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espaco Biologico - odontologia

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66 An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN0103-9393
Braz J Periodontol - December 2011 - volume 21 - issue 04
CONHECIMENTO DE CIRURGIÕES-DENTISTAS E 
ACADÊMICOS DE ODONTOLOGIA SOBRE O ESPAÇO 
BIOLÓGICO PERIODONTAL
Evaluation of the knowledge of dentists and dentistry academics about periodontal biologic width
Lorena Rodrigues de Almeida1, Ana Luísa Teixeira Meira2, Renato Casarin3, Sandro Bittencourt4, Érica Del Peloso Ribeiro4
1 Graduada em Odontologia (EBMSP-SSa-Ba-Brasil)
2 Especialista em Periodontia (ABO-Ba), Mestranda em Periodontia (EBMSP- SSa-Ba-Brasil)
3 Professor titular do mestrado em odontologia (UNIP-SP-Brasil)
4 Doutores em Clínica Odontológica, área de Periodontia (FOP/Unicamp-SP-Brasil) 
Recebimento: 05/08/11 - Correção: 31/10/11 - Aceite: 10/11/11 
RESUMO
O objetivo desse estudo foi avaliar o conhecimento de estudantes de Odontologia, clínicos-gerais, periodontistas 
e protesistas sobre o espaço biológico periodontal. Este foi um estudo do tipo observacional transversal, que utilizou 
de questionário, como único instrumento de coleta de dados. O questionário foi distribuído pessoalmente para 226 
indivíduos: 75 alunos do último semestre do curso de Odontologia, 80 clínicos-gerais e 71 especialistas, sendo 35 
protesistas e 36 periodontistas. Os resultados mostraram que, de modo geral, os periodontistas são os que mais 
conhecem o espaço biológico periodontal, seguidos dos estudantes. Muitos protesistas, apesar de afirmarem lembrar o 
que é espaço biológico, souberam menos que os estudantes sobre suas estruturas e seu tamanho. O padrão de resposta 
dos periodontistas foi diferente dos clínicos gerais quanto à razão da inflamação ao redor de próteses e restaurações, ao 
limite cervical dos preparos, às medidas e estruturas do espaço biológico bem como à indicação do aumento de coroa 
clínica. Em relação aos protesistas as diferenças para os periodontistas ocorreram no que tange ao conhecimento do 
limite cervical dos preparos e medidas do espaço biológico. Conclui-se que, com o passar do tempo, os clínicos-gerais 
esquecem ou ignoram os conhecimentos adquiridos na graduação e que a especialização em Periodontia influencia 
positivamente no conhecimento sobre o espaço biológico.
UNITERMOS: espaço biológico, anatomia periodontal, conhecimento. R Periodontia 2011; 21:66-75.
INTRODUÇÃO
A inter-relação entre a Periodontia e a Odontologia 
Restauradora é um dos temas mais discutidos na 
Odontologia atual. A necessidade da devolução de tecidos 
perdidos e a restauração da função, sem que ocorra uma 
modificação dos tecidos periodontais, é um dos dilemas 
mais comuns na clínica diária (Belli, 2002). Nesse contexto, 
um dos assuntos de maior impacto no cotidiano dos 
cirurgiões-dentistas é a invasão do espaço biológico. Apesar 
do conceito das distâncias biológicas periodontais ser familiar 
para a maioria dos clínicos, ainda tem seu significado e 
relevância clínica pouco valorizados (Lima et al., 2006).
Em 1959, Sicher descreveu uma união dentogengival 
constituída por uma inserção epitelial e por uma inserção 
conjuntiva. Gargiulo et al. (1961) avaliaram as medidas da 
junção dentogengival, considerando as fases da erupção e as 
faces do dente, obtendo as seguintes médias: profundidade 
do sulco gengival – 0,69 mm, comprimento do epitélio 
juncional – 0,97 mm e comprimento da inserção conjuntiva 
– 1,07 mm. Dessas distâncias, a inserção conjuntiva foi a que 
se apresentou mais constante, enquanto que a parte mais 
variável foi o comprimento do epitélio juncional. Portanto, 
o espaço localizado coronariamente à crista óssea alveolar 
pode ser arredondado para aproximadamente 3 mm. No 
entanto esta medida pode variar de dente para dente e nas 
diferentes faces de um mesmo dente, estando presente em 
toda dentição saudável (Santos & Sartori, 2000).
