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ESCOLA POLITÉCNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais PMT 3100 - Fundamentos de Ciência e Engenharia dos Materiais Estrutura e processamento de materiais cerâmicos ROTEIRO Materiais Cerâmicos: principais propriedades e produtos Classificação dos Materiais Cerâmicos Estrutura • Materiais cristalinos e amorfos Vidros • Características e processamento • Têmpera Materiais Cerâmicos Cristalinos • Conformação • Secagem • Queima • Microestrutura Cerâmicas de Alto Desempenho. 2 3 * IUPAC. Compendium of Chemical Terminology, 2nd ed. (the "Gold Book"). Compiled by A. D. McNaught and A. Wilkinson. Blackwell Scientific Publications, Oxford (1997). Cabo de fibra óptica. Freios cerâmicos reforçados com fibra carbono (em vermelho). Modelo de sílica (laranja) nanoestruturada, para liberação controlada de medicamento. MATERIAIS CERÂMICOS São materiais rígidos que consistem de uma rede tridimensional infinita de grãos cristalinos sinterizados, compreendendo metais ligados a carbono, nitrogênio ou oxigênio.* Seiji Nota sinterização: juntar pó, aquecer e formar um sólido. + no slide 35 Seiji Nota resistência à deformação 4 A organização de certificação “Sociedade Americana para Testes e Materiais” [American Society for Testing and Materials (ASTM)] dá a seguinte definição para os materiais cerâmicos:* “Produto cerâmico – “um artigo tendo um corpo vitrificado ou não, de estrutura cristalina ou parcialmente cristalina ou de vidro, cujo corpo é produzido a partir de substâncias essencialmente inorgânicas, não metálicas, podendo ser formado a partir de uma massa fundida a qual solidifica ao resfriar ou formado e maturado simultaneamente ou subsequentemente pela ação do calor.” Ceramic article – an article having a glazed or unglazed body of crystalline or partly crystalline structure, or of glass, which body is produced from essentially inorganic, nonmetallic substances and either is formed from a molten mass which solidifies on cooling, or is formed and simultaneously or subsequently matured by the action of the heat * ASTM C242, 2014, “Standard Terminology of Ceramic Whitewares and Related Products”, ASTM International, West Conshohocken, PA, 2003, DOI: 10.1520/C0242, www.astm.org. Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Nota Pode ou não ter metal em sua composição; não pode ser uma substancia metalica, é uma substancia ionica. 5 CARACTERÍSTICAS TÍPICAS São constituídos de elementos metálicos e não-metálicos, unidos por ligações de caráter misto, iônico/covalente. Pode ter matéria prima de custo relativamente baixo (produtos cerâmicos tradicionais); Propriedades (p.ex. resistência mecânica) desenvolvidas após o aquecimento a altas temperaturas, devido a reações termoquímicas; Normalmente duros e frágeis; Resistência à abrasão; Ponto de fusão elevado; Geralmente, são quimicamente estáveis sob condições ambientais severas; Geralmente bons isolantes térmico e elétrico**; Estrutura cristalina complexa. ** Podem existir materiais cerâmicos semicondutores, condutores e até mesmo supercondutores; estes dois últimos, em faixas específicas de temperatura. Seiji Nota tá um pouco escondido e desconexo com os demais itens acima, portanto wasurenai!!!! 