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resumo FLUIDOTERAPIA

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FLUIDOTERAPIA
-Porcentagem de agua no corpo dos animais varia de acordo com espécie, tamanho, idade… Por exemplo, neonatos apresentam maior concentração de agua enquanto idosos e obesos apresentam menor quantidade de agua.
-De 30% a 40% do peso corporal é o LIC e de 20% a 30% é o LEC
EQUILÍBRIO HÍDRICO:
-Obtenção de agua: ingestão e produto final do metabolismo
Centro da sede é localizado no hipotálamo. Em casos de neoplasias ou alterações no hipotálamo podem alterar a sede.
-Excreção: urina, fezes, pele, gases expirados e lactação
DESEQUILÍBRIO HÍDRICO:
-A menor ingestão de agua pode ser causada por difícil acesso a agua, alterações neurológicas (quando o animal não esta alerta) e sistêmicas (dor, problema de locomoção)
-Aumento na perda de fluidos: poliúria, vômito, diarreia, febre, queimaduras extensas, efusões
GRAUS DE DESIDRATAÇÃO:
Discreta: 5% mínima perda de turgor da pele, olhos na posição adequada, mucosas discretamente ressecadas.
Moderada: 8% perda moderada de turgor da pele, mucosas secas ou sem briho, enoftalmia, pulso rápido e fraco.
Grave: 10% perda de turgor da pele, taquicardia, enoftalmia acentuada, mucosas secas, hipotensão, alteração no nível de consciência, pulso fraco.
ALTERAÇÕES DA DESIDRATAÇÃO:
-Aumento do HT em mais de 50% (exceto se tiver com anemia concomitante), aumento de PT (>8g/dL) (exceto se tiver com hipoproteinemia), aumenta a densidade urinária (>1,035) (exceto doença renal, hipo/hiperadrenocorticismo, diuréticos, corticoides, fluidoterapia), azotemia pré-renal (porque diminui a volemia), aumento do CO2 sanguineo (porque diminui a volemia e com isso diminui a oxigenação levando ao acumulo de CO2 = acidose metabólica)
-Febre aumenta a taxa de filtração glomerular
-Voluven é um fármaco composto por um carboidrato semelhante a proteína, usado para corrigir hipoproteinemia
INDICAÇÕES DA FLUIDOTERAPIA:
-Correção de desidratação por hipovolemia, como em casos de hemorragias e por perdas gastrintestinais, poliúria
-Preservação da função renal em pacientes anestesiados
-Correção eletrolítica e ácido-básica
-Suporte nutricional fluidoterapia é hidratar, não nutrir.
TIPOS DE FLUIDOS: 2 principais
Cristalóides: Solutos eletrolíticos e não eletrolíticos capazes de penetrar todos compartimentos (todos tecidos). São de uso geral
-Solução de NaCl a 0,9%:
Não é isotônica para animais (só para humanos)
Tem maior concentração de sódio e cloreto que o sangue dos animais
Cloreto pode levar a acidose hiperclorêmica iatrogênica
-Solução ringer lactato:
Menor concentração de sódio (hipotônica), mas tem potássio.
Tem a tonicidade mais parecida com a dos animais
Tem lactato que é convertido a piruvato no fígado = energia
-Solução de glicose a 5%: 
Glicofisiológica -> não indicada para hipoglicemia (5% é pouco)
Não contém Na
Fonte de agua e promoção de diurese
Usada quando não se quer Na, como em casos de hipertensos, intoxicação por ingestão de agua do mar…
-Solução de glicose a 50%:
Fonte de calorias
Para pacientes hipoglicêmicos -> solução hipertônica
-Solução de ringer acetato:
Efeito alcalinizante maior que ringer lactato
Bom para pacientes hepatopatas
-Solução de NaCl a 0,45%:
Formulado com 50% de NaCl a 0,9% e 50% de glicose a 5%
Coloides: substancias de alto peso molecular que se mantém exclusivamente no plasma. Indicados principalmente para animais hipovolêmicos. Utilizados em emergências, animais traumatizados com hemorragia e hipoproteinemia, que leva a efusão = perda de liquido intravascular.