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67An official publication of the Brazilian Society of Periodontology ISSN-0103-9393
Cohen (1962) definiu a junção dentogengival como 
“espaço biológico periodontal”, se referindo à distância 
de 2,04 mm entre o fundo do sulco gengival e o topo da 
crista óssea alveolar. Já para Nevins & Skurow (1984) o sulco 
gengival também faz parte do “espaço biológico”. Tristão 
(1992) analisou as distâncias biológicas por meio de uma 
análise histométrica e encontrou resultados semelhantes aos 
de Gargiulo et al (1961). Posteriormente, Vacek et al. (1994) 
avaliaram 171 superfícies de dentes de cadáveres e também 
encontraram medidas similares.
O sulco gengival é a fenda ou o espaço em torno do 
dente, limitado de um lado pela superfície dentária e do outro 
pelo epitélio que reveste a margem livre da gengiva (Itoiz & 
Carranza, 1997). O epitélio reduzido do órgão do esmalte 
é substituído gradualmente por um epitélio juncional que 
participa da inserção entre dente e gengiva e é mais largo 
na parte coronária. Ele não está apenas em contato com o 
esmalte, mas fisicamente ligado a este por hemidesmossomas 
(Borghetti & Monnet-Corti, 2002). O tecido conjuntivo supra-
alveolar é constituído, principalmente, de células, fibras, 
processos nervosos e vasos sanguíneos embebidos em tecido 
conjuntivo denso (Löe et al., 1996).
A partir da década de 60, foram iniciados diversos 
estudos com a finalidade de aprofundar os conhecimentos 
acerca da inter-relação entre os processos restauradores e 
o periodonto (Padbury et al., 2003). Silness (1970) realizou 
uma pesquisa que indicou que em áreas onde as margens 
das restaurações estavam em uma localização subgengival 
desenvolvia-se gengivite mais severa. Newcomb (1974) 
analisou 66 coroas anteriores com margens subgengivais 
de diferentes profundidades. Os resultados mostraram que 
quanto mais perto uma coroa com margem subgengival 
estiver do epitélio juncional, mais provável é a ocorrência de 
inflamação gengival grave. Em 1986, Tarnow et al. (1986) 
fizeram uma análise histológica de 13 dentes extraídos que 
possuíam coroas subgengivais e encontraram presença de 
reabsorção óssea. Orkin et al. (1987) demonstraram que a 
gengiva em torno de restaurações subgengivais teve maior 
chance de sangramento.
Nogueira-Filho et al. (2001) concluíram que o término 
supragengival oferece menor frequência de inflamação 
gengival associada à falta ou excesso de material restaurador. 
Quando o espaço biológico, compreendido pela inserção 
conjuntiva supracrestal e epitélio juncional, é violado tem-se 
como consequência uma resposta inflamatória que resulta 
em alterações passageiras ou permanentes destes tecidos, 
representados, clinicamente, pela ocorrência de edema e 
vermelhidão da gengiva com tendência a sangramento, 
dores, alterações funcionais e estéticas. Uma vez não 
restabelecido este espaço, mais tarde poderão aparecer 
lesões do periodonto de sustentação, representadas por 
perda óssea e formação de bolsa periodontal ou recessão 
gengival (Nery, 2009).
Assim, quando o término “subgengival” é indicado, 
o operador precisa ter o cuidado de colocar a margem 
cervical dentro dos limites do sulco gengival histológico, 
que convencionalmente mede aproximadamente 0,5 mm 
(Gargiulo et al., 1961). Determinadas condições exigem a 
colocação de margens de restaurações em uma posição além 
do sulco gengival. Estas podem incluir preocupações estéticas, 
necessidade de maior retenção, cárie de raiz, abrasão cervical, 
e sensibilidade radicular (Parma-Benfenati et al., 1985). Para 
isso, é necessário restabelecer o espaço biológico em posição 
mais apical, lançando mão de procedimentos cirúrgicos e/ou 
ortodônticos (Guênes et al., 2006).
Assim, diante da importância do espaço biológico 
periodontal para a saúde dos tecidos periodontais em 
procedimentos restauradores e protéticos,o objetivo 
deste estudo foi avaliar o conhecimento de estudantes de 
Odontologia, clínicos-gerais e especialistas sobre o mesmo. 
Este trabalho mostra-se de grande relevância diante da sua 
aplicabilidade clínica e da pequena quantidade de estudos 
que abordam este tema.