6CLASSIFICAÇÕES DOS MATERIAIS CERÂMICOS Classificação segundo o tipo de produto MATERIAIS CERÂMICOS Silicatos (essencialmente silicatos de alumínio e magnésio) Não silicatos Óxidos (Al2O3, MgO, Be2O3) Não óxidos (SiC, Si3N4, BN, B4C) Classificação segundo composição química 7 CONSTITUINTES COMUNS DOS MATERIAIS CERÂMICOS Tradicionais Avançados Argila argilominerais (silicatos de alumínio e de magnésio), com outros minerais chamados de minerais acessórios ( óxidos: ex.:TiO2, Fe2O3 ; hidróxidos: ex.: Al(OH)3 ; carbonatos: ex.: CaCO3, MgCO3 ) Sílica SiO2 (quartzo nas matérias-primas; quartzo, fases vítreas e cristobalita nos produtos). Feldspatos silicatos alcalinos como por exemplo KAlSi3O8. Óxidos: Al2O3, ZrO2 Carbetos: SiC, WC Nitretos: Si3N4, BN 8Estrutura dos Materiais Cerâmicos • Em geral, a estrutura cristalina dos materiais cerâmicos é mais complexa que a dos metais, uma vez que eles são compostos pelo menos por dois elementos, em que cada tipo de átomo ocupa posições determinadas no reticulado cristalino. Cerâmicas Cristalinas Vidros (Cerâmicas Não-Cristalinas) Exemplo : Titanato de Bário (BaTiO3) Material Piezoelétrico Estrutura tipo AmBnXp Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce 9 DEFEITOS CRISTALINOS Os defeitos cristalinos observados nos metais também acontecem nos materiais cerâmicos. A presença de átomos totalmente (ou parcialmente) ionizados, combinado com ligações fortes e direcionais, impedem as movimentações nos planos e direções cristalográficas dentro destes planos → discordâncias imóveis. Os defeitos de Frenkel e Schottky não mudam a razão de cátions e ânions. Materiais cerâmicos que apresentam defeitos de não estequiometria tem muitas aplicações industriais. Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Por isso, se sai um átomo, tem que sair a molécula inteira da substância?nullnullVer a questão 1 da lista 10 Defeitos Pontuais em Sólidos Iônicos • A neutralidade elétrica deve a ser respeitada. DEFEITO SCHOTTKY: lacuna aniônica + lacuna catiônica DEFEITO FRENKEL: cátion intersticial + lacuna catiônica 11Defeitos Puntiformes em Sólidos Iônicos NÃO-ESTEQUIOMETRIA • Exemplos de aplicação: – Resistências de fornos elétricos (condutividade elétrica de cerâmicas em alta temperatura). – Sensores de gases. – Materiais com propriedades magnéticas. Exemplo: íons de ferro (Fe) no óxido de ferro podem apresentar dois estados de oxidação, Fe2+ e Fe3+. Isso, aliado à necessidade de se manter a neutralidade elétrica do sólido iônico cristalino, leva à não- estequiometria do óxido de ferro. 12 MICROESTRUTURA DOS MATERIAIS CERÂMICOS CRISTALINOS De um modo geral, os materiais cerâmicos cristalinos são polifásicos. Os contornos dos grãos são mais complicados do que aqueles dos metais, pois podem existir fases vítreas. A microestrutura é definida por: Forma e arranjo de grãos (ou de regiões contendo fases vítreas). Tamanho e fração em volume dos poros presentes. Grãos Contornos de grão PorosMicro trincas Partículas ou grãos de uma segunda fase Seiji Realce 13 IMAGEM DE MEV MOSTRANDO UMA MICROESTRUTURA DE PORCELANA Poro Quartzo (trincado) Trinca Fase Vítrea Mulita (em forma de agulhas), em uma matriz vítrea Fases alteradas (argilominerais, feldspato) Poro 14 VIDRO - DEFINIÇÕES Operacional: Um vidro é um sólido obtido pelo resfriamento de uma fase líquida (super resfriada). Ou seja, quando um líquido solidifica sem cristalizar. Estrutural: Um vidro é um sólido não cristalino. Estrutural mais ampla: Um vidro é um sólido não cristalino exibindo o fenômeno da transição vítrea. Transição vítrea (Tg): é uma transição reversível na qual um material fundido (líquido) super resfriado produz uma estrutura vítrea no resfriamento. faixa da transição vítrea TmTg Temperatura V o lu m e cristalização ① ② ② resfriamento rápido resfriamento lento 15 Adição de Na2O (na forma de Na2CO3) como modificador de rede. Adição de TiO2 como intermediário Óxidos tais como SiO2,B2O3, GeO2 e P2O5 são capazes de formar vidros e são chamados de