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Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Departamento de Engenharia Mecânica MÁQUINAS TÉRMICAS I Prof. Leonardo Vinícius leonardo.vinicius@fcagroup.com o Sistemas de Potência a Vapor o Tipos de configurações de usinas a vapor o Componentes principais 8.1 – Introdução Usinas de Potência a Vapor Máquina Térmica Pode ser definida como um dispositivo que, operando segundo um ciclo termodinâmico, realiza um trabalho líquido positivo por meio da transferência de calor de um corpo a temperatura elevada para um corpo a temperatura baixa. Frequentemente a denominação Máquina Térmica é utilizada em um sentido mais amplo para designar todos dispositivos que produzem trabalho, através da condução de calor ou combustão, mesmo que o dispositivo não opere segundo um ciclo termodinâmico. Exemplos de Máquinas Térmicas: Motor de combustão interna Turbina a gás Instalação motora a vapor (Caldeira) Gerador Termoelétrico Refrigerador Bomba de calor welisson Realce welisson Realce 8.1 – Introdução Usinas de Potência a Vapor O Ciclo de Rankine representa o bloco básico de construção das usinas de potência a vapor. Principais configurações de usinas (operando no Ciclo Rankine): Combustível fóssil Reator Nuclear com água pressurizada Energia Térmica Solar Energia Geométrica 8.1 – Introdução Usinas de Potência a Vapor 1. Acionamento por Combustível Fóssil 8.1 – Introdução Usinas de Potência a Vapor 2. Acionamento por Reator Nuclear com Água Pressurizada 8.1 – Introdução Usinas de Potência a Vapor 3. Acionamento por meio de Energia Térmica Solar. 8.1 – Introdução Usinas de Potência a Vapor 4. Acionamento Energia Geotérmica. 8.1 – Introdução Usinas de Potência a Vapor A usina é dividida em quatro principais subsistemas: Gerador de Vapor / Caldeira (A) Turbina (B) Trabalho de Eixo / Gerador Elétrico (C) Circuito de Água de Refrigeração / Condensador (D) welisson Realce welisson Realce welisson Realce welisson Realce A view of the GPU International 80 MW natural gas fired plant adjacent to the Syracuse University campus in Syracuse NY Photo Courtesy of GPU International Central de Pego – Portugal – 584 MW Caldeira É basicamente um trocador de calor que trabalha com pressão superior à pressão atmosférica, produzindo vapor a partir da energia térmica fornecida por uma fonte. Esta definição abrange todos os tipos de caldeiras, sejam as que vaporizam água, mercúrio ou outros fluidos e que utilizam qualquer tipo de energia: térmica (seja convencional, como combustível fóssil, ou não convencional, como energia nuclear ou solar) ou elétrica. 8.1 – Definições: Caldeira A fonte de calor é um combustível específico para esta finalidade. Podem ser aproveitados calores residuais de processos industriais, escape de motores diesel ou turbinas a gás, dando ênfase à racionalização energética de sistemas complexos (caldeira de recuperação). Em alguns casos o fluido permanece no estado líquido, apenas com temperatura elevada para ser aproveitado nos processos de aquecimento (calefação), formando, deste modo, caldeiras de água quente ou aquecedores de água. Para produção de vapor