MATERIAIS E MÉTODOS
Seleção da amostra
O projeto deste estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética 
e Pesquisa da Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública, 
sob o número de protocolo 002/10. Todos os voluntários 
consentiram com a participação no estudo, assinando o 
Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. 
Foram selecionados, aleatoriamente, 226 indivíduos: 75 
alunos do último semestre do curso de Odontologia (com a 
intenção de que todos eles já tivessem cursado a disciplina 
de Periodontia), dentre estes 16 da Universidade Federal da 
Bahia (UFBA), 20 da Escola Bahiana de Medicina e Saúde 
Pública (EBMSP), 20 da União Metropolitana de Educação e 
Cultura (UNIME) e 19 da Universidade Estadual de Feira de 
Santana (UEFS); 80 clínico-gerais e 71 especialistas, sendo 36 
periodontistas e 35 protesistas. Todos os entrevistados eram 
residentes no Estado da Bahia.
Delineamento do estudo
Este é um estudo do tipo observacional transversal, que 
utilizou de questionário, como único instrumento para coleta 
de dados, para avaliação do conhecimento sobre o espaço 
biológico periodontal (Figura 1). 
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FiguRa 1: QuesTionáRio aPlicaDo na PoPulação esTuDaDa.
IDENTIFICAÇÃO
( ) ESTUDANTE -SEMESTRE: 
( ) PROFISSIONAL 
( )CLÍNICO-GERAL - ANO DE FORMADO:
O SR.(A) CONFECCIONA PRÓTESES OU FAZ PROCEDIMENTOS PERIODONTAIS EM SEU CONSULTÓRIO? ( )SIM ( )NÃO 
( )ESPECIALISTA
( )PERIODONTISTA
( )PROTESISTA 
QUESTIONÁRIO
Na sua opinião, por que a gengiva inflama ao redor das próteses ou restaurações?
O (A) Sr.(a) costuma realizar preparos subgengivais?
( ) Não ( ) Sim Quando?
Em preparos subgengivais, o Sr.(a) utiliza qual limite cervical dos preparo?
( )0,5mm ( )1mm ( )2mm ( )3mm ou mais ( )quanto necessário
Na sua opinião, o limite cervical dos preparos deve estar no sulco:
( )clínico ( )histológico ( )não se lembra
O Sr.(a) se lembra o que é espaço biológico?
( )Não ( )Sim/Qual o tamanho? Quais as estruturas?
Quando o Sr.(a) realiza aumento de coroa clínica? 
Este questionário é uma adaptação do modelo utilizado 
no estudo de Lima et al. (2006). Cada questionário foi 
distribuído pessoalmente pela pesquisadora. Os estudantes 
foram abordados em sala de aula ou em atividades 
acadêmicas, enquanto que os profissionais responderam aos 
questionários em seus consultórios ou em eventos científicos. 
Após a entrega do questionário o sujeito ficou à vontade para 
respondê-lo, sem estabelecimento prévio de tempo para isso 
nem observação da prática do sujeito. 
Análise estatística
Foi realizada uma análise dos dados agrupados segundo 
a especialidade, comparando a frequência de respostas às 
perguntas do questionário. As frequências foram comparadas 
pelo teste Exato de Fisher, em uma análise 2x2, considerando 
o nível de significância de 5%.
RESULTADOS
Os clínicos-gerais que participaram da pesquisa tinham, 
em média, 11 anos de formados. Os protesistas concluíram 
a especialização há, aproximadamente, 8,5 anos e os 
periodontistas há 10 anos, em média.
Quando perguntados a respeito da inflamação gengival 
ao redor das próteses ou restaurações, foi encontrada 
diferença estatisticamente significante entre estudantes 
e periodontistas. Diferença próxima da estatisticamente 
significante foi encontrada na comparação entre clínicos e 
periodontistas (Tabela 1). 
Quanto à realização de preparos subgengivais, 38,66% 
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DisTRiBuição Da PoPulação esTuDaDa, em PoRcenTagem (n), De acoRDo com a ResPosTa ao QuesTionamenTo “na sua oPinião, PoR Que a gengiva 
inFlama ao ReDoR Das PRóTeses ou ResTauRações?”.