formadores de redes. Isto se deve a relação entre os átomos de oxigênio e o cátion do óxido que permite formar uma rede tetraédrica. Outros óxidos são adicionados à composição vítrea com funções ou de modificar a rede (modificadores) ou como substitutos do cátion do óxido principal (intermediários). Si4+ Na+ O2- Si4+ Ti4+ O2- Seiji Realce 16 Propriedades dos Vidros • Não ocorre cristalização (ordenação dos íons em uma estrutura cristalina) durante o resfriamento. • Quando o líquido é resfriado, aumenta a sua viscosidade (e diminui o seu volume) até que a viscosidade aumente tanto que o material comece a apresentar o comportamento mecânico de um sólido. • Não existe uma temperatura de fusão cristalina, mas uma temperatura de transição vítrea (Tg). • Nos vidros inorgânicos, a viscosidade η varia com a temperatura de acordo com a equação: ηo e Eη são constantes e dependem da composição do vidro. R é a constante dos gases e T é a temperatura em Kelvin. RT E e 0 17PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS VÍTREOS Os vidros a temperatura ambiente apresentam alta viscosidade (). Como ela muda com a temperatura, são definidas pontos na correlação viscosidade versus temperatura que são usados para se trabalhar esse material. • Ponto de deformação (Strain Point) – abaixo desta temperatura o vidro fica frágil: viscosidade 3x1014 P. • Ponto de recozimento (Annealing Point) – as tensões residuais podem ser eliminadas em até 15 min: viscosidade 1013 P. • Ponto de amolecimento (Softening Point) – Máxima temperatura para evitar alterações dimensionais significativas: viscosidade 4x107 P. • Ponto de trabalho (Working Point) – O vidro pode ser facilmente deformado: viscosidade 104 P. • Abaixo de uma viscosidade de 100 P – O vidro pode ser considerado um líquido. 18 FABRICAÇÃO E PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS CERÂMICOS 19 Vidros • Principal tipo de vidro : vidro de sílica – Sólido não cristalino • que apresenta apenas ordenação atômica de curto alcance. • Composição Química – Principal óxido: SiO2 ; outros óxidos: CaO, Na2O, K2O e Al2O3. • Material muito comum na vida cotidiana – Exemplos: embalagens, janelas, lentes, fibra de vidro. • Os produtos de vidro são conformados (moldados) a quente, quando o material está “fundido” , apresentando-se como um material de elevada viscosidade, que pode ser deformado plasticamente sem se romper. Seiji Realce Seiji Realce 20 Conformação de Produtos de Vidro Fibras de Vidro Vidro Plano : Laminação Vidro Plano : “Float Glass” Prensagem Prensagem + Sopro 21 PRODUÇÃO DE VIDROS PLANOS – “FLOAT GLASS” De um modo geral, a produção de vidros planos é realizada através do processo “float glass” (como óleo em água); requer baixa viscosidade. A lamina de vidro formada na superfície de estanho resfria lentamente à medida que se move ao longo do banho em uma atmosfera controlada. Uma vez endurecido, ele sai do banho e passa através de um forno de recozimento para eliminar a tensão residual. Queimadores Exaustor Vidro fundido Banho de estanho fundido Tanque com revestimento refratário Forno de recozimento 22 PROCESSO DE TÊMPERA TÉRMICA Este processo melhora significativamente a resistência do vidro, ao mesmo tempo que altera as suas características de quebra. Neste processo, o vidro é aquecido até T>Tg e menor que a sua temperatura de amolecimento. Em seguida, o material é resfriado rapidamente com um fluxo de ar de modo uniforme e controlado até a Tamb. Este processo cria um gradiente de temperatura, onde a superfície fica mais fria enquanto o seu interior está mais quente; ou seja, o processo de resfriamento ocorre com diferentes taxas na superfície e no núcleo interno. O aumento da resistência é conseguido pelo desenvolvimento intencional de tensões superficiais, residuais, de compressão. Seiji Nota Achei um vídeo legal, que mostra melhor por que o vidro fica mais resistente a impactosnullnullhttps://www.youtube.com/watch?v=120UaMMeA88nullnullMas é só posicionar a força no lugar certo que o equilíbrio de tensões vai por água a baixo... 