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01-Direito Eleitoral - Caderno Sistematizado

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2018.1 
 
 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 1 
 
DIREITO ELEITORAL 2018.1 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS AO DIREITO ELEITORAL .............................................................. 11 
1. DIREITOS POLÍTICOS X DIREITO ELEITORAL ................................................................... 11 
2. DIREITO ELEITORAL: CONCEITO E OBJETO ..................................................................... 11 
2.1. CONCEITO ..................................................................................................................... 11 
2.2. OBJETO DO DIREITO ELEITORAL ............................................................................ 12 
2.2.1. Esquema gráfico sobre o Direito Eleitoral (conceito, objeto e objetivos) .................. 13 
3. FONTES DO DIREITO ELEITORAL ...................................................................................... 13 
3.1. FONTE MATERIAL ......................................................................................................... 14 
3.2. FONTES FORMAIS DIRETAS ........................................................................................ 14 
3.2.1. Constituição ............................................................................................................. 14 
3.2.2. Leis infraconstitucionais ........................................................................................... 17 
3.2.3. Leis eleitorais próprias e leis eleitorais subsidiárias ................................................. 18 
3.2.4. Resoluções/Instruções da Justiça Eleitoral .............................................................. 19 
3.2.5. Estatutos dos Partidos Políticos ............................................................................... 22 
3.2.6. Princípios Jurídicos .................................................................................................. 23 
3.3. FONTES FORMAIS INDIRETAS .................................................................................... 23 
3.3.1. Jurisprudência eleitoral ............................................................................................ 23 
3.3.2. Consultas................................................................................................................. 23 
3.4. FONTES INFORMAIS .................................................................................................... 23 
3.4.1. Doutrina ................................................................................................................... 23 
3.4.2. Analogia .................................................................................................................. 23 
3.4.3. Costumes Jurídicos ................................................................................................. 23 
A EC 97/2017 ............................................................................................................................... 25 
1. PROIBIÇÃO DE COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS .......... 25 
1.1. SISTEMA ELEITORAL ................................................................................................... 25 
2. ELEIÇÕES PROPORCIONAIS .............................................................................................. 25 
3. COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS............................................................................................... 26 
4. FUNDO PARTIDÁRIO E ACESSO GRATUITO AO RÁDIO E À TELEVISÃO ........................ 27 
4.1. O QUE É O FUNDO PARTIDÁRIO? ............................................................................... 27 
4.2. PARA QUE SERVE O DINHEIRO DO FUNDO PARTIDÁRIO? ...................................... 27 
5. DIREITO DOS PARTIDOS POLÍTICOS DE ACESSO GRATUITO AO RÁDIO E À TV 
(“DIREITO DE ANTENA”) ............................................................................................................. 28 
6. CLÁUSULA DE BARREIRA IMPOSTA PELA EC 97/2017 .................................................... 28 
7. MUDANÇA DE PARTIDO DO CANDIDATO ELEITO POR UMA AGREMIAÇÃO QUE NÃO 
ATINGIU OS REQUISITOS .......................................................................................................... 29 
8. REGRA DE TRANSIÇÃO ...................................................................................................... 29 
8.1. NA LEGISLATURA SEGUINTE ÀS ELEIÇÕES DE 2018: .............................................. 29 
8.2. NA LEGISLATURA SEGUINTE ÀS ELEIÇÕES DE 2022: .............................................. 29 
8.3. NA LEGISLATURA SEGUINTE ÀS ELEIÇÕES DE 2026: .............................................. 30 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 2 
 
8.4. NA LEGISLATURA SEGUINTE ÀS ELEIÇÕES DE 2030: .............................................. 30 
PRINCÍPIOS DO DIREITO ELEITORAL ....................................................................................... 31 
1. PRINCÍPIO DA ANUALIDADE OU ANTERIORIDADE ELEITORAL ...................................... 31 
1.1. CONCEITO E FUNDAMENTO ....................................................................................... 31 
1.2. A LEI DA FICHA LIMPA (LC 135/10) E O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ....................... 31 
1.2.1. Inovações da LC 135/10 .......................................................................................... 31 
1.2.2. Aplicação da LC 135/10 nas eleições de 2010 em face do princípio da anualidade . 32 
1.2.3. Constitucionalidade da LC 135/2010 (violação à presunção de inocência, 
retroatividade da lei ‘maléfica’) ............................................................................................... 32 
1.3. ENTENDIMENTO DO STF E TSE SOBRE O PRINCÍPIO DA ANUALIDADE ................. 33 
2. PRINCÍPIO DA CAUTELA/LEGITIMIDADE DAS ELEIÇÕES (CF/1988 - ART. 14, §9º) ........ 33 
3. PRINCÍPIO DA CELERIDADE ............................................................................................... 33 
4. PRINCÍPIO DA PRECLUSÃO INSTANTÂNEA ...................................................................... 34 
5. PRINCÍPIO DA DEVOLUTIVIDADE DOS RECURSOS ......................................................... 34 
6. PRINCÍPIO DO APROVEITAMENTO DO VOTO ................................................................... 34 
7. PRINCÍPIO DA IMPERSONALIDADE .................................................................................... 34 
INSTITUIÇÕES DO DIREITO ELEITORAL ................................................................................... 36 
1. PODER JUDICIÁRIO ELEITORAL: PODER JUDICIÁRIO ESPECIALIZADO EM DIREITO 
ELEITORAL .................................................................................................................................. 36 
2. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL .......................................................................... 36 
2.1. Juiz Eleitoral (JE) ........................................................................................................ 36 
2.2. Junta Eleitoral (JTE) .................................................................................................... 37 
2.3. Tribunal Regional Eleitoral (TRE) ................................................................................ 39 
2.3.1. Composição ............................................................................................................. 39 
2.3.2. Julgamento .............................................................................................................. 40 
2.4. Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ................................................................................. 41 
2.4.1. Membros.................................................................................................................. 41 
2.4.2. Impedimentos: .........................................................................................................42 
2.4.3. Afastamentos: .......................................................................................................... 42 
2.4.4. Julgamento: ............................................................................................................. 42 
3. ORGANIZAÇÃO TERRITORIAL DA JUSTIÇA ELEITORAL............................................... 42 
3.1. Circunscrição Eleitoral ................................................................................................. 42 
3.2. Zona Eleitoral .............................................................................................................. 43 
3.3. Seções Eleitorais......................................................................................................... 43 
4. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ELEITORAL ....................................................................... 43 
4.1. Visão Geral ................................................................................................................. 43 
4.2. Competência do TSE e dos TREs ............................................................................... 43 
4.3. Competência dos Juízes Eleitorais e da Junta Eleitoral .............................................. 50 
5. FUNÇÕES DA JUSTIÇA ELEITORAL ................................................................................... 51 
5.1. FUNÇÃO JURISDICIONAL ............................................................................................. 51 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 3 
 