RESPOSTAS ESTUDANTES* CLÍNICOS† PERIODONTISTAS*/† PROTESISTAS
Não respondeu 2,66% (2) 2,5% (2) 0% (0) 5,7% (2)
Invasão do espaço biológico 12% (9) 10% (8) 11,11% (4) 8,5% (3)
Acúmulo de placa e/ou má higiene 
oral como conseqüência de má 
adaptação e áreas retentivas
53,33% (40) 53,75% (43) 30,5% (11) 37,14% (13)
Utilização de material irritante na 
confecção de prótese ou restauração
2,66% (2) 1,25% (1) 0% (0) 0% (0)
Preparo incorreto 1,33% (1) 0% (0) 2,77% (1) 0% (0)
Trauma oclusal 0% (0) 0% (0) 0% (0) 0% (0)
Cárie 0% (0) 1,25% (1) 0% (0) 0% (0)
Invasão do espaço biológico + 
acúmulo de placa e/ou má higiene 
oral como conseqüência de má 
adaptação e áreas retentivas
28% (21) 31,25% (25) 55,55% (20) 48,57% (17)
* Diferença estatisticamente significante entre estudantes e periodontistas (p=0,05). † Valor limite de significância estatística (p=0,06) na comparação entre clínicos e periodontistas.
Tabela 1
Tabela 2
dos estudantes, 57,5% dos clínicos gerais, 25% dos 
periodontistas e 97,1% dos protesistas afirmaram realizá-
los. Nessa comparação, os protesistas realizam mais 
preparos subgengivais que todos os outros grupos (p<0,05). 
DisTRiBuição Da PoPulação esTuDaDa, em PoRcenTagem (n), De acoRDo com a ResPosTa ao QuesTionamenTo 
“QuanDo Realiza PRePaRos suBgengivais?”.
RESPOSTAS ESTUDANTES CLÍNICOS* PERIODONTISTAS PROTESISTAS*
Não respondeu 24,1% (7) 30,4% (14) 33,33% (3) 17,6% (6)
Área estética / hiperplasia 
gengival / coroa curta
55,1% (16) 43,4% (20) 66,66% (6) 64,7% (22)
 Confecção de próteses fixas 
(retenção)
17,2% (5) 8,6% (4) 0% (0) 5,8% (2)
 Cáries ou fraturas 
subgengivais
3,4% (1) 15,2% (7) 0% (0) 0% (0)
 Lesões cervicais 0% (0) 2,1% (1) 0% (0) 0% (0)
Quando há invasão do 
espaço biológico
0% (0) 0% (0) 0% (0) 0% (0)
Sempre 0% (0) 0% (0) 0% (0) 11,7% (4)
* Diferença estatisticamente significante entre clínicos e protesistas (p=0,04). 
Quando perguntados em que situações realizavam preparos 
subgengivais foi encontrada diferença estatisticamente 
significante apenas entre clínicos e protesistas (Tabela 2). 
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0
10
20
30
40
50
60
70
80
não 
respondeu
0.5mm 1mm 2mm 3mm ou 
mais
quanto 
necessário
ESTUDANTES
CLÍNICOS
PERIODONTISTAS
PROTESISTAS
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
ESTUDANTES CLÍNICOS PERIODONTISTAS PROTESISTAS
não respondeu
clínico
histológico
não lembra
Sobre o limite cervical utilizado nos preparos dentários 
subgengivais, obteve-se diferença (p<0,05) dos periodontistas 
para todos os demais grupos (Figura 2). 
Ainda com relação à extensão do preparo, quando se 
perguntou em que sulco (clínico ou histológico) o limite 
cervical do preparo deve estar, a maioria respondeu “sulco 
clínico” (Figura 3).
Figura 2: Distribuição da população estudada, em porcentagem, de acordo com a resposta ao 
questionamento “Em preparos subgengivais, utiliza qual limitecervical do preparo?” 
*Diferença estatisticamente significante (p<0,05) entre periodontistas e todos os demais grupos. 
Figura 3: Distribuição da população estudada, em porcentagem, de 
acordo com a resposta ao questionamento “Na sua opinião, o limite 
cervical dos preparos deve estar no sulco...” . 
*Diferença estatisticamente significante entre periodontistas e os 
clínicos (p=0,03). †Diferença estatisticamente significante entre 
periodontistas e protesistas (p=0,03).
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
não 
respondeu
0,5 a 1mm 1 a 2mm 2 a 3mm maior que 
3mm
ESTUDANTES
CLÍNICOS
PERIODONTISTAS
PROTESISTAS
Figura 4: Distribuição da população estudada, em porcentagem, de acordo com a resposta ao 
questionamento “O Sr.(a) se lembra o que é espaço biológico periodontal?” 