23 Distribuição de tensões residuais na seção transversal de uma chapa de vidro temperada. A superfície exterior se resfria e contrai, enquanto o interior permanece fluido, com a temperatura mais alta do que aquela da superfície. Há uma contração no interior colocando a superfície em um estado de compressão. Uma tensão de tração é desenvolvida no interior da espessura do vidro. Região próxima à superfície COMPRESSÃO Região interna da placa TRAÇÃO Tensão (MPa) e s p e s s u ra 24 FABRICAÇÃO E PROCESSAMENTO DOS MATERIAIS CERÂMICOS 25Processos de Fabricação de Materiais Cerâmicos Particulados (Cristalinos) • Preparação da matéria-prima em pó. • Mistura do pó com um líquido (geralmente água) para formar um material conformável : uma massa plástica ou uma suspensão de alta fluidez (“barbotina”) . • Conformação das peças (existem diferentes processos). • Secagem das peças conformadas. • Queima das peças após secagem. • Acabamento (quando necessário). A plasticidade necessária para sua moldagem é conseguida antes da queima, por meio de mistura das matérias primas em pó com um líquido. PROCESSAMENTO 26 Preparação das matéria-primas e da massa Matérias-primas naturais são usadas nas cerâmicas tradicionais. Após a mineração, os materiais devem ser beneficiados: desagregados ou moídos, classificados de acordo com a granulometria e, as vezes, também purificadas. As matérias-primas sintéticas geralmente são fornecidas prontas para uso, necessitando apenas, eventualmente, de um ajuste de granulometria. Os produtos cerâmicos geralmente são fabricados a partir da composição de duas ou mais matérias-primas, além de aditivos e água (ou outro meio líquido). Os diferentes tipos de massas são preparados de acordo com a técnica a ser empregada para dar forma às peças e podem ser: Massas plásticas, para obtenção de peças por extrusão, seguida ou não de torneamento ou prensagem; Massas secas ou semi secas, na forma granulada, para obtenção de peças por prensagem; Suspensão (Barbotina) para obtenção de peças em moldes de gesso ou resinas porosas. Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce 27 Fabricação de Produtos Cerâmicos Exemplos de Métodos de Conformação • Prensagem simples : pisos e azulejos • Prensagem isostática : vela do motor do automóvel • Extrusão : tubos e capilares, blocos cerâmicos • Torneamento : xícaras e pratos • Colagem de barbotina : sanitários, pias, vasos, artesanato 28 EXTRUSÃO A massa plástica é colocada numa extrusora onde é compactada e forçada por um pistão, ou eixo helicoidal, através de um bocal com determinado formato, seguindo-se o corte do extrudado. Obtém-se desse modo peças como tijolos vazados, blocos, tubos e outros produtos de formato regular. A extrusão pode ser uma etapa intermediária do processo de formação, seguindo-se, uma prensagem como é no caso da maioria das telhas, ou o torneamento, como no caso de isoladores elétricos, xícaras e pratos, etc. 29 TORNEAMENTO Em geral, é uma etapa posterior à extrusão, realizada em tornos mecânicos ou manuais, onde a peça adquire seuformato final. 