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CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DO CONSUMIDOR DE POLPA DE FRUTAS DE BELÉM, NO PERÍODO DE AGOSTO DE 2007 A JULHO DE 2008.

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CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DO CONSUMIDOR DE POLPA DE FRUTAS DE BELÉM, NO PERÍODO DE AGOSTO DE 2007 A JULHO DE 2008.
GARCIA, Wilnalia Souza; SANTANA, Antônio Cordeiro; CHAVES, Siglea Sanna de Freitas 3; Mayara da Silva Pinheiro 4; FREITAS Denise Ribeiro de 5. [2: 1 Bolsista do PIBIC/CNPq. Acadêmica do 9º semestre do curso de agronomia - UFRA][3: 2 Prof. D.Sc. Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA3 Acadêmica do 3º semestre do curso de tecnologia agroindustrial - UEPA4 Acadêmica do 2º semestre do curso de Tecnologia Agroindustrial de Alimentos - UEPA5 Bolsista do PIBIC/CNPq. Acadêmica do 8º semestre do curso de agronomia - UFRA VI Seminário de Iniciação Científica da UFRA e XII Seminário de Iniciação Científica da EMBRAPA Amazônia Oriental/ 2008.]
RESUMO: O objetivo da pesquisa foi analisar o comportamento do consumidor de polpa de frutas no mercado de Belém. Foram considerados os atributos de compra, renda, escolaridade, local de compra, produtos complementares e substitutos. A amostra foi de 600 entrevistados em diversos supermercados de Belém. Os resultados mostraram que o sabor 53,9 % foi o atributo que mais atraiu os consumidores no ato da compra. Supermercado foi o principal local de compra para 68% dos consumidores. Na equação de demanda preço mostrou-se inversamente proporcional a quantidade demandada. E o produto complementar e substituto foi, respectivamente, açúcar 36,16% e refrigerante 29%.
PALAVRAS CHAVE: mercado, frutas, consumidor, Belém.
CHARACTERIZATION OF THE PROFILE OF THE CONSUMER OF FRUITS PULP OF BELÉM, IN THE PERIOD OF AUGUST OF 2007 TO JULY OF 2008.
ABSTRACT: The objective of the research was to analyze the behavior consumer's of fruits pulp in the market of Belém. The purchase attributes, income, education, purchase place, complemental products and substitutes were considered. The sample belonged to 600 interviewees in several supermarkets of Belém. The results showed that the flavor 53,9% was the attribute that more it attracted the consumers in the action of the purchase. Supermarket was the main purchase place for 68% of the consumers. In the equation of demand price it was shown inversely proportional the demanded amount. And the complemental product and substitute was, respectively, sugar 36,16% and soft drink 29%. 
 
KEY WORS: market, fruits, consumer, Belém of Pará. 
INTRODUÇÃO
A pesquisa teve como objetivo caracterizar o perfil do consumidor de polpa de frutas do mercado varejista de Belém, capital do Estado do Pará, uma vez que apresenta maior concentração e adequado nível de desenvolvimento e infra-estrutura, o que atrai consumidores com maior nível de renda, escolaridade, portanto mais informados e exigentes. 
O Brasil é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, perdendo apenas para China e Índia, esses países apresentam grande tradição no setor. A produção nacional de frutas é de 41,1 milhões de toneladas, de acordo com dados do Ibraf - Instituto Brasileiro de Frutas. Banana, melão, manga, limão, coco, uva, laranja, abacaxi, castanha de caju e a castanha-do-pará, destacam-se como as mais aceitas para a exportação. Dos produtos agropecuários com melhor desempenho, nos últimos quatro anos, as frutas ficaram em quinto lugar no ranking dos exportadores, com 91% de crescimento nas vendas, atrás do álcool/açúcar, carnes, café e grãos (BEZZERRA, 2007).
No Estado do Pará as agroindústrias de polpa de frutas são as maiores produtoras da região Norte. Em 2004, foram exportados cerca de 3 mil toneladas de polpa, gerando divisas da ordem de US$ 5,04 milhões, sendo que deste total 17% foi absorvido no mercado local (SANTANA, 2005; SILVA, 2006).
Este crescimento tem sido motivado, não somente pelo avanço da urbanização nas últimas décadas, mais principalmente pela mudança nos hábitos dos consumidores que estão cada vez mais preocupados e exigentes, valorizando produtos naturais, com origem definida, qualidade, e levam em conta questões sociais como o uso de mão-de-obra infantil e impactos sobre o meio ambiente (SILVA, 2004). 