5.2. FUNÇÃO ADMINISTRATIVA .......................................................................................... 52 
5.2.1. Função Administrativa “Geral” ................................................................................. 52 
5.2.2. Função Administrativa Própria ................................................................................. 53 
5.3. FUNÇÃO NORMATIVA .................................................................................................. 53 
5.3.1. Função normativa “geral” do poder judiciário ........................................................... 53 
5.3.2. Função normativa específica da justiça eleitoral ...................................................... 53 
5.4. FUNÇÃO CONSULTIVA ................................................................................................. 54 
5.5. FUNÇÃO DE CONTROLE/CORREIÇÃO/FISCALIZAÇÃO ............................................. 55 
6. MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL ..................................................................................... 57 
6.1. ESTRUTURA DO MP ELEITORAL ................................................................................. 57 
6.2. FUNÇÕES DO MP ELEITORAL ..................................................................................... 60 
7. POLÍCIA ELEITORAL ............................................................................................................ 61 
7.1. PREVISÃO LEGAL ......................................................................................................... 61 
7.2. ATIVIDADE DE POLÍCIA ................................................................................................ 61 
7.2.1. Polícia Judiciária Eleitoral ........................................................................................ 62 
7.2.2. Polícia Ostensiva Eleitoral ....................................................................................... 62 
8. DEFENSORIA PÚBLICA ELEITORAL ................................................................................... 62 
9. PROCURADORIA DA FAZENDA NACIONAL - PFN ............................................................. 63 
INSTITUTOS DO DIREITO ELEITORAL ...................................................................................... 66 
1. SUFRÁGIO ........................................................................................................................ 66 
1.1. Conceito de sufrágio ................................................................................................... 66 
1.2. Objetivos do sufrágio ................................................................................................... 66 
1.3. Classificação do sufrágio ............................................................................................. 67 
2. VOTO ................................................................................................................................. 68 
2.1. Natureza do voto ......................................................................................................... 68 
2.2. Características do voto ................................................................................................ 68 
2.3. Escrutínio .................................................................................................................... 71 
2.4. Cidadania x Nacionalidade .......................................................................................... 72 
SISTEMA ELEITORAL.................................................................................................................. 73 
1. CONCEITO ............................................................................................................................ 73 
2. ESPÉCIES DE SISTEMAS ELEITORAIS .............................................................................. 73 
2.1. SISTEMA ELEITORAL MAJORITÁRIO .......................................................................... 73 
2.1.1. Sistema Eleitoral Majoritário Simples/Relativo; ........................................................ 73 
2.1.2. Sistema eleitoral majoritário ABSOLUTO................................................................. 74 
2.1.3. Sistema eleitoral majoritário e infidelidade partidária ............................................... 74 
2.2. SISTEMA ELEITORAL PROPORCIONAL ...................................................................... 75 
2.2.1. Noções gerais .......................................................................................................... 75 
2.2.2. Cálculos do Sistema Proporcional ........................................................................... 76 
2.2.3. Sistema eleitoral proporcional e infidelidade partidária ............................................ 79 
2.3. SISTEMA ELEITORAL MISTO ....................................................................................... 80 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 4 
 
2.3.1. Voto distrital (o país é dividido em distritos). ............................................................ 80 
2.3.2. Voto geral ................................................................................................................ 80 
3. PLEBISCITO E REFERENDO ............................................................................................... 80 
3.1. NOÇÕES GERAIS .......................................................................................................... 80 
3.2. PLEBISCITO .................................................................................................................. 80 
3.3. REFERENDO ................................................................................................................. 81 
3.4. PROCEDIMENTO DO REFERENDO/PLEBISCITO ....................................................... 81 
3.5. EXECUÇÃO DO PLEBISCITO E REFERENDO ............................................................. 82 
CAPACIDADE ELEITORAL .......................................................................................................... 83 
1. CONCEITO E DESDOBRAMENTOS ................................................................................. 83 
2. DIREITOS POLÍTICO-ELEITORAIS POSITIVOS ...............................................................83 
2.1. Capacidade eleitoral ativa: alistabilidade e voto .......................................................... 83 
2.2. Capacidade eleitoral passiva: elegibilidade ................................................................. 84 
3. DIREITOS POLÍTICO-ELEITORAIS NEGATIVOS ............................................................. 85 
3.1. Inelegibilidades (absolutas e relativas) ........................................................................ 85 
3.2. Privação dos direitos políticos (perda ou suspensão) ................................................ 100 
3.3. Servidor público e exercício de mandato eletivo ........................................................ 102 
ALISTAMENTO ELEITORAL ...................................................................................................... 103 
1. NATUREZA JURÍDICA DO ALISTAMENTO ELEITORAL ................................................ 103 
2. PROCEDIMENTO DE ALISTAMENTO ELEITORAL ........................................................ 103 
2.1. Provocação do alistamento ....................................................................................... 103 
2.2. 1ª Fase do alistamento eleitoral: QUALIFICAÇÃO .................................................... 103 
2.2.1. Requisitos da qualificação ..................................................................................... 103 
2.3. 2ª fase do alistamento eleitoral: INSCRIÇÃO ............................................................ 107 
3. TRANSFERÊNCIA ........................................................................................................... 108 
4. SEGUNDA VIA DO TÍTULO DE ELEITOR ....................................................................... 109 
5. CANCELAMENTO E EXCLUSÃO DA INSCRIÇÃO ELEITORAL ..................................... 109 
5.1. Hipóteses de cancelamento/exclusão do título/eleitor ............................................... 109 
5.2. Procedimento de exclusão ........................................................................................ 113 
6. REVISÃO DO TÍTULO DE ELEITOR ............................................................................... 114 
PROCESSO ELEITORAL ........................................................................................................... 115 
1. PRIMEIRA FASE: FASE PREPARATÓRIA ......................................................................... 115 
1.1. DAS CONVENÇÕES PARTIDÁRIAS ........................................................................... 116 
1.1.1. Coligação partidária ............................................................................................... 116 
1.1.2. Prazo da Convenção ............................................................................................. 116 
1.1.3. Lugar da Convenção ............................................................................................. 117 
1.1.4. Propaganda eleitoral na Convenção ...................................................................... 117 
1.1.5. Tipo de Convenção ................................................................................................ 117 
1.1.6. Escolha dos pré-candidatos para registro na Convenção ...................................... 118 
1.2. DOS REGISTROS DAS CANDIDATURAS ................................................................... 119 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 5 
 
1.2.1. Requisitos para o registro ...................................................................................... 119 
1.2.2. Candidatura avulsa ................................................................................................ 123 
1.2.3. Competência para receber os registros dos pré-candidatos .................................. 124 
1.2.4. Prazo para análise do pedido de registro ............................................................... 124 
1.2.5. Identificação dos pré-candidatos ........................................................................... 126 
1.2.6. Substituição dos candidatos .................................................................................. 126 
1.3. DA PROPAGANDA POLÍTICA ..................................................................................... 127 
1.3.1. Propaganda Institucional (art. 37, §1º CF/88) ........................................................ 127 
1.3.2. Propaganda Partidária ........................................................................................... 129 
1.3.3. Propaganda Intrapartidária .................................................................................... 133 
1.3.4. Propaganda Eleitoral ............................................................................................. 134 
1.4. ATOS PREPARATÓRIOS PARA A VOTAÇÃO (PARTINDO PARA A 2ª FASE) .......... 164 
2. SEGUNDA FASE: FASE DA VOTAÇÃO ............................................................................. 166 
2.1. REGRAS GERAIS DA VOTAÇÃO ................................................................................ 166 
2.2. DA JUSTIFICATIVA E VOTO NO EXTERIOR .............................................................. 167 
2.2.1. Prazos ................................................................................................................... 167 
2.2.2. Do voto impresso (art. 5º, L.12.034/09).................................................................. 168 
3. TERCEIRA FASE: FASE DA APURAÇÃO .......................................................................... 169 
4. QUARTA FASE: FASE DA DIPLOMAÇÃO (ÚLTIMA FASE DO PROCESSO ELEITORAL) 169 
4.1. CONCEITO DE DIPLOMAÇÃO .................................................................................... 169 
4.2. COMPETÊNCIA PARA A DIPLOMAÇÃO ..................................................................... 169 
ARRECADAÇÃO E APLICAÇÃO DE RECURSOS NAS CAMPANHAS ELEITORAIS (ARTS. 17 A 
27 DA L.9504/97) ........................................................................................................................ 170 
1. PRINCÍPIO NORTEADOR ................................................................................................... 170 
2. FIXAÇÃO DOS LIMITES DOS GASTOS DE CAMPANHA, POR PARTIDO E CANDIDATOS
 170 
2.1. E QUAIS SÃO ESSES LIMITES? ................................................................................. 170 
2.2. PRESIDENTE DA REPÚBLICA .................................................................................... 170 
2.3. GOVERNADOR ............................................................................................................ 170 
2.4. SENADOR .................................................................................................................... 171 
2.5. DEPUTADOS ............................................................................................................... 171 
2.6. SE A ARRECADAÇÃO FOR MAIOR QUE O LIMITE MÁXIMO DE GASTOS............... 172 
3. FUNDO ESPECIAL DE FINANCIAMENTO DE CAMPANHA ............................................... 172 
3. ABERTURA DE CONTAS CORRENTES ESPECÍFICAS .................................................... 173 
4. CROWDFUNDING E COMERCIALIZAÇÃO DE BENS E SERVIÇOS ................................. 174 
4.1. ARRECADAÇÃO DE RECURSOS PARA CAMPANHA POR MEIO DE “VAQUINHAS” NA 
INTERNET .............................................................................................................................. 174 
4.2. ANTES DA LEI Nº 13.488/2017 O CROWDFUNDIG ERA PERMITIDO EM CAMPANHAS 
ELEITORAIS? ......................................................................................................................... 174 
4.3. ARRECADAÇÃO DE RECURSOS PARA CAMPANHA POR MEIO DA VENDA DE BENS 
E SERVIÇOS ..........................................................................................................................175 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 6 
 