30 PRENSAGEM Utiliza-se para massas granuladas ou para pós, sempre com baixo de teor de umidade. Tipos de prensa utilizados: Uniaxial: são carregadas com um volume pré-ajustado de mate´ria-prima, na qual é aplicada uma pressão por meio de pistões; Isostática: promove uma prensagem uniforme em toda a superfície, exigida em alguns produtos de alta qualidade com densidade uniforme. Moldes flexíveis são enchidos com a matéria-prima que, em seguida, é submetida a uma pressão isostática elevada, moldando o objeto. Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce 31 PRENSA ISOSTÁTICA PRENSA UNIAXIAL Pó para prensagem Fluido pressurizado Molde flexível Enchimento da matriz Compactação Ejeção Matriz Pó Pistão superior Material “verde” 1 2 3 Pistão inferior 1 2 3 Seiji Realce Seiji Realce 32 COLAGEM Uma suspensão (barbotina) é vazada num molde de gesso, onde permanece até que a água seja absorvida pelo gesso; enquanto isso, as partículas sólidas vão se acomodando na superfície do molde, formando a parede da peça. O produto apresentará uma configuração externa que reproduz a forma interna do molde de gesso. 33 • Na secagem ocorre perda de massa e retração pela remoção gradativa de umidade. • A peça seca pode passar por uma etapa de acabamento: – acabamento superficial e montagem das peças (por exemplo, asas das xícaras). – aplicação de esmaltes ou vidrados. Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce 34 Fabricação de materiais cerâmicos particulados Secagem Na secagem ocorre a eliminação da maior parte da água adicionada para produção da massa / suspensão necessária para a conformação, com a consequente contração do corpo conformado. Após a etapa de conformação, as peças em geral continuam a conter água, proveniente da massa. Para evitar tensões e, consequentemente, defeitos nas peças, é necessário eliminar essa água, de forma lenta e gradual, em secadores intermitentes ou contínuos, a temperaturas variáveis, comumente entre 50ºC e 150ºC. Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce 35 Fabricação de materiais cerâmicos particulados Queima das peças após secagem Na queima ocorrem os seguintes fenômenos: • Eliminação do material orgânico (dispersantes, ligantes, material orgânico nas argilas) • decomposição e formação de novas fases de acordo com o diagrama de fases (por exemplo, formação de mulita, cristobalita, alumina e fases vítreas a partir das argilas) • Sinterização (densificação e eliminação da porosidade) As peças são queimadas geralmente entre 900oC e 1400oC. Esta temperatura depende da composição da peça e das propriedades desejadas. Durante a queima ocorre um aumento da densidade e da resistência mecânica devido à combinação de diversos fatores, mencionados abaixo. Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce 36 SINTERIZAÇÃO NO ESTADO SÓLIDO: ESTÁGIOS E MICROESTRUTURA (a) Partículas soltas de pó; (b) Estágio inicial (compactação); (c) Estágio intermediário (crescimento do pescoço); (d) Estágio final (crescimento do pescoço, acompanhado pela densificação). Formação do “pescoço” Produto Cerâmico Sinterizado 37 SETORES INDUSTRIAIS – CERÂMICA VERMELHA Compreende aqueles materiais com coloração avermelhada empregados na construção civil (tijolos, blocos, telhas, elementos vazados, lajes, tubos cerâmicos e argilas expandidas) e também utensílios de uso doméstico e de adorno. Pequeno valor agregado unitário (por peça). 38 SETORES INDUSTRIAIS – CERÂMICA BRANCA Compreende produtos constituídos por um corpo branco e, em geral, recobertos por uma camada vítrea transparente e incolor, tais como: louça sanitária e de mesa, isoladores elétricos para alta e baixa tensão, cerâmica artística, cerâmica técnica com fins diversos. Com o advento dos vidrados opacificados, muitos dos produtos passaram a ser fabricados com matérias- primas com certo grau de impurezas, responsáveis pela coloração do corpo da peça. 39 SETORES INDUSTRIAIS – REVESTIMENTOS CERÂMICOS O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de revestimentos cerâmicos. 