-Exemplos desses fluidos são o plasma, dextranos, HES (polímero de glicose sintético)(voluven).
-O mais utilizado é o Voluven.
-O volume usado de coloide é menor que o de cristaloide
-Podem levar a lesão de endotélio pelo maior peso molecular e levar a uma coagulopatias
-Contra indicado em casos de falência renal ou coagulopatias
QUANTIDADE DE FLUIDO EM 24H:
-Correção da desidratação: peso do animal (Kg) x nível de desidratação x 10
-Manutenção: é o que o animal precisaria beber de agua por dia
40 mL/kg (cães de grande porte)
50 mL/kg (cães de médio porte)
60 mL/kg (cães de pequeno porte e gatos)
60 a 130 mL/kg (filhotes e neonatos)
-Perdas:
40 mL/kg (emese)
50 mL/kg (diarreia)
60 mL/kg (ambos)
A quantidade de fluido diário que um animal precisa é a correção da desidratação + manutenção + perdas
MONITORAMENTO:
-Animais menores precisam de maior controle de quantidade de fluido -> ideal ter bomba de infusão
-Peso inicial e peso final
-Hidratação
-Produção de urina: animal precisa estar urinando, se não pode causar edema.
-Super hidratação: mucosa conjuntival fica edemaciada, auscultação com crepitação pelo edema pulmonar
-Cateter e equipo
DIFICULDADES DE REIDRATAÇÃO:
-Pode estar urinando mais que o normal, como em casos de diabetes e problema renal
-Doença renal poliúrica
-Hipernatremia: fluido fica no vaso, não vai para espaço intracelular/intersticial e é excretado pelos rins
-Manejo errado: erro matemático, problemas mecânicos, erro na avaliação do paciente.
TÉRMINO DA FLUIDOTERAPIA:
-Quando a desidratação foi corrigida
-Estiver tendo satisfatória ingestão de agua
-Fazer redução do volume gradativo (em 24 a 48h) Reduz pela metade e observar ingestão de agua por VO
-IV -> SC gatos demoram mais pra absorver soro subcutâneo -> animais com vasoconstrição também
COMPOSIÇÃO DE SÓDIO E POTÁSSIO NOS COMPARTIMENTOS CORPORAIS: No meio intracelular tem maior concentração de potássio enquanto no meio extracelular tem maior concentração de sódio.
-Meio intracelular: Na+ 10 mEq/l e K+ 140 mEq/l
-Meio extracelular: Na+ 145 mEq/l e K+ 4,5 mEq/l
-Se tiver aumento de Na+ intracelular a célula ficará tumefeita podendo romper
-Os fluidos isotônicos tem aproximadamente a concentração extracelular fisiológica dos animais (Na+ 145 e K+ 4,5)
-Se usar solução hipertônica (maior concentração de sódio), aumenta a volemia, mas leva a desidratação, pois puxa o liquido dos tecidos para os vasos. Usar em pacientes com hipovolemia apenas.
INDICAÇÕES DE FLUIDOS DE ACORDO EM CONDIÇÕES ESPECÍFICAS:
Vômito/diarreia:
-Perde líquidos eletrólitos 
-Na diarreia perde mais Na+ porque no intestino tem a presença de bicarbonato de sódio que tem como função neutralizar o HCl proveniente do estomago. Perde-se K+ na diarreia também
-No vômito tem maiores perdas de Cl+ e H+
-Se tiver inflamação da mucosa intestinal, diminui a absorção = fluido via oral pouco eficiente.
-Se ficar mais de 3 dias sem se alimentar pode ocorrer a atrofia das vilosidades e diminuir a liberação de IgA.
-Recomendado usar fluido isotônico (melhor ringer)
-Lembrando que a perda pode ser isotônica (perde ions na mesma proporção) ou hipertônica (perde mais um tipo de ion)
Doença renal:
-Pode estar com poliúria ou anúria.
-Se não estiver eliminando a urina, quando fizer o fluido vai levar a uma hiperidratação podendo causar ascite.
