acumulada, taxa de ataque Interpretação: risco médio: Nao reflete mundanças no tamanho populacional assim como tempo de seguimento Nao permite calculos para sujeitos com dif. tempos de acompanhamento. estudo do início no risco em pop. novos casosIA Pode ser calculada SOMENTE em coortes fechadas sem perdas, geramente para doenças agudas. ExemploExemplo Objetivo: estimar risco de cancer uterino Recrutar coorte de 1000 mulheres 100 fizeram histerectomia, deixando 900 em risco Acompamhou indivíduos em risco por 10 anos Observou 10 casos novos de câncer uterino mulheres 900 mulheres 10 risco em no. novos casos de no.PI Risco mRisco méédio em 10dio em 10--anos anos éé .011 or 1.1%..011 or 1.1%. 0111.0 A taxa de ataque é uma variante da taxa de incidência acumulada, em uma situação de surto ou epidemia aplicada a uma população definida e observada por um período limitado. TAXA DE ATAQUE = casos novos na população durante o período x 100 População em risco no início do período TAXA DE ATAQUE Prof. Dr. Jorge Gustavo Velásquez Meléndez EXEMPLO: Das 75 pessoas que freqüentavam um piquenique, 46 desenvolveram gastroenterite, posteriormente. - Para calcular a taxa de ataque de gastroenterite defina, primeiramente, o numerador e o denominador: x = casos de gastroenterite ocorridos entre as pessoas que compareceram ao piquenique, dentro do período de incubação para gastroenterite = 46 y = número de pessoas no piquenique = 75 Em seguida, calcule a taxa de ataque de gastroenterite: 46 / 75 . 100 = 61% - A taxa de ataque é uma medida de um risco ou probabilidade se tornar um caso. TIPOS DE INCIDÊNCIAS “TAXA” DE ATAQUE Prof. Dr. Jorge Gustavo Velásquez Meléndez A taxa de ataque secundário expressa o numero de casos de uma doença que aparecem dentro do período de incubação entre os contatos suscetíveis expostos a um caso primário ou índice, em relação com o numero total de contatos suscetíveis expostos TAXA DE ATAQUE SECUNDÁRIA = Casos secundários x 10n Número total de contatos “TAXA” DE ATAQUE SECUNDÁRIA Prof. Dr. Jorge Gustavo Velásquez Meléndez EXEMPLO: Sete casos de Hepatite A ocorreram em 70 crianças de uma creche escolar. Cada criança infectada veio de uma família diferente. O número total de pessoas, nas 7 famílias afetadas, foi 32. Em um período posterior de incubação, 5 membros das famílias das 7 crianças infectadas também desenvolveram Hepatite A. Calcule a taxa de ataque na creche escolar e a taxa de ataque secundária entre os contatos familiares desses casos. 1. Taxa de ataque na creche escolar: x = casos de Hepatite A entre crianças na creche escolar = 7 y = número de crianças matriculadas na creche escolar = 70 Taxa de ataque = x/y . 100 = 7/70 . 100 = 10% 2. Taxa de ataque secundária: x = casos de Hepatite A entre os contatos familiares de crianças com Hepatite A = 5 y = número de pessoas em risco na família (número total de membros da família - crianças já infectadas) = 32 – 7 = 25 Taxa de ataque secundária = x/y . 100 = 5/25 . 100 = 20% TAXA DE ATAQUE E TAXA DE ATAQUE SECUNDÁRIA Prof. Dr. Jorge Gustavo Velásquez Meléndez 12 Taxa de Incidência (Densidade de I.)Taxa de Incidência (Densidade de I.) Sinônimos: densidade de incidência, taxa pessoas- tempo. Interpretação A: “Velocidade”(média) na qual os casos ocorrem, quão rápida a doença se apresenta na população. Interpretação B: Quando a doença é rara: taxa por pessoa-ano ≈ um-ano de risco Calculada diferentemente em populações abertas e fechadas. adoecer de risco em tempo novos casos no.TI ( a rigor ) AS TAXAS SÃO MÉDIAS ExemploExemplo Objetivo: estimar a taxa de câncer