d'água, é necessário que haja a combustão na caldeira. welisson Realce welisson Realce welisson Realce Turbina a vapor multi-estágios Turbina É um dispositivo que desenvolve potência em função da passagem de um gás ou líquido escoando através de uma série de pás instaladas em um eixo livre para girar. São amplamente empregadas para a geração de potência em instalações de potência a vapor, instalações de potência com turbinas a gás e em motores a jato de aeronaves. Nestas aplicações o vapor d’água superaquecido ou um gás entra no dispositivo e se expande até uma pressão inferior conforme a potência é gerada. 8.1 – Definições: Turbina welisson Realce welisson Realce welisson Realce 8.2 – Modelagem do Ciclo de Rankine Turbina: 1 2 tW h h m Condensador): 2 3 outQ h h m Caldeira (Boiler): 1 4 inQ h h m Bomba: 4 3 pW h h m Performance da Instalação Geradora de Vapor: 1 2 4 3 1 4 / / / t p in W m W m h h h h h hQ m Ciclo de Rankine welisson Realce welisson Realce welisson Realce welisson Realce welisson Realce Processes 1-2, 3-4: Isentropic Processes 2-3, 4-1: Isobaric Saturated liquid at State 3 Reversible Pump Work Equation: For Incompressible Fluids Only! 3 4 3 int rev pW v p p m Idealizações do Ciclo de Rankine 1 2tW m h h 4 3pW m h h 1 2 1 2 t s h h h h 4 3 4 3 s p h h h h Análise dos principais componentes 1 4inQ m h h 2 3outQ m h h Análise dos principais componentes / / / t p in W m W m Q m / / p t W m bwr W m Parâmetros de Desempenho do Ciclo de Rankine 8.2.1 – Trabalho e transferência de calor Equação da Conservação de Energia : )zz(g 2 VV )hh(.mWQ0 SE 2 S 2 E SE.c.v.c.v 21 t hh m W Condensador: Turbina expansão adiabática 32 sai hh m Q Bomba 34 b hh m W compressão adiabática Caldeira: 41 ent hh m Q )hh( )hh()hh( Q WW Q W 41 3421 ent bt ent liq )hh( )hh( 1 Q QQ 41 32 ent saient Ciclo de Rankine ideal: Processso 1-2 : Expansão Isentrópica do fluido de trabalho => vapor saturado (1) a mistura (2) Processso 2-3 : Rejeição de calor a pressão constante => mistura (2) a liquido saturado (3) Processso 3-4 : Compressão isentrópica do fluido => liquido saturado (3) a líquido comprimido (4) Processso 4-1 : Transferência de calor a pressão constante => liquido comprimido (4) a vapor saturado (1) Razão de trabalho reversa: )hh( )hh( W W bwr 21 34 t b 8.2.2 – Rendimento do Ciclo Exemplo 8.1 : Potência Líquida: 100 MW Calcular: a) Eficiência térmica. c) vazão de vapor em kg/h. b) razão de trabalho reversa. d) taxa de transferência de calor que entra. e) taxa de transferência de calor que sai. f) vazão de água de arrefecimento (Tent = 15 oC e Tsai = 35 oC). Estado 1 do ciclo: Vapor saturado a 8 MPa tabela A-3 => h1 = 2758 kJ/kg => s1 = 5,7432 kJ/kg.K Estado 2: Mistura líquido-vapor a 0,008 MPa 1-2 Expansão isoentrópica => s2 = 5,7432 kJ/kg.K 6745,0 6361,7 5926,07432,5 ss ss x fg f2 2 Título x2 kg/kJ8,794.11,403.2)6745,0(88,173h.xhh fg2f2 Entalpia h2 Estado 3: Líquido saturado a 0,008 MPa h3 = 173,88 kJ/kg Estado 4: Líquido saturado a 8 MPa )pp.