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Comunicação Organizacional A Comunicação Organizacional: conceitos e histórico Uma empresa é como um organismo vivo e se desenvolve a partir do fluxo de informações que nela circula. Este fluxo é vital porque promove o relacionamento entre as diferentes partes da organização. Dar tratamento profissional a esse fluxo de informações é cuidar da Comunicação Organizacional e buscar, os melhores resultados. A Comunicação Organizacional, também chamada de empresarial ou corporativa, vem ganhando cada vez mais importância e até mesmo novos contornos na sociedade atual. Toda empresa tem seus mecanismos de comunicação, muito embora a maioria delas tenha somente processos informais e não estruturados, o que dificulta sua percepção e tratamento. Cada vez mais, torna-se perceptível a importância de se estruturar e documentar os processos de comunicação nas empresas. Deve englobar todo o processo de comunicação que ocorre dentro de uma organização, seja pública ou privada. Isso inclui todos os seus públicos, chamados stakeholders . Pode ser dividida em três esferas operacionais e estratégicas: comunicação institucional (relações públicas), comunicação interna (comunicação administrativa) e comunicação mercadológica (marketing). Na gestão, a evolução de teorias e conceitos vem fazendo com que o foco das ações seja mais e mais direcionado às pessoas, e assim direcionando para uma melhor comunicação O conceito de comunicação humana como interação social abrange três formas distintas: Interpessoal ocorre durante uma conversa informal com o companheiro, os pais, os amigos etc.Essa conversa pode ser direta (pessoalmente) ou mediada (rede social, e-mail, telefone, carta, livro etc) De massa requer, necessariamente, um meio que consiga atingir grandes populações. Ela é sempre mediada ou mediatizada (post em rede social, telejornal).Geralmente são utilizados vocabulários simples, referências comuns à maioria das pessoas e linguagem visual e sonora de fácil compreensão. Organizacional abrange as instituições, é sempre formal e exige um intermediário.Acontece nas escolas, empresas e órgãos públicos. Em uma instituição, a comunicação organizacional_pensada para os públicos internos e externos_ é o ponto focal da chamada comunicação integrada, pois engloba as áreas de relações publicas, estratégias, marketing, publicidade, assessoria de imprensa, design entre outras. 2 Comunicação Empresarial: Importância, Evolução e Crescimento A Comunicação Organizacional tem uma importância crescente no mundo das organizações em que estamos inseridos. Na atualidade, tudo gira em torno das organizações, mesmo as relações humanas. O senso comum aponta que as pessoas passam 2/3 da vida no trabalho, e fazem da empresa sua segunda família. Na gestão, a evolução de teorias e conceitos vem fazendo com que o foco das ações seja mais e mais direcionado às pessoas, e assim direcionando para uma melhor comunicação. Três tipos de autoridade (adequação de comunicação) dentro da sociedade: • tradicional – no dia a dia das organizações, é aquela em que a aceitação da autoridade se dá simplesmente pela tradição. • Subordinados aceitam como legítimas ordens superiores advindas de hábitos tradicionais. Nas sociedades tradicionais predominam as características conservadoras e patriarcais . • carismática – nas organizações, a aceitação vem da confiança conquistada pelo líder. Nas sociedades carismáticas, partidos e líderes políticos se sobressaem com características que beiram ao místico. • Racional ou burocrática – a aceitação da autoridade vem da crença nas leis e nos regulamentos. Da mesma forma, nas sociedades burocráticas predominam as normas impessoais definidas de forma racional. 3 O Ato de Comunicação O ato de comunicação implica troca de informações entre sujeitos ou objetos, utilizando sistemas simbólicos como suporte. A comunicação está presente nas interações entre as equipes de trabalho, entre os diferentes departamentos e com o público externo – clientes, fornecedores, sociedade em geral. Utilizando os conceitos da Semiótica, temos que o ato de comunicação é a materialização de pensamentos e sentimentos em signos (sinais) conhecidos por todas as partes envolvidas. Signo é qualquer representação para que uma ideia seja compreendida em sua transmissão. Utilizar a escrita da palavra “cadeira”, por exemplo, remete rapidamente o receptor à ideia de uma cadeira. O som da palavra “cadeira” ou o desenho de uma cadeira são outras representações – outros signos – para a mesma ideia de objeto. *Semiótica é o estudo dos signos, que consistem em todos os elementos que representam algum significado e sentido para o ser humano, abrangendo as linguagens verbais e não-verbais. A semiótica busca entender como o ser humano consegue interpretar as coisas, principalmente o ambiente que o envolve. Desta forma, estuda como o indivíduo atribui significado a tudo o que está ao seu redor. 