uterino Recrutar coorte de 1000 mulheres 100 fizeram histerectomia, deixando 900 em risco Acompanhou indivíduos em risco por 10 anos Observou 10 casos novos de cancer uterino tempo-pessoas novos casos de no.TI Taxa Taxa éé 0,00111 por ano ou 11,1 por 10,000 0,00111 por ano ou 11,1 por 10,000 anosanos anos 9000 10 anos 10mulheres 900 mulheres 10 ano .00111 Acompanhamento individual ao longo Acompanhamento individual ao longo do tempodo tempo anos 50 anos 25 novos casos 2 tempo-pessoas novos casosTI anos-pessoas 100por 2.67 anos-pessoaspor 0267.0 anos 75 novos casos 2 ExemploExemplo Coorte hipotCoorte hipotéética de 12 indivtica de 12 indivííduos inicialmente livres da doenduos inicialmente livres da doençça em um acompanhamento por 5 anos a em um acompanhamento por 5 anos no perno perííodo de 1990 a 1995.odo de 1990 a 1995. 20 novos casos em 100 pessoas-ano DoenDoençça de Parkinsona de Parkinson (c) B. Gerstman Taxa de incidência em populaTaxa de incidência em populaçção Aberta ão Aberta (quando não (quando não éé possivel ter informapossivel ter informaçção individual de cada pessoa da coorte)ão individual de cada pessoa da coorte) PT(denominador)=N x tempo do estudoPT(denominador)=N x tempo do estudo anos-pessoas 100.000por 877 observação da duração pop. da médio tamanho novos casosTI -1ano mortes 008770.0 Exemplo: 2.391.630 mortes Em 1999 (um ano) Tamanho da população = 272.705.815 ano 1pessoas 5272.705.81 mortes 2.391.630TI TaxaTaxa Qual delas refere-se a taxa? 1) 5 novos casos por 100 pessoas dia 2) 40 km por hora. 3) 10 novos casos em 100 pessoas sem doença. 4) 60 novos assasinatos por ano 5) 60 óbitos de 200 pacientes com ca de pulmão. (c) B. Gerstman PrevalênciaPrevalência Prevalência pontual ≡ prevalência em um ponto específico no tempo Prevalência de período ≡ prevalência em um período de tempo Interpretação A: proporção com condição Interpretação B: probabilidade que uma pessoa selecionada aleatória terá a condição pessoas de no. novos e velhoscasos no.aPrevalênci (c) B. Gerstman Exemplo: Exemplo: Prevalência de histerectomiaPrevalência de histerectomia Recrutamos 1000 mulheres Das quais 100 com histerectomia pessoas de no. casos no.aPrevalênci Prevalência na amostra é 10% 10.0 pessoas 1000 pessoas 100 (c) B. Gerstman Dinâmicas de PrevalênciaDinâmicas de Prevalência Analogia da cisternaAnalogia da cisterna Aumento da incidência aumento da entrada Aumento da duração média da doença diminuição da saída Formas de aumentar a prevalência PrevalênciaPrevalência Frequência de casos existentes de uma determinada condição de saúde. Principal característica de um estudo trasversal 2 tipos de prevalência • Ponto de prevalência • Período de prevalência Prevalência PontualPrevalência PontualC = nº de casos observados em um tempo t N = Tamanho da população em um tempo t Mede a frequência da doença em um determinado ponto no tempo. N CP Prevalência PontualPrevalência Pontual ExemploExemplo Suponha que há 150 indivíduos em uma população e, em um certo dia, 15 estão com gripe. Qual é a prevalência estimada para essa população? %10 150 15 P QUE POSSO FAZER COM TAXAS? -Comparações -Testar hipóteses de causalidade - Tomar decisões em saúde pública ComparaComparaççõesões comparacomparaççõesões aritmaritmééticasticas Comparações matemáticas podem ser feitas em termos ou relativos Exemplo ridiculo: Eu tenho $2 Você tem $1 28 ComparaComparaçção absolutaão absoluta Em termos absolutos, eu tenho $2 – $1 = $1 mais do que você Note: a comparação absoluta é realizada por meio de uma subtracão 29 ComparaComparaçção Relativaão Relativa Lembrando eu tenho $2 e você tem $1. Em termos relativos, Eu tenho $2 ÷ $1 = 2, ou “duas vezes o que você tem” Note: a comparação relativa é feita por meio de uma divisão. 