(vh m W hh 3433 b 34 h4 = 173,88+1,008x10 -3 . (8-0,008)x106 / 103 kJ/kg = 173,88 + 8,06 kJ/kg h4 = 181,94 kJ/kg h1 = 2.758 kJ/kg h2 = 1.795 kJ/kg h3 = 173,9 kJ/kg h4 = 181,9 kJ/kg )hh()hh( m W m W 3421 bt Trabalho líquido por kg de fluido: )]9,1739,181()795.1758.2[( m Wlíq ]kg/kJ[9558963 m Wlíq ]kW[10x1]s/kJ[000.1x100W 5líq MW7,169)621.1(7,104)174795.1(7,104)hh(mQ 32sai a) %1%83,00083,0 963 8 )hh( )hh( W W bwr 21 34 t b b) ]h/t[376]h/kg[10x76,3]s/kg[7,104 955 000.100 m 5 c) %3737,0 1,576.2 955 9,181758.2 955 )hh( )hh()hh( Q W 41 3421 ent liq MW7,269)576.2(7,104)182758.2(7,104)hh(mQ 41ent d) e) 8.2.3 – Efeitos da pressão na caldeira e no condensador Comparação com ciclo de Carnot 8.2.4 – Irreversibilidades e perdas principais T s Eficiência isentrópica da turbina s21 21 st t t hh hh mW mW Eficiência isentrópica da bomba 34 3s4 b sb b hh hh mW mW Exemplo 8.2 : Ciclo com irreversibilidades Eficiência da turbina e da bomba = 85% Potência líquida = 100 MW Calcular: a) Eficiência térmica: c) vazão de vapor em kg/h b) razão de trabalho reversa d) taxa de transferência de calor que entra e) taxa de transferência de calor que sai Ponto 1 do ciclo: Vapor saturado a 8 MPa tabela A-3 => h1 = 2758 kJ/kg => s1 = 5,7432 kJ/kg.K Ponto 2: Mistura líquido-vapor a 0,008 MPa 1-2 Expansão isoentrópica => s2 = 5,7432 kJ/kg.K 73,0 403.2 765.1 174577.2 174939.1 h hh x fg f2 2 Título x2 kg/kJ8,794.11,403.2)6745,0(88,173h.xhh fg2fs2 Entalpia h2s kg/kJ939.1)8,794.1758.2()85,0(758.2)hh(hh s21t12 Entalpia h2 líquido saturado a 0,008 MPa Ponto 3: h3 = 173,88 kJ/kg Ponto 4: líquido saturado a 8 MPa ]kg/kJ[06,8)pp.(vhh m W 3433s4 s b h4 = 173,88+9,48 =183,36 kJ/kg ]kg/kJ[48,9 85,0 06,8 m W . m W m W b b b s b h1 = 2.758 kJ/kg h2 = 1.939 kJ/kg h3 = 173,9 kJ/kg h4 = 183,4 kJ/kg )hh()hh( m W m W 3421 bt Trabalho líquido por kg de fluido )]9,1734,183()939.1758.2[( m Wlíq ]kg/kJ[5,8095,9819 m Wlíq ]kW[10x1]s/kJ[000.1x100W 5líq MW5,215)765.1(1,122)174939.1(1,122)hh(mQ 32sai a) %16,10116,0 819 5,9 )hh( )hh( W W bwr 21 34 t b b) ]h/t[439]h/kg[10x39,4]s/kg[1,122 819 000.100 m 5 c) %4,31314,0 6,574.2 5,809 4,183758.2 5,809 )hh( )hh()hh( Q W 41 3421 ent liq MW3,314)6,574.2(1,122)4,183758.2(1,122)hh(mQ 41ent d) e) 8.3 – Superaquecimento e reaquecimento Exemplo 8.3 : Ciclo sem irreversibilidades Potência líquida = 100 MW Eficiência do ciclo = 40,3 % Transferência de calor na caldeira = 248 MW Transferência de calor no condensador = 148 MW ]h/t[236]h/kg[10x363,2m 5 Exemplo 8.4 : Ciclo com irreversibilidades Eficiência isentrópica da turbina = 85% Potência líquida = 100 MW Eficiência do ciclo = 35,1 % Transferência de calor na caldeira = 285 MW Transferência de calor no condensador = 185 MW ]h/t[278]h/kg[10x782,2m 5 8.4 – Ciclo de potência a vapor regenerativo 8.4.1 – Aquecedores de água abertos (misturador) Exemplo 8.5 : Ciclo com irreversibilidades Eficiência isentrópica da turbina = 85 % Potência líquida = 100 MW Eficiência do ciclo = 36,9 % Transferência de calor na caldeira = 271 MW Transferência de calor no condensador = 171 MW ]h/t[369]h/kg[10x69,3m 5 8.4.2 – Aquecedores de água de alimentação fechados 8.4.3 – Aquecedores de água de alimentação múltiplos Exemplo 8.6 : Ciclo sem irreversibilidades Potência líquida = 100 MW Eficiência do ciclo = 43,1 %
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