4 Elementos da Comunicação É por meio da linguagem que fazemos contanto com outras pessoas, seja por meio da palavra escrita, falada, dos gestos, sinais, das cores e de tantas outras formas de transmitir informações. 1) O EMISSOR ou DESTINADOR é, quase sempre, o CODIFICADOR da mensagem a ser transmitida. Ele CODIFICA sua mensagem, ou seja, formula o que precisa ser transmitido utilizando-se de um CÓDIGO. (Obs.: o emissor poderá não ser o codificador quando receber uma mensagem pronta para ser transmitida – como, por exemplo, quando ler um texto para alguém ou quando precisar repassar um recado). 2) A MENSAGEM é o objeto da comunicação em si, o conteúdo repassado de uma ponta a outra. 3) O RECEPTOR ou DESTINATÁRIO, normalmente, é também o DECODIFICADOR da mensagem. Para que a comunicação seja efetiva, é necessário que a decodificação aconteça da forma que o emissor planejou. (Da mesma forma que ocorre com o emissor, algumas vezes, o receptor pode não ser o decodificador. Isso acontece, por exemplo, se ele receber uma mensagem cifrada para repassar a um terceiro, outro receptor). 4) A RESPOSTA OU FEEDBACK é o que retroalimenta o processo de comunicação. Quando isso acontece, emissor e receptor trocam de papel: o emissor passa a ser o receptor da resposta e o receptor passa a ser o emissor da resposta. Hoje em dia, compreendemos que emissor e receptor trocam suas funções o tempo todo, pois a comunicação é dinâmica. Mesmo quando as respostas não são verbalizadas, o receptor emite mensagens que são respostas (por meio da linguagem não verbal, como olhares, gestos, postura, respiração etc). Por isso, em um linguajar mais moderno, utilizamos a expressão “interlocutores”, em vez de “emissor” e “receptor”. 5) O RUÍDO é tudo o que pode interferir negativamente no fluxo de informações, desviando o foco da mensagem, prejudicando a codificação ou a decodificação. Barulhos, pessoas alheias ao processo de comunicação interferindo e poluição visual são exemplos de ruídos. CANAL é o meio por onde são transmitidas as mensagens. Ele é constituído pelos meios materiais e técnicos que asseguram que a mensagem seja repassada. CÓDIGO é o conjunto de signos (sinais, símbolos, sons, ícones etc) utilizados para construir a mensagem. Para que haja, de fato, comunicação entre emissor e receptor, eles necessariamente precisam partilhar do mesmo código. REFERENTE é o contexto em que a comunicação acontece, ou seja, o campo de significação. Se uma mesma mensagem for transmitida em dois ambientes diferentes, certamente ela assumirá contornos diferentes de acordo com cada contexto. O ambiente é determinante para a efetividade da comunicação. Um ambiente propício facilita a fluência das informações, bem como um ambiente em desacordo com o que se pretende transmitir pode prejudicar o fluxo das mensagens 5 Níveis de Linguagem Cada ocasião que uma pessoa enfrenta exige dela a utilizaçãode uma linguagem diferente. Popular ou coloquial É a fala da conversa, espontânea e fluente. Não é presa às normas gramaticais da língua culta e normalmente se apresenta com o uso de vícios de linguagens, erros de concordância, de pronúncia, de grafia, cacofonia (quando a combinação de sons da junção de duas palavras forma uma terceira, por exemplo: “boneca dela”) ou pleonasmo (redundância), expressões vulgares e gírias. É o linguajar das ruas, das conversas em família ou entre amigos, dos programas de televisão. Culta ou padrão É aquela que segue e obedece às normas gramaticais. Mais comumente utilizada na escrita e muitas vezes até usada como instrumento de poder, posto que confere prestígio social e cultural. Está presente em boa parte dos textos escritos e na fala de pessoas formais ou que queiram ou precisem demonstrar maior cultura, quando em situações que lhes exigem certo grau de formalidade (conferências, reuniões formais de trabalho, aulas e sermões). Gíria É parte da cultura popular. Normalmente utilizada por grupos sociais com características em comum. Muitas vezes é uma espécie de código secreto de um grupo, para que suas mensagens só sejam decodificadas por seus membros. Há gírias específicas de acordo com a idade, a classe social, a profissão... sendo uma forma de expressão que remete a esses grupos. Algumas gírias tornam-se populares e passam a fazer parte do vocabulário de um grupo grande de pessoas, influenciadas pela “tribo” original. E, assim como vira moda e é utilizada por um grupo grande de pessoas durante certo tempo, também cai em desuso e passa a ser vista como um vocabulário desatualizado. Linguagem regional Cada região do Brasil tem um modo próprio de falar. Por vezes, em uma mesma cidade, é possível perceber variações linguísticas de acordo com o bairro ou região. Essas formas de falar, com expressões