5. DOAÇÕES ........................................................................................................................... 175 
5.1. LIMITES DE DOAÇÃO POR PESSOA FÍSICA (ART. 23 E 27 L.9504/97) .................... 176 
5.2. O FIM DAS DOAÇÕES FINANCEIRAS DE PESSOAS JURÍDICAS ............................. 179 
5.3. MULTA POR DOAÇÕES ACIMA DO LIMITE ............................................................... 181 
5.4. VEDAÇÕES PARA DOAÇÕES .................................................................................... 181 
9. RESPONSABILIZAÇÃO ...................................................................................................... 182 
6.1. DO PARTIDO POLÍTICO .............................................................................................. 182 
6.2. DO CANDIDATO .......................................................................................................... 182 
10. DESPESAS QUE SÃO CONSIDERADAS GASTOS ELEITORAIS PARA FINS DE 
PRESTAÇÃO DE CONTAS ........................................................................................................ 182 
7.1. GASTOS ELEITORAIS ................................................................................................. 183 
7.2. DESPESAS COM TRANSPORTE E DESLOCAMENTO .............................................. 183 
7.3. O QUE MUDOU? .......................................................................................................... 183 
11. DA PRESTAÇÃO DE CONTAS (ARTS. 28 A 32 L.9504/97) ............................................ 183 
7.4. RITO PROCESSUAL (ART. 30 DA L.9504/97) ............................................................. 185 
8. O ART. 30-A DA LEI ELEITORAL E AS SUAS IMPLICAÇÕES. ARRECADAÇÃO, GASTOS E 
PRESTAÇÃO DE CONTAS DE CAMPANHA ELEITORAL ......................................................... 186 
AÇÕES CIVIS ELEITORAIS (PROCESSO CONTENCIOSO ELEITORAL) ................................ 188 
1. RECLAMAÇÃO OU REPRESENTAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DA LEI DAS ELEIÇÕES 
ART. 96 DA LEI 9504/97 (RDLE); ............................................................................................... 189 
8.1. PREVISÃO LEGAL DA RDLE (ART. 96 DA L.9504/97) ................................................ 189 
8.2. OBJETIVO DA RDLE .................................................................................................... 189 
8.3. OBJETO DA RDLE ....................................................................................................... 189 
8.3.1. Propaganda extemporânea (art. 36, §3º L. – propaganda partidária, intrapartidária e 
eleitoral) 190 
8.3.2. Doações que excedem os limites legais (art. 23, §3º L.) ........................................ 190 
8.3.3. Captação de recursos vedados (arts. 24 e 25) ...................................................... 190 
8.3.4. Divulgação de pesquisa não registrada (art. 33, §3º) ............................................. 191 
8.3.5. Uso de meios indevidos de propaganda eleitoral (art. 39 e outros L.) .................... 191 
8.4. COMPETÊNCIA PARA A RDLE ................................................................................... 191 
8.5. PRAZO PARA A RDLE ................................................................................................. 192 
8.6. LEGITIMIDADE PARA A RDLE .................................................................................... 192 
8.6.1. Legitimidade ativa .................................................................................................. 192 
8.6.2. Legitimidade Passiva ............................................................................................. 192 
8.7. PROCEDIMENTO ESPECIAL DA RDLE ...................................................................... 192 
8.8. EFEITOS DA SENTENÇA PROCEDENTE EM RDLE .................................................. 194 
9. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE REGISTRO DE CANDIDATOS (AIRC) ................................ 194 
9.1. PREVISÃO LEGAL AIRC (ART. 3º LC 64/90) ............................................................... 194 
9.2. OBJETIVO DA AIRC..................................................................................................... 194 
9.3. OBJETO DA AIRC ........................................................................................................ 195 
9.3.1. Condições de elegibilidade .................................................................................... 195 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 7 
 
9.3.2. Causas de inelegibilidade ...................................................................................... 195 
9.3.3. Presença de registrabilidade (art. 11, §1º L.9504/97) ............................................ 195 
9.4. COMPETÊNCIA PARA A AIRC .................................................................................... 196 
9.5. PRAZO PARA A AIRC .................................................................................................. 196 
9.6. PRECLUSÃO PARA A AIRC ........................................................................................ 196 
9.7. LEGITIMIDADE PARA A AIRC ..................................................................................... 196 
9.7.1. Legitimidade ativa .................................................................................................. 196 
9.7.2. Legitimidade passiva ............................................................................................. 197 
9.8. PROCEDIMENTO ESPECIAL DA AIRC (LC 64/90) ..................................................... 197 
9.8.1. Petição Inicial ........................................................................................................ 197 
9.8.2. Defesa: 07 dias ...................................................................................................... 198 
9.8.3. Instrução ................................................................................................................ 198 
9.8.4. Alegações Finais ................................................................................................... 198 
9.8.5. Prolação da sentença ............................................................................................ 199 
9.8.6. Recurso ao TRE .................................................................................................... 199 
9.9. EFEITOS DA SENTENÇA PROCEDENTE EM AIRC (ART. 15 DA LC 64/90) .............. 200 
10. AÇÃO DE INVESTIGAÇÃO JUDICIAL ELEITORAL (AIJE) OU REPRESENTAÇÃO POR 
ABUSO DE PODER ECONÔMICO OU DO PODER POLÍTICO (RAPEPP) ............................... 201 
10.1. PREVISÃO LEGAL (ART. 22 DA LC 64/90) .............................................................. 201 
10.2. OBJETIVO DA AIJE OU RAPEPP ............................................................................ 201 
10.3. OBJETO DA AIJE OU RAPPEP (ART. 22 LC 64/90) ................................................ 201 
10.4. COMPETÊNCIA PARA A AIJE OU RAPPEP ............................................................ 201 
10.5. PRAZO PARA AIJE OU RAPPEP ............................................................................. 202 
10.6. LEGITIMIDADE PARA A AIJE OU RAPPEP ............................................................. 202 
10.6.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 202 
10.6.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 202 
10.7. PROCEDIMENTO ESPECIAL DA AIJE OU RAPPEP (ARTS. 22 A 24 LC 64/90). .... 202 
10.7.1. Inicial .................................................................................................................. 202 
10.7.2.Defesa: 05 dias .................................................................................................. 203 
10.7.3. Concessão de liminar ......................................................................................... 203 
10.7.4. Instrução ............................................................................................................ 203 
10.7.5. Diligências .......................................................................................................... 203 
10.7.6. Alegações finais ................................................................................................. 204 
10.7.7. Sentença ............................................................................................................ 204 
10.7.8. Recurso .............................................................................................................. 204 
10.8. EFEITOS DA SENTENÇA PROCEDENTE NA AIJE OU RAPPEP (INCIDÊNCIA DA 
“FICHA LIMPA”) ...................................................................................................................... 205 
11. REPRESENTAÇÃO POR CAPTAÇÃO ILÍCITA DE SUFRÁGIO (RCIS) .......................... 205 
11.1. PREVISÃO LEGAL (ART. 41-A L.9504/97) ............................................................... 205 
11.2. OBJETIVO DA RCIS ................................................................................................. 206 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 8 
 