* Diferença estatisticamente significante entre estudantes e clínicos (p=0,02). 
† Diferença estatisticamente significante entre estudantes e periodontistas (p <0,01). 
‡ Diferença estatisticamente significante entre clínicos e protesistas (p <0,001).
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
não 
respondeu
0.5mm 1mm 2mm 3mm ou 
mais
quanto 
necessário
ESTUDANTES
CLÍNICOS
PERIODONTISTAS
PROTESISTAS
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
não 
respondeu
0,5 a 1mm 1 a 2mm 2 a 3mm maior que 
3mm
ESTUDANTES
CLÍNICOS
PERIODONTISTAS
PROTESISTAS
 
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
ESTUDANTES CLÍNICOS PERIODONTISTAS PROTESISTAS
não respondeu
clínico
histológico
não lembra
Figura 5: Distribuição da população estudada, em porcentagem, de acordo com a resposta ao 
questionamento “Quanto o espaço biológico periodontal mede?”. 
 * Diferença estatisticamente significante entre clínicos e periodontistas (p=0,03). 
† Diferença estatisticamente significante entre clínicos e protesistas (p=0,04). 
‡ Diferença estatisticamente significante entre periodontistas e protesistas (p=0,01).
A maioria também respondeu saber o que é espaço 
biológico periodontal (Figura 4). 
Foram então perguntados sobre o tamanho deste espaço 
(Figura 5) e suas estruturas (Figura 6). 
*
*
* †
†
*†
*‡ 
†‡ 
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Quanto ao tamanho, mais de 50%, em todos os grupos, 
responderam entre 2 e 3 mm, mas periodontistas tinham 
respostas estatísticamente diferentes de protesistas e clínicos. 
Sobre as estruturas que compõe o espaço biológico, clínicos 
e protesistas tinham menos de 50% de respostas corretas, 
mas diferença estatística foi apenas observada entre clínicos e 
periodontistas. Foram consideradas corretas as respostas que 
citavam inserção conjuntiva e epitélio juncional, incluindo ou 
não sulco gengival. As respostas que não possuíam uma ou 
mais dessas estruturas ou que se referiam a estruturas que 
não essas, foram consideradas erradas. 
Em relação à resposta sobre quando realizam aumento de 
coroa clínica, a maior parte, de todos os grupos, respondeu 
que em situações onde há invasão do espaço biológico, com 
o intuito de restabelecê-lo (Tabela 3).
Figura 6: Distribuição da população estudada, em porcentagem, de acordo com a resposta ao 
questionamento “Quais as estruturas do espaço biológico periodontal?”
* Diferença estatisticamente significante entre clínicos e periodontistas (p=0,01).
DisTRiBuição Da PoPulação esTuDaDa, em PoRcenTagem (n), De acoRDo com a ResPosTa ao QuesTionamenTo 
“QuanDo Realiza aumenTo De coRoa clínica?”. 
RESPOSTAS ESTUDANTES* CLÍNICOS† PERIODONTISTAS*† PROTESISTAS
Não respondeu 5,3% (4) 5% (4) 5,55% (2) 0% (0)
Outras 5,3% (4) 1,25% (1) 0% (0) 0% (0)
Tratamento de sorriso gengival e/ou 
hiperplasia gengival e/ou estética e/
ou coroa curta
8% (6) 0% (0) 0% (0) 2,8% (1)
Extensa destruição ou fratura 
coronária/ necessidade de retenção/ 
preparos subgengivais
21,33% (16) 21,25%(17) 8,33% (3) 20% (7)
Quando há invasão do espaço 
biológico, para restabelecê-lo
40% (30) 37,5% (30) 52,77% (19) 51,4% (18)
Para que não haja invasão do espaço 
biológico
1,33% (1) 7,5% (6) 5,55% (2) 11,4% (4)
 Necessidade estética + quando há 
invasão do espaço biológico, para 
restabelecê-lo
8% (6) 7,5% (6) 27,77% (10) 8,5% (3)
Não realiza/indica 10,66% (8) 20% (16) 0% (0) 5,7% (2)
* Diferença estatisticamente significante entre estudantes e clínicos (p= 0,003). † Diferença estatisticamente significante entre clínicos e periodontistas (p=0,007).