-Pode estar com uremia. Toxinas urêmicas (gastrina (causa gastrite), ureia, leptina (saciedade), interleucinas...) -> ficam retidas quando tem problema renal.
-Usar solução isotônica
Disnatremias (hipo e hiper): anormalidades de Na+ ocorrem por anormalidades de água ou adição de sódio. Risco de morte.
Hipernatremia: Na+ > 160 mEq/l.
Causas:
Administração de bicarbonato de sódio
Administração de solução hipertônica
Hipodipsia (menor ingestão de agua)
Diabete insípido (perda de H2O)
Poliúria por DRC (perde mais K+) ou pós-obstrutiva (compensatória), administração de diuréticos, queimaduras graves.
Consequências: 
Estado mental alterado 
Vomito/diarreia
Tratamento:
1° passo: iniciar tratamento da causa base
2° passo: determinar o estado volêmico do paciente. Se estiver em choque hipovolêmico, primeiro corrigir volemia com solução isotônica. Quanto mais hipotônica a solução, mais lenta deve ser a administração (risco de edema cerebral).
Quando for solução hipotônica fazer em 24h pra ser lento. Diminuindo <0,5 mEq/kg/h de Na+.
Quando for hipernatremia crônica a correção pode ser em váriosdias
Hiponatremia: Na+ < 135 mEq/l.
ICC
Polidipsia
Diabete melito -> bebe mais agua pelo aumento da glicemia
Vomito ou diarreia
Poliúria por DRC ou administração de diuréticos com perda de líquidos e de Na+
Tratamento:
Aguda com sinais neurológicos: correção rápida com solução salina hipertônica a 3% até melhora dos sinais clínicos
Crônica: correção lenta (24 a 72 horas)
Nunca usar só a solução hipertônica, pois leva a desidratação intersticial e intracelular. Associar com isotônico ou pegar uma solução isotônica e por ampolas de cloreto de sódio para formar uma solução hipertônica
Fórmula para saber os efeitos da fluidoterapia na concentração sérica de Na+:
Alteração de sódio após infusão de 1L da solução = 
Obs: correção de até 0,5 mEq/kg/h de Na+
Conteúdo de Na+ nos líquidos parenterais:
	Tipo de solução
	Na+ (mEq/l)
	NaCl 5% (hipertônica)
	855
	NaCl 3% (hipertônica)
	550
	NaCl 0,9% (salina normal)
	154
	Ringer com lactato de sódio
	130
	NaCl 0,45% (hipotônica)
	77
	Glicose 5%
	0
Hipocalemia:
-É a diminuição do K+ sérico
-Pode ser causado por um baixo aporte (baixa ingestão ou fluidos pobres em K+)
-Maior transferência do meio extracelular para o intracelular (uso de B-adrenérgicos, insulina (só entra na célula ligada a 2 k+), soluções ricas em glicose e aminoácidos, alcalose por troca com H+)
-Perda GI (vomito ou diarreia)
-Perda renal (DRC em gatos, hiperaldosteronismo primário ou associado a acidose metabólica, diuréticos de alça)
-Efeitos: fasciculação e paralisia muscular, arritmia cardíaca. Pode levar a morte por arritmia
-Tratamento:
Evitar solução com glicose
Usar solução com cloreto de potássio (KCl a 30 a 40 mEq/l) a taxa < 0,5 mEq/kg/h por via IV. Na ampola de 1ml de KCl tem 2,56 mEq de K+.