11.3. OBJETO (REQUISITOS) DA RCIS ........................................................................... 206 
11.4. PRAZO DA RCIS ...................................................................................................... 206 
11.5. LEGITIMIDADE ATIVA PARA A RCIS ...................................................................... 206 
11.5.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 206 
11.5.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 207 
11.6. PROCEDIMENTO ESPECIAL DA RCIS (ART. 22 LC 64/90) .................................... 207 
11.7. EFEITOS DA PROCEDÊNCIA DA RCIS ................................................................... 207 
12. REPRESENTAÇÃO POR CONDUTAS VEDADAS AOS AGENTES PÚBLICOS (RCVAP)
 207 
12.1. PREVISÃO (ART. 73 E SEGUINTES DA L.9504/97). ............................................... 208 
12.2. OBJETIVO DA RCVAP ............................................................................................. 208 
12.3. OBJETO DA RCVAP ................................................................................................. 208 
12.3.1. Desvirtuamento de recursos MATERIAIS da Administração Pública (art. 73, I,II e 
IV e §10 da L. 9504/97); ...................................................................................................... 208 
12.3.2. Desvirtuamento de recursos HUMANOS da Administração Pública (art. 73,III e V 
da L. 9504/97); ..................................................................................................................... 209 
12.3.3. Desvirtuamento de recursos FINANCEIROS da Administração Pública (art. 73, VI, 
“a”, VII e VIII da L. 9504/97); ................................................................................................ 209 
12.3.4. Desvirtuamento dos MEIOS DE COMUNICAÇÃO (art. 73, VI, “b”e “c” da L. 
9504/97); 210 
12.3.5. Desvirtuamento dos PRINCÍPIOS da Administração Pública (art. 75 e 77 da L. 
9504/97). 210 
12.4. COMPETÊNCIA PARA A RCVAP ............................................................................. 210 
12.5. PRAZO PARA A PROPOSITURA DA RCVAP .......................................................... 210 
12.6. LEGITIMIDADE PARA A RCVAP .............................................................................. 211 
12.6.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 211 
12.6.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 211 
12.7. PROCEDIMENTO (ARTS. 22 A 24 LC 64/90) ........................................................... 211 
12.8. EFEITOS DA PROCEDÊNCIA DA RCVAP ............................................................... 211 
13. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE DIPLOMAÇÃO OU RECURSO CONTRA DIPLOMAÇÃO - 
AIDI OU RCD (ART. 262 CE)...................................................................................................... 212 
13.1. PREVISÃO LEGAL DO RCD (ART. 262 DO CE) ...................................................... 212 
13.2. OBJETIVO DO RCD ................................................................................................. 212 
13.3. HIPÓTESES DE RCD (ART. 262 CE) ....................................................................... 212 
13.4. COMPETÊNCIA PARA O RCD ................................................................................. 213 
13.5. PRAZO PARA O RCD (ART. 258 CE) ....................................................................... 213 
13.6. LEGITIMIDADE PARA O RCD .................................................................................. 213 
13.6.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 213 
13.6.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 213 
13.7. PROCEDIMENTO DO RCD ...................................................................................... 214 
13.8. EFEITOS DO RCD .................................................................................................... 214 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 9 
 
14. AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE MANDATO ELETIVO - AIME (ART. 14, §§ 10 E 11 DA 
CF/88) ......................................................................................................................................... 215 
14.1. PREVISÃO CONSTITUCIONAL/LEGAL ................................................................... 215 
14.2. OBJETIVO DA AIME ................................................................................................. 215 
14.3. OBJETO DA AIME .................................................................................................... 215 
14.4. COMPETÊNCIA PARA A AIME ................................................................................ 215 
14.5. PRAZO PARA A AIME (ART. 14, §10 CF/88) ........................................................... 215 
14.6. LEGITIMAÇÃO PARA A AIME .................................................................................. 215 
14.6.1. Legitimidade ativa .............................................................................................. 216 
14.6.2. Legitimidade Passiva ......................................................................................... 216 
14.7. PROCEDIMENTO DA AIME ..................................................................................... 216 
14.7.1. Prazo de 15 dias para apresentar a petição inicial, a partir da diplomação. ....... 216 
14.7.2. Defesa prazo de 07 dias .................................................................................... 217 
14.7.3. Instrução ............................................................................................................ 217 
14.7.4. Diligências .......................................................................................................... 217 
14.7.5. Prolação de sentença ......................................................................................... 217 
14.7.6. Recurso = 03 dias, a partir da leitura do acórdão. .............................................. 218 
14.8. EFEITOS DAPROCEDÊNCIA DA AIME .................................................................. 218 
RECURSOS CÍVEIS ELEITORAIS ............................................................................................. 219 
1. REGRAS GERAIS ............................................................................................................... 219 
2. DO RECURSO CONTRA DECISÃO PROFERIDA POR JUIZ ELEITORAL: RECURSO 
INOMINADO (RI) ........................................................................................................................ 220 
2.1. PREVISÃO LEGAL ....................................................................................................... 220 
2.2. POSSIBILIDADES ........................................................................................................ 220 
2.2.1. Decisão que nomear escrutinadores e auxiliares (art. 39 CE); ............................... 221 
2.2.2. Decisão que deferir/indeferir o requerimento de inscrição do ELEITOR (art. 17, §1º 
Resolução 21.538/03 TSE) .................................................................................................. 221 
2.2.3. Decisão que deferir/indeferir a transferência de domicílio (art. 18, §5º da Resolução 
21.538/03 TSE): ................................................................................................................... 221 
2.2.4. Do julgamento proferido nas ações civis eleitorais ................................................. 221 
3. RECURSOS CONTRA DECISÃO PROFERIDA PELA JUNTA ELEITORAL ....................... 222 
3.1. RECURSO PARCIAL (RP - ART. 261 CE) ................................................................... 222 
3.2. RECURSO INOMINADO (RI - ART. 265 CE) ............................................................... 223 
4. RECURSOS CONTRA DECISÕES PROFERIDAS PELO TRE ........................................... 224 
4.1. RECURSO PARCIAL .................................................................................................... 224 
4.2. RECURSO INOMINADO (ASSEMELHA-SE AO AGRAVO REGIMENTAL) ................. 228 
4.3. RECURSO ORDINÁRIO (ART. 121,§4º, III A V CF/88 c/c ART. 276, II CE) ................. 228 
4.4. RECURSO ESPECIAL (ART. 121, §4º, I E II CF/88 C/C ART. 276, I CE): RECURSO 
INTERPOSTO PERANTE O TSE. ........................................................................................... 229 
4.5. AGRAVO DE INSTRUMENTO (ART. 279 CE) ............................................................. 230 
5. RECURSOS CONTRA DECISÕES PROFERIDAS PELO TSE ........................................... 230 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 10 
 