próprias, sotaques, influências estrangeiras, constituem o que se chama regionalismo, ou seja, a forma de expressão de determinada região. Funções da Linguagem Referencial ou denotativa Esta é a forma mais comum nas mensagens cotidianas. A função referencial também é chamada informativa ou denotativa. Como ela dá ênfase ao contexto, trata, primordialmente, de assuntos, informações, fatos e objetos. É a linguagem da maioria das redações escolares e das reportagens: apenas expõe as informações, sem envolvimento com quem a produziu ou com quem vai ler. Esta também é a linguagem utilizada nos artigos científicos e nas correspondências corporativas. Emotiva é reconhecida normalmente nos textos em primeira pessoa, em que há ênfase no emissor. É também chamada expressiva. Apresenta-se, comumente, recheada de interjeições, pontuações efusivas (exclamações, reticências), excessos na adjetivação e no uso de palavras carregadas de emoção, como elogios e insultos. Conativa É aquela que carrega um apelo ao receptor e busca mobilizar sua atenção. Ela desperta o receptor à ação. Pode ser volitiva, expressando uma vontade (exemplo: “Eu gostaria de ver você nesta noite”), ou imperativa, quando é mais impositiva (comumente percebida na linguagem de comerciais: “Compre isso”, “Faça aquilo”...). Fática é a função de linguagem focada no canal de comunicação e serve para que o emissor possa certificar-se da interação com o receptor, estabelecendo ou mantendo a conexão entre as duas pontas (emissor e receptor). Ao se atender ao telefone, por exemplo, costumamos dizer “alô?” – esta é uma forma de dizer ao interlocutor que já está estabelecido o canal de comunicação. A expressão fática significa, textualmente, “relativa ao fato”. Portanto, ela é utilizada quando os interlocutores querem testar se o canal de comunicação está funcionando, bem como para iniciar, prolongar ou alimentar o ato de comunicação. Utilizamos expressões fáticas quando dizemos coisas como “entendeu?”, ao final de uma frase, ou “veja bem”, “né?”, “aham” e outras expressões que só servem para manter o canal de comunicação. Metalinguística Quando a mensagem versa sobre sua própria produção, temos a metalinguagem. Um quadro que retrate um pintor em ação é fundamentalmente metalinguístico, assim como um livro sobre uma produção literária ou uma música que descreva algo sobre música. Um comercial de uma agência de propaganda é essencialmente metalinguístico (pois é uma propaganda sobre a importância de se fazer propaganda). Muitas vezes um comunicado interno em uma empresa pode ser considerado metalinguístico, pois ele pode versar sobre as formas de expressão dentro da empresa. Poética é percebida quando visa produzir um efeito estético, quando está voltada para seu próprio processo de estruturação. Ela não está presente apenas em textos escritos, mas também em outras expressões da arte, como música, teatro, fotografia, pintura e outras, pois todas apresentam formas próprias de tratar a palavra. Na função poética, o autor faz combinações originais ou até mesmo estabelece novas conotações para as suas palavras combinadas – por isso se diz que o foco está na mensagem. Cultura organizacional e identidade corporativa Cultura organizacional compreende práticas que se fixaram ao longo dos anos, refere-se à maneira como os funcionários agem uns com os outros e como esse comportamento se reflete no produto ou no serviço final. Refere-se também à maneira de pensar e de gerenciar dos donos das companhias e dlos diretores executivos os CEOs (chief executive officer). Por isso no momento da contratação de um funcionário , a equipe de RH procura compreender se os valores do candidato à vaga equivalem à cultura da empresa,ou seja à identidade da organização. Na maioria das vezes a cultura organizacional é rígida e imutável. Identidade corporativa é o DNA de uma empresa, pois nela está registrado seu caráter, sua especificidade e suas idiossincrasias. Ou seja, é o conjunto de características, valores e crenças com os quais a organização se auto identifica e se auto diferencia das outras organizações concorrentes no mercado. Comunicação empresarial estratégica tem como função principal traçar planos que sirvam como guia para a instituição atingir seus objetivos. É um processo que não se restringe a uma ação especifica, abrange análise constante de dados, posições, resultados, pesquisa de satisfação interna e externa, tendências de mercado, comportamento, pontos fortes e fracos da própria organização, oportunidades, ameaças e diferentes cenários que incluam sua realidade e da concorrência. Necessidade constante de reavaliação e ajustes, mirando o cumprimento de objetivos e metas. Está diretamente ligada à cultura organizacional, na medida em que esta delineia os valores e o sistema de gestão.
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