Por via SC a solução deve ter < 35 mEq/l de K+
Por via oral pode ser cloreto, fostato, gliconato, citrato, bicarbonato e acetato de potássio
2 a 5 mEq de K+ BID para gatos
1 a 44 mEq de K+ BID ou TID para cães
Excesso também leva a arritmia = ser lento
Existe capsulas de citrato de K+ (vetnil) para animais que tenham perca crônica
Dose de KCl de acordo com a intensidade da hipocalemia:
	Hipocalemia
	Dose de KCl em 24h
	Discreta (3 a 3,5 mEq/l)
	2 a 3 mEq/kg
	Moderada (2,5 a 3 mEq/l)
	3 a 5 mEq/kg
	Intensa (<2,5 mEq/l)
	5 a 10 mEq/kg
Quanto por de KCl no fluido e velocidade de infusão, de acordo com a intensidade da hipocalemia:
	mEq de K+ para 1L de fluido
	Taxa de infusão máxima (ml/kg/h)
	80
	6
	60
	8
	40
	12
	28
	18
	20
	25
Hipercalemia:
-Diminuição da excreção renal (DRC oligúrica ou anúrica, obstrução de fluxo urinário, hipoadrenocorticismo)
-Aumento do aporte (o aumento é temporário)
-Maior transferência de K+ para o meio extracelular (acidose metabólica, redução da atividade insulínica, hiperosmolaridade celular, drogas como B-bloqueadores, digoxina, ciclosporina)
-A aldosterona controla a pressão pela retenção de sódio, quando tem diminuição da aldosterona elimina mais sódio e com isso retém mais K+.
-Causa hiperexcitabilidade, arritmia importante pela aceleração da repolarização ventricular, bloqueio Av. Morre pelo bloqueio AV.
-Tratamento:
Quando potássio tiver entre 5,5 e 6,5 mEq/l tratar apenas causa base e monitorar
Quando tiver maior que 7,5 mEq/l intervenção rápida
Paciente com arritmia: uso de gluconato de cálcio a 200 a 1000 mg/animal ou bicarbonato de sódio a 1 a 2 mEq/l IV ou insulina a 0,5 a 1 UI/kg + glicose a 2 UI/kg adicionado na fluido
Fluidoterapia associada a diuréticos de alça e tiazídicos. 
Bicarnonato de sódio aumento o pH do sangue com isso puxa o H+ para o vaso e o K+ é puxado intracelular é paliativo. 
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO:
-Intravenosa: 
Indicação: paciente muito doente, desidratação severa (vasoconstrição periférica), perda aguda de fluidos e quando precisa medicar.
Vantagens: doses precisas, rápida expansão de volume, nutrição parenteral total
Acesso: veia cefálica, jugular, safena e femural
Cuidados: trombose (trombo – fixo), flebite (comum quando canulado por mais de 3 dias), infecções, embolia (embolo – solto), superidratação.
-Subcutânea:
Vantagens: prática, barata, não precisa de internação.
Contraindicações: não usar em desidratação severa, hipotermia, vasoconstrição periférica (como em casos de ICC), perdas agudas e severas de fluidos. OBS: em casos de ICC fazer IV e mais lento (dobro do tempo)
Cuidados: não usar soluções com K+ (causa dor), hipertônicas ou sem eletrólitos, não fazer toda aplicação no mesmo local (20ml/kg por ponto), evitar aplicar em região de articulação, cabeça, ventre e cauda (ideal dorso e lateral)
-Oral:
É a mais fisiológica
Indicação: ideal para soluções hipertônicas com alto teor calórico e quando o volume não for tão alto
Contraindicação: não usar quando há vômitos ou perda líquida aguda e severa e avaliar temperamento do paciente.
-Intraóssea: 
Indicação: animais pequenos ou muito jovens, com trombose ou vasos colapsados por desidratação severa.
Acesso: tuberosidade da tíbia (+ usado), fossa troncantérica do fêmur, asa do íleo.
Cuidados: osteomielite e dor -> fazer tricotomia, boa assepsia (Iodo) e anestesia local na pele.
OBS: Em casos de choque hipovolêmico, é indicado usar os coloides (se disponível), na dose de 20ml/kg em gatos.
-Um animal em choque estará com cianose, FR e FC aumentadas, hipovolemia, perda da consciência, hipotensão causado muitas vezes por hemorragias
-É necessário fazer a fluido em 1 a 3h para repor o volume perdido (IV) e depois fazer a manutenção durante o dia 
CURSO:
-Em caso de choque usar solução de NaCl 7% na dose de 4ml/kg dividido em 3 partes.

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