40 SETORES INDUSTRIAIS – REFRATÁRIOS Compreende vários produtos que têm como finalidade suportar temperaturas elevadas nas condições específicas de processo e de operação dos equipamentos industriais, que em geral envolvem esforços mecânicos, ataques químicos, variações bruscas de temperatura e outras solicitações. Quanto à composição, existem muitos produtos refratários, de acordo com as condições de operação que devem suportar : de sílica, sílico-aluminosos, aluminosos, magnesiano-cromíticos e cromítico-magnesianos, de carbeto de silício, de grafita, de zircônia, ... Seiji Realce 41 SETORES INDUSTRIAIS – ISOLANTES TÉRMICOS Os produtos isolantes podem ser classificados em: Refratários isolantes que se enquadram no segmento de refratários; Isolantes térmicos não refratários, tais como vermiculita expandida, sílica diatomácea, diatomito, silicato de cálcio, lã de vidro e lã de rocha, podendo ser utilizados até 1100º C em alguns casos; Fibras ou lãs cerâmicas apresentam composições tais como sílica, sílica- alumina, alumina e zircônia, podendo chegar a temperaturas de utilização de 2000º C ou mais. Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce Seiji Realce 42 SETORES INDUSTRIAIS – VIDRO 43 SETORES INDUSTRIAIS – VIDRO Lâmpadas 44 SETORES INDUSTRIAIS – ABRASIVOS Entre os produtos mais conhecidos estão o óxido de alumínio eletrofundido e o carbeto de silício Seiji Nota abrasivo é algo que causa desgaste por raspagem 45 SETORES INDUSTRIAIS – CIMENTO E CAL São importantes segmentos industriais e que, por suas particularidades, são muitas vezes considerados à parte da Indústria Cerâmica. 46 SETORES INDUSTRIAIS – CERÂMICAS DE ALTA TECNOLOGIA • Os processos de fabricação desses materiais podem diferir muito daqueles das cerâmicas tradicionais. • As matérias-primas são muito mais caras, porque tem qualidade muito melhor controlada (controle do nível de impurezas é crítico). • As aplicações são baseadas em propriedades mais específicas: – elétricas • sensores de temperatura (NTC, PTC) • ferroelétricos (capacitores, piezoelétricos) • varistores (resistores não lineares) • dielétricos (isolantes) – térmicas – químicas • sensores de gases e vapores – magnéticas – ópticas – biológicas Seiji Nota n grifei pq ta dificil, mas estudar essas aplicações 47 Materiais Piezoelétricos Estrutura Cristalina do titanato de bário (BaTiO3) Exemplo de Aplicação: Microfone Princípio de Funcionamento 48 Materiais Piezoelétricos 49 – principais materiais: ZrO2(O2) , ZnO, SnO2, Fe2O3 (H2O) – alarme de vazamento de gases venenosos e hidrocarbonetos – sensor de oxigênio em veículos automotores – sensor de oxigênio na fabricação do aço Sensores de Gases 50 REFERÊNCIAS • Ashby, MF, Jones, DRH, Engineering Materials 2. An Introduction to microstructures, processing and design. Pergamon Press, Oxford (1986). • William D. Callister, Jr., Materials Science and Engineering – An Introduction, John Wiley, NY, 8ª ed (2010), Cap. 12 e 13. • Padilha, A.F. – Materiais de Engenharia. Hemus. São Paulo. (1997). • *IUPAC. Compendium of Chemical Terminology, 2nd ed. (the "Gold Book"). 51 APÊNDICE 52 53 SiO2 OSi O ou :Ӧ::S::Ӧ:Não existe SiO O O O - + -- - -4 Amorfo CristalinoSi O OO O O O O OO OO OO OO O O O O Si Si Si Si Si Si Si Si Si Si Notação de Lewis mostrando a origem do caráter iônico nas ligações atômicas.
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