Tabela 3
*
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DISCUSSÃO
Para que a saúde, a função e a estética do órgão dental 
sejam mantidas, há necessidade de se preservar as estruturas 
que formam a junção dentogengival. Assim sendo, é de 
extrema importância o conhecimento anatômico e biológico 
dos tecidos que envolvem o dente (Jardini & Pustiglioni, 2000). 
Nesse contexto, o objetivo do presente estudo foi avaliar o 
conhecimento de cirurgiões-dentistas, especialistas ou não, 
e estudantes de Odontologia a respeito do espaço biológico 
periodontal.
Em linhas gerais, os periodontistas apresentaram 
conhecimento diferenciado em relação ao espaço biológico 
periodontal quando comparado aos estudantes, clínicos gerais 
e protesistas. Isso foi detalhado na observação de diferenças 
estatísticas entre periodontistas e estudantes quanto à razão 
da inflamação ao redor de próteses e restaurações, limite 
cervical dos preparos (extensão), lembrança do conceito de 
espaço biológico e indicação do aumento de coroa clínica. O 
padrão de resposta dos periodontistas também era diferente 
dos clínicos gerais quanto à razão da inflamação ao redor de 
próteses e restaurações, limite cervical dos preparos (extensão 
e tipo de sulco envolvido), as medidas e estruturas do espaço 
biológico e indicação do aumento de coroa clínica. Em 
relação aos protesistas as diferenças para os periodontistas 
ocorreram no que tange ao conhecimento do limite cervical 
dos preparos (extensão e tipo de sulco envolvido) e medidas 
do espaço biológico.
De acordo com os resultados obtidos no presente estudo, 
a maioria dos estudantes e clínicos gerais relataram que a 
gengiva inflama ao redor das próteses ou restaurações devido 
ao acúmulo de placa associado à higiene oral precária, áreas 
retentivas e má adaptação de próteses e restaurações. A 
maioria dos periodontistas (55,55%) e protesistas (48,57%) 
ainda adicionaram a essa resposta a invasão do espaço 
biológico. A inflamação da gengiva ao redor das restaurações 
deve ser decorrente, primariamente, do acúmulo de biofilme e 
invasão do espaço biológico, sendo que, em geral, a irritação 
mecânica é um fator mínimo. Nesse processo, superfícies 
ásperas facilitam a retenção do biofilme bacteriano e a 
inflamação gengival severa, tão frequentemente vista próxima 
a restaurações (Waerhaug, 1960).
Segundo Padbury et al. (2003), existe um consenso geral 
de que a colocação de margens de restaurações no espaço 
biológico periodontal, frequentemente, leva a inflamação 
gengival, a perda de inserção clínica e a perda óssea. Assim, 
pode-se perceber que, no geral, os entrevistados sabem 
sobre os fatores causadores da inflamação gengival, visto 
que a maioria citou o acúmulo de placa, associado ou não 
a invasão do espaço biológico, como causa da gengivite ao 
redor de prótese e restaurações: 81,33% dos estudantes, 
85% dos clínicos, 86,05% dos periodontistas e 85,71% dos 
protesistas. Os periodontistasforam os únicos que tiveram 
0% de não resposta a essa pergunta, enquanto 2,66% dos 
estudantes, 2,5% dos clínicos e 5,7% dos protesistas não 
responderam a mesma. 
De maneira previsível, dos 226 sujeitos entrevistados, 
os protesistas foram os que mais realizavam preparos 
subgengivais (97,1%), seguidos dos clínicos-gerais (57,5%), 
estudantes (38,66%) e periodontistas (25%). Segundo o 
estudo de Lima et al. (2006) com 317 cirurgiões-dentistas, 
sendo 65 periodontistas, 42 protesistas e, o restante clínicos-
gerais, 77,4% destes, independentemente da especialidade, 
realizavam preparos subgengivais.
A estética, hiperplasia gengival e dentes com coroas 
curtas foram os maiores motivos que levaram os clínicos, 
periodontistas, protesistas e estudantes a realizarem preparos 
subgengivais. Citaram ainda situações que exigem maior 
retenção de prótese fixa, cáries ou fraturas subgengivais. 
Apenas protesistas (11,7%) responderam que sempre realizam 
preparos subgengivais, parecendo não se importar com as 
reais indicações de sua realização. 