Neste cenário, as mudanças observadas no comportamento do consumidor, motivadas pela elevação da renda, maior concentração urbana e informação, dentre outras são: consumo fora do domicílio, segurança alimentar, cultura e regionalismo, estrutura etária e responsabilidade ambiental, o que faz as frutas da Amazônia despontarem como promissoras diante de uma explosão de consumo não só local, mas nas demais regiões do Brasil, e no mercado internacional, principalmente em forma de polpa, para países da Europa, Estados Unidos e Japão (SANTANA, 2005; NEVES et al, 2003)
Neste sentido, a pesquisa espera trazer um pouco de luz neste mercado, que tem sido pouco explorado, sobretudo focando a percepção do consumidor como informação-chave para melhorar o desempenho e a estrutura da cadeia de suprimento de polpa de frutas. 
METODOLOGIA
A área em estudo foi o mercado varejista de Belém. A pesquisa foi realizada nos supermercados com os consumidores domiciliares, pertencentes aos mais variados níveis de renda, escolaridade, origem, gostos e preferências.
Os dados básicos utilizados na pesquisa foram de origem primária, obtidos por meio de entrevista direta com consumidores domiciliares. Foram aplicados 600 questionários, sendo 590 questionários validos, cobrindo uma amostra representativa e significativa estatisticamente, para os objetivos da pesquisa (SHETH et al. 2001; BLACKWELL et al, 2005). A fórmula geral a ser utilizada para o cálculo da amostra aleatória foi a proposta por Cochran (1985), apresentada a seguir:
		 
Em que:
n = É o tamanho da amostra;
N = É o tamanho da população;
P = É a porcentagem com que o fenômeno ocorre, considerando-se, modo geral, igual a 0,5; quando a proporção não é conhecida
Q = É a porcentagem complementar, ou seja, Q = 1 - P, igual a 0,5;
Z = É o nível de confiança, que para a pesquisa será adotado 95%, igual a 1,96.
e = É o erro aceitável máximo, no caso 5%.
Os consumidores foram entrevistados ao acaso no ato da compra nos referidos pontos de venda ou lojas de supermercados espalhados nos bairros de Belém.
O modelo econométrico utilizado para a equação de demanda foi especificado da seguinte forma (SANTANA, 2003).
		 
Em que: 
= quantidade demandada pelo consumidor de polpa de frutas, em kg, pelo 𝑖-ésimo consumidor;
 = preço da polpa de frutas, no período 𝑖, em R$/Kg; 
 = renda média real per capita do consumidor 𝑖, em R$/mês;
= gosto e preferência do consumidor 𝑖, por polpa de frutas; 
 = preço, em reais, dos produtos relacionados ao consumo de polpa de frutas, pelo consumidor i;
= termo de erro aleatório que reúne todas as influências desconhecidas 
RESULTADOS E DISCUSSÕES
1. Composição das famílias e nível de escolaridade
A partir dos resultados obtidos foi possível observar que dos consumidores entrevistados 51,28% possuem a família composta de 1 a 3 pessoas. Com relação ao nível de escolaridade 45,59% possuem o ensino médio e 38,81% ensino superior e 8,14% fizeram pós-graduação. Fazendo-se o cruzamento dos dados de escolaridade e tamanho das famílias observou-se que se trata de um público mais informado e que tem famílias pequenas e médias, isso facilita nas campanhas e estratégias de marketing para atrair o consumidor alvo, atribuindo ao produto características peculiares que aumentem o desejo de quem ira consumir.
2. Freqüência e local de compra 
	Dos entrevistados 41%, declararam comprar polpas de frutas uma vez ao mês, seguidos dos 31% que compram uma vez na semana. Estes consumidores têm preferência por comprar em supermercados (68%) e, mesmo os que compram em outros lugares como feiras, ponto de venda específico e com fornecedores, também não deixam de consumir as polpas dos supermercados, provavelmente pela disponibilidade e conveniência de horário, pois muitos supermercados funcionam 24 horas por dia. Outro ponto é o fator segurança que estes ambientes proporcionam, conforto e facilidade da utilização de cartões de créditos e multiplicidadede produtos.