30 Aplicado ao conceito de RiscoAplicado ao conceito de Risco Suponhamos, Eu estou exposto a um fator de risco e tenho 2% de risco de ter uma doença. Voce não está exposto, e seu risco é 1%. Gerstman Chapter 8 31 • Assumindo que somos similares em outros fatores exceto para esse fator. • Em termos absolutos, eu tenho 2% – 1% = 1% a mais de risco da doença que você. • Isto é diferença de risco Aplicando ao conceito de riscoAplicando ao conceito de risco Em termos relativos, eu tenho 2% ÷ 1% = 2, ou 2 vezes o risco Isto é chamado risco relativo associado com uma condição. 32 TerminologiaTerminologia Gerstman Chapter 8 33 Para simplificar o termo risco e taxa serão aplicados tanto para incidência como prevalência. R1 = risco nos expostos R0 = risco nos não expostos DifrenDifrençças de riscoas de risco Chapter 8 34 DiferenDiferençças de risco (DR) as de risco (DR) efeito absoluto efeito absoluto associado associado àà exposiexposiçção ão 01 RRDR Onde: Onde: RR11 ≡≡ risco no grupo expostorisco no grupo exposto RR00 ≡≡ risco no grupo no expostorisco no grupo no exposto InterpretaInterpretaçção: ão: Excesso Excesso de risco em termos de risco em termos absolutos.absolutos. Risco RelativoRisco Relativo Gerstman Chapter 8 35 RiscoRelativo (RR)RiscoRelativo (RR) ““razão de riscosrazão de riscos”” efeito efeito relativo associado com a exposirelativo associado com a exposiçção.ão. 0 1 R RRR OndeOnde RR11 ≡≡ risco no grupo exposto risco no grupo exposto RR00 ≡≡ risco no grupo no expostorisco no grupo no exposto InterpretaInterpretaçção: excesso de risco em termos ão: excesso de risco em termos relativosrelativos.. 36 Exemplo Exemplo condic. fisico & Mortalidade condic. fisico & Mortalidade (Blair et al., 1995)(Blair et al., 1995) Será que o condicionamento físico está associado com a redução da mortalidade ? Exposição ≡ cond. físico (1 = sim, 0 = não) Doença ≡ morte (1 = sim, 0 = não) Taxa de mort, grupo 1: R1 = 67.7 per 100,000 p-anos Taxa de mort, group 0: R0 = 122.0 per 100,000 p-anos 37 ExemploExemplo DiferenDiferençça de riscoa de risco 01 RRDR O efeito da exposição (melhora do cond. físico) é redução da mortalidade de 54.4 por 100,000 person- anos Qual o efeito da melhora do cond. físico sobre a mortalidade em termos absolutos? anos-p 100,000 0.122 anos-p 100,000 7.67 anos-p 100,000 4.54 38 ExemploExemplo Risco RelativoRisco Relativo 0 1 R RRR Qual o efeito da melhora do condicionamento físico sobre a mortalidade em termos relativos? 55.0anos-p 100,000por 0.122 anos-p 100,000por 7.67 O efeito da exposiçao é reduçao em aprox. a metade do risco de morte. Gerstman Chapter 8 39 Mudando a categoria de ref.Mudando a categoria de ref. Mudando de “exposição” a um determinado fator ou não (não afeta a interpretação). Por exemplo, atribuindo a “exposição” ≡ sem cond. Fisico: RR = R1 / R0 = 122.0 / 67.7 = 1.80 (1.8 risco de morte no grupo exposto (“quase o dobro”) 40 Tabela 2x2Tabela 2x2 Doença + Doença − Total Exposição+ A1 B1 N1 Exposição – A0 B0 N0 Total M1 M0 N Para person-tempo : N1 ≡ pesoas-anos no grupo 1 and N0 ≡ persos-ano no grupo 0, ignore B1 and B0 1 1 1 N AR 0 0 0 N AR Chapter 8 41 Comparando dens. de inc (taxas)Comparando dens. de inc (taxas) Cond. fisico? óbito Pessoas-ano Yes 25 -- 4054 No 32 -- 2937 67.61000,10 4054 25 1 1 1 N AR 95.108000,10 2937 32 0 0 0 N AR Taxa por 10,000 pessoas-ano Gerstman Chapter 8 42 Comparando incidência acumulada ou preval.Comparando incidência acumulada ou preval. Doença + Doença − Total Expos. + 63 25 88 Expos. – 1 6 7 Total 64 31 95 7159.0 88 63 1 1 1 N AR 1429.0 7 1 0 0 0 N AR Exposição ≡ ingestão de um alimento x Doença ≡ gastroenterite 43 Comparando inc acum ou prev.Comparando inc acum ou prev. 71 8863 0 1 R RRR 1429.0 7159.0 01.5 Grupo Exposto tem 5 vezes o risco Doença + Doença − Total Expos. + 63 25 88 Expos. – 1 6 7 Total 64 31 95 Que fazer quando tem mais de 2 nQue fazer quando tem mais de 2 nííveis veis de exposide exposiçção?