Embora muitos profissionais realizem restaurações 
com margens subgengivais, os seus efeitos prejudiciais são 
bem documentados (Valderhaug & Birkeland, 1976). Em 
função disso, a maioria dos periodontistas prefere margens 
restauradoras supragengivais. Entretanto, é entendido 
que existem determinadas condições que necessitam da 
colocação de margens intra-sulculares. Estas podem incluir 
preocupações estéticas, necessidade de maior retenção, 
refinamento de margens pré-existentes, cárie de raiz, abrasão 
cervical, e sensibilidades radiculares. No entanto, se nenhum 
destes fatores é motivo de preocupação, afigura-se prudente 
colocar as margens de restaurações supragengivalmente, já 
que a presença de restaurações subgengivais irá resultar em 
maior acúmulo de placa (Parma-Benfenati etal., 1985; Padbury 
et al., 2003). Além disso, o posicionamento das restaurações 
em nível supragengival é o ideal para a confecção de um bom 
preparo e acabamento das restaurações, bem como possibilita 
uma melhor higienização pelo paciente (Guênes et al., 2006).
Diante da necessidade de preparos subgengivais, o 
conhecimento sobre o limite cervical destes é imprescindível. 
Para esse conhecimento, a especialização em Periodontia 
levou a um melhor conhecimento sobre o tópico, permitindo 
que 77% dos periodontistas afirmassem que o limite cervical 
dos preparos subgengivais deveria ser de 0,5 mm. Isso foi 
afirmado por 70% dos estudantes, 53% dos clínicos, e 68% 
dos protesistas. Os resultados encontrados no estudo de 
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Lima et al.(2006), em que apenas 38% dos entrevistados 
relataram que o limite cervical dos preparos deveria se localizar 
a 0,5 mm da margem gengival, mostraram que a maioria 
dos profissionais não considerava conceitos importantes 
para a manutenção da homeostasia periodontal quando da 
realização de preparos e restaurações .
A situação biologicamente ideal seria a de manter o 
término dos preparos supragengivalmente, sendo que em 
situações estéticas, seria permitido 0,5 mm a 0,8 mm abaixo 
da margem gengival, na região correspondente ao epitélio 
sulcular oral sem, no entanto, atingir ou invadir o epitélio 
juncional (Nery, 2009). Nevins & Skurow (1974) relataram que 
quando margens subgengivais estão indicadas, a restauração 
não deve romper o epitélio juncional ou a inserção conjuntiva. 
Eles recomendam limitar a extensão da margem subgengival 
a 0,5-1,0 mm porque é impossível para os clínicos detectar 
onde o epitélio sulcular termina e o epitélio juncional começa. 
Assim, fica claro que o término cervical dos preparos deve 
limitar-se ao sulco histológico, que em média é de 0,69 mm 
(Gargiulo et al., 1961).
Apesar disso, chama atenção o fato de que 69% dos 
estudantes, 75% dos clínicos, 55% dos periodontistas e 86% 
dos protesistas ainda responderam que o limite cervical do 
preparo subgengival deve estar no sulco gengival clínico. 
Apenas 16% dos estudantes, 14% dos clínicos, 42% dos 
periodontistas e 11% dos protesistas responderam que o 
limite cervical dos preparos deve estar no sulco gengival 
histológico. De maneira similar, Lima et al. (2006) observaram 
que de 317 cirurgiões dentistas, 101 realizavam os preparos 
no sulco gengival clínico e 49 consideravam o sulco gengival 
histológico como limite cervical dos preparos, observando 
o desconhecimento deles a respeito da diferença entre os 
dois sulcos.
Os periodontistas (97%) e os protesistas (91%) foram 
os que mais relataram recordar o que é o espaço biológico 
periodontal, demonstrando parecer haver uma relação entre 
o fator especialização e essa declaração. Porém, quando 
perguntados sobre as suas estruturas e tamanho, os 
estudantes se saíram melhor que os protesistas, mostrando 
serem os que mais, realmente, sabiam sobre este espaço 
depois dos periodontistas. O termo “espaço biológico” é 
familiar à maioria dos clínicos, mas ainda existe confusão 
quanto ao seu significado e relevância para os procedimentos 
clínicos (Padbury et al., 2003).