 
3. Faixa etária, tendência de consumo e renda dos consumidores 
Dos consumidores 32,71% responderam que tem idade na faixa de 28 a 37 anos e 30,85% na faixa de 38 a 47. Quando cruzou as informações de faixa etária e tendência de consumo verificou-se que 34,15% e 31,14%, respectivamente, pretendem consumir polpa de fruta até o final de suas vidas, isso mostra que as polpas tendem ser um produto de consumo crescente, já que a expectativa média de vida do brasileiro vem crescendo nos últimos anos atingindo a marca de 71,9 anos. É o que mostra a pesquisa Tábua de Vida 2005 do IBGE.
O consumo de polpa cresce quando a renda aumenta até a faixa de 5 a 7 salários, indicando que é o bem normal. Porém, para os consumidores da faixa acima de 7 salários, este produto foi considerado como bem inferior.
4. Atração do consumidor pelas polpas de frutas
Dentre os atributos que mais incentivam o consumo de polpa, segundo os entrevistados, destacam-se sabor e teor de vitamina. Os consumidores com nível médio e superior são os que mais enfatizaram a importância destes atributos, juntamente com cor, propriedade anticancerígena e praticidade. Estes resultados mostram que uma expressiva parcela de consumidores de polpa são informados e possuem renda que varia entre R$ 2.900,00 e R$ 3.300,00. 
O atributo praticidade revela a preocupação com a oportunidade de tempo, para estes consumidores a simples idéia de obter a fruta e dela extrair o suco é fator de desestímulo ao consumo, pois implica em uma demanda de tempo que é escasso. De igual modo, o atributo teor de vitamina, pois não é suficiente ingerir algum produto para satisfazer uma necessidade mais básica é importante a funcionalidade deste alimento, ou seja, que adicione benefícios à saúde, elevando a resistência do organismo e combatendo doenças de forma preventiva. Desta forma é importante que as empresas explorem na forma de marketing esta informação de maneira clara e objetiva, para com isso atrair consumidores que buscam estes benefícios nos produtos que consomem. 
Tabela 1. Atributos que atraem os consumidores no ato da compra relacionado com nível de escolaridade e renda média.
	Atributo
	%
	Alfa
	Ens. Até 4º
	Ens. Até 8º
	Ens. Médio
	Ens. Superior
	Pós Graduação
	Renda Média
	Sabor
	99,83
	0,34
	1,36
	5,77
	45,67
	38,71
	8,15
	3126,49
	Cor
	9,83
	0,00
	5,17
	3,45
	48,28
	39,66
	3,45
	2933,07
	Teor Vitamina
	28,14
	0,00
	1,20
	4,22
	42,17
	45,78
	6,63
	3152,54
	P. Anticancerígena
	3,90
	0,00
	4,35
	4,35
	43,48
	47,83
	0,00
	3295
	P.Orgânico
	1,36
	0,00
	0,00
	0,00
	25,00
	50,00
	25,00
	3269
	Praticidade
	17,97
	0,00
	0,94
	5,66
	43,40
	38,68
	11,32
	3252,75
Dos consumidores entrevistados, 68,31% afirmaram que gostaria de algo inovador para as embalagens de polpas, desse total mais de 10% dos entrevistados gostaria de uma embalagem mais informativa, mostrando os valores nutricionais, composição química, data de validade e origem do produto, abarcando tudo que for possível no rótulo. Outros 8,64% gostariam de uma embalagem com dispositivos de abertura, semelhantes aos pacotes de biscoito, para facilitar no ato do preparo e há os que preferem embalagens mais resistentes, para evitar fatores de contaminação.
5. Atributos de qualidade no ato da compra de polpa de frutas
	A Tabela 2 apresenta os aspectos observados, em relação à higiene e preço os consumidores afirmam que é um critério decisivo de compra. Marca e origem e do produto foram considerados relevante. Códigos de barras e selo de inspeção foram considerados irrelevantes ou nulos. 
Foi observado neste resultado que há uma contradição, pois 35,52% dos entrevistados consideram a higiene decisiva para o consumo, no entanto, essa higiene não esta atrelada ao selo de inspeção e código de barras que somados apresentam 64,55% de irrelevância. Isso mostra que os parâmetros de higiene para os consumidores são os aspectos visuais do produto, a limpeza das gôndolas, a integridade das embalagens e do local que polpa esta armazenada. Revelando que o consumidor não se importa com o selo de inspeção que passa por vários processos de controle de qualidade ou não sabe o que significa e quanto representa para os produtos alimentícios.