ão? Comparar todas com um grupo de “referência” Taxa de CA (por 100,000 person-anos) RR Não fumante (0) 10 1.0 (ref.) Fumante leve (1) 52 5.2 Fumante mod(2) 106 10.6 Fumante pes. (3) 224 22.4 2.5 01 25 0 1 1 R RRR 6.10 01 106 0 2 2 R RRR Incidência nos fumantes? = 1350/2646 x100= 51% ? Incidência em não fumantes?= 1357/2714 x100= 50%? 47 Odds RatioOdds Ratio quando a doença é rara, interpretão igual ao RR e.x. OR de 1 significa riscos igualis no grupo exposto e não exposto D+ D− Total E+ A1 B1 N1 E− A0 B0 N0 Total M1 M0 N 01 01 00 11 AB BA BA BAOR “razão de prod. cruzados” Similar a RR, mas baseado em chance do que risco Odds Ratio, ExemploOdds Ratio, Exemplo Milunsky et al, 1989, Tabela 4Milunsky et al, 1989, Tabela 4 NTD = Neural Tube DefectNTD = Neural Tube Defect NTD+ NTD− Acido F. + 10 10,703 Acido F. − 39 11,905 01 01 AB BAOR Expostos tem 0.29 vezes (quase um quarto) da chance dos of the não-expostos. 39703,10 905,1110 29.0 Medidas de Impacto Potencial (dif.de riscos)Medidas de Impacto Potencial (dif.de riscos) Medidas preditoras de impacto de remoção de uma exposição danosa para a população. dois tipos ◦ Risco atribuível nos expostos. (RAE) ◦ Risco atribuível populacional (RAP) RISCO ATRIBUÍVEL = (Risco para o grupo exposto) - (Risco para o grupo não-exposto) x 100% Risco para o grupo exposto Proporção de RISCO ATRIBUÍVEL A EXPOSIÇÃO Prof. Dr. Jorge Gustavo Velásquez Meléndez O risco atribuível à exposição é uma medida do impacto de um fator causal. Representa a redução esperada na doença, se a exposição pudesse ser removida. Proporção de RISCO ATRIBUÍVEL À EXPOSIÇÃO EXEMPLO: Utilizando os dados da Tabela 2.7 b, calcule o risco atribuível para as pessoas que fumam 1-14 cigarros por dia. 1. Taxa grupo exposto: 0,57 por 1.000 por ano. 2. Taxa grupo não-exposto: 0,07 por 1.000 por ano. 3. Risco atribuível: - Aproximadamente 88% do câncer pulmonar em fumantes de 1-14 cigarros por dia pode ser atribuído ao tabagismo. Cerca de 12% dos cânceres de pulmão neste grupo poderiam ter ocorrido por outras causas.ProporProporçção Risco atribuão Risco atribuíível vel populacional (RAEpopulacional (RAEpp)) exposta não populaçãona taxa l taxa tota Onde :formula 0 0 R R R RRRAPp Proporção de casos evitados com a eliminação da exposição na população total Gerstman Chapter 8 55 Risco atribuRisco atribuíível populacional para morte por vel populacional para morte por cancer atribucancer atribuíídos a algumas fatores de expodos a algumas fatores de exposisiççãoão Exposure Doll & Peto, 1981 Miller, 1992 Fumo 30% 29% Dieta 35% 20% Occupacional 4% 9% Repro/Sexual 7% 7% Sol/Radiação 3% 1% Álcool 3% 6% Poluição 2% - Medicação 1% 2% Infecções 10% - 56 ComparaComparaçção de RR and DRão de RR and DR Taxas (por 100,000) de CA de P. & Dcor. assoc. c/fumo Fuma Nfuma RR DR CA de P. 104 10 10.40 94 D cor. 565 413 1.37 152 Fumo Causa mais Dcor. Fumo Grande efeito para CA de P. RR RR forforçça do efeitoa do efeito DR DR efeito em termos absolutosefeito em termos absolutos
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