Alguns autores, tais como Gargiulo et al. (1961) e 
Newcomb (1984), consideram o sulco gengival uma estrutura 
integrante das distâncias biológicas, pois os procedimentos 
clínicos não podem ignorá-lo, principalmente por apresentar 
uma medida muito variável nas diferentes faces de um 
mesmo dente e ainda, restaurações com margens localizadas 
subgengivalmente apresentam maior inflamação gengival 
quando comparadas com dente hígidos. No entanto, outros 
autores, como De Wall & Castellucci (1993), não consideram 
o sulco gengival como um constituinte do espaço biológico, 
visto que o mesmo pode ser invadido por procedimentos 
restauradores.
O respeito ao espaço biológico é, portanto, fundamental 
na preservação da saúde periodontal durante o preparo de 
uma prótese intra-sulcular. Quando este espaço é violado há 
como consequência uma resposta inflamatória que resulta 
em alterações destes tecidos. Desta maneira, podemos 
ter uma “autocorreção” do espaço biológico, porém de 
forma totalmente imprevisível e, na maioria das vezes, com 
consequências estéticas. Portanto, o espaço biológico deve 
ser respeitado ou recriado, por meio de procedimentos de 
aumento de coroa clínica (Nery, 2009).
Existem diversas conseqüências atreladas à cirurgia para 
aumento de coroa clínica quando esta é feita de maneira 
displiscente. Portanto, deve-se realizar um diagnóstico de 
invasão de espaço biológico o mais preciso possível, associando 
ao exame clínico o exame radiográfico interproximal, para 
evitar indicar procedimentos cirúrgicos desnecessários 
(Neves et al., 2008). Segundo Jardini & Pustiglioni (2000), 
a importância do conhecimento das medidas do espaço 
biológico relaciona-se principalmente com o ato cirúrgico para 
aumento de coroa clínica.
 De maneira geral, o aumento de coroa clínica é realizado 
classicamente para restabelecimento do espaço biológico, 
mas também pode ser feito preventivamente em situações 
que exigem a colocação de margens subgengivalmente 
(aumento de retenção ou necessidade estética). Para isso, 
pode-se lançar mão de procedimentos cirúrgicos com ou 
sem osteotomia e ortodônticos, todos estes com indicações 
específicas, sendo necessário um conhecimento em relação 
às limitações, indicações e contra-indicações de cada técnica 
(Guênes et al., 2006).
CONCLUSÃO
Pode-se concluir que os periodontistas, de modo geral, 
possuem maior conhecimento sobre o espaço biológico 
periodontal, o que demonstra efeito positivo da especialização 
em Periodontia no entendimento deste assunto. Além disso, 
o estudo sugere também que após algunsanos de formados, 
os clínicos-gerais parecem desconhecer, esquecer ou ignorar 
conhecimentos que deveriam ter sido adquiridos enquanto 
estudantes. Os estudantes neste estudo mostraram, em 
algumas situações, ter um nível de conhecimento similar ao 
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dos periodontistas.
ABSTRACT
The aim of the study was to assess the knowledge of 
dentistry students, clinicians, periodontists and prosthetists 
about the periodontal biological width. This is a cross-sectional 
study, that used a questionnaire, as an unique instrument 
for data collection. This questionnaire was distributed to 226 
subjects: 75 last semester students of Dentistry, 80 clinicians 
and 71 specialists, 35 prosthetists and 36 periodontists. The 
results showed that, in general, periodontists are those who 
understand more about the periodontal biological width, 
followed by students. Many prosthetists, despite claiming 
to remember what is the biological width, knew less than 
students about their structures and their size. There was a 
difference between the answer pattern of periodontists and 
clinicians regarding the cause of the inflammation around 
prostheses and restorations, cervical limit of preparations, 
measures and structures of the biologic width and the 
biological indication for crown lengthening procedures. 
Differences between prosthetists and periodontists occurred 
in regard to the knowledge of cervical limit preparations and 
measures of the biologic width. It follows therefore that, over 
time, the clinicians forget or ignore the knowledge acquired 
during the graduation and that specialization in Periodontics 
positively influenced knowledge about the biological width.
UNITERMS: periodontium, periodontal anatomy, 
knowledge.
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27- Os autores declaram a inexistência de conflito de interesse e apoio 
financeiro relacionados ao presente artigo.
Endereço para correspondência: 
Rua Professsor Jairo Simões, 279 - apt. 1204 - Ed. Jatobá – Imbuí
CEP: 41720-375 – Salvador – BA 
Tel.: (71) 3232-1547
E-mail: ericapeloso@yahoo.com.br
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