Tabela 2. Aspectos de maior importância para os consumidores de polpa, quanto à decisão de compra no mercado de Belém.
	
	Nível Percentual de Importância na escola da polpa
	Fatores
	Decisivo
	Relevante
	Muito Relevante
	Nulo
	Higiene
	35,52
	1,87
	10,14
	0,19
	Preço
	20,31
	17,13
	16,81
	1,73
	Origem
	11,46
	22,98
	21,74
	9,44
	Marca
	6,64
	24,08
	17,97
	23,68
	Código Barras
	3,82
	19,94
	19,13
	40,66
	Selo de Inspeção
	22,25
	14,41
	14,20
	23,89
 
6. Regionalismo e consumo solidário (fair trade)
	Dos entrevistados 74,4% dos entrevistados responderam que tem preferências pelas polpas de frutas regionais. Foram questionados se eles procuram saber a origem das polpas é 69,15% dos entrevistados afirmaram que sim, dentre as fontes de informações podemos destacar que a embalagem como a maior disseminadora dessa informação. Isto é um ponto chave para o produtor que deve está atento com a parte externa do produto, pois é importante tanto para apresentação como fonte de informações, principalmente para os nichos de mercado mais exigente.
O comércio justo e solidário vem ganhando cada vez mais adeptos na sociedade, principalmente, quando o consumidor toma conhecimento da promoção de condições dignas de trabalho e remuneração às atividades de produção, agregação de valor e comercialização, incluindo a prática do preço justo para quem produz e consome produtos do comercio solidario. Na concepção dos consumidores de polpas de frutas do mercado de Belém, nota-se que 69,8% estariam dispostos a consumir o produto de uma comunidade carente para ajudá-los, mas desde que esta produção atenda as exigências dos consumidores, principalmente com relação à higiene do produto. 
7. Análise de demanda de polpa de frutas
Por meio das informações obtidas junto aos consumidores foi possível estimar a equação de demanda de polpa pelo método de Mínimos Quadrados Ordinários (MQO), conforme a seguir:
 (0,726) (-2,355) (24,44) (2,814)
Em que:
Ln Q = é o logaritmo da quantidade de polpa consumida per capita;
lnPP = é o logarítmo do preço da polpa em R$/kg;
ln R = é o logaritmo da renda média dos entrevistados em R$; e,
ln NAE = é o logaritmo do número de anos de estudo dos entrevistados; 
	Pode-se observar que a coerência entre os sinais dos parâmetros estimados e a teoria econômica e foram significativos a 5% de probabilidade de erro. O sinal negativo da variável preço indica a relação inversa entre preço e quantidade demandada. A renda, com sinal positivo, mostra que quanto maior a renda dos consumidores, maior deverá ser a demanda de polpa. Observa-se que há uma relação positiva entre tempo de estudo dos consumidores e a demanda de polpa, o que se deve a busca por alimentos naturais e saudáveis, o que é marca de consumidores mais informados e exigentes.
	O coeficiente de determinação múltipla (R2) 63,52%, indica que o conjunto de variáveis independentes explica 63,52% das variações da demanda de polpa. O modelo apresentou problemas de heterocedasticidade e foi corrigido pelo método de White. 
	Para a variável preço observou-se que a demanda é inelástica a preço. Para a demanda de polpa o coeficiente da elasticidade-preço foi de (-0,15), o que indica que mudanças de 10% no preço da polpa de fruta provocam variações na quantidade demandada de 1,5% em sentido contrario. Assim, considerando que a quantidade demandada média das famílias entrevistadas foi de 6,96 kg/mês e, assumindo um aumento no preço da polpa de 10%, isso resultaria em uma redução de 0,104 kg de polpa em média por família.
	O coeficiente da elasticidade-rendafoi de 0,799 indicando que aumentos de 10% na renda dos consumidores provoca aumentos de 7,99% na demanda de polpas. Considerando que o sinal é positivo trata-se de um bem normal.
	De acordo com as estimativas um aumento de 10% no número de anos de estudo implica em um aumento na demanda de 1,77%, ou seja, quanto maior o nível de escolaridade maior o consumo de polpa dos entrevistados.
Para os produtos complementares que apresentaram maior representatividade foram açúcar 36,16%, leite em pó 17,03%, leite condensado 11,99%, adoçante 8,56%. Entre os produtos substitutos o principal foi o refrigerante com 29%, seguido de frutas in natura 26,29% e sucos industrializados de caixa 21,54%. A análise do comportamento do consumidor de polpa de frutas mostra que para os produtos complementares e substitutos, uma simples mudanças nos preços destes produtos podem influenciar o mercado de polpas. 
 8. Preferência por novas polpas
Quando se perguntou aos consumidores quais frutas eles gostariam de consumir como polpa e que não tem oferta no mercado, verificou-se que 43,56% estão satisfeitos com as polpas que estão no mercado, mas há demanda por frutas que ainda não estão sendo ofertadas como polpa, as mais cotadas são: uxi 13,05%, tucumã 4,24%, pêssego 2,88%, noni 2,2%, biriba e tangerina 2,03% cada e melancia com menos de 2%. Esta abordagem tem o intuito de antecipar as tendências de mercado e a elaboração de novos produtos que satisfaça os desejos implícitos dos consumidores de polpas de frutas.
9. Motivos para deixar o consumo de polpa de fruta
A maioria dos entrevistados 29,5% declarou que não gostariam de deixar o consumo de polpas de frutas, desde que atenda suas exigências. Outras 18,35% disseram que deixariam de consumir se não houvesse higiene do produto. 15,9% deixariam se ocorrer altas significativas no preço, principalmente devido suas condições financeiras baixas. 14,2% se soubessem que a polpa esta contaminada, seja com sujeiras ou com adição de produtos químicos que prejudique a saúde humana. Neste particular seria interessante que os produtores frutas e processadores de polpa adotassem medidas de qualidade no processo produtivo, como, por exemplo, a ISO 9000, que visa estabelecer critérios para um adequado gerenciamento, tendo como foco principal a satisfação do cliente, através de uma série de ações comprometidas com a qualidade e a satisfação do consumidor.
CONCLUSÕES
	Os resultados mostram que os consumidores apresentam suas famílias composta 1 a 3 pessoas. O nível de escolaridade da maioria dos consumidores foi o nível médio (45,59%). Os entrevistados costumam comprar polpa de fruta uma vez ao mês e preferem realizar suas compras em supermercados. Os consumidores possuem faixa etária em media de 28 a 37 anos e possuem renda media de 5 a 7 salários.
	Os consumidores são atraídos principalmente pelo sabor da polpa. Higiene e preço são atributos decisivos no ato da compra.
	Na equação da demanda o preço mostrou-se inelástico e foi considerando um bem normal. A variável renda mostrou que quanto maior a renda dos consumidores, maior deverá ser a demanda de polpa. Para o nível de escolaridade quanto maior o grau, maior é o consumo de polpa.
	O principal produto complementar é o açúcar 36,16% e o principal produto substituto é o refrigerante 29%. Ocorrendo alterações de preços nesses produtos pode acarretar mudanças no consumo de polpa de fruta.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BLACKWELL, R. D.; MINIARD, P. W.; ENGEL, J. F. Comportamento do consumidor. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2005. p. 21 – 25.
BEZERRA, A. Revista Globo Rural, ano 22, n.256, p. 38 – 51, fev. 2007.
NEVES, M. F.; CASTRO, L. T. E. Marketing e estratégia em agronegócios e alimentos. São Paulo: ATLAS, 1ª Ed. 2003. 366p.
SANTANA, A. C. Métodos qualitativos em economia: elementos e aplicações. Belém: UFRA, 2003.
SANTANA, A. C. Elementos de economia, agronegócio e desenvolvimento local. Belém: GTZ; TUD; UFRA, 2005. 197p. il.
SHETH, J. N.; MITTAL, B.; NEWMAN, B. I. Customer Behavior: consumer behavior and beyond. Ohio: THOMSON, 1999. 800p.
SILVA, I. M. da, Perfil do consumidor domiciliar de açaí e do consumidor institucional de andiroba na Região Metropolitana de Belém. Belém: SEBRAE, 2005. 51p. il.
SILVA, M. C. N. Competitividade das agroindústrias de polpas de frutas das mesorregiões Metropolitana de Belém e Nordeste Paraense (1996 a 2003). Belém: UNAMA, 2006. 134 p. (Dissertação de Mestrado).

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