5.1. RECURSO INOMINADO (ART. 264 CE) ...................................................................... 230 
5.2. RECURSO ORDINÁRIO (ART. 121,§3º, 2ª PARTE CR C/C ART. 281, 2ª PARTE DO CE)
 230 
5.3. RECURSO EXTRAORDINÁRIO (ART. 121, §3º, 1ª PARTE CF/88 C/C 281, 1ª PARTE 
DO CE) ................................................................................................................................... 231 
5.4. AGRAVO DE INSTRUMENTO (ART. 282 CE) ............................................................. 231 
15. A LEI 13.165/2015 E SUAS IMPLICAÇÕES NOS RECURSOS ....................................... 232 
TEMA: PARTIDOS POLÍTICOS (L. 9096/95 E ART. 17 CF/88). ................................................. 235 
1. CONCEITO .......................................................................................................................... 235 
2. NATUREZA JURÍDICA ........................................................................................................ 235 
3. TEMPO MÍNIMO DE EXISTÊNCIA DO PARTIDO POLÍTICO ............................................. 236 
4. ALTERAÇÕES FEITAS PELA LEI 13.165/2015 .................................................................. 236 
4.1. ALTERAÇÃO 1 ............................................................................................................. 236 
4.2. ALTERAÇÃO 2 (importante) ..................................................................................... 237 
4.3. ALTERAÇÃO 3 (importante) ..................................................................................... 239 
5. INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI 13.107/2015 .............................................................. 242 
12. ALTERAÇÕES FEITAS PELA LEI 13.488/2017 ............................................................... 244 
6.1. VEDAÇÕES AO RECEBIMENTO DE AUXÍLIO FINANCEIRO ..................................... 244 
6.2. FUNDAÇÕES CRIADAS POR PARTIDOS POLÍTICO ................................................. 245 
6.3. FIM DA PROPAGANDA PARTIDÁRIA GRATUITA NO RÁDIO E TV ........................... 245 
INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI 12.875/2013 ..................................................................... 247 
1. SOBRE O QUE TRATOU A LEI 12.875/2013 .................................................................. 247 
2. OBJETIVO DA LEI ........................................................................................................... 247 
3. FUNDO PARTIDÁRIO ...................................................................................................... 247 
4. PROPAGANDA ELEITORAL ............................................................................................ 247 
5. ADI 5105 .......................................................................................................................... 247 
6. ALTERAÇÕES NA LEI DOS PARTIDOS POLÍTICOS (LEI Nº 9.096/95) ......................... 248 
7. ALTERAÇÕES NA LEI DAS ELEIÇÕES (LEI Nº 9.504/97) .............................................. 248 
8. ADIS 4430 E 4795 ............................................................................................................ 249 
9. LEI Nº 13.165/2015 .......................................................................................................... 250 
SÚMULAS VÁLIDAS DO TSE .................................................................................................... 251 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 11 
 
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS AO DIREITO ELEITORAL 
1. DIREITOS POLÍTICOS X DIREITO ELEITORAL 
Direitos políticos são uma categoria mais ampla dentro da qual está incluído o direito 
eleitoral. Direitos políticos constituem um subsistema que inclui o direito eleitoral. 
Os direitos políticos contem cinco grandes vertentes: 
1) Os direitos políticos envolvem as diversas formas de manifestação do pensamento 
político, ideológico, filosófico em âmbito individual e coletivo, pois num estado 
democrático, envolvem diversas formas de convicção. Ex.: a internet hoje é um grande 
instrumento de manifestação do pensamento político. 
2) Associação para fins políticos. A grande expressão no Brasil são os partidos políticos. 
Está relacionado ao poder. A associação para fins políticos é livre, vedada a de caráter 
paramilitar. 
3) Dentro dos direitos políticos, entram os direitos eleitorais: o direito eleitoral está ligado 
ao processo político: 
3.1) Possibilidade de ser eleitor e ser elegível; 
3.2) Atribuição de mandato eletivo; 
3.3) Participação da sociedade na manifestação direta da sua soberania (plebiscito e 
referendo). 
4) Ocupar cargo público não elegível. Participar das instituições de Estado (qualquer dos 
poderes do Estado) em cargo não eletivo é exercer direito político. Exemplo: ser indicado 
para o STF 
5) Exercício da soberania pela sociedade. Prerrogativa de participar do processo legislativo 
(exemplo: iniciativa popular). Direito de dar início ao processo legislativo. Quando uma 
associação promove uma ação civil pública, está exercendo um papel semelhante ao 
MP, exercendo direito político. 
No Brasil,fala-se em direitos políticos como sinônimo de direito eleitoral. Mas se deve fazer 
a diferenciação dos entre eles. Os direitos políticos têm uma amplitude constitucional, os direitos 
eleitorais são um subsistema dentro do sistema constitucional dos direitos políticos. 
Importante destacar que a cassação de direitos políticos é vedada pela CF, mas se admite 
a perda ou suspensão dos direitos políticos, nos casos de: perda da naturalização, incapacidade 
civil absoluta, condenação criminal por sentença transitada em julgado, recusa de cumprir obrigação 
a todos imposta e improbidade administrativa (mais detalhes no item privação dos direitos políticos). 
2. DIREITO ELEITORAL: CONCEITO E OBJETO 
2.1. CONCEITO 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 12 
 
Direito eleitoral como uma das definições dos direitos políticos. 
Definição: é um subsistema de normas jurídicas (princípios, regras) que regula/disciplina o 
objeto do direito eleitoral. 
Subsistema: é o que a doutrina clássica chama de ramo do direito. Está superada esta 
expressão. O direito é visto como sistema. Nesta ideia ultrapassada, o direito eleitoral é ramo do 
direito público. 
2.2. OBJETO DO DIREITO ELEITORAL 
1) Direitos subjetivos políticos eleitorais; 
2) Sufrágio; 
3) Voto; 
4) Sistemas eleitorais; 
5) Métodos de participação da sociedade na tomada de decisões coletivas; 
6) Acesso aos cargos políticos eletivos; 
7) Regular as instituições e competências dos órgãos constitucionais eleitorais; 
8) Processo administrativo eleitoral; 
9) Crimes eleitorais e processo penal eleitoral. 
A título de introdução, breves comentários sobre os pontos mais relevantes: 
1) Direitos subjetivos políticos eleitorais: composto pelos direitos positivos (exemplo: 
capacidade eleitoral ATIVA – capacidade de ser eleitor; capacidade eleitoral PASSIVA – 
capacidade de ser elegível) e direitos eleitorais negativos (PERDA de direitos 
políticos, SUSPENSÃO de direitos políticos). 
2) Sufrágio: Direito fundamental do cidadão de participar da dinâmica do poder político 
dentro da sociedade. 
3) Voto: O voto é um dos instrumentos para o exercício do sufrágio. 
4) Sistemas eleitorais (metodologias utilizadas para representação da sociedade. Exemplo: 
sistema proporcional, majoritário). 
5) Métodos de participação da sociedade na tomada de decisões coletivas; 
5.1) Plebiscito; 
5.2) Referendo; 
5.3) “Recall”: prerrogativa de a sociedade destituir o mandatário. 
6) Acesso aos cargos políticos eletivos: Atribuição do mandato e titularidade do mandato, 
incluindo-se também o fim do mandato. 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 13 
 
7) Regular as instituições e competências dos órgãos constitucionais eleitorais. Principais 
instituições: 
7.1) Poder Judiciário eleitoral; 
7.2) MP Eleitoral; 
7.3) Polícia Eleitoral: hoje é uma polícia federal com a qual atua conjuntamente a polícia 
civil. 
7.4) Defensoria Pública; 
7.5) Procuradoria da Fazenda Nacional (uma das principais sanções no direito eleitoral é 
a multa. Quem executa a multa é a PFN). 
8) Processo administrativo eleitoral: O processo administrativo eleitoral tem várias vertentes 
e momentos: envolve desde o alistamento até a diplomação dos candidatos. 
9) Ações civis eleitorais, processo civil eleitoral; 
10) Crimes eleitorais e processo penal eleitoral. Exemplo: há mais de 50 crimes eleitorais. 
# Os partidos políticos são objeto do direito eleitoral? 
1a CORRENTE: sim. Há questões dos partidos políticos que são resolvidas pela justiça 
eleitoral e outras são resolvidas no âmbito da justiça comum. 
2a. CORRENTE (mais moderna): não. Os partidos políticos alcançaram um foro de 
autonomia tal na CF/1988 que passaram a constituir um ramo próprio do direito: o direito partidário. 
2.2.1. Esquema gráfico sobre o Direito Eleitoral (conceito, objeto e objetivos) 
DIREITO ELEITORAL 
CONCEITO OBJETO OBJETIVOS 
Ramo do direito público que 
normatiza o exercício do poder 
de sufrágio popular, 
viabilizando a democracia. 
Normatização de todo o 
chamado “processo eleitoral”, 
que se inicia com o 
alistamento do eleitor e 
consequente distribuição do 
corpo eleitoral e se encerra 
com a diplomação dos eleitos. 
Garantia da normalidade e 
legitimidade de sufrágio 
popular. 
3. FONTES DO DIREITO ELEITORAL 
Há várias formas por meio das quais o direito eleitoral se expressa. Aqui, veremos as 
seguintes fontes: 
1) Fonte material; 
2) Fontes formais diretas; 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 14 
 
3) Fontes formais indiretas; 
4) Fontes informais. 
3.1. FONTE MATERIAL 
É responsável pela criação do direito eleitoral. 
Compete privativamente à União legislar sobre direito eleitoral, podendo haver LC permitindo 
que os estados também legislem sobre matérias específicas. 
CF Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: 
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, 
aeronáutico, espacial e do trabalho; 
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar 
sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo. 
 
OBS: estudiosos do direito eleitoral dizem que a doutrina seria uma fonte material do direito 
eleitoral, por ser utilizada para a expedição de resoluções pela justiça eleitoral. 
3.2. FONTES FORMAIS DIRETAS 
1) Constituição; 
2) Leis infraconstitucionais; 
3) Leis eleitorais próprias e leis eleitorais subsidiárias: 
4) Resoluções/Instruções da Justiça Eleitoral; 
5) Estatutos dos Partidos Políticos; 
6) Princípios Jurídicos: 
Vejamos: 
3.2.1. Constituição 
A partir do CF/1988 - art. 14 até o 16, podendo-se incluir o art. 17 (alguns aspectos dos 
partidos políticos). 
CF Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo 
voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, 
mediante: 
I - plebiscito; 
II - referendo; 
III - iniciativa popular. 
§ 1º - O alistamento eleitoral e o voto são: 
I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos; 
II - facultativos para: 
a) os analfabetos; 
b) os maiores de setenta anos; 
c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos. 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 15 
 
§ 2º - Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o 
período do serviço militar obrigatório, os conscritos. 
§ 3º - São condições de elegibilidade, na forma da lei: 
I - a nacionalidade brasileira; 
II - o pleno exercício dos direitos políticos; 
III - o alistamento eleitoral; 
IV - o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V - a filiação partidária; 
VI - a idade mínima de: 
a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República e 
Senador; 
b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito 
Federal; 
c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, 
Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz; 
d) dezoito anos para Vereador. 
§ 4º - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos. 
§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito 
Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos 
mandatos poderão ser reeleitos para um único período 
subsequente.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997) 
§ 6º - Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os 
Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar 
aos respectivos mandatos até seis meses antes do pleito. 
§ 7º - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os 
parentes consanguíneos ou afins, até o segundo grau ou por adoção, do 
Presidente da República, de Governador de Estado ou Território,do Distrito 
Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis meses 
anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à 
reeleição. 
§ 8º - O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: 
I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; 
II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade 
superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a 
inatividade. 
§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os 
prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade administrativa, a 
moralidade para exercício de mandato considerada vida pregressa do 
candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra a influência do 
poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego na 
administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda Constitucional 
de Revisão nº 4, de 1994) 
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça Eleitoral no 
prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída a ação com provas 
de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude. 
§ 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo de justiça, 
respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de manifesta má-fé. 
 
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão 
só se dará nos casos de: 
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em julgado; 
II - incapacidade civil absoluta; 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 16 
 
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto durarem seus 
efeitos; 
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação alternativa, 
nos termos do art. 5º, VIII; 
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. 
 
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua 
publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua 
vigência. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 4, de 1993) 
 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, 
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados 
os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo 
estrangeiros ou de subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura 
interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus 
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento 
e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas 
eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, 
sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, 
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas 
de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 97, de 2017) 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma 
da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao 
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que 
alternativamente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, 
de 2017) 
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% 
(três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das 
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos 
válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
97, de 2017) 
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em 
pelo menos um terço das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 97, de 2017) 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º 
deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do 
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação 
considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de 
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 97, de 2017) 
 
A CF traz, portanto: 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 17 
 
1) Capacidade eleitoral ativa e passiva; 
2) Partidos políticos; 
3) Plebiscito e referendo; 
4) Nacionalidade; 
5) Competência para legislar em matéria eleitoral; 
6) Organização da justiça eleitoral; 
7) Competência dos Tribunais; 
8) Cidadania; 
3.2.2. Leis infraconstitucionais 
Competência da União para regular o direito eleitoral (CF/1988 - art. 22, I). Como se trata de 
uma competência privativa, a CF/1988 – art. 22, parágrafo único permite que algumas 
especificidades do direito eleitoral possam ser delegadas (para os Estados e o DF), por meio de Lei 
Complementar. 
CF/1988 - Art. 68, §1º, II: É vedado expressamente a edição de Lei Delegada em matéria 
de direito eleitoral. 
Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, 
que deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. 
 
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do 
Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos Deputados 
ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a 
legislação sobre: 
II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais; 
 
CF/1988 - Art. 62, §1º: é expressamente vedada a regulação do direito eleitoral por meio de 
Medida provisória. 
CF Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República 
poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de 
imediato ao Congresso Nacional. 
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: 
I - relativa a: 
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito 
eleitoral; 
 
Leis infraconstitucionais eleitorais LO e Lei Complementar. 
CF/1988 - Art. 14, §9º: inelegibilidade (suspensão da capacidade eleitoral de ser elegível) 
só pode ser regulada por meio de Lei Complementar. Tanto a inelegibilidade quanto a 
descompatibilização é regulada por meio de Lei Complementar. 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 18 
 
Art. 14 § 9º Lei COMPLEMENTAR estabelecerá outros casos de 
inelegibilidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade 
administrativa, a moralidade para exercício de mandato considerada vida 
pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra 
a influência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou 
emprego na administração direta ou indireta. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional de Revisão nº 4, de 1994) 
 
CF/1988 - Art. 121: Lei Complementar disporá sobre a organização e competência dos 
Tribunais eleitorais, dos juízes eleitorais e das juntas eleitorais. 
Art. 121. Lei complementar disporá sobre a organização e competência dos 
tribunais, dos juízes de direito e das juntas eleitorais. 
3.2.3. Leis eleitorais próprias e leis eleitorais subsidiárias 
1) Leis eleitorais próprias ou típicas 
Versam sobre questões tipicamente eleitorais. 
- Código eleitoral. O CE é uma lei ORDINÁRIA ou COMPLEMENTAR? O CE na parte que 
trata da organização da justiça eleitoral (CE art. 1º ao 41) é Lei Complementar,por força do CF/1988 
– art. 21, no mais, é Lei ordinária. O CE originariamente é LO, mas foi recepcionado em parte como 
Lei Complementar. 
- Lei das Inelegibilidades (Lei Complementar 64/90). 
- Lei dos Partidos Políticos (Lei 9.096/95) e suas alterações. 
- Lei das Eleições (Lei 9.504/97) e suas alterações. 
Além de outras. 
2) Leis eleitorais subsidiárias 
Não são leis eleitorais, no entanto, têm aplicação SUBSIDIÁRIA no direito eleitoral. As 
principais são: 
- CC/2002: Ex.: domicílio, contratos, bens, doações etc. 
- CPC. Quando não há rito eleitoral próprio, aplica-se o CPC (ex.: matéria referente a 
provas). 
- CP: a parte geral do CP é bastante aplicada ao direito eleitoral. 
- CPP: Ex.: Inquérito Policial. 
- Lei dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais: se aplica subsidiariamente ao CE. 
- Lei sobre direito financeiro (Ex.: doação de campanhas; Lei 6.830/80 – exercício da multa 
eleitoral), direito tributário, direito administrativo (Lei 8.429/92) etc.; Lei. 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 19 
 
3.2.4. Resoluções/Instruções da Justiça Eleitoral 
As resoluções e instruções da justiça eleitoral são fontes muito importantes no direito 
eleitoral. Exemplo: todo o aspecto da execução das multas eleitorais está disposto em Resolução. 
Instruções: tratam da operacionalidade interna da Justiça Eleitoral; 
Resoluções: 
1) CE, art. 1º, parágrafo único: poder normativo do TSE. 
Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e 
o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado. 
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua 
fiel execução. 
 
2) CE, art. 23, IX (tem natureza de Lei Complementar). 
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior, 
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste 
Código; 
 
3) Art. 105 da Lei 9.504/97. 
Art. 105. ATÉ o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior 
Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e sem restringir direitos ou 
estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir todas 
as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, 
em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos 
políticos. (Redação dada pela Lei nº 12.034, de 2009) 
§ 1º O Tribunal Superior Eleitoral publicará o código orçamentário para o 
recolhimento das multas eleitorais ao Fundo Partidário, mediante documento 
de arrecadação correspondente. 
§ 2º Havendo substituição da UFIR por outro índice oficial, o Tribunal Superior 
Eleitoral procederá à alteração dos valores estabelecidos nesta Lei pelo novo 
índice. 
§ 3o Serão aplicáveis ao pleito eleitoral imediatamente seguinte apenas as 
resoluções publicadas até a data referida no caput. (Incluído pela Lei nº 
12.034, de 2009) 
 
Quem pode expedir as normas em matéria eleitoral? O poder normativo é do TSE que pode 
autorizar os TREs a expedir certas regulamentações. 
As resoluções do TSE guardam uma peculiaridade dentro do ordenamento jurídico 
brasileiro já que, a rigor, não detêm os tribunais capacidade legislativa. O fundamento dessas 
resoluções está no art. 23, IX, do CE que autoriza o TSE a “expedir as instruções que julgar 
conveniente à execução deste Código”, além do art. 105, da Lei das Eleições. 
O problema é que se discute a natureza dessas resoluções, havendo quem sustente que o 
TSE não tem competência para editar normas com o status de lei e, portanto, não 
poderia, v.g., criar figuras típicas. É pacífico, entretanto, que esse poder regulamentador ou função 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 20 
 
normativa do TSE é legal quando se situa secundum e praeter legem, ou seja, quando utilizado 
apenas para regulamentar a própria legislação eleitoral. 
O próprio TSE, entretanto, já decidiu que suas resoluções têm força de lei ordinária. Apesar 
desta decisão do TSE a matéria não está pacificada, embora, em alguns casos, o SUPREMO 
TRIBUNAL FEDERAL tenha rejeitado arguição de inconstitucionalidade de algumas resoluções do 
TSE a exemplo dos pedidos para declarar inconstitucional a Resolução n.º. 22.610/97 que 
disciplinou a perda de cargo eletivo por infidelidade partidária, através das ADIns n.ºs. 3.999 e 4086 
propostas, respectiva pela Procuradoria Geral da República e pelo Partido Social Cristão (PSC). 
Nestes dois casos, o entendimento do STF foi que, mesmo diante da enorme celeuma travada a 
respeito da Resolução n.º 22.610/97, o Tribunal Superior Eleitoral não teria editado ato abstrato-
normativo, ou seja, não teria ido além do que já estabelecia a própria legislação. 
Para as resoluções de cunho interpretativas, a doutrina entende que são normas em que 
o juiz não pode questionar, pois estas possuem efeitos erga omnes e vinculantes (ex.: alistamento 
de menores de 16 e 17 anos para retirar o título de eleitor até a data da eleição). 
Já as resoluções de cunho regulamentar têm eficácia semelhante a lei ordinária, portanto, 
tem efeito erga omnes e vinculante (regulação). Ex.: regular a perda de mandato por infidelidade 
partidária. Por isso, seriam passíveis de controle concentrado de constitucionalidade, podendo 
ser impetrados ADI, ADC e ADPF (ADPF 144/DF). Os seus legitimados são os previstos no art. 103 
CF/88. 
Por exclusão dos legitimados para a impetração de ações de controle concentrado (ex.: juiz 
de direito), cabe apenas a consulta abstrata à Justiça Eleitoral, que será respondida em acórdão 
pelo TSE e TRE’s. Em seguida, os interessados poderão recorrer judicialmente contra o acórdão 
(Recurso Extraordinário em matéria constitucional). 
Segundo Francisco Dirceu Barros, as Resoluções do TSE podem ter 2 (duas) naturezas 
jurídicas. Antes de indicar a classificação do autor, incursão sobre a diferença entre Ato Normativo 
Primário e Secundário. 
Ato Normativo Primário – tem por fundamento a própria Constituição Federal, podendo 
inovar no ordenamento jurídico como força primária. São atos que criam originalmente a norma, 
normatizam situação não regulada por outra norma legal. Ex.: Leis Complementares, Leis 
Ordinárias, Medidas Provisórias, etc. Estão previstas no art. 59, caput, da CF-88: 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I - emendas à Constituição; 
II - leis complementares; 
III - leis ordinárias; 
IV - leis delegadas; 
V - medidas provisórias; 
VI - decretos legislativos; 
VII - resoluções. 
 
Dos atos normativos primários, cabe Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). 
Ato Normativo Secundário – regulamenta, interpreta e/ou executa o ato normativo 
primário. Regulamentam as “leis” em sentido amplo. Desses atos não cabe ADIN ou ADI. Vamos 
então às 2 diferentes naturezas jurídicas das Resoluções do TSE: 
 
 
CS – ELEITORAL 2018.1 21 
 
ATO NORMATIVO PRIMÁRIO – as Resoluções que normatizam as eleições, em 
decorrência do permissivo legal contido no citado art. 105 da Lei nº 9.504/1997, têm força de lei 
ordinária federal, com mesmo status normativo da citada lei autorizadora. Por isso, dessas 
resoluções com força de ato normativo primário, caberia Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). 
ATO NORMATIVO SECUNDÁRIO – já as Resoluções que meramente interpretam as 
diversas Leis Eleitorais ou a própria CF-88, têm caráter meramente regulamentar (são atos 
infralegais), não cabendo, portanto, ADI. Cabe, no entanto, o que é chamado no meio eleitoral de 
Consulta ao TSE. 
Exemplo: Resolução que dispõe sobre a utilização do horário gratuito de propaganda 
eleitoral reservado aos candidatos no segundo turno da eleição presidencial. 
Então, como exceção, as Resoluções do TSE que regulamentam as Eleições, conforme 
previsto no art. 105da Lei nº 9.504/1997, têm caráter de Ato Normativo Primário. Por outro lado, as 
Resoluções administrativas regulamentadoras de diversas matérias eleitorais são regulamentos 
comuns, tendo a natureza de Ato Normativo Secundário (regra). 
OBS1: Classificação das Resoluções. 
1) Quanto à vigência 
- Resolução temporária. Uma resolução temporária normalmente incide sobre um 
determinado processo eleitoral (Ex.: resolução que regula o calendário eleitoral de um determinado 
ano). Obs.: aplicam-se para os fatos ocorridos durante a sua vigência, mesmo que já extintas. 
- Permanentes: são resoluções com prazo indeterminado. Não se limitam ao processo 
eleitoral. 
2) Quanto ao conteúdo 
- Interpretativas: quando a resolução interpreta a legislação (regula dúvida sobre a aplicação 
de algum dispositivo da Lei eleitoral). Ex.: resolução que interpreta o “outdoor”. 
- Regulamentares: regulação do processo eleitoral (ex.: resolução que regula a perda do 
mandato por infidelidade partidária). 
Obs.: as Resoluções interpretativas são atos normativos secundários. 
3) Quando à incidência territorial 
- Nacional 
- Estadual/Distrital 
- Municipal 
Pode haver uma resolução do TSE (ou do TRE) expedida apenas para um determinado 
Município. A maioria das Resoluções do TSE tem incidência nacional. 
O Juiz Eleitoral não tem o poder normativo nem interpretativo que o TSE e o TRE têm. 
Caso o TRE venha a expedir uma resolução, qual a natureza dessa norma? Norma federal. 
 
 
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3.2.5. Estatutos dos Partidos Políticos 
CF/1988 - Art. 17, §1º. 
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, 
resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o 
pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados 
os seguintes preceitos: 
I - caráter nacional; 
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo 
estrangeiros ou de subordinação a estes; 
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; 
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. 
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura 
interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus 
órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento 
e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas 
eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, 
sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, 
estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas 
de disciplina e fidelidade partidária. (Redação dada pela Emenda 
Constitucional nº 97, de 2017) 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma 
da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. 
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao 
rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que 
alternativamente: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 97, 
de 2017) 
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% 
(três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das 
unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos 
válidos em cada uma delas; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº 
97, de 2017) 
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em 
pelo menos um terço das unidades da Federação. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 97, de 2017) 
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. 
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º 
deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do 
mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação 
considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de 
acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão. (Incluído pela Emenda 
Constitucional nº 97, de 2017) 
. 
Exemplo: normas de infidelidade partidária, coligação partidária etc. 
OBS.: ao se filiar a um determinado partido, o indivíduo se submete a todas as regras 
adotadas pelo partido. 
Os partidos políticos são dotados de autonomia para resolver uma série de questões 
internas. 
 
 
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3.2.6. Princípios Jurídicos 
São aplicáveis os princípios de outros ramos do direito: presunção de inocência, ampla 
defesa e contraditório, Juiz natural. 
Veremos tais princípios abaixo. 
3.3. FONTES FORMAIS INDIRETAS 
3.3.1. Jurisprudência eleitoral 
A jurisprudência eleitoral é riquíssima. 
Ex.: Foi considerado inconstitucional a lei eleitoral que previa a impressão em papel do voto 
eletrônico. 
 
3.3.2. Consultas 
São entendimentos do TSE, expostos através de resposta a uma pergunta sobre o que o 
TSE pensa de determinado assunto. 
Equivale a uma jurisprudência. 
3.4. FONTES INFORMAIS 
3.4.1. Doutrina 
Doutrina é inspiração, podendo servir como fundamento de um acórdão. Não é fonte formal, 
mas sim fonte informal do direito. É inspiradora das fontes formais. Lembrando que há doutrina 
eleitoral dizendo que a doutrina é fonte ‘material’ do direito eleitoral. 
3.4.2. Analogia 
Decidir casos semelhantes a outros. Não é fonte material e nem fonte formal, mas método 
de integração, aplicando-se raciocínio de semelhança quando não houver regra jurídica aplicável 
ao caso. 
A analogia é método de integração sempre aplicável ao direito eleitoral? Não, pois em 
matéria penal eleitoral em decisão in pejus não se aplica o raciocínio por analogia. 
3.4.3. Costumes Jurídicos 
 
 
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A doutrina cita costumes jurídicos lato sensu. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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A EC 97/2017 
* DIZER O DIREITO 
Foi publicada no último dia 05/10, a EC 97/2017, que altera a Constituição Federal para: 
• vedar as coligações partidárias nas eleições proporcionais; 
• estabelecer normas sobre acesso dos partidos políticos aos recursos do fundo partidário e 
ao tempo de propaganda gratuito no rádio e TV. 
1. PROIBIÇÃO DE COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS NAS ELEIÇÕES PROPORCIONAIS 
1.1. SISTEMA ELEITORAL 
Sistema eleitoral é o conjunto de regras e técnicas previstas pela CF e pela lei para 
disciplinar a forma como os candidatos ao mandato eletivo serão escolhidos e eleitos. 
No Brasil, atualmente, existem dois sistemas eleitorais: 
a) MAJORITÁRIO b) PROPORCIONAL 
 
O mandato eletivo fica com o candidato ou 
partido político que obteve a maioria dos votos. 
 
Ganha o candidato mais votado, 
independentemente dos votos de seu partido. 
 
 
 
Terminada a votação, divide-se o total de votos 
válidos pelo número de cargos em disputa, 
obtendo-se assim o quociente eleitoral. Ex: na 
eleição para vereador houve 100 mil votos 
válidos e eram 20 vagas. Logo, o quociente 
eleitoral será 5 mil (100.000 : 20 = 5.000). 
 
Em seguida, pega-se os votos de cada partido 
ou coligação* e divide-se pelo quociente 
eleitoral, obtendo-se assim o número de eleitos 
de cada partido (quociente partidário). Ex: o 
Partido X e seus candidatos tiveram 20 mil 
votos. Esses 20 mil serão divididos pelo 
quociente eleitoral (5 mil). Logo, esse partido 
terá direito a 4 vagas de Vereador (20.000 : 
5.000 = 4). 
 
Os candidatos mais bem votados desse 
partido irão ocupar tais vagas. 
 
No Brasil, é o sistema adotado para a eleição 
de Prefeito, Governador